quarta-feira, 31 de março de 2021

Especialistas caminham para identificar as sequelas da COVID no cérebro

 Gazeta da Torre

Cientistas seguem analisando o vírus
em todo mundo

As manifestações neurológicas de pacientes acometidos por Covid -19 chamam a atenção de cientistas de todo o mundo e são motivo de diversos estudos científicos, a maior parte deles ainda em andamento, com o um objetivo único: entender a relação do vírus com o cérebro humano.

Em uma LIVE realizada este mês  pelo Método SUPERA para todo o Brasil por ocasião da Semana Mundial do Cérebro – uma parceria do SUPERA com a DANA FOUNDATION, instituição americana ligada a pesquisas na área do cérebro, os especialistas Adalberto Studart Neto, médico assistente Neurologista da Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e Mônica Yassuda psicóloga Mestre e Doutora em Desenvolvimento Humano pela Universidade da Flórida (EUA), destacaram que, embora a maioria dos estudos ainda continue em andamento, já se sabe que o vírus tem alguma predileção por regiões importantes do cérebro, como a área responsável pela concentração, atenção e memória.

“Nós já temos dados no Brasil mostrando as diversas facetas dos distúrbios neurológicos da COVID-19. Diversas regiões cerebrais funcionando de forma alterada, mesmo três meses após o COVID. A doença é muito mais complexa do que poderíamos imaginar e uma das conclusões é que não é exatamente o vírus entrando no cérebro, mas sim o que o vírus faz no organismo que repercute no cérebro, já que o Covid-19 é uma doença sistêmica, ou seja: que afeta vários sistemas importantes do organismo”, explicou o neurologista.

Já Mônica Yassuda destacou, entre outros pontos, as consequências cognitivas da doença, decorrentes do seu impacto sobre o cérebro. “O mais importante de forma geral, é chamar a atenção para a necessidade das pessoas na fase de recuperação da COVID-19, quando saem no hospital. Os pacientes, além da avaliação física, também devem passar por uma avaliação neuropsiquiátrica, com um olhar atento às questões da saúde mental e da cognição e em especial nos processos de alta, já prevendo que poderão ter dificuldades em tarefas cotidianas. É muito importante que essas avaliações sejam repetidas para que o acompanhamento da cognição aconteça no processo de recuperação”, disse.

Os efeitos da COVID no cérebro

Em todo Brasil, milhares de pessoas que sobreviveram à doença se queixam das chamadas ‘sequelas do COVID’ ou ‘COVID longa’, com sintomas diversos, que vão desde perda de paladar e olfato até dificuldades para resgatar informações, dificuldades com concentração e atenção. Segundo a pesquisadora, os trabalhos científicos até agora convergem para mostrar que podem existir sequelas cognitivas trazidas pela COVID-19 “São sequelas que tendem a melhorar com o tempo, e com a recuperação da pessoa, mas, como vimos nos estudos trazidos durante a live, a porcentagem de pessoas que apresentam essas queixas e desempenho ruim nos testes cognitivos é bastante elevada, então tem sido um fenômeno bastante comum. Os trabalhos publicados até agora sugerem que as queixas cognitivas mais frequentes são as dificuldades com a atenção, concentração, memória operacional, que é a capacidade de manter dados na mente e trabalhar com eles e dificuldades com as funções executivas, mais do que a perda de memória, mas é possível também que estas dificuldades com atenção e concentração afetem a memorização. Então se você não está conseguindo prestar atenção em um artigo de jornal que você está lendo você vai ter dificuldade para memorizar. No entanto, a maior parte dos trabalhos não dá destaque à perda de memória, mas, sim, a dificuldades na atenção e disfunção executiva”, pontuou Mônica.

Em concordância com a pesquisadora, o neurologista assistente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Adalberto Studart Neto, chamou atenção para o acompanhamento psiquiátrico e cognitivo no pós COVID “Sintomas psiquiátricos muitas vezes tem essa ligação com questões cognitivas, isso sem dúvida. Nós trabalhamos com fármacos e drogas para o tratamento desses transtornos psiquiátricos, mas, sem dúvida, a reabilitação cognitiva pode oferecer um ganho para as pessoas no pós COVID junto com a abordagem psiquiátrica em alguns casos”, pontuou. 

Os pesquisadores aproveitaram a oportunidade para falar ainda sobre algumas das principais linhas de pesquisa no mundo sobre a COVID-19 e o cérebro “Em fevereiro foi publicada uma revisão sistemática com vários trabalhos analisados em conjunto. Este estudo, incluindo dados de vários países, a maioria deles do Canadá, observou que 77% das pessoas acompanhadas apresentaram algum grau de alteração cognitiva. Neste levantamento, entre os pacientes com a doença, o DELIRIUM foi a condição mais comum: desorientação, incapacidade de pensar com clareza e prestar atenção e flutuações do nível de consciência, com possíveis causas associadas à inflamação sistêmica. Após a alta hospitalar, alguns pacientes talvez precisem de reabilitação cognitiva, mas hoje existem vários recursos que são aplicados em larga escala, desde softwares, jogos, que podem ser úteis neste processo de recuperação”, explicou Mônica.

Isso vai passar?

O principal alerta dos especialistas no pós COVID é para a permanência de sequelas que podem se tornar crônicos. “A maior parte dos pacientes tem queixas que tendem a melhorar, principalmente sintomas de ansiedade.  Porém, alguns sintomas podem se tornar crônicos se não tratados, como a depressão. Já a ausência de olfato e paladar, é bem variável, tem pessoas que demoram semanas e tem pessoas que demoram meses para recuperar, mas a princípio, todos recuperam sim”, disse o médico. “Com a recuperação da saúde, este quadro de confusão mental aguda e alterações de atenção e funções executivas vão gradualmente desaparecendo, mas acho que é importante que as pessoas estejam atentas a uma possível cronificação, então se alguns meses se passaram, você não está dormindo bem, tem sintomas depressivos, ou outros sintomas, busque ajuda especializada para enfrentar possíveis sequelas”, completou Mônica.

O especialista chamou atenção ainda para doenças que podem ser manifestadas no cérebro após a infecção com a COVID -19. “Nós estamos falando de COVID, mas já é sabido que qualquer paciente grave que fique na UTI tem um prejuízo cognitivo que persiste de semanas a meses, e esses pacientes se recuperam. A maioria dos pacientes tende a melhorar. Quando não melhoram, é importante investigar a causa porque pode ser que a COVID acelere a manifestação de alguma doença que já estava se desenvolvendo no cérebro”, alertou o médico.

Neuroplasticidade e reserva cognitiva

A reserva cognitiva é um conceito científico baseado na capacidade do cérebro de suportar agressões de doenças, construída ao longo da vida. Esta reserva, ainda difícil de ser quantificada, segundo doutora Mônica, pode ser importante na resposta de pacientes a doenças graves, como a COVID -19. “Quando uma pessoa tem uma reserva cognitiva elevada, e ela é acometida por uma doença neurodegenerativa, como a doença de Alzheimer, por exemplo, ela deve demorar mais tempo para manifestar sintomas, possivelmente porque seu cérebro consegue estabelecer processamentos compensatórios.

Os estudos epidemiológicos informam que alguns fatores podem nos ajudar na construção desta reserva: estudar muitos anos, ter uma educação de qualidade ao longo de toda a vida, uma boa alimentação e a prática de atividades físicas e cognitivas. Assim, como nós tratamos a saúde de vários órgãos, precisamos cuidar da saúde do cérebro, contribuindo com a formação da reserva cognitiva”, disse Mônica.

Já doutor Adalberto lembrou que o conceito de reserva cognitiva é comprovado cientificamente e chamou a atenção para a mudança de mentalidade, que deve estar hoje muito mais ligada à prevenção “Existe um estudo importante Finlandês, (estudo FINGER) publicado em 2015 em que um grupo de pessoas fizeram atividades físicas, atividades cognitivas, acompanhamento nutricional e outro grupo que não fez isso. O grupo que participou desta intervenção teve melhor desempenho cognitivo no pós teste. Este conceito tem comprovação científica e está cada vez mais sendo levado a sério. Nós falamos muito em remédio, mas é necessário mudar esta mentalidade para atuar mais na prevenção”, disse o médico.

Estamos atentos 

As mais de 350 unidades do Método SUPERA no Brasil seguem com várias ações voltadas para a orientação da sociedade sobre os efeitos da nova doença para o órgão mais importante do corpo humano. “Estamos acompanhando muito de perto a fala dos principais especialistas do Brasil neste momento e já recebendo em nossas escolas alunos que procuram o SUPERA no pós COVID. Sabemos que a doença pode ter ainda outros desdobramentos para a sociedade, a médio e longo prazo, mas o nosso dever neste momento é nos aproximar de pessoas que são referência científica no assunto para orientar nossos alunos da melhor maneira possível”, concluiu Bárbara Perpétuo, vice-presidente do Método SUPERA. 

Você sabia:

Nos primeiros anos de vida, de 700 a 1.000 novas conexões entre os neurônios se formam a cada segundo.

Desafio de Março:

Qual é o próximo número da sequência? 

2,  5,  9,  14  ...

Resposta na próxima edição

Resposta do desafio de desafio de Fevereiro:

Qual é o meio de Transporte que não faz curva?

Resposta: ELEVADOR

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

Enem 2020: prova também pode ajudar em processos seletivos de faculdades estrangeiras

 Gazeta da Torre

Criado em 1998 como avaliação de desempenho dos estudantes brasileiros, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aos poucos foi assumindo uma outra função, a de instrumento de seleção para o acesso a instituições de ensino superior. Desde 2009, o Enem foi oficializado como uma porta de entrada das universidades brasileiras.

O que pouca gente sabe — e pode se tornar um atrativo a mais aos que prestam o exame — é que os resultados da prova também podem ser utilizados para garantir uma vaga em faculdades estrangeiras. Principalmente se o sonho for fazer uma graduação em Portugal.

Em março de 2014, um decreto do governo português regulamentou uma série de questões referentes a estudantes estrangeiros no país.

E essa legislação propiciou um acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal responsável pela prova do Enem.

A partir de então, foi instituído um programa chamado Enem Portugal, que viabiliza, conforme frisa a própria autarquia em nota, "acordos interinstitucionais entre o Inep e as instituições de educação superior portuguesas".

Na época, algumas universidades de lá já vinham aceitando os resultados do Enem, mas de forma não sistematizada.

O acordo garantiu uma unidade de processos e melhorou a agilidade, com uma comunicação direta com a autarquia brasileira. "O Inep facilita [aos conveniados] o acesso às notas", informa à BBC News Brasil a assessoria de comunicação do órgão.

Atualmente são 51 as instituições portuguesas que fazem parte do programa, com "acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursos de graduação em Portugal".

"Cada instituição define as regras e os pesos para uso das notas", explica o Inep.

A autarquia frisa que esses acordos não envolvem "transferências de recursos" e "não preveem financiamento estudantil pelo governo brasileiro".

Para quem está pensando em tentar uma vida acadêmica além mar, isso é importante: mesmo as universidades públicas europeias costumam cobrar anuidades quando o estudante é estrangeiro, sobretudo se for extra-comunitário, ou seja, de fora da União Europeia.

No caso de alunos nacionais, as taxas, mesmo que existam, costumam ser subsidiadas pelo governo.

Coimbra

Universidade de Coimbra

Considerada uma das instituições universitárias mais antigas e tradicionais do mundo e reconhecida pela Unesco como patrimônio da humanidade, a Universidade de Coimbra, cuja história remonta a uma bula papal assinada em 1290, foi a primeira entidade estrangeira a assinar o convênio com o Inep, em maio de 2014.

De acordo com a instituição, brasileiros que concluíram o ensino médio e que fizeram o Enem nos últimos cinco anos podem pleitear por uma vaga. O processo seletivo para as próximas turmas está aberto — vai até 15 de abril.

