terça-feira, 31 de maio de 2022

Insegurança alimentar no Brasil cresce e atinge maior patamar da história

 Gazeta da Torre

Doações de alimentos 

A parcela de brasileiros que não teve condições para se alimentar ou prover alimento à sua família em algum momento nos últimos 12 meses subiu de 30%, em 2019, para 36%, em 2021.

Este índice, divulgado na quarta-feira (25/maio/2022) em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Social, representa o novo recorde da série histórica no país, iniciada em 2006.

De acordo com os dados do estudo, a insegurança alimentar no Brasil subiu quatro vezes mais em relação à média dos outros 120 países analisados.

“É a primeira vez desde então que a insegurança alimentar brasileira supera a média simples mundial, comparando a média simples dos mesmos 120 países com o Brasil, antes e durante a pandemia”, destacou a FGV.

Segundo a instituição, os dados sugerem a “ineficácia relativa de ações nacionais”.

Em 2006, primeiro medidor deste índice pela FGV Social, a taxa de segurança alimentar no Brasil era de 20%. Em 2010 a insegurança alimentar reduziu para 19% e teve nova redução em 2014, indo para 17%.

Já em 2019, a taxa subiu para 30% e, em 2021, foi para os 36% apontados.

Na população mais carente, o aumento da insegurança alimentar foi ainda pior. Entre os 20% mais pobres no país, houve um aumento de 22 pontos percentuais entre 2019 e 2021. Saiu de 53%, em 2019, para 75%, em 2021.

O nível de insegurança alimentar para este nicho da população é bem próximo do observado em Zimbabwe, por exemplo, que é atualmente o pior país neste quesito, com 80%.

Para Marcelo Neri, Diretor do FGV Social na Fundação Getulio Vargas e autor da pesquisa, os números evidenciam um cenário preocupante no país, que precisa de atenção especial no intuito de solucionar os problemas apontados.

“Os resultados mostram que a insegurança aumentou mais no Brasil do que no mundo ao longo da pandemia. Esse aumento é muito mais sentido na base da distribuição, o que é algo muito preocupante, pois tem se concentrado dentre os mais pobres, que já possuem outros tipos de insuficiência”, comentou.

Em contrapartida, os 20% mais ricos tiveram queda de três pontos percentuais na insegurança alimentar. Saiu de 10%, em 2019, para 7%, em 2021 – pouco acima da Suécia (5%), o país com menos insegurança alimentar.

“Na comparação com média global de 122 países em 2021, nossos 20% mais pobres tem 27 pontos percentuais a mais de insegurança alimentar enquanto nossos 20% mais ricos apresentam 14 pontos percentuais a menos. Altos níveis e aumentos de desigualdade de insegurança alimentar brasileira por renda são também encontrados por níveis de escolaridade”, destacou a pesquisa da fundação.

No Brasil, o índice de insegurança alimentar entre pessoas com apenas o ensino fundamental completo é de 52%. Já entre as que possuem ensino médio é de 31% e as com ensino superior é de apenas 8%.

Outro recorte destacado pela FGV Social é a diferença entre homens e mulheres no Brasil.

Enquanto a atual taxa de insegurança alimentar entre as mulheres é de 47%, a entre os homens é de 26%. E essa distância aumentou ainda mais entre 2019 e 2021.

Em 2019 o índice entre mulheres era de 33% e o entre os homens de 27%. Ou seja, enquanto houve aumento de 14 pontos percentuais entre as mulheres, foi apontada queda de 1 ponto percentual dentre os homens.

“Quando essa insegurança afeta as mulheres nesta proporção, que mesmo nos dias atuais ainda são as que mais estão próximas às crianças, essa situação pode gerar um efeito a longo prazo ainda mais difícil”, pontuou Neri.

Fonte: CNN Brasil

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Como aprender mais fácil? Onze dicas infalíveis para saber mais

 Gazeta da Torre

Você quer aprender, começa a estudar conteúdos importantes para avançar na carreira, na escola, passar no vestibular ou em um concurso, mas não consegue assimilar com a facilidade que gostaria?

Afinal: é possível aprender mais fácil?

O Método SUPERA – Ginástica para o Cérebro já ajudou mais de 200 mil pessoas a melhorar na escola, passar no vestibular e concursos, e acredite: existe uma maneira de aprender mais fácil e neste conteúdo vamos te dar 11 dicas infalíveis para você chegar lá.

Como funciona o processo de aprendizagem no cérebro?

A primeira coisa que você precisa entender para aprender mais fácil é que existem diversas funções cognitivas que interagem nas áreas do cérebro para processar as informações.

A neurociência atual trabalha com o conceito de redes neurocognitivas dedicadas, integradas, que dão suporte às diferentes funções cerebrais.

“As áreas cerebrais participantes dos circuitos neurais cooperam para a execução das múltiplas funções. Trata-se, portanto, de um sistema abrangente de funcionamento de todo o córtex cerebral”, detalhou a neurocientista do SUPERA, Livia Ciacci.

O que é necessário para você aprender algo?

Todos queremos aprender mais fácil, mas para aprender, são necessárias inúmeras conexões neurais que ocorrem em múltiplos circuitos distribuídos, que são simultaneamente acionadas para dar significado às novas informações, em que o trabalho de cada parte deve ser visto como um todo integrado e harmonioso.

“A aprendizagem é cérebro e corpo: movimento, alimentação, sono, interação social e com o ambiente, ciclos de atenção e aprendizagem construída quimicamente por meio da plasticidade cerebral. O que determina quais áreas serão mais ou menos acionadas são as experiências do ambiente”, explicou Livia Ciacci.

Como a ginástica para o cérebro pode me ajudar a aprender mais fácil?

A Neuroaprendizagem é a compreensão das bases neurobiológicas da aprendizagem, aos assuntos relacionados à cognição: funções cognitivas e executivas como a linguagem, memória de trabalho, flexibilidade mental, controle inibitório, memória, tomada de decisão, foco atencional, abstração, planejamento e coordenação de comportamentos, capacidade empática, regulação emocional, capacidade de se auto monitorar, entre outros. Quando damos ao cérebro os estímulos certos, envolvendo novidade, variedade e grau de desafio crescente, estamos favorecendo a neuroaprendizagem e, consequentemente, a assimilação de conteúdo.

Fique até o final do conteúdo para entender

Jovem consegue aprender mais fácil?

Nosso cérebro pode aprender em todas as fases da vida. O que precisamos entender são dois conceitos importantes: a reserva cerebral e a reserva cognitiva. A reserva cerebral é nossa capacidade natural do nosso cérebro de aprender, o que “vem de fábrica“ em nosso cérebro. Já a reserva cognitiva é aquilo que adquirimos quando estimulamos o nosso cérebro ao longo da vida. O que acontece neste caso é que a criança tem mais reserva cerebral e o adulto de meia idade, dependendo da vida que levou, pode ter uma menor reserva cognitiva aos 50 ou 60 anos.

“Por isso é tão importante se atentar a qualidade de estímulos que damos ao cérebro. A reserva cognitiva existe para auxiliar em nossa sobrevivência nos deixando mais rápidos, para nos proteger contra o declínio das habilidades mentais relacionados à idade”; falou Lívia. 

Desta forma, quanto melhor for o estilo de vida do indivíduo, melhor será a sua reserva cognitiva, em outras palavras uma “poupança cognitiva”, que é acionada quando necessário para suprir algum déficit do funcionamento cerebral, ou um momento de proteção em relação à possíveis situações de risco para a saúde do cérebro.

Quanto maior a reserva cognitiva aos 40,50, 60 ou 70 anos, maior será a capacidade do indivíduo de aprender ou assimilar novas informações e fazer correlação entre elas.

A boa notícia é que...

É possível melhorar a forma como você aprende!

Confira algumas dicas para melhorar a assimilação de conteúdos:

1. Tenha atenção: melhorar a atenção significa melhorar sua memória. A atenção é a porta de entrada para as informações que são captadas pelos vários sentidos do nosso corpo. Quando isto acontece, as in¬formações que recebemos chegam ao cérebro e são selecionadas conforme a prioridade que serão proces¬sadas.

2. Saiba o que vai estudar: defina metas diárias de estudo e o conteúdo a ser estudado. Defina o tempo ne¬cessário para estudar todos os conteúdos até o dia do teste.

3. Resgate o que você já sabe: recorra às suas anotações, ao que foi discutido em sala de aula, as imagens apresentadas, títulos, gráficos.

4. Leia em voz alta. Observe o que mais lhe favorece (em voz alta ou silenciosamente).

5. Faça anotações durante a sua leitura: use palavras-chave, resuma em tópicos, sintetize as informações, ex¬plique para “si mesmo” o que está estudando. Divida o seu texto em partes (use uma linha traçada com lápis) e durante a leitura faça anotações na própria página e na parte que está lendo: palavras-chave, palavras importantes, nomes próprios e datas, o que for importante para lembrar.

6. Grife no texto as informações principais: grifar não é colorir o texto. Grife as informações que serão gati¬lhos das redes semânticas. As que serão utilizadas para resgatar os conteúdos.

7. Faça intervalos breves, em média a cada 30-35 minutos. Preveja na sua organização de estudos estes inter¬valos. Só não vale consultar o feed de notícias, ler mensagens das redes sociais neste intervalo. Aproveite para se hidratar, esticar as pernas, “levantar a cabeça e olhar para fora”!

8. Elabore questões sobre o assunto e responda às questões elaboradas por seu professor ou guia de estudos: elaborar perguntas é um processo mais complexo do que dar respostas e isto é um ótimo exercício para fixar o conteúdo e verificar os pontos que estão falhos.

9. Fique atento aos horários de sono e alimentação: durma a quantidade adequada às suas necessidades e mantenha os horários de se alimentar e dormir.

10. Novidade, variedade e grau de desafio crescente e constante é o que você precisa para fortalecer as suas conexões cerebrais: quanto mais ativas as diferentes áreas do cérebro e suas conexões, mais fortes e sau¬dáveis elas ficam: um cérebro ativo é um cérebro saudável, para isso mantenha seu contato e atividades sociais, leia muito (leitura de qualidade e variada), mantenha em dia sua atividade física e equilibre os de¬safios com suas capacidades mentais: nem fácil a ponto de provocar desinteresse e nem difícil a ponto de gerar estresse tóxico.

11. Acima de tudo acredite em você e tenha em mente que fortalecer a memória e potencializar as capacida¬des cerebrais é um dever de todos, por toda a vida, e não só quando é preciso para um objetivo imediato.

É importante lembrar que...

Todos os cérebros aprendem e mantém a capacidade de aprender por toda a vida

Por que sentimos essa fadiga por ficar tanto tempo no celular todos os dias? Não estamos recebendo informações o suficiente? O problema não são as informações, mas sim como contextualizá-las, como correlacioná-las, é aí que o cérebro desenvolve neuroplasticidade: quando questiona e desenvolve o pensamento crítico, lógico e analítico.

Para alcançar essa evolução constante nosso cérebro precisa de três coisas: novidade, variedade e grau de desafio crescente

Embora, quanto mais maduro for um cérebro, menos plástico e menos maleável ele será e aprender exigirá mais esforço, mas sempre é possível aprender. Aprender também é repetição, o exercício de habilidades cognitivas, curiosidade, interesse e motivação. Quanto maior a motivação e a emoção que se coloca num determi¬nado acontecimento, mais facilmente será o resgate do que aprendemos em nossa memória. 

Para reflexão:

Sua atitude no início de uma tarefa definirá em muito o êxito dessa tarefa. Identifique o desafio, crie estratégias e aja como se fosse impossível falhar. ‘Autor desconhecido’.

Você sabia:

A avaliação não é uma punição. É um instrumento para identificar os pontos fracos que podem e devem ser melhorados.

Resposta do desafio de Abril:

O que é?

Tem no quarto com duas sílabas, o rei dos animais com duas sílabas; animal que muda de cor?   Resposta: CAMALEÃO

Desafio de Maio:

Qual cor é elétrica?

Reposta do desafio na próxima edição.

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

terça-feira, 24 de maio de 2022

O foguete da inflação segue disparando!

 Gazeta da Torre


Absolutamente não está fácil, a inflação segue corroendo os ganhos dos brasileiros, e aumento real de salário poucos tem, é pé de cobra quase. E a ideia aqui é traduzir os impactos do que estamos vivendo e que é uma combinação meteórica para mais um disparate da ainda maior da inflação, que segue voando alto e vai além. Venha comigo refletir e entender melhor o contexto nas próximas linhas.

No fim de abril, foi anunciado o aumento da conta de energia no estado, entre 18,5% e 19,01% para residências e indústrias, respectivamente. Nas residências é aumento direto, na conta do cidadão, e nas indústrias, mais cedo mais tarde, termina tendo repasse disso para o cliente, o que também pesa no bolso do consumidor.

Este, por sua vez, já vem sofrendo há tempo com o aumento no supermercado, na prateleira, e se a carne estava cada vez mais pesada no orçamento, e muita gente balanceava a dieta com o frango na mesa também, mais uma vez, o impacto é grande. Nos EUA e na França, por exemplo, a gripe aviária vem causando grande impacto, e com isso, no Brasil, vem aumentando substancialmente a procura e a consequente exportação, ou seja, fatores que farão com que o frango aumente de preço, devido ao aumento da demanda do mercado externo e a correria da produção para atender esse novo cenário, com uma oferta ainda “limitada”.

E não só por isso, a guerra na Ucrânia faz com que o preço das rações disparem, e com as rações mais caras, bovinos, suínos e aves devem terminar sentindo isso, o que, novamente, é passado para o consumidor, e este sentirá novamente no bolso. Mas por que isso? Porque a Ucrânia é uma grande produtora mundial de milho e a Rússia um dos maiores produtores de trigo, ambos usados para ração animal. Ainda que o trigo não seja usado como ração no Brasil, quando o preço dele sobe, puxa para cima o preço de outros grãos.

Do combustível nem falo, além do impacto direto, ele também influencia na cadeia, e o impacto é forte. Indo mais para o outro lado do mundo, o lockdown e a onda de covid na China, fez com que o porto de Xangai, o maior do mundo, paralisasse as operações de cargas e descargas de navios em abril, o que tem atrasou as movimentações e, com isso, gerou a falta em vários mercados, o que pode agravar ainda mais, e consequentemente, aumentar a inflação global.

Voltando para a inflação no Brasil, no último dia 04 de maio, a taxa Selic, taxa básica de juros, muito usada também para conter a inflação, subiu mais uma vez, em mais uma tentativa de conter a escalada dos preços.

Dias de cautela, olho no orçamento. E se você não tem um, corra para ter, pois isso te dará mais clareza e base para tomar decisões! Lá no meu Instagram  https://www.instagram.com/personalfinanceiro/?hl=en, você encontra o link para baixar uma planilha que vai te ajudar nisso.

Um ano de turbulência, saída da pandemia, guerra, eleições e tantos fatores que não nos deixam respirar tranquilos, mas vai passar, e é bem importante saber atravessar da melhor maneira possível essa fase.

 

Abraço a até a próxima!

Sem distribuição de poderes na câmara, não há governabilidade, apenas decisões que se anulam

 Gazeta da Torre

Por que persistem a avaliação negativa do modus operandi da Câmara dos Deputados e a percepção de afastamento da Casa em relação à sociedade? Para a cientista política e escritora Argelina Cheibub Figueiredo, apesar de cada um eleger o seu deputado, as decisões dependem de mais de 500 parlamentares. “As pessoas não têm confiança na capacidade de os outros escolherem. Isso tem a ver com uma visão elitista de que o pobre não sabe votar”, defende a professora do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Além disso, o Legislativo é muito mais transparente do que o Executivo, e a “luta” legislativa entre oposição e governo tem, por fim (no caso da oposição), expor cada vez mais tudo aquilo que é contra, explica. “É até meio paradoxal. Quanto mais democrática uma sociedade em termos de transparência, de accountability, e de visibilidade das decisões, menor a confiança da sociedade. É o que acontece com a percepção de corrupção”, pondera Argelina.

Em entrevista ao UM BRASIL uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), a cientista analisa a atuação da Câmara dos Deputados – órgão principal de representação do povo – e sua relação com o governo federal.

(https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=1lGvzUrqqVA&feature=emb_title)

Argelina defende que a Câmara é decisiva para os resultados Legislativos, e até mesmo em um contexto mais amplo – ou seja, de democracia. “Existe sempre uma tensão e uma busca incessante de um equilíbrio entre representação e o que se chama de governabilidade. Pela representação, o Legislativo, na forma da Câmara, tem de refletir preferências do eleitorado, sendo responsivo a elas. Da parte do Executivo, é preciso garantir um governo que não seja totalmente inepto, ineficaz ou omisso; ele tem de fazer políticas públicas e depende desta articulação.”

Com isso, a organização interna do Legislativo, bem como sua distribuição de poderes, será muito importante para esta articulação. “A ideia antiga de que o presidente se relacionava com 513 deputados individualmente já caiu por terra há muito tempo. Se não houver uma distribuição de poderes entre partidos dentro e fora do governo e as lideranças, não há um processo decisório que chegue a termo. Mais formalmente, trataria-se de um ciclo de decisões que vão se anulando”, ressalta. Neste sentido, o contexto institucional – que envolve presidência da Câmara e líderes do governo, da minoria e partidários – tem papel fundamental na articulação com o Executivo.

Ela também explica que o presidencialismo brasileiro (de coalizão) dispõe de determinadas características não peculiares ao presidencialismo, mas aos governos de coalizão. “Quando um governo é minoritário na busca por produção de políticas, precisa formar maioria para deixar de ser um ‘não governo’. Uma coalizão de governo é uma forma de comprometer os partidos, e não somente parlamentares, a fazerem parte dele. O compromisso deve ser entre o partido e o governo.”

A cientista política ainda pondera que a principal razão da dificuldade de governabilidade não é o número de partidos, mas o alinhamento político da composição da Casa legislativa. Ela reforça que é preciso ver qual o espectro ideológico desses partidos, de forma que a situação mais difícil de se governar seja quando há dois partidos radicais, nos extremos.

“Quando o ‘meio’ está esvaziado, é impossível governar. Acredito que isso tenha sido uma boa parte do que aconteceu em 1964. Quando há um centro razoável, isso facilita a governabilidade. Fernando Henrique Cardoso fez uma coalizão de centro-direita contígua ideologicamente, e com um número muito grande de pequenos partidos por fora [da base] votando com o governo”, conclui.

Fonte: UM Brasil

domingo, 22 de maio de 2022

O mundo está cada vez mais próximo de uma catástrofe climática, adverte ONU

 Gazeta da Torre

Relatório divulgado esta semana pela ONU mostra que indicadores de mudanças climáticas bateram recordes em 2021. O estudo, desenvolvido pela Organização Meteorológica Mundial, destaca piora em quatro deles: aumento das concentrações de gases do efeito estufa, da acidificação dos oceanos, além da elevação do nível do mar e das temperaturas.

Com uma média global de quase 1,1 grau acima do nível pré-industrial, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que estamos cada vez mais próximos de uma catástrofe climática.

Para explicar essa situação, o Jornal da USP No Ar 1ª Edição conversou com o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Instituto de Ambiente e Energia (IEE) da USP, que alerta para o fato de as mudanças climáticas deixarem de ser uma possibilidade para o futuro, e sim uma realidade que se impõe cada vez mais. Para ele, exemplos não faltam para ilustrar a situação atual do planeta: “Os exemplos se mostram cada vez mais abundantes e cada vez com maior intensidade. A intensidade com a qual as mudanças climáticas vêm se impondo tem assustado”.

Do ponto de vista geográfico, as mudanças climáticas são bem distribuídas. Para ilustrar isso, Côrtes relembra dos recordes de temperatura no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, em que tivemos os termômetros alcançando os 46°. Também, as chuvas em Petrópolis e em Angra dos Reis, mais recentemente, além dos períodos de severa estiagem complementam o quadro de alerta.

O que tem sido feito

Os eventos que ocorreram no Brasil e que vêm ocorrendo no mundo configuram uma situação de emergência. Na opinião de Côrtes, e do secretário-geral, são poucas as medidas efetivas, já que há um evidente fracasso humano no combate às mudanças climáticas.

“Os esforços que têm sido empreendidos até agora não são suficientes e não têm sido suficientes para a gente tentar reduzir os impactos das mudanças climáticas em todo o mundo”, complementa o professor.

Jornal da USP

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Aprenda a usar calça jeans com um modelo que combine com a forma do seu corpo

 Gazeta da Torre


Os anos passam, as tendências mudam e o jeans continua reinando absoluto nas passarelas, vitrines e guarda-roupas de todos os cantos do mundo. Estamos falando apenas da calça jeans, sinônimo de praticidade, também pode ser sinal de estilo e personalidade. Os diversos modelos e possibilidades de combinações fazem dessa peça uma aquisição indispensável para o guarda-roupa da mulher que prioriza conforto e praticidade. Mas, será que você sabe qual é a melhor modelagem de calça jeans para o seu formato de corpo? Quem vai nos mostrar é a nossa Consultora de Imagem e Estilo Fátima Fradique, que fez uma seleção de looks exclusivos para que vocês possam se inspirar e usar calça jeans de um jeito simples e certeiro. Quer ver? Então, confira a baixo as dicas da especialista e arrase em suas produções.

 LOOK: CALÇA JEANS PARA QUEM DESEJA ALONGAR

 


Se você deseja uma calça jeans que te alongue.

Dicas da especialista:

Cós médio ou alto coloca a cintura no lugar e afina a silhueta. Vá de corte reto para disfarçar pernas grossas e prefira as lavagens mais escuras.

1 - LOOK: CALÇA JEANS PARA QUEM NÃO QUER CHAMAR A ATENÇÃO PARA OS QUADRIS.



Se você não deseja chamar a atenção para o seu quadril.

Dicas da especialista:

Quanto mais chapado e escuro o tecido, melhor. Prefira os modelos retos e com bolsos grandes no bumbum ( eles harmonizam as proporções).

2 - LOOK: CALÇA JEANS PARA QUEM DESEJA TER CURVAS FEMININAS




Se o seu desejo é ter curvas bem femininas.

Dicas da especialista:

O jeans mais claro em pontos estratégicos revela curvas onde não há. Invista nas modelagens sinuosas, como a flare de cintura alta.

3 - LOOK: CALÇA JEANS PARA QUEM DESEJA EQUILIBRAR AS PROPORÇÕES.



Se o seu desejo é equilibrar as proporções.

Dicas da especialista:

Quando o quadril é menor que o tronco, atraia a atenção para a parte de baixo. Use calça clara, com patches, bordados, tachinhas e rasgos.

4 - LOOK: CALÇA JEANS PARA QUEM DESEJA AFINAR E MODELAR




Se o seu desejo é afinar e modelar.

Dicas da Especialista:

Eis aqui dois truques de estilo que vão disfarçar os excessos.

1) Use um top da mesma cor da calça.

2) Camufle as laterais do corpo sobrepondo um blazer ou um colete alongado.

5 - LOOK: CALÇA JEANS PARA QUEM DESEJA GANHAR CURVAS



Se o seu desejo é ganhar curvas.

Dicas da especialista:

Blusa cinturada ou com peplum  ( babado na barra ) combinada com a calça flare tira a impressão de corpo reto. Se o top for retilíneo, modele-o amarrando na região da sua cintura.

Espero que vocês aprovem as dicas. O ponto chave agora é com vocês. Permitam-se e montem suas produções com a calça jeans a seu favor. Até a próxima edição

Facebook  ( Fanpage ) Fatima Fradique

Instagram:  https://www.instagram.com/fatima_fradiquecrc/?hl=en

sábado, 14 de maio de 2022

Mais do que o “INCHAÇO” do ESTADO BRASILEIRO, precisamos discutir como melhorar sua capacidade de funcionar

 Gazeta da Torre

As preocupações com o gasto público e com a composição dos custos governamentais sempre estiveram mais “relegadas” a cientistas sociais e historiadores. Atualmente, a capacidade estatal (além da forma como as políticas são implementadas) também tem se tornado uma preocupação grande entre os economistas, sobretudo para entender a razão de algumas nações terem uma capacidade maior do que as outras –  e como é possível melhorá-la, em um contexto econômico desfavorável.

“Esta capacidade envolve a arrecadação de impostos, a qualidade do Sistema Judiciário e o funcionamento da burocracia”, defende Claudio Ferraz, economista e referência mundial em avaliação de políticas públicas. “A discussão no Brasil tem focado muito no ‘inchaço’ do Estado, quando, na verdade, deveria focar na melhoria do seu funcionamento.”

A partir disso, ele pondera, é preciso pensar em como atrair as melhores pessoas para o setor público, além de como gerar os incentivos de desempenho corretos. Ferraz ainda lembra que, após garantir a estabilidade, é preciso continuar criando os incentivos para que os funcionários do Estado continuem produzindo de forma eficiente.

“Não podemos ter alguém que comece a trabalhar com um salário superalto sem ser cobrado por desempenho. Muitos países estão rediscutindo a forma de equilibrar esta necessidade de se ter algum nível de flexibilidade, mas mantendo uma burocracia de alta qualidade e com algum grau de estabilidade. A reforma da burocracia brasileira terá de enfrentar isso. Será um ponto central para o próximo governo”, sinaliza.

O economista é um dos mais respeitados acadêmicos brasileiros. Atualmente, é professor da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Nesta entrevista ao Canal UM BRASIL ( https://umbrasil.com/videos/mais-do-que-o-inchaco-do-estado-brasileiro-precisamos-discutir-como-melhorar-sua-capacidade-de-funcionar/ ), uma realização da FecomercioSP, Ferraz também fala sobre a implementação de um programa substituto do Bolsa Família e um programa de renda mínima. Outros temas abordados são o combate à corrupção e o financiamento de campanhas políticas.

UM Brasil

Cadeias reversas precisam orientar políticas públicas para reciclagem de resíduos sólidos

 Gazeta da Torre

O trabalho dos catadores é essencial para o recorde conquistado pelo Brasil em reciclagem de latinhas e diminuição de danos ao meio ambiente. No entanto, essa situação não se repete com outros produtos como vidro e plástico.

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Sylmara Lopes Dias, professora de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), ambos da USP, explica que esse recorde com a reciclagem do alumínio ocorre também pelo investimento da indústria “para que a estrutura dessa cadeia reversa seja trabalhada em todos os cantos do País”.

A importância do trabalho dos catadores

Apesar do recorde brasileiro e da importância do trabalho dos catadores, que é historicamente feito para a coleta das latinhas de alumínio, eles não são remunerados corretamente. “Há uma precariedade do trabalho”, ressalta, ao revelar que os catadores nem mesmo recebem apoio das Prefeituras e que apenas 10% deles, aproximadamente, no Brasil, estão em cooperativas. Boa parte dos catadores “está nas ruas, fazendo esse trabalho de forma autônoma, um trabalho de formiguinha que tem todo esse impulso de uma indústria hoje bastante pujante, no caso do alumínio”, afirma.

Medidas para ampliar a reciclagem

Existe um marco legal, a Lei 12.305/2010, que institui uma política nacional de resíduos sólidos, mas que, para Sylmara, ainda precisa ser implantada. O pagamento aos catadores que prestam um serviço ambiental – sendo, inclusive, um instrumento de política pública ambiental –  “praticamente não se estabeleceu”.

Além disso, para que materiais como o vidro e o plástico também sejam reciclados, as empresas devem investir em uma estrutura de cadeia reversa, desenvolvendo, por exemplo,  o “design de produtos que favoreçam a reciclagem”, explica.

A coleta seletiva também é importante para separar e destinar os materiais corretamente. A professora exemplifica que na cidade de São Paulo, apesar de algumas políticas, ainda não foi feito o suficiente, dado que nem 5% das embalagens que circulam na cidade são coletadas, e “esse é o retrato do Brasil todo”, destaca.

Jornal da USP

terça-feira, 10 de maio de 2022

Trinta sequelas e sintomas persistentes da Covid-19; confira a lista

 Gazeta da Torre

Getty images

A infecção pela Covid-19 até pode ser assintomática, mas isso não a impede de deixar marcas. De acordo com as informações mais recentes, são aqueles pacientes que tiveram a doença em níveis mais graves que possuem maior probabilidade de ficar com prevalência de sintomas e sequelas após serem contagiados com o SARS-CoV-2.

Pessoas com casos mais leves da doença têm relatado dificuldades nas semanas ou meses seguintes à infecção.

“Ainda não tivemos tempo suficiente para perceber como vai ser esta evolução”, diz à CNN Portugal Andreia Leite, professora na Escola Nacional de Saúde Pública, que trabalha em um estudo que irá avaliar a persistência da ‘covid longa’ em Portugal.

“Tem ocorrido grande dificuldade em definir a covid longa”, admite, bem como as sequelas que ficam em uma “condição pós-covid”.

“A condição pós-covid é um diagnóstico de exclusão”, assinala ainda a investigadora. “Se alguém teve covid e começa com determinado sintoma é preciso perceber se é, de fato, esta a justificação, até porque existe um conjunto de outras causas para estes vários sintomas, o que torna a abordagem mais difícil”, resume.

A própria nomenclatura de “covid longa” não levanta consensos: um estudo publicado na The Lancet Respiratory Medicine, já no início deste mês, refere que, dado o especto de sintomas que podem ocorrer e persistir após a infecção da Covid-19, e também podem afetar diferentes órgãos e sistemas do organismo, “é essencial concordar na nomenclatura e definição” para avaliar a sua incidência, subtipos e gravidade.

“Este processo não pode ser deixado para as agências, prestadores de cuidados de saúde ou investigadores, mas requer vasta discussão, incluindo, nomeadamente, as pessoas afetadas.”

Sequelas e sintomas

Segundo uma revisão de estudos sobre a ‘long covid’, que estima que as sequelas da doença a longo prazo terão um impacto substancial na saúde pública, existem mais de 50 sintomas distintos relatados pós-infecção por covid-19, sendo os mais prevalentes a fadiga e dificuldades respiratórias, seguidas por perturbações do olfacto e paladar, cefaleias, dor no peito, névoa mental e perda de memória, bem como perturbações do sono.

Confira uma lista de 30 dos sintomas relatados e, se for o seu caso, marque uma consulta.

Fadiga

Dor de cabeça

Dificuldades respiratórias

Dor de garganta

Lesões pulmonares

Dor no peito

Tosse persistente

Dor muscular e articular

Ansiedade

Depressão

Insônias

Dificuldade de concentração

Névoa mental

Perda de memória

Perda de olfacto

Perda de paladar

Irritações cutâneas

Perda de apetite

Vômitos

Dor abdominal

Refluxo gastroesofágico

Diarreia

Incontinência urinária e fecal

Alterações no ciclo menstrual

Queda de cabelo

Arrepios

Suor abundante

Arritmias e palpitações cardíacas

Inflamação do miocárdio

Edema dos membros

A “condição pós-covid”

Bernardo Gomes, médico de Saúde Pública, lembra a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), que considera “condição pós-covid” os sintomas que surgem três meses após infecção, que duram pelo menos dois meses e não podem ser explicados por um diagnóstico alternativo.

Para o especialista, é importante, em termos de sequelas, dissociar aquelas que são efetivamente decorrentes da Covid-19 e outras que possam surgir de circunstâncias de doença mental ou até decorrentes de alterações de estilos de vida determinados pelas medidas pandêmicas.

Segundo os estudos mais recentes, sintomas pós-covid são mais comuns em adultos do que em crianças e mais habituais em doentes não vacinados do que em pessoas que tomaram a vacina.

“E há outra circunstância: pessoas que podem não ter nada na fase pós-aguda e aparecem com quadros, passado algum tempo, que se encaixam na possibilidade de long covid”, acrescenta Bernardo Gomes.

Entre as sequelas mais comuns da Covid-19, o médico aponta fadiga, dificuldade respiratória e disfunção cognitiva. “No entanto, temos outros quadros de afecção do sistema nervoso.

Na prática, as suas consequências traduzem-se em alterações inesperadas do ritmo cardíaco, arritmias, disfunções do sistema digestivo que persistem”. O médico lembra ainda que há doenças cujo número de casos parece ter aumentado no pós-covid, nomeadamente a diabetes, fenômeno que se considera agora estar ligado a uma resposta autoimune exacerbada ao SARS-CoV-2, mas que ainda terá de ser devidamente aprofundado.

“Não jogamos contra um único inimigo, jogamos contra o vírus e as suas questões agudas mas também contra uma reação imunitária exagerada que chegou a causar mortes. E ainda um terceiro inimigo, que deriva do segundo, percebemos que existem reações desreguladas ao vírus que podem ter um eco futuro e não se percebem num primeiro momento”, frisa o especialista de Saúde Pública.

“Infelizmente, vamos tendo cada vez mais casos destes, a expectativa é de que venha muita gente a ser afetada, ainda vai ter um impacto social importante”.

O mesmo diz a investigadora Andreia Leite: “É esperado que haja algum impacto do ponto de vista social e econômico, para além do impacto nos serviços de saúde”, refere, acrescentando que ainda não existe uma “imagem clara” da frequência da Covid-19 a longo prazo e suas sequelas, mas que serão certamente precisos muitos recursos para a “marcha diagnóstica” necessária nestes casos, que incluem a realização de exames complementares ou referenciação dos doentes para diferentes especialidades.

A professora da Escola Nacional de Saúde Pública lembra ainda que estas sequelas e sintomas do pós-covid são geralmente mais frequentes em doentes hospitalizados ou que tiveram doença grave e, em alguns casos, resolvem-se espontaneamente, mas em outros acabam por persistir “por um período longo e com impacto no dia a dia, na qualidade de vida, na diminuição das horas de trabalho ou obrigando a ter funções revistas”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 10% a 20% das pessoas que tiveram Covid-19 sofrem de sintomas após recuperarem da fase aguda da infecção, uma condição “imprevisível e debilitante” que afeta também a saúde mental.

E um estudo publicado na eClinicalMedicine revela mesmo que já foram identificados 203 sintomas associados à covid de longa duração e que envolvem 10 órgãos diferentes do corpo humano. O estudo foi realizado com dados de 56 países e envolveu mais de três mil pessoas, tendo concluído que 56 dos 203 sintomas identificados persistiram por sete meses.

Fonte:CNN Brasil

domingo, 8 de maio de 2022

Dá-me licença, por favor? Preciso falar de AMOR!

Gazeta da Torre



Neste mês, tive a grata satisfação de fazer um bate-papo de celebração do Dia das Mães em uma empresa, onde o último slide que apresentei tinha a seguinte citação do admirável Albert Einstein:

“Se um dia tiver que escolher entre o MUNDO e o AMOR... Lembre-se, se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele você conquistará o mundo.”

Durante o mês de Maio comemoramos duas datas, extremamente significativas, para todos nós: o Dia do Trabalho e o Dia das Mães. No entanto, o que tem a ver essas datas com AMOR? Proponho a vocês uma pequena reflexão:

Sobre Dia das Mães e AMOR

O amor de mãe é o combustível mais poderoso para mover e inspirar seres humanos comuns a terem valores, propósitos e ideais capazes de os tornarem pessoas bem-sucedidas e equilibradas na vida e na profissão. Com o amor de mãe, é possível criar uma nova realidade política, econômica e social. O tempo de construir um novo mundo é AGORA.

Nada supre a falta de amor e de atenção materna, seja biológica ou não. Dê 20 minutos de atenção plena por dia, a seu filho(a). Veja-o, sinta-o de verdade. Dialogue com ele, escute-o, estimule-o. Perceba as suas inquietações e necessidades. Cultive a confiança e responsabilidade. Faça com que ele, em tempos de Internet, também tenha momentos saudáveis de socialização, de partilha, contato humano e afetividade.

Conforme afirmação de Albert Einstein citada no início, com o amor se pode conquistar o mundo. Assim, mães, cujo nome é sinônimo de AMOR, têm a capacidade e nobre missão de conquistar e mudar o MUNDO! Façamos valer esse poder com sabedoria... Sejamos agentes de uma mudança positiva, ao educarmos nossos filhos, pelo exemplo, priorizando a ética, humanidade, fraternidade e AMOR.

Sobre Trabalho e AMOR


O que significa o trabalho sem amor? A sua falta de amor ao trabalho advém da não identificação com a função ou está relacionada às condições de trabalho e à ausência de valorização?

Sem amor, paixão ao trabalho, exerce-se a função com excelência?

Produz-se de forma a atender às expectativas da empresa?

O relacionamento interpessoal é satisfatório, com colegas, “chefias” e donos?

Estados de descontentamento afetam as relações familiares, a saúde e a qualidade de vida? 

Será que se é feliz?

Dica para o(a) empresário(a): Se a insatisfação do trabalhador está relacionada ao clima e falta de valorização e o colaborador é talentoso, bom profissional, fazendo a diferença na sua empresa, valerá à pena perdê-lo? Exerça a empatia. Coloque-se, por alguns instantes, no lugar desse colaborador e se pergunte: se eu fosse ele, o que me deixaria satisfeito e realizado no trabalho? A partir daí - quem sabe? - um novo cenário se delineie.

Dica para o(a) trabalhador(a):

O que move você? O que faz seus olhos brilharem? Quais atividades você desempenha e não vê as horas passarem? O que energiza você e não apenas “o consome”? Tem oportunidade de evoluir e se realizar? Olhando no horizonte, em 5 anos você se vê feliz fazendo o que faz? Essa autoconsciência lhe fornecerá “pistas”...

A vida é uma só! O trabalho deve ser fonte de vida, realização e, claro, servir para suprir de forma saudável as necessidades físicas, biológicas e psicológicas pessoais, assim como, da própria família, filhos etc.

Felicidades! Abraço fraterno

Vera Silva (verasilva@gmail.com)

terça-feira, 3 de maio de 2022

É preciso vivenciar a REALIDADE DO CONSUMIDOR para entender SUAS NECESSIDADES

Gazeta da Torre

O que leva o consumidor a fazer uma ligação clandestina de energia elétrica e de outros serviços essenciais (ou não), ainda que diante de vários riscos físicos? Para além do “supercidadão” – que se sente acima das leis e que pensa que “da porta para dentro valem suas regras” –, há outros perfis que ajudam a entender as situações econômicas e culturais do Brasil, tais como o morador de comunidades carentes em extrema pobreza; aquele que não entende como o serviço chega até lá; e aquele que nem sequer é atendido pela infraestrutura básica por residir em uma área de risco – fora a questão de relacionamento com a vizinhança de quem “tenta fazer o correto”, por exemplo.

Há ainda outro elemento: a relação que se estabelece entre a empresa fornecedora do serviço e o tratamento dado aos consumidores. “[No caso da energia, a relação criada] é muito truculenta. Muitos engenheiros se sentem acima do bem e do mal, olham para os consumidores como se tivessem culpa, até que provem o contrário. Em alguns casos, existe o ‘BOPE do corte’, que chega de madrugada na favela cortando a luz de todo mundo. Entra em um esquema punitivo, em vez de educativo”, defende Hilaine Yaccoub, doutora em Antropologia Social, em entrevista a plataforma UM BRASIL.

A pesquisadora passou anos em uma comunidade pobre no Rio de Janeiro estudando o que leva uma pessoa a fazer uma ligação clandestina de energia, realizando um trabalho de mercado para uma empresa do ramo. Hilaine ainda se voltou a outras ligações clandestinas nestes locais, como de água, internet, TV a cabo etc.

“As pessoas se organizavam em grupos e havia empréstimos e divisões caso algum serviço enfrentasse problema. Se o disjuntor queimou, era ‘puxada’ uma ligação de outro ponto para não ficar sem luz. Elas se juntaram para compartilhar as coisas”, comenta.

A antropóloga ainda enfatiza que, em uma situação de falta d’água generalizada em razão de um ramal oficial (porém, malfeito), fizeram novas ligações (clandestinas) com outros ramais, e, mesmo com o problema, os moradores utilizavam a água para diversão em um domingo de muito calor. “Em minha cabeça, estavam jogando água fora, mas não se trata de olhar com a nossa cabeça prática. A lógica é outra: é trazer diversão para as crianças em um domingo com calor, pois elas não terão este convívio durante a semana. São outros gatilhos.”

“É um problema, também, do Ministério da Educação, de colocar o tema no currículo básico. Toda vez que se fala sobre sustentabilidade, falamos de poluições da água e do mar e plantar árvores. Fora isso, não se fala de mais nada”, comenta.

Em seu relato na entrevista ao canal, ela explica a necessidade de se estabelecer um diálogo mais humano com o consumidor, independentemente do ramo de atuação da empresa, de modo a se entender “a fundo as necessidades das pessoas, que vai muito além da compra de um produto ou serviço”.

Assista à entrevista na íntegra no Canal UM BRASIL  

https://umbrasil.com/videos/e-preciso-vivenciar-a-realidade-do-consumidor-para-entender-suas-necessidades/.

Fonte: UM Brasil