terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Dia de São Valentim: O que o amor faz no cérebro?

 Gazeta da Torre

É possível entender o que o amor faz no cérebro? No dia 14 de fevereiro é comemorado o Dia de São Valentim ou o Dia Mundial do Amor. Muita gente acha que o amor tem a ver com o coração. Mas você sabia que este sentimento acontece primeiro no cérebro?

Coração acelerado, boca seca, rosto corado, borboletas no estômago, suor nas mãos. Todas essas reações do nosso corpo são geradas pelo cérebro e seus hormônios neurotransmissores que circulam por todo o corpo.

Segundo a neurociência, o amor libera diversas substâncias químicas, como a dopamina, ocitocina e adrenalina que trazem sensações como ansiedade, prazer, euforia, conforto e apego. Estas emoções são ligadas às nossas capacidades cognitivas.

O que o amor faz no cérebro?

A dopamina é uma das principais substâncias relacionada à paixão amorosa. Ela explica o fato de que a pessoa apaixonada passa grande parte do tempo pensando no seu objeto amoroso, já que elevados níveis da substância provocam esta característica.

Altas doses de dopamina produzem outras sensações associadas à paixão, como o aumento de energia, hiperatividade, falta de sono, tremor, respiração acelerada e coração pulsante. Ela também aumenta a energia do cérebro para que esse tenha uma maior atenção e leva o amante a lutar ainda mais para conseguir a reciprocidade.

Outro neurotransmissor associado à paixão amorosa é a norepinefrina, que induz o aumento de energia, atenção e vitalidade do apaixonado. A serotonina também é outra substância ligada ao amor, que tende a diminuir, fazendo com que a paixão se assemelhe aos transtornos obsessivos-compulsivos, caso tenha rejeição.

Quando estamos envolvidos por todo o sentimento que o amor proporciona, o cérebro se torna menos sensível a ameaças e obstáculos, funcionando de melhor forma mesmo quando sob pressão. No amor saudável, o cérebro também processa melhor as emoções, já que há um aumento de massa cinzenta na região cerebral ligada aos sentimentos.

O que o amor faz no cérebro?

Entenda qual região do cérebro é a mais afetada pelo sentimento

A área do cérebro mais “afetada” pelo amor é o núcleo accumbens – conhecido como “centro do prazer”, localizado atrás dos olhos. Isto porque essa região é sensível à dopamina e é sempre ativada quando há uma satisfação, podendo até ser encarada como um vício. Há também uma ativação no eixo hipotálamo-hipofisário-adrenal, que faz com que haja mais produção de adrenalina.

O amor é cego?

Outra área que pode sofrer alterações é o córtex pré-frontal, que é responsável pela capacidade de racionar e julgar com o propósito de aumentar a proximidade. Com isso, muitas pessoas podem parecer “cegos de amor” em relação ao outro, já que esta região do cérebro fica mais fraca.

Para reflexão:

Não pare até se orgulhar de você. “autor desconhecido”

Você sabia:

Cada região do cérebro é responsável por uma função específica?

Ao contrário do que muita gente pensa, áreas cerebrais específicas não são restritas à realização de determinadas funções. Na verdade, o cérebro é extremamente flexível; e um exemplo disso é a forma como esse órgão se reorganiza para que a região responsável pela visão passe a ser utilizada de forma a melhorar o sentido da audição em pessoas cegas.

Resposta do desafio de janeiro.

José era capaz de pendurar um chapéu, andar 500 metros e depois atirar  exatamente no meio do chapéu usando nada mais que sua pistola. Como ele conseguia isso?

Reposta: Pendurando o chapéu no meio da pistola.

Desafio de Fevereiro.

Qual é o dia que nunca chega?

Resposta na próxima edição.

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

SANDRA PERNAMBUCO - Escola Internacional de Ballet

 


Diretora da ASBRAN destaca à ONU News: acesso a alimentos é direito constitucional

 Gazeta da Torre

A insegurança alimentar moderada subiu 10% no Brasil desde 2014, segundo dados do último relatório da ONU sobre segurança alimentar e nutricional.

Vanille Pessoa, que integra a diretoria da Associação Brasileira de Nutrição, falou à ONU News sobre as mudanças que a alta no preço dos alimentos tem provocado na dieta do país. Segundo ela, a composição do famoso prato de arroz e feijão já foi alterada.

CONSTITUIÇÃO E DIREITO

Em entrevista à ONU News, de João Pessoa, ela citou dados oficiais que indicam 33 milhões de pessoas em situação de fome. A nutricionista lembra que o direito à alimentação está previso na Constituição federal.

“A gente nunca pode perder de vista que alimentação é direito. É um direito que está na Constituição. A gente tem que brigar por ele. Então, minimamente, a pessoa vai ter que ter recursos para ter acesso aos seus alimentos. Então, é importante saber que a estrutura política do entorno desses indivíduos, dessas famílias, precisa ser mudada”.

Além da constituição brasileira, o direito à alimentação também está previsto na Declaração de Direitos Humanos.

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E COMPLETA

Ao lado de 153 nações, o Brasil ratificou o Pacto Internacional de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais, que também caracteriza a alimentação como um direito humano básico.

Vanille Pessoa explica que a garantia ao alimento não assegura uma comida saudável e de qualidade. O Guia Alimentar para a População Brasileira e a Organização Mundial da Saúde, OMS, descrevem que a base de uma dieta saudável deve ser composta por alimentos naturais ou minimamente processados.

O relatório da ONU divulgado na última semana aponta que na América Latina e Caribe o aumento nos preços dos alimentos tem dificultado o acesso a opções frescas.

Segundo o levantamento, entre abril de 2021 e abril de 2022, os brasileiros viram um aumento de 13% dos mantimentos. O Brasil ficou apenas atrás do Chile, onde o mercado se tornou 15% mais caro. Todos os países da região observaram taxas mais elevadas que no resto do mundo.

COMPETIÇÃO INJUSTA

Para ter acesso a uma alimentação saudável, os latino-americanos e caribenhos precisam desembolsar mais que a média global, com US$ 3,89 por pessoa por dia.

Sobre isso, a diretora da ASBRAN explica que alimentos ultraprocessados geram uma competição injusta. Ela explica que, como são mais baratos, esses produtos são alternativas que acabam aumentando a obesidade e a má nutrição.

“Posso falar tranquilamente aqui do nosso país que ocorre os alimentos que a gente chama ultra ultraprocessados, que o Guia Alimentar para a população brasileira chama de ultraprocessados, que são aqueles alimentos que são ricos em gorduras ruins para a saúde, que são aqueles alimentos industrializados. Esses alimentos são mais baratos e esse é um grande problema. Essa é uma questão que a gente tem que discutir na organização do nosso sistema alimentar. Um macarrão instantâneo não pode ser mais barato, e mais: de maior acesso, do que uma mandioca, uma macaxeira, né? Então foi isso que foi acontecendo ao longo do tempo. A gente vai tendo um alto consumo de alimentos ultraprocessados, de baixo custo e baixo valor nutricional, porque tem valor nutricional praticamente zero.”

LOCAIS DE COMPRA

Para reverter o cenário, a nutricionista destaca que além de políticas públicas e incentivo aos pequenos produtores, os consumidores devem repensar o local onde compram seus alimentos.

“Quando a gente fala em quais são as estratégias que a gente pode obter alimentos mais baratos é justamente a gente sair do supermercado e ir para a feira. Só que isso às comunidades mais empobrecidas já fazem. Então, qual são os melhores lugares para você comprar alimentos de qualidade e que sejam esses minimamente processados in natura, são nas feiras, aquelas de base agroecológica, porque são aquelas feiras que o agricultor planta e vende, eliminam atravessador. A gente elimina um valor que é acrescido nesse alimento, que vai pesar depois no bolso. Fazer a troca de locais de compra é bem importante. E aí a gente precisa pensar que esses lugares de comercialização de alimentos precisam ser incentivados”.

PRODUÇÃO E CONSUMO LOCAIS

Vanille Pessoa afirma que ainda há no Brasil o que o setor chama de “desertos alimentares”, ou seja, locais onde há pouca disponibilidade de alimentos in natura. Isso impõe um desafio, mas também uma oportunidade para o fomento da produção e consumo locais.

“A gente tem uns termos na nutrição de “desertos alimentares” ou “pântanos alimentares”, aqueles que não têm local para a pessoa comprar comida saudável, só tem supermercado, só tem um mercado que já vem esse tipo de comida totalmente ultraprocessada. Uma alternativa para que a gente consiga ter acesso a alimentos saudáveis é o local de compra, feiras livres e, de preferência, agroecológicas, é claro. A política organizacional, as passagens, taxações de impostos precisam ser modificadas para que a gente consiga fazer essas trocas mais justas, porque não pode cair só para o consumidor final.”

CAPACIDADE PRODUTIVA DO BRASIL

A representante da ASBRAN afirma que a região deve buscar sua “soberania alimentar”. Destacando a capacidade produtiva do Brasil, ela acredita que mais incentivos deveriam ir aos produtores de base agroecológica.

Sua avaliação está em linha com a análise da diretora regional do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Fida. Para Rossana Polastri, o preço em alta dos alimentos afeta particularmente as populações mais vulneráveis, que gastam uma fatia maior da renda na compra.

Ela recomenda que soluções inovadoras sejam promovidas, para a diversificação da a produção e aumento de oferta de alimentos saudáveis, que melhorem o acesso dos pequenos produtores a mercados e alimentos de qualidade.

DIETA SAUDÁVEL

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, a composição exata de uma dieta diversificada, equilibrada e saudável varia de acordo com as características individuais de cada pessoa, contexto cultural, alimentos disponíveis localmente e hábitos alimentares.

No entanto, o braço da OMS nas Américas aponta os princípios básicos do que constitui uma alimentação saudável. Para adultos, uma dieta adequada inclui:

- Frutas, verduras, legumes, nozes e cereais integrais – como milho, aveia, trigo e arroz integral.

- Pelo menos 400g de frutas e vegetais por dia, exceto batata, batata-doce, mandioca e outros tubérculos.

- Menos de 10% da ingestão calórica total de açúcares livres, o que equivale a 50g para uma pessoa com peso corporal saudável e que consome cerca de 2 mil calorias por dia.

- Idealmente, o consumo deve ser inferior a 5% da ingestão calórica total para benefícios adicionais à saúde.

- Açúcares livres são todos os açúcares adicionados aos alimentos ou bebidas pelos fabricantes, cozinheiros ou consumidores, bem como os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sucos de frutas e concentrados de sucos de frutas.

- Menos de 30% da ingestão calórica diária procedente de gorduras. Gorduras não saturadas, presentes em peixes, abacate e nozes, bem como nos azeites de girassol, soja, canola e azeite, são preferíveis às gorduras saturadas, encontradas em carnes, manteiga, óleo de palma e coco, creme, queijo, ghee e banha, e às gorduras trans de todos os tipos, principalmente as produzidas industrialmente.

- Sugere-se que a ingestão de gorduras saturadas seja reduzida a menos de 10% da ingestão calórica total e das gorduras trans, a menos de 1%.

- Menos de 5g de sal por dia, o equivalente a cerca de uma colher de chá. O sal deve ser iodado.

Fonte - ONU NEWS

--- divulgação ---

domingo, 26 de fevereiro de 2023

País sem leitores é país sem pensamento, por NÉLIDA PIÑON

 Gazeta da Torre

A escritora Nélida Piñon

“Teria de haver uma revolução social, no sentido de infundir ânimo por conhecimento nas pessoas – saber torna uma pessoa fascinante”, analisa a escritora, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) e primeira mulher a ter presidido a instituição, Nélida Piñon.

Em entrevista ao UM BRASIL, ela comentou os desafios de criar um país com mais leitores, as dificuldades de acesso aos livros e a presença das mulheres na literatura nacional. “Os pais deveriam ter a literatura como um bem almejado para os filhos”, defende. Ainda falta nos brasileiros uma busca pela ascensão social por meio do saber e dos livros, segundo ela.

“Temos de provar aos jovens brasileiros que quando você sabe, você é até eroticamente mais interessante”, explica Nélida. “Você quer ao seu lado pessoas que te estimulem a ver o mundo de uma maneira dilatada através do viés da imaginação.” Sobre as escolas brasileiras, ela diz que é necessária uma mudança estrutural. “Aqui você não aprende o que é essencial sobre o trabalho educacional: ouvir, pensar, responder, contestar, buscar uma mínima soberania das ideias”, observa.

Na visão da escritora, nossa sociedade não tem apreço pela cultura em sua forma oficial (como os livros), além de não termos formação educacional para entendermos o que lemos. “Deve-se entender as nuances contidas num livro”, explica. O sistema terá de ser revigorado e refeito, no entendimento da entrevistada.

“Como você pode fortalecer o sistema educacional para uma criança que não tem casa? Uma criança brasileira não tem lugar onde ler, só isso já é um drama”, justifica. Para Nélida, somos uma sociedade que, de algum modo, disfarçou suas precariedades por meio da imitação. “Imitamos os modismos que vinham do exterior e somos muito vulneráveis ao que vem de fora, que automaticamente desvaloriza o que é produzido aqui dentro”.

Para a imortal da ABL, não nos damos conta de que, ao abraçar o que vem de fora, não conseguimos criar contraste entre o estrangeiro e o que temos. “Diria que somos excessivamente colonizados”, conclui. Nélida explica ainda que tem um posicionamento muito claro sobre a participação das mulheres na literatura.

“A nossa sociedade é indulgente com o homem: ele pode ter uma obra não tão significativa e é quase imediatamente aplaudido. É oficialmente lido pelas classes determinantes do poder literário. Quando a mulher é lida, as mesmas pessoas simulam que não leram, para não ter de dizer uma palavra favorável a respeito dela”, enfatiza.

Apesar de reconhecer que a mulher chegou tardiamente ao mundo clássico da cultura, pois não podia ler ou escrever, ela diz que temos mais mulheres escritoras importantes que as estatísticas indicam. “Muitas mulheres que são importantes escritoras não são alçadas à categoria da plenitude e do conhecimento, pois são postas à margem.”

Entre os 40 membros efetivos da ABL, apenas cinco são mulheres. Nélida foi a primeira mulher a presidir a instituição e exerceu seu mandato no ano do centenário da ABL. “Exerci uma presidência com soberania e plenitude, porque ninguém me controlou. A comunidade masculina não se dá conta que está faltando uma figura invisível, que é a mulher, mas é um fato que as pessoas cada vez mais estão se dando conta.”

Ainda sobre esse tema, ela entende que a língua portuguesa tem características machistas (como os plurais que são, em sua maioria, no masculino, por exemplo). “A língua tem decisões machistas, mas é machista sobretudo porque o homem fala o tempo todo e não deixa a mulher falar”, afirma Nélida. “Sou uma feminista histórica, muito consciente e atenta. Busco a beleza no texto e tenho empenho de reverenciar a língua portuguesa.”

Segundo ela, a sociedade vai ter de ser trabalhada e vai buscar soluções para essa questão. Já sobre o fato de escritores brasileiros serem pouco conhecidos no exterior, ela afirma que isso deriva de várias razões, entre elas, o fato de poucos brasileiros escritores terem ido viver longas temporadas na Europa. “Houve uma vacância nossa nos grandes centros decisórios. Não há uma política de expansão cultural nossa e a diplomacia brasileira nunca se empenhou nisso”, diz.

Acerca da política nacional, ela se afirma tão perplexa quanto qualquer outra pessoa. “Parece-me que é um dano que não tem reparação. Como vamos voltar a acreditar que nossas utopias do passado eram possíveis?”, questiona. Segundo ela, a criação de Brasília quebrou a coluna vertebral no Brasil e deixou vácuos no poder. “Criou-se um império do qual o brasileiro foi expulso.”

Fonte:UM Brasil

--- divulgação ---

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Nordeste Arretado!

 Gazeta da Torre

A Imperatriz Leopoldinense levou o título de campeã do Carnaval de 2023 no Rio de Janeiro.

Expedita Ferreira Nunes, de 90 anos, filha de Lampião, se emocionou com a vitória. “Foi muito emocionante. Eu não vim para perder. Essa é uma homenagem ao Nordeste”, disse ao G1.

A vitória veio com uma divertida fábula sobre Lampião, o Rei do Cangaço. Leandro Vieira, que conquistou seu terceiro campeonato no Grupo Especial, retratou a vida e a morte do jagunço, barrado no inferno e no céu, à luz da cultura do cordel e num Nordeste multicolorido.

A cultura do Nordeste é muito conhecida pelo seu aspecto cultural forte e marcante. Não é à toa que dona Expedita, filha de Lampião, falou: “Eu não vim para perder”.

Fontes:G1;Nill Júnior;Exame;.

--- divulgação ---

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

A quarta-feira de cinzas...

 Gazeta da Torre

Ficam as saudades da alegria, histórias e personagens de quem viveu a maior festa de rua do planeta. Ó Carnaval!.

Registros do Carnaval 2023 do Recife

Marcha de Quarta-Feira de Cinzas.*Composição: Carlos Lyra / Vinícius de Moraes - Cantada por Toquinho e Vinícius de Moraes.


Letra da música


Acabou nosso carnaval

ninguém ouve cantar canções

ninguém passa mais

Brincando feliz

E nos corações

Saudades e cinzas

Foi o que restou

 

Pelas ruas o que se vê

É uma gente que nem se vê

Que nem se sorri

Se beija e se abraça

E sai dançando e cantando

Cantigas de amor

 

E no entanto é preciso cantar

Mais que nunca é preciso cantar

É preciso cantar e alegrar a cidade

 

A tristeza que a gente tem

Qualquer dia vai se acabar

Todos vão sorrir

 

Voltou a esperança

É o povo que dança

Contente da vida

Feliz a cantar

 

Porque são tantas coisas azuis

E há tão grandes promessas de luz

Tanto amor para amar de que a gente nem sabe

 

Quem me dera viver pra ver

E brincar outros carnavais

Com a beleza

Dos velhos carnavais

Que marchas tão lindas

 

E o povo cantando

Seu canto de paz

Seu canto de paz

.....

*Edição do vídeo: 

https://www.instagram.com/gazetadatorreoficial/?hl=en

--- divulgação ---

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Carnaval, o Espelho Invertido

 Gazeta da Torre

O brasileiro faz festa para tudo, sempre arranja um motivo para comemorar. Mas é no CARNAVAL que ele festeja a si próprio, pois quando isso acontece emerge claramente a velha ideia de que a festa representa uma memória e uma comunicação expressa por mensagem, no dizer do antropólogo Carlos Brandão. E se nos festejamos estamos cerimonialmente separando aquilo que deve ser esquecido (o silêncio não-festejado do cotidiano) e aquilo que deve ser resgatado. Quando nos festejamos somos convocados à evidência, para sermos lembrados por algo ou alguém, o que significa darmos sentido à vida, através de ritual na brevidade de um momento especial em que somos anunciados com ênfase. Aí nos tornamos símbolos, porque a sociedade festeja alguém que transitou de uma posição a outra ou migrou de trabalho ou de seu espaço de vida para outro.

Quando alguém, independentemente da mídia, tem seus quinze minutos de fama, pode estar solenizando uma passagem ou comemorando sua própria memória. A festa quer ser a memória viva dos seres humanos. A cada ano eles renovam essa catarse ao brincarem com os sentidos e os sentimentos, e então inventam situações onde a cultura nacional evidencia uma permanente vocação de investir no exagero, na critica e até na caricatura. Ali a oculta e difícil realidade surge epifanicamente revelando o que os indivíduos querem, fantasiados ou não, sóbrios ou loucos, juntos ou conflitantes, mas festejando o que são com suas angústias e significados.

No CARNAVAL os atores sociais saem da rotina e forçam ao ritual da transgressão, saindo de si mesmos no breve ofício de inverter o que são. Alguns estudiosos como Da Matta e o próprio Brandão chamam isso de espelho invertido do que é socialmente esperado: pobres se vestem de príncipes, os nobres de índios, os homens de mulheres, as mulheres viram fadas e os bandidos querem ser heróis. Condutas se ultrapassam e se comemoram no ritual de si mesmo no CARNAVAL.

Mas não é o objetivo deste artigo fazer uma análise mais acurada do CARNAVAL. Ele, o CARNAVAL, vai muito além do seu significado sociológico. E como cultura, qualquer mecanismo inerente a ele traz uma dimensão que nos permite o mais profundo pensar.

*Fernando Canto, escritor, doutor em sociologia e folião boemista

--- divulgação ---

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Visite o Mercado da Madalena!

Visite os espaços culturais, gastronômicos, interessantes e agradáveis ​​como: o BAR DA MARÍLIA, CONFRARIA DOS CHIFRUDOS, BOX DO ORLANDO (DONA CHICA), ESPAÇO CULTURAL ELY MADUREIRA, BODEGA DO SEU ARTUR, BOX MINHA COMADRE, BOX FRUTOS DO MAR, RECANTO SERTANEJO , SERIDÓ CARNE E QUEIJO, EMPÓRIO SUCOS, CAPIBARIBE PROD. NATURAIS, BOX DA VIRGÍNIA, SAPATARIA TROVÃO, BETO EMBALAGENS e muito mais.

Viva o Mercado da Madalena! 

Viva o Carnaval!.

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

BBB 23: Por que sentimos interesse pela vida alheia?

O BBB 23 Big Brother Brasil – O maior reality show do país – começou após a quinzena de janeiro, e com ele o interesse de milhões de pessoas em acompanhar a rotina de desconhecidos, com quem passam a conviver diariamente. Para além de simpatizar ou não com este formato de entretenimento, a ideia de acompanhar a vida alheia vai além da mera curiosidade e expõe aspectos humanos primários que superam as facilidades do mundo moderno.

O que está por trás do interesse pela vida alheia?

A neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci explica que o súbito interesse pela vida de alguém começa ainda quando somos bebês e todos nossos comportamentos são moldados desde a infância com base nos resultados que eles geram socialmente.

“O cérebro humano possui uma estrutura preparada para observar os outros e interagir com eles, seja para gerar alianças ou competir. No córtex pré-frontal ventromedial está uma parte da regulação dos comportamentos sociais e manutenção de vínculos. Já no córtex somatossensorial direito está a base de sentimentos sociais, como a empatia e a capacidade de prever sentimentos por trás de expressões faciais”, explicou.

Além disso, segundo ela, também temos os neurônios espelho, que se ativam quando observamos uma ação de outra pessoa e criam uma atividade neural semelhante em nosso cérebro, como se nós estivéssemos fazendo aquela ação “Por exemplo, quando alguém chora perto de nós, automaticamente nosso rosto muda de expressão, ou quando alguém sorri, nós sorrimos de volta”, detalhou.

BBB 23: A formação de grupos semelhantes

A partir dos reconhecimentos que fazemos dos outros, nosso cérebro tende a agrupar com aqueles que pensam e reagem ao mundo de forma parecida com a nossa, pois a previsibilidade do outro gera interações mais agradáveis e formamos alianças e amizades.

“O problema começa quando no nosso limite de formar grupos, não confiamos em todo mundo. Imagine nossos antepassados nas savanas, a cooperação era necessária para a sobrevivência, mas como saber – dentre todos os próximos – em quem confiar?”, explicou.

 O pesquisador Frank McAndrew publicou um texto na Scientific American Mind explicando que neste período da história humana só seria bem-sucedido quem soubesse o que estava acontecendo com os indivíduos ao redor, quem estava dormindo com quem, quem era mais forte, quem conseguia recursos e território e a adaptação biológica para reforçar esse comportamento foi exatamente ele ser prazeroso.

O interesse pela vida alheia

A neurocientista do SUPERA – Ginástica para o cérebro, Livia Ciacci explica que a dinâmica social de hoje expõe publicamente, por redes sociais ou programas de tv a vida de bilhões de pessoas, o que se torna um “parque de diversões” para nossos sistemas de reconhecimento emocional e julgamento social, trazendo à tona todos os instintos em diferentes intensidades

“Mesmo que essas pessoas expostas sejam famosas e estejam distantes, ter acesso a tantas “informações” íntimas sobre a vida delas engana o cérebro, que entende que elas são importantes e as julga como se estivessem próximas”, alertou.

Acompanhar a vida alheia: será que isso me faz mal?

A especialista do SUPERA explica que a fofoca e o interesse por informações dos outros são biológicos e até certo ponto, automáticos, sendo essenciais para a dança social

“Desde que em doses moderadas, ciúme, interesse pela vida alheia, inveja e satisfação com o azar do outro, não precisam ser vistos como problemas a serem reprimidos a todo custo, pois fazem parte de um grande quebra cabeça social que nos ajudou como espécie, e ainda ajuda em certo grau. Por exemplo, a inveja de uma conquista alheia pode servir de motivador para um esforço maior na minha vida”, disse.

O problema, segundo ela, como em quase tudo na vida, está nos excessos “Se mergulhar na vida alheia e deixar de ser responsável pela própria vida é um grande desperdício de tempo!”

Outro problema sério é não ter maturidade suficiente para controlar esses impulsos na vida profissional. “O ambiente de trabalho exige muito mais cuidado e atenção com as condutas, pois uma fofoca no momento errado pode prejudicar seriamente as pessoas envolvidas”, alertou.

BBB 23: Por que precisamos saber de tudo?

A teoria do Fear of missing out (FOMO) ou – em tradução livre, medo de perder algo, ajuda a entender essa necessidade de acompanhar ou saber de tudo que desenvolvemos com o avanço da tecnologia e também em situações como o BBB 23. FOMO é o estado mental em que o indivíduo fica ansioso e com medo de não conseguir acompanhar as atualizações, então ela se mantém conectada o tempo todo às redes sociais e a internet.

Como as fofocas por si só atraem a atenção, o fato delas estarem compiladas em um aparelho que fica quase 24 horas na nossa mão é extremamente tentador.

Mas não são todas as pessoas que caem no círculo vicioso do “medo de ficar de fora” “O estudo publicado em 2021 por Giulia Fioravanti e colaboradores na revista “Computadores no Comportamento Humano” mostrou que o estado de ‘FOMO’ foi positivamente correlacionado com depressão, ansiedade e neuroticismo (níveis altos de sofrimento subjetivo) e negativamente correlacionado com os níveis de consciência. Ou seja, quanto mais consciência da própria vida, propósitos e autoconhecimento, menos ansiedade por ficar acompanhando notificações ou postagens”, detalhou.

Viciado em BBB? Veja dicas para acompanhar menos:

Mude o foco de atenção, procure olhar para a própria vida com mais carinho. Isso pode ser cultivado por meio de:

 Leituras que auxiliam no autoconhecimento – sempre em livros de papel!

 Criação de conexões reais com pessoas do seu convívio, por que não chamar aquele colega para um café?

 Reduzir o tempo de uso das mídias sociais, tendo em mente que as publicações refletem apenas um pequeno recorte da realidade alheia e que não vale a pena se comparar.

 Inserir na rotina atividades ao ar livre, vale uma caminhada ou brincar com o pet.

Para reflexão:

É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer. Aristóteles

Você sabia:

O skate surgiu no final da década de 1930 e foi inventado pelos surfistas da Califórnia, nos Estados Unidos. Eles criaram esse esporte para poder se divertir nos dias em que o mar não tinha ondas.

Resposta do desafio de Dezembro.

Uma casa tem quatro cantos, cada canto tem um gato. Cada gato vê três gatos. Quantos gatos tem a casa?

Resposta: Quatro gatos

Desafio de Janeiro.

José era capaz de pendurar um chapéu, andar 500 metros e depois atirar  exatamente no meio do chapéu usando nada mais que sua pistola. Como ele conseguia isso?

Reposta do desafio na próxima edição.

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

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BALLET

Sandra Pernambuco Escola Internacional de Ballet

- Há 18 anos promovendo arte-educação e realizando sonhos!

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Desinformação e ignorância deliberada têm efeitos devastadores na SAÚDE PÚBLICA

 Gazeta da Torre

Paulo Saldiva, médico patologista e professor da USP

“Há um sistema de desinformação, promovido por quem tem interesses financeiros, que se aproveita do desconhecimento a respeito da ciência e da saúde. Quando alguém recebe um comentário criado por algum cluster de fora do País, com 1 milhão de curtidas, aquilo tem um fator de impacto com valor maior do que um artigo em uma revista científica, como Science ou Nature”, afirma Paulo Saldiva, médico patologista, professor na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Núcleo de Saúde Urbana do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Para ele, é a desinformação que leva pessoas a decidir não se vacinarem e a buscar “soluções milagrosas”.

 “Na pandemia, a desinformação foi utilizada de forma deliberada, e este é um tema que veio para ficar. Em várias áreas do conhecimento, mas principalmente na Saúde, isso pode ter consequências devastadoras”, pondera. Segundo Saldiva, este retrocesso procede, também, da atribuição à vacina de efeitos colaterais que não existem, ou que são menores do que o risco de se contaminar com a doença que a imunização combate.

O professor adiciona outros elementos à conversa: por um lado, há uma minoria antivacina em todo o mundo; por outro, há fatores humanos que levam a população a ter menos receio de doenças cujas circulação e letalidade são menores do que no século passado, como o sarampo. “A [falta de] memória tirou da gente o horror do adoecimento por algumas enfermidades. Há casos de pólio em Nova York [EUA], mas não por falta de vacina, que existe há várias décadas.”

Saldiva ainda lembra que a desinformação também nasce da má ciência, exemplificando com o caso de um cientista renomado que afirmou, em um artigo científico, que a vacina tríplice infantil causa autismo. Por vários anos, este artigo ficou acessível na revista médica científica Lancet – muito prestigiada e, talvez, a mais antiga do mundo, lembra. “Era um bom pesquisador, não um ignorante legítimo, mas produziu ignorância de forma deliberada. Ele é um próspero editor de fake news contra vacinas.”

Outro ponto que Saldiva avalia na entrevista é a necessidade de programas regionais específicos voltados à saúde. “No caso da pandemia de covid-19, o risco de vida na cidade de São Paulo variava nove vezes, a depender da localidade. E se fosse uma pessoa negra, a variação era de 14 vezes. No manejo de uma doença infecciosa, é preciso discutir mais do que a vacina, é necessário debater a mobilidade urbana e a capacidade de isolamento das pessoas. Assim como temos medicina de precisão, deveríamos ter uma política de saúde de precisão desenhada para o território específico, considerando as soluções criadas localmente”, reforça.

*Entrevista da série comemorativa de 500 entrevistas do Canal UM BRASIL

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

O Rei e a Rainha do Carnaval 2023 do Recife

 Gazeta da Torre

Depois de três anos, o Carnaval do Recife tem um novo reinado. Bruno Henrique de Farias e Mayara Almeida foram eleitos, respectivamente, Rei e Rainha da folia recifense de 2023. O resultado da seleção foi anunciado em cerimônia realizada no Pátio de São Pedro, localizado no bairro de São José, centro da capital pernambucana, na noite da sexta-feira (27/01).

A final do concurso, promovido pela Prefeitura, reuniu, ao todo, dez candidatos a Rei Momo e 15 candidatas a Rainha, que desfilaram fazendo performances e evoluções de dança acompanhados da Orquestra Popular do Recife, sob a regência do maestro Ademir Araújo. Os competidores foram avaliados por um corpo de nove jurados segundo os critérios de apresentação, postura cênica e conhecimentos culturais. Além do título, que vale até o Carnaval do próximo ano, cada um dos ganhadores levou um prêmio de R$ 28 mil.

Mayara, que tem 28 anos e é do Pina, na Zona Sul do Recife, trabalha como bailarina e viaja pelo mundo. Ela contou que estava no Marrocos e lá recebeu o diagnóstico de um linfoma. Ao vir para o Brasil, felizmente descobriu que os nódulos eram benignos. "Eu estou tão emocionada. Eu vim a Recife e não esperava participar do concurso. Vinha propagando minha cultura internacionalmente e vim, aos 45 do segundo tempo, sem um real no bolso", disse.

Já Bruno Henrique, 35 anos tentou vencer o concurso por quatro anos seguidos. Segundo o bailarino, as pessoas diziam que não tinha "estereótipo" para ser Rei Momo. "Eu sabia que ia chegar o meu momento, e ele chegou. Minha expectativa [para o Carnaval] é a melhor possível, de felicidade e alegria", afirmou. Ele agradeceu à comunidade onde cresceu, o Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, e às diversas instituições em que já atuou. "Esse reinado não é só meu. É nosso", afirmou Bruno Henrique, que, além de bailarino, é coreógrafo e professor de dança.

Fonte:FolhaPE.