Em nota, a universidade ressalta que desde 2014 "formalizou a utilização desses resultados ao abrigo de um protocolo estabelecido com o Inep", o que "faculta à Universidade de Coimbra o acesso à base de dados do Enem para efeitos de validação de resultados dos candidatos ao processo seletivo".

A principal vantagem é que "os candidatos brasileiros não tenham que realizar novos exames para ingressar nos cursos" de Coimbra.

Há taxas, é claro. São 50 euros para se candidatar e 20 euros para se inscrever no curso. Faz-se necessário um ano preparatório, chamado oficialmente de "ano zero", que custa 5 mil euros.

A partir de então, a anuidade da graduação é de 7 mil euros. Há uma previsão de bolsas, por mérito, que podem reduzir de 1 mil a 2 mil euros o valor anual.

Outras universidades

Fundada em 1911, a Universidade do Porto é outra instituição portuguesa muito procurada por brasileiros. De acordo com informações da universidade, o Enem também é valido ali graças a acordo firmado com o Inep em 2016.

A instituição frisa que aceita os resultados da prova brasileira tanto para admissão nos cursos de licenciatura como de mestrado integrado, mas enfatiza que "as notas do Enem podem ter um peso diferente em função do curso ou faculdade em que o candidato pretende ingressar".

Na Universidade do Porto, as anuidades variam entre 3,5 mil e 8 mil euros. Mas, uma boa notícia para lusófonos: "atendendo aos laços que unem Portugal aos estados que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tome e Príncipe e Timor-Leste), pode ser aplicada uma redução de até 45%", declara a instituição, sobre a taxa paga por estudantes oriundos desses países.

Maior instituição pública de ensino superior de Portugal, a Universidade de Lisboa é outra signatária de acordo com a autarquia brasileira.

No caso, ela aceita na candidatura os resultados do Enem realizados até três anos antes — as inscrições para o processo seletivo vigente já se encerraram em 19 de fevereiro.

O mínimo de pontuação necessária depende da área de conhecimento desejada, portanto é preciso consultar caso a caso.

Pelo mundo

De acordo com o Inep, nada impede que outras instituições de ensino superior pelo mundo aceitem os resultados do Enem em seus processos seletivos, mesmo que não tenham assinado nenhum convênio ou acordo com a autarquia brasileira.

O argumento é que o exame brasileiro poderia ser aceito por determinadas universidades estrangeiras da mesma forma como os testes de aptidão ACT ou SAT, aplicados nos Estados Unidos e válidos nas instituições de ensino superior por lá. Nesses casos, o principal conselho é que os interessados chequem caso a caso.

Fonte:BBC News Brasil

terça-feira, 30 de março de 2021

O Filme chileno ‘Agente duplo’ é o único representante da América Latina na premiação do Oscar 2021

 Gazeta da Torre

A obra de Maite Alberdi sobre um lar de idosos é indicada na categoria de melhor documentário de longa-metragem

A Academia de Hollywood decidiu no dia 15 de março que Agente duplo (El agente topo, no original), um documentário chileno rodado como um filme de detetives sobre a solidão em um lar de idosos, será um dos cinco indicados para melhor documentário de longa-metragem. Com o anúncio, Agente duplo — que no Brasil o filme pode ser visto na Globoplay — será o único longa-metragem latino-americano presente na premiação marcada para o dia 25 de abril.

 “É uma honra estar entre os pré-selecionados, com uma gama tão incrível de documentários, e estamos realmente agradecidos à Academia de Hollywood por nos escolher”, disse a diretora Maite Alberdi ao El PAÍS, após saber da indicação. “Para uma equipe latino-americana dirigida por mulheres, esse tipo de sonho parece impossível.”.

Agente duplo era um dos três filmes latino-americanos que a Academia tinha incluído entre os pré-selecionados para os prêmios na categoria de Melhor Filme Internacional, ao lado do mexicano Ya no estoy aquí - sobre a cultura da cúmbia colombiana entre os jovens de Monterrey — e o guatemalteco A maldição da mulher que chora (La llorona, no original) — uma readaptação da lenda do terror à história violenta do país. No final, nenhum dos três filmes latino-americanos ficou na categoria de Melhor Filme Internacional (é o segundo ano consecutivo em que nenhum representante da região é indicado para essa categoria). Agente duplo só vai concorrer na categoria de melhor documentário, ao lado de outros favoritos de 2020, como o romeno Colectiv e Professor polvo (My octopus Teacher), sobre a amizade entre um polvo e um ser humano.

“Meu filme de detetives é na verdade uma desculpa para ver um assunto que, sem essa desculpa, talvez ninguém visse”, disse a EL PAÍS na semana passada Maite Alberdi, diretora de Agente duplo. Para fazer o filme, Alberdi seguiu Sergio Chamy, um viúvo de 83 anos que é contratado por um detetive particular para espionar uma casa de repouso, com a suspeita de que os funcionários maltratavam os internos. Embora seja um documentário, Agente duplo é rodado como um filme noir e com grandes doses de humor, o que o torna excepcional por retratar um drama que normalmente não chama muita atenção: a solidão e o abandono em que as pessoas vivem nos lares de idosos.

Cena do documentário "Agente Duplo"

“Esta indicação significa para cada idoso que o mundo ainda os vê e os valoriza, e nos ajuda a lembrar que não só é importante aumentar a expectativa de vida, mas também o desejo de viver”, disse Alberdi a El PAÍS na manhã desta segunda-feira. “Este ano, depois de tantas perdas, demos uma olhada em nossos idosos novamente e entendemos que estavam vivendo em uma pandemia antes da covid-19 — ‘a pandemia da solidão’ —, e estamos muito orgulhosos de ver como Agente duplo ajudou as famílias a se reconectarem com seus idosos.”

Alberdi é uma diretora reconhecida no Chile por se concentrar em grupos que normalmente não são o centro das atenções no cinema. Entre seus outros filmes estão Los niños, sobre crianças com síndrome de Down, ou Hora do Chá (La once, no original), sobre um grupo de mulheres idosas que são amigas há décadas. Mas nenhum deles tinha alcançado o reconhecimento que Agente Duplo obteve. Antes de ser indicado ao Oscar, Agente Duplo ganhou o prêmio do Público no Festival de Cinema de San Sebastián e, mais recentemente, foi finalista no Prêmio Goya.

“Este é um marco para um documentário chileno”, disse Alberdi a El PAÍS antes de tomar conhecimento da decisão da academia. Agente duplo é o primeiro filme chileno indicado para melhor documentário de longa-metragem e um dos poucos do país selecionado pela Academia nos últimos anos. O mais recente, Uma mulher fantástica (2017) sobre a violência contra uma mulher transgênero, venceu na categoria de melhor filme em língua estrangeira.

“É um filme independente que não teve um grande estúdio por trás, que não teve uma plataforma de streaming fazendo campanha”, explicou a diretora chilena. “Somos um grupo de cinco produtores em diferentes partes do mundo trabalhando. Acho que essa foi a graça, que é um filme com cinco países em coprodução, que quando tivemos que editar eram cinco vozes diferentes, de nacionalidades diferentes, contribuindo para o filme do seu ponto de vista para que funcionasse em seu país. E acho que isso foi decisivo para fazer uma história universal e mundial que funcionasse em todos os territórios.”

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Fonte:El País

Uso de drogas entre idosos é uma “epidemia oculta”, alertam especialistas em narcóticos

 Gazeta da Torre

Um número crescente de idosos está sofrendo de abuso de substâncias

O uso de drogas entre idosos cresceu mundialmente nos últimos anos e os países devem agir para combater essa “epidemia oculta”. A informação está no relatório anual do Painel Internacional de Controle de Narcóticos (INBC, na sigla em inglês), publicado na quinta-feira (25). O corpo de especialistas independentes também destacou o impacto negativo que a pandemia de COVID-19 está tendo no estoque mundial de medicamentos e no bem-estar de pessoas com transtornos de saúde mental e abuso de substâncias.

 “A pandemia causou um grande dano para a saúde e o bem-estar de pessoas idosas. Entretanto, há também uma epidemia oculta de uso de drogas afetando esse grupo populacional. O uso de drogas e as mortes relacionadas às drogas entre os idosos têm aumentado, assim como o número de pessoas idosas em tratamento para problemas com o uso de drogas”, disse o presidente da INBC, Cornelis de Joncheere.

À medida que o mundo envelhece, o uso de drogas por pessoas acima de 65 anos cresce. O relatório constatou o aumento do uso de analgésicos, tranquilizantes e sedativos entre esse grupo demográfico. Idosos com problemas de uso de substância encaram problemas específicos relacionados à idade, incluindo isolamento e mudanças físicas.

Para reverter essa “tendência alarmante”, o INBC recomendou que governos  intensifiquem pesquisas sobre o uso de drogas entre idosos, negligenciados em pesquisas sobre uso delas, e melhorem o acesso a serviços de saúde e tratamento para estas pessoas.

Tratamento - Por outro lado, a demanda por alguns remédios controlados aumentou durante a pandemia de COVID-19, o que também causou interrupções nas cadeias de abastecimento global. Os serviços de saúde e acesso a medicamentos, incluindo para pessoas com transtornos de saúde mental e uso de substâncias, foram afetados. O INBC destacou que governos devem garantir que essas populações tenham acesso contínuo a serviços de prevenção e tratamento durante a crise mundial.

Com o aumento da demanda de remédios para a COVID-19 reduzindo ainda mais a disponibilidade de alguns medicamentos que contêm substâncias controladas, os países foram instados a revisar sua demanda prevista para esses tratamentos e para agilizar requerimentos administrativos e logísticos.

INBC - O Painel Internacional de Controle de Narcóticos é um órgão independente de monitoramento para a implementação das convenções internacionais de controle de drogas das Nações Unidas. Foi estabelecido em 1968, em acordo com a Convenção Única de Drogas e Narcóticos, de 1961.

Fonte: Nações Unidas - Brasil

segunda-feira, 29 de março de 2021

10 dicas para melhorar o desempenho do seu filho nas aulas on-line - A volta das restrições de circulação retorna também uma rotina mais digital

 Gazeta da Torre

A volta das restrições de circulação impostas em vários estados brasileiros por conta da pandemia de Covid-19 retorna também uma rotina mais digital para milhões de brasileiros, em especial as crianças.

Pela primeira vez na história, a pandemia acontece com amplo acesso a meios digitais, o que possibilita a manutenção de serviços essenciais, como a educação e parte do trabalho que pode ser feito no sistema remoto.

De forma geral, é preciso entender como o nosso cérebro funciona quando falamos de atividades on-line.

A capacidade de aprendizagem continua a mesma, o que muda é o modo de operação, ou seja, o jeito de executar uma tarefa e, até para isso é preciso mudar alguns hábitos, para manter os mesmos resultados.

Com ajuda da empresária Ivana Stecca Wandenkolk, especialista em ginástica para o cérebro e diretora da maior unidade SUPERA – Ginástica para o cérebro do Brasil, em Santos (SP), o Método SUPERA preparou 10 dicas para você melhorar sua performance também no digital, confira:

1. Seu cérebro pode chegar mais longe, mesmo no digital

Quando falamos em mudanças de rotina, logo pensamos em queda de performance, o que, nem sempre é verdade.

O mais importante é entender que todos nós conseguimos aprender, em maior ou menor grau. Se existe uma dificuldade com recursos digitais, procure identificar o que você não consegue aprender.

O aprendizado exige uma série de estratégias que são construídas pelo próprio aprendiz e outras que podem ser construídas com auxílio.

2. Atenção aos pequenos detalhes

A internet é sinônimo de distração? Antes de “sentar” para estudar, pense em

como você acessa as informações – É importante recorrer às suas anotações, títulos assinalados e até materiais pedagógicos. Ao longo do processo procure fazer infográficos, ler em voz alta, fazer resumos e organizar ideias em categorias. Para acionar as ideias, use recursos como palavras-chave, imagens, relacionar o que precisa aprender com o que já sabe e mapas mentais.

Seja uma agenda, um planner ou uma folha de sulfite. Estamos falando aqui de disciplina. Planeje seus estudos, relacionando e ordenando o que é necessário – Livros, cadernos, sites, apontamentos, apostilas, tempo necessário.

Leia com atenção o conteúdo a ser estudado. Se necessário, dívida o texto em partes.

Durante a leitura, faça anotações a lápis ao lado das informações, use cores para destacar as informações, grife o que é importante. Identifique quais são as ideias principais, discriminando-as das acessórias.

Ao final da leitura do conteúdo, faça perguntas para si a respeito do conteúdo estudado. Monitore e avalie o seu próprio progresso e vá adaptando as estratégias de mais sucesso.

3. Mantenha uma atitude positiva

Nosso cérebro   aprende e se modifica com cada uma de nossas experiências.  As tentativas e erros durante este processo de aprendizagem, também vão facilitar a sua vida mais para frente.

Quanto mais tentativas e erros, em um processo de aprendizagem, mais fácil o conteúdo será assimilado ao longo do tempo. Errar e acertar fazer parte do processo.

4. Prepare o seu espaço

Escolha um local mais tranquilo e propício ao estudo. Evite ligar o computador minutos antes do início da aula. Você precisa estar inteiro no processo, e esse foco é uma busca constante e começa neste momento. Isso inclui um espaço organizado.

A nossa tendência é fugir de tudo aquilo que sai da nossa zona de conforto e sair do curso presencial para o curso on-line sem que essa tenha sido a nossa escolha, foge da nossa zona de conforto.

Elimine as distrações através de um check list. evite interrupções, vá ao banheiro antes da aula, mantenha um copo com água próximo a você, desligue o celular, avise que você não quer ser interrompido, feche a porta, assuma que este tempo é um tempo que você precisa dedicar atenção plena aquilo que você está fazendo.

5. Seja pontual

Nosso cérebro precisa o tempo todo entender o que será feito, por isso é importante acionar o modo de desaceleração antes da aula.

Você já sabe que terá que dedicar suas próximas horas para a aula, então abstraia de tudo aquilo que está te distraindo para que você possa chegar tranquilo a sua aula. Desta forma você vai aproveitar este momento de forma muito mais efetiva!

6. Aprenda a criar desatenção

Se ainda assim, com todos esses cuidados, as distrações forem muitas, comece a ensinar o seu cérebro a abstrair as distrações.

Contudo, comece um processo interno para não focar mais em tudo isso, e focar no que está sendo proposto e isso nos podemos fazer treinando diariamente. No começo pode ser difícil, porém, como tudo na vida, à medida que o tempo passa vai ficando cada vez mais fácil.

Este é um exercício importantíssimo para que você possa absorver melhor o conteúdo. Além disso, a prática de Ginástica para o cérebro com o SUPERA auxilia diretamente no aumento da concentração e atenção em diferentes faixas etárias.

7.  Eu consigo fazer muitas coisas ao mesmo tempo… será mesmo?

Nós acreditamos que sim, mas isso é uma grande ilusão. O nosso cérebro não consegue dirigir e falar ao celular, prestar atenção na aula e na música e responder alguém que está pedindo alguma informação.

Porém, o que acontece, é que o nosso cérebro muda de uma coisa para outra em fração de segundos e nos dá a impressão de que nós somos multifuncionais, mas não somos e toda vez que você desviar o seu cérebro para outro estímulo, você vai perder conteúdo da sua aula on-line.

Então tenha em mente que o seu cérebro só consegue prestar atenção em uma coisa de cada vez, ou seja: foco para aprender.

8.  Não tenha preguiça e anotar

Você não precisa transcrever tudo, mas é importante no processo de armazenamento de informações pelo cérebro pegar a ideia central e ir anotando, isso fará com que, ao final da aula, você consiga sozinho, relembrar e memorizar tudo que foi passado.

Isso te ajuda a manter o foco e memorizar o conteúdo de forma permanente.

9. Guarde sua dúvida para o momento adequado

Anote sua dúvida para ser tirada no momento oportuno, não fique interrompendo o professor a todo momento ou pensando nisso o tempo todo. Crie desatenção para essa dúvida. Se você ficar pensando no que você não entendeu não conseguirá seguir em frente com a aula de forma geral.

10. Nosso cérebro não consegue manter a atenção por longos períodos

Mentes treinadas conseguem manter a atenção plena por até 30 minutos. Em pessoas não treinadas a tendência é dispersar mais rapidamente. Considerando isso, procure fazer intervalos programados, isso pode ser mais produtivo do que estudar por um longo período.

O método SUPERA segue on-line com uma ampla grade que pode te ajudar a alcançar seus objetivos em 2021.

Procure uma das mais de 350 unidades no Brasil e confira condições especiais de matrícula para 2021.Conheça o método que já mudou a vida de mais de 190 mil brasileiros e descubra uma forma incrível de viver!

Fonte:Método SUPERA

Interessante, não é mesmo? Aproveite para conhecer o Método SUPERA de perto!

domingo, 28 de março de 2021

Herança da pandemia será o combate à desigualdade social

 Gazeta da Torre

Luiza Helena Trajano - Magazine Luiza

Se é possível tirar algo de positivo da pandemia de covid-19, é o fato de que nunca se falou tanto e nunca se fez tanto para atenuar os impactos da desigualdade social no País.

Quem diz isso é a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Helena Trajano.

Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Luiza assegura que, em razão da crise de saúde pública, “nunca vi nos meios de grandes empresários se falar tanto” sobre desigualdade social como na atualidade. De acordo com ela, a pandemia “aumentou muito o nível de consciência”, ao escancarar o desequilíbrio socioeconômico brasileiro.

“A epidemia nos fez voltar à escravidão, porque só tivemos dois papéis: o do colonizado e o do colonizador. Então, nunca achamos que o Brasil era nosso. Sempre era [de] Portugal, sempre [dependente da] a China, sempre [dependente dos] os Estados Unidos”, reflete a empresária. “Acho que, desta vez, melhoramos muito o papel daquilo que sempre falei, que era de cidadão, que o Brasil é nosso. Acho que é uma herança, dentro desta catástrofe que estamos vivendo, positiva que vai ficar para nós”, acredita.

Também à frente do Unidos pela Vacina – movimento que reúne empresas e organizações da sociedade civil com o objetivo de imunizar todos os brasileiros contra covid-19 até setembro de 2021 –, Luiza conta que o grupo atua próximo aos governos para prover condições de vacinação em todos os municípios do País, implementando ações capazes de cobrir dificuldades com as quais o setor público teria de lidar por conta própria.

Além disso, ela defende uma vacinação ampla, descartando adquirir doses exclusivas para a sua empresa. “Não adianta vacinar o Magazine Luiza. Mesmo que déssemos 50% [ao Sistema Público de Saúde], são 44 mil pessoais [na companhia]. E deixamos as famílias sem vacinar? O ônibus sem vacinar? O metrô sem vacinar? Então, tem de ser para todos os brasileiros”, frisa.

Combate ao racismo e empoderamento feminino

Em 2020, o Magazine Luiza abriu o primeiro programa de trainee só para candidatos negros. Luiza revela que a ideia partiu de Frederico Trajano, seu filho e atual CEO da varejista, e de sua equipe. “O racismo é estrutural. A gente não reconhece que o temos. Eu descobri o meu há quatro ou cinco anos e me emociono toda vez que falo nisso, porque achava que não tinha”, conta.

Reconhecida como uma das lideranças femininas mais importantes do País, a executiva atribui a sua trajetória bem-sucedida nos negócios aos valores familiares. “Fui criada em uma família de empreendedoras. Levei esta vantagem de viver em um lugar onde as mulheres já tinham esta força. E a minha família acreditava muito na força feminina”, pontua.

Fonte:UM Brasil

sexta-feira, 26 de março de 2021

Especialistas veem com preocupação projeto que propõe regulamentar educação domiciliar

 Gazeta da Torre

Para Carlota Boto, o projeto é inconstitucional, pois na Lei de Diretrizes e Bases está prevista a frequência escolar

Na Câmara dos Deputados avança um projeto relacionado ao homeschooling — ou educação domiciliar — com aval do MEC. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, já sinalizou em fala que as crianças aprendem bem em casa, mas especialistas da educação veem medidas com preocupação. Segundo uma estimativa da Associação Nacional de Ensino Domiciliar, essa modalidade de ensino teria por volta de 18 mil alunos no País, o que corresponde a cerca de 0,04% do total de estudantes brasileiros no ensino regular.

O STF já analisou uma ação a respeito desse tema, mas ainda não há projetos do governo ou do Congresso que definam o assunto. Em entrevista ao Jornal da USP 1ª Edição, a professora Carlota Boto, do Departamento de Filosofia da Educação da Faculdade de Educação da USP, diz que o projeto é “inconstitucional”.

“Consta da Constituição que cabe aos pais zelar pela frequência escolar e está prevista, na Lei de Diretrizes e Bases, a realidade de quatro horas diárias e 200 dias letivos para que todas as crianças tenham acesso à educação obrigatória”, explica.

A professora, que vê com tristeza as posições postas pelo Ministério da Educação e Ministério da Família acerca do tema, reforça como a pandemia tem demonstrado a falta que a escola faz. E deixa ainda uma questão para o ministro da Educação: “A quem as crianças que estudam em casa recorreriam quando eventualmente forem constrangidas, moral ou eticamente, pelos próprios pais que as ensinam? Se elas aprendem em casa, quem controla esses pais?”.

Fonte:Jornal da USP

terça-feira, 23 de março de 2021

Obra de Banksy leiloada para ajudar o Serviço de Saúde britânico tem preço recorde

 Gazeta da Torre

Banksy mostra enfermeira como heroína

O misterioso Banksy, artista urbano inglês que não tem a identidade conhecida, obteve nesta terça-feira (23) uma quantia recorde para uma obra que homenageia os profissionais da saúde em plena pandemia e que terá o valor doado em totalidade ao Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico.

O desenho, em preto e branco, com o título "Game Changer" (mudança no jogo), foi vendido em um leilão em Londres por 16,758 milhões de libras (23,1 milhões de dólares).

A obra, que estava avaliada inicialmente entre 2,5 e 3,5 milhões de libras, foi vendida na Christie's por quase cinco vezes o preço, superando o recorde anterior de Banksy, de 9,9 milhões de libras por "Devolved Parliament".

"Game Changer" (mudança no jogo)

"Game Changer" mostra um menino que jogou os bonecos do Batman e Superman no lixo e brinca com uma boneca de enfermeira que usa máscara e capa.

Banksy doou a obra ao Hospital Geral de Southampton, sul da Inglaterra, em maio de 2020, durante a primeira onda da pandemia de covid-19.

O artista enigmático, que no início da carreira integrava o grupo de grafiteiros de Bristol, deixou um bilhete ao lado da pintura com um agradecimento aos funcionários do hospital por seu trabalho na luta contra o coronavírus.

"Obrigado por tudo o que estão fazendo. Espero que alegre um pouco o lugar, mesmo que seja apenas em preto e branco", escreveu.

O dinheiro arrecadado será destinado a organizações beneficentes de saúde pública britânica e o Hospital Geral de Southampton ficará com uma reprodução da obra de arte.

Em um comunicado, a Christie's afirma que a obra se desvia do estilo irreverente habitual de Banksy e representa "uma homenagem pessoal aos que continuam mudando o rumo da pandemia".

"Como obra de arte, no entanto, continuará sendo para sempre um símbolo de seu tempo: uma recordação dos que verdadeiramente mudam as regras do jogo no mundo e do trabalho vital que realizam", destacou.

Também pode ter um tom político porque a obra foi doada pouco depois da declaração do primeiro-ministro Boris Johnson de que os testes de anticorpos poderiam representar um "game changer" na pandemia. Os especialistas descartaram a possibilidade rapidamente.

Em um vídeo compartilhado pelo Southampton Hospitals Charity no início do mês, os funcionários agradecem a Banksy pela obra.

A enfermeira Steph Gurney disse que "significava muito que um artista de renome mundial desejasse doar uma obra ao nosso hospital".

Banksy, que mantém sua identidade em sigilo, continuou criando obras durante a pandemia. Em julho de 2020, disfarçado de limpador, ele pintou uma série de ratos incentivando as pessoas a usarem máscaras no metrô de Londres.

Em dezembro, ele desenhou uma obra que retrata uma mulher espirrando.

A epidemia de covid-19 provocou mais de 126.000 mortes no Reino Unido, o balanço mais grave da Europa.

Fonte:AFP.

Pernambuco inicia vacinação das comunidades quilombolas no Dia Mundial de Luta pela Eliminação do Racismo

 Gazeta da Torre

A Comunidade Portão do Gelo, em Olinda/PE

Com a chegada de 208 mil novas doses das vacinas Sinovac/Butantan e Astrazeneca/Oxford/Fiocruz no último sábado (20), em Pernambuco, a população quilombola começou a ser imunizada contra a COVID-19. Em ato simbólico, a campanha foi iniciada no Dia Mundial de Luta Pela Eliminação do Racismo, no primeiro quilombo urbano do Nordeste. Reconhecido pela Fundação Palmares, a comunidade Portão de Gelo/Terreiro de Xambá, em Olinda, recebeu profissionais de saúde na manhã do último domingo.

Para marcar a fase de primeira dosagem aos povos tradicionais, o babalorixá do Terreiro de Xambá, Ivo, foi o primeiro a ser vacinado e, em conversa com a Alma Preta Jornalismo, destacou a importância da representatividade no cenário da saúde atual. “Ao ser vacinado, me veio em mente a responsabilidade com a comunidade quilombola, por ter sido o primeiro do estado, e reafirmar o compromisso que o governo precisa ter com a gente. Participei da ação também por acreditar que a gente pode passar para frente a importância de estarmos imunes e em segurança”, pontuou o sacerdote, que é Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), primeiro representante de religião de matriz africana a ter esse reconhecimento acadêmico no estado.

Com a entrega da nova remessa, sobe para 1.260.960 o número de doses de vacinas contra a Covid-19 já disponibilizadas aos municípios pernambucanos. Sobre a prioridade ao acesso à vacina dedicada aos povos tradicionais, o governo estadual afirma garantir o direito à saúde aos mais diversos grupos populacionais, priorizando, nesta fase da campanha, também a população indígena aldeada.

O estado, que possui 196 territórios registrados dos povos tradicionais e uma população aproximada em 250 mil pessoas, teve nove óbitos confirmados pela doença, segundo levantamento feito pela Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ). Dados sobre casos confirmados com recorte específico para a população quilombola não são apresentados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE).

Como expectativa de continuidade da campanha, Ivo de Xambá espera que mais pessoas sejam imunizadas no menor espaço de tempo possível. “Amanhã, serão vacinadas mais 100 pessoas aqui. Vejo que, não só nós, quilombolas, mas todos precisam de um meio de se sentirem mais tranquilos diante dessa doença, como com a chegada de mais vacinas. Espero que em breve todos possam estar imunes”, declarou.

Fonte: Victor Lacerda/Yhaoo Notícias

segunda-feira, 22 de março de 2021

Busca por bicicleta cresce e faturamento do setor sobe 54%

 Gazeta da Torre

O isolamento social contribuiu para o aumento na compra de bicicletas. As bikes, além de um meio de transporte, se tornaram também uma possibilidade de fazer algum tipo de exercício físico durante o período de restrições sociais. Com os sucessíveis aumentos no preço dos combustíveis e das passagens dos transportes públicos, os amantes das pedaladas têm ainda mais um incentivos para usar as bikes na locomoção.

As empresas que fabricam e vendem bicicletas viram o faturamento aumentar 54% no ano passado na comparação com o ano anterior, conforme estudo realizado pelo Itaú Unibanco.

Vale lembrar que o Brasil é o quarto produtor mundial de bicicletas, com a fabricação anual de 2,5 milhões de unidades e frota nacional de 70 milhões de bikes.

O Polo Industrial de Manaus produziu em janeiro deste ano quase 57 mil unidades, alta de 45% em relação ao mês de dezembro de 2020.

Os fabricantes instalados em Manaus estimam que serão produzidas 750 mil unidades neste ano, uma alta de 13% em relação ao ano passado. Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).

Não é só uma questão de mobilidade

Normalmente, a magrela é lembrada por aliviar o trânsito das ruas cheias de carros ocupados por apenas uma ou duas pessoas. Mas, de acordo com Mark Nieuwenhuijsen, diretor da Iniciativa de Planejamento Urbano, Desenvolvimento e Saúde da ISGlobal, é preciso olhar também para os benefícios pessoais relacionados à saúde, tanto física como mental.

“É necessária integrar planejamento urbano, mobilidade e saúde pública a fim de desenvolver políticas para promover o transporte ativo”, conclui Mark.

Fontes:IstoÉ/Dinheiro; VejaSaúde;

A drenagem linfática

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Técnica de massagem que estimula o sistema linfático a trabalhar de forma mais rápida. Acelera o processo de retirada dos líquidos acumulados entre as células, e os resíduos metabólicos presentes no corpo.

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Bailarino pernambucano é aprovado na Escola de Teatro Bolshoi no Brasil

 Gazeta da Torre

O bailarino Ângelo Rafael B. Nunes, aluno do estúdio de dança Sandra Pernambuco Ballet (Recife/PE), foi o único pernambucano aprovado após concorrido processo seletivo da Escola de Teatro Bolshoi no Brasil com sede em Joinville/SC, realizada nos dias 18 e 19 de março/2021.

A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e a sua Cia. Jovem estão construindo um repertório sólido e eclético com o passar dos anos, que busca na arte da dança estabelecer uma história de formação, beleza e cultura.

A escola proporciona a formação de artistas da dança, ensinando a técnica de balé segundo a metodologia Vaganova, dança contemporânea e disciplinas complementares. Com alunos vindos de diferentes estados brasileiros e do exterior, a instituição ressalta o seu compromisso social, ao conceder 100% de bolsas de estudo e benefícios para todos os alunos. Uma Seleção acontece todos os anos para o ingresso de novos bailarinos.

*Sandra Pernambuco Ballet (Recife/PE) – Praça Professor Barreto Campelo, 1174, Torre, Recife/PE. Contato: (81) 3228-5331.

domingo, 21 de março de 2021

Reciclagem de resíduos de construção e demolição ganha espaço

 Gazeta da Torre

“O conhecimento que temos e a tecnologia de processo e de aplicação já estão muito maduros para aplicação no setor industrial”, afirma Carina Ulsen

Entre as tecnologias desenvolvidas na Escola Politécnica da USP, pode-se destacar a reciclagem de resíduos de construção e demolição. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Carina Ulsen, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo e pesquisadora do Laboratório de Caracterização Tecnológica da Escola Politécnica da USP, comenta o tema.

“Nós temos diversas possibilidades de aplicação do material processado. Não dos resíduos, mas dos agregados reciclados, como chamamos. Eles necessariamente passam por uma etapa de processamento. Os nossos estudos são sempre definidos para processar esse material e gerar um produto de melhor qualidade para aplicação na engenharia civil. Hoje, temos tecnologias desenvolvidas para produção de argamassa, concreto… As aplicações são muito amplas”, explica.

Para Carina Ulsen, o êxito da aplicação está em identificar a demanda e, então, pensar nas propriedades do resíduo e do material reciclado a serem aplicadas. “Como é um mercado muito novo, acredito que essa questão mercadológica tinha que ser um pouco mais estudada”, afirma. Seria importante, então, estar mais atento às demandas do mercado. Na Poli, combina-se o conhecimento de transformação dos resíduos em materiais de maior valor agregado com a capacidade de análise das aplicações do material. O grupo de pesquisadores chegou a formar estreitas parcerias internacionais com países como Alemanha e Holanda.

“O que é muito interessante é que nos preocupamos muito em tentar transferir para a sociedade o conhecimento gerado. O conhecimento que temos e a tecnologia de processo e de aplicação já estão muito maduros para aplicação no setor industrial. Os setores de mineração de engenharia civil são conservadores, mas precisam mudar. Acreditamos que não se trata de uma simples substituição de materiais, é necessário aprender a trabalhar com eles e encontrar a melhor forma de incorporá-los”, diz.

Fonte:Rádio USP

sábado, 20 de março de 2021

Empresa inteligente alia gestão digital enxuta e inovação que surge da diversidade

 Gazeta da Torre

A arquitetura de uma empresa inteligente está fundamentada em um sistema de gestão digital enxuto, padronizado e de última geração, capaz de sustentar o crescimento com governança, resiliência, escalabilidade e segurança – pondera Adriana Aroulho, presidente da SAP Brasil em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP. A SAP é uma empresa com forte presença global em gestão e automação, tecnologia em nuvem, monitoramento e integração digital.

Segundo Adriana, esta arquitetura enxuta permite às empresas tirar vantagem das melhores práticas industriais e dos processos de negócios automatizados neste núcleo digital, além da customização numa plataforma de integração na nuvem para aquilo que realmente seja necessário. “Isso traz muito mais agilidade no desenvolvimento de Tecnologia da Informação (TI), permite que o sistema da empresa acompanhe os avanços tecnológicos e a modernização de ambientes complexos, bem como viabiliza dados em um único lugar, que conversem e que sirvam tanto para operações transacionais quanto analíticas. Essa é a nossa ideia de arquitetura inteligente de uma empresa”, afirma.

Ela reforça que um dos principais ganhos trazidos pela automatização é que isso libera o capital intelectual nos negócios para que esteja focado em novas ideias. “As grandes novas ideias e as transformações vêm sempre das pessoas, mas a tecnologia tem papel fundamental de habilitação de tudo isso, para evitar atividades repetitivas, automatizar aquilo que não é inovador e liberar tempo para buscar novos modelos, atendendo melhor os clientes e cuidando melhor dos colaboradores.”

A empresa inteligente também deve ser diversificada. “Nas nossas soluções de Recursos Humanos (RH), a gente garante que em todo o processo de seleção não haverá nenhum tipo de viés na formação [de escolha] dos candidatos. Com o aprendizado de máquina, também conseguimos garantir processos mais isentos, trazer o olhar da diversidade. Contudo, não é apenas uma questão de ter pessoas diversas, mas ter também um ambiente que permita criar inclusão.”

Ela ainda reforça que a integração é fundamental para a inovação. “Pessoas iguais tendem a pensar igual. Pela natureza do negócio de tecnologia, a gente precisa do pensar diferente.  E isso traz resultado tanto financeiro quanto de engajamento. Quando refletimos melhor a sociedade à qual servimos, também conseguimos nos conectar mais com ela.”

Quanto à equidade de gênero, Adriana comenta que o objetivo da SAP é chegar a 2023 com 30% de mulheres em posição de liderança – e com 50% até 2030. “É um conjunto de ações que irá garantir que a gente chegue lá: atrair as mulheres; garantir diversidade nos processos de seleção; equidade salarial para homens e mulheres com as mesmas responsabilidades e um programa de mentoria para aceleração do desenvolvimento às mulheres contratadas”, sinaliza.

Fonte:UM Brasil