sexta-feira, 29 de abril de 2022

Como anda a vida financeira a dois por aí?

 Gazeta da Torre

Você que acompanha o meu trabalho mais de perto, seja por aqui ou em alguma das minhas redes sociais ou mesmo na mídia, sabe que gosto de falar também sobre finanças para casais, na verdade até hoje cerca de 50% dos meus clientes são casais, e falar de dinheiro, de planejamento financeiro a dois apesar de ser algo bem prazeroso para mim, é um grande desafio para a maioria dos casais.

Não é à toa que o dinheiro há anos, e não só no Brasil, está entre os dois principais motivos para o fim do relacionamento, e não é só quando o dinheiro é pouco, nos casos de fartura também, traz divergência de ideias e planos, o que termina desgastando o relacionamento e fazendo com que o desalinhamento leve à caminhos opostos.

Naturalmente, a falta de dinheiro, a escassez que inviabiliza a realização de planos, ideias, sonhos faz com que a situação se agrave, afinal, é desafiador perceber que o tempo passa, mas as coisas não acontecem, e que as opiniões divergem, e o cenário é ainda mais caótico quando o casal tem duas pessoas de perfis diferentes, um poupador, e um gastador. Quando o poupador consegue trazer o gastador para seu lado, excelente, mas quando o que acontece é o contrário e com isso o desequilíbrio toma conta, estremece tudo, a autoestima do casal, o bem-estar, a percepção quanto ao outro e mais uma vez a palavra que direciona para o enfraquecimento da relação é o desgaste, mais brigas, desentendimentos e o agravamento do cenário.

Costumo dizer que para a vida financeira a dois, não tem uma fórmula secreta, mas tem algumas dicas que podem ajudar bastante no sentido de equilibrar o relacionamento no âmbito financeiro.

O assunto precisa fazer parte das conversas, e se no começo sempre trouxer brigas, comecem aos poucos, de leve, e saiba escolher o melhor momento, e se esse não chegar, puxe a conversa a fim de combinar para falar sobre o tema, e aos poucos engrena, ter algum clima mais acalorado em algum momento faz parte, ser sempre assim que não é saudável para vocês. Ser transparente e falar a verdade é essencial, não vale sair ocultando, escondendo, desde um cartão de crédito extra, investimentos ocultos ou mesmo dívidas. Procurem conversar sobre os sonhos, os planos, viagens, aposentadoria, fase que pretendem desacelerar, e mais ideias, a fim de alinhar o que desejam e as prioridades.

Se você conversar sobre finanças com alguns casais mais próximos, o que ainda é um tabu para a maioria, vai perceber que existem várias formas de gerir a vida financeira à dois. Existem casais que reúnem tudo o que ganham e utilizam a mesma conta para o dia a dia deles, outros casais que dividem tudo pela metade e cada um paga uma parte igual de cada despesa, outros que pagam as contas, dividem as despesas de forma proporcional ao que cada um ganha, gosto desse formato que é o que chamo de 70 / 30, ou seja, cada um paga o percentual de cada despesa de acordo com o percentual que sua renda representa no todo familiar, se ganha 70% da renda da casa, paga 70% das despesas e o outro paga os 30% das despesas, que é o equivalente à renda que gera. Mas claro, não precisa também fazer isso em cada ponto, dividindo cada conta exatamente assim, pode fazer a divisão de forma aproximada, onde um paga o condomínio, o outro a feira, o combustível, de forma que se equipare.

E tem também aqueles que dividem as contas, e não falam mais do assunto, nem mesmo para atualizar o cenário, afinal, se a divisão e ajustes foram feitos há anos, o cenário pode ter mudado e ser coerente uma atualização, porém, o assunto é blindado, se evita, pois no geral tem casais que quando falam à respeito, a confusão começa.

Qual a forma certa de gerir a vida financeira a dois então? Costumo dizer que não tem forma certa, tem a forma que dá certo, e isso depende de cada casal, portanto, tenham tranquilidade na decisão a tomar, não siga padrões que talvez não se adeque a sua realidade, conversem, experimentem, decidam, e claro, procurem manter o assunto na pauta, de forma que não seja um tabu, e isso certamente ajudará na longevidade do relacionamento de vocês.


Abraço e até a próxima!

Quebra de patentes de remédios representa importante passo para o acesso à saúde pública

 Gazeta da Torre

O projeto que disciplina licenças compulsórias a imunizantes e medicamentos durante a pandemia foi barrado pelo presidente Jair Bolsonaro. Com isso, o Congresso deve analisar o veto presidencial. Vamos entender quais as consequências desse veto para o País e principalmente para a população que depende da saúde pública.

Para começar, é bom esclarecer o termo “quebra de patente”,  o correto é “licença compulsória”. Toda a patente precisa ser registrada em um órgão que regulamenta a propriedade intelectual. No Brasil, a validade é de no  máximo 20 anos, como explica o professor Calixto Salomão Filho, titular do Departamento de Direito Comercial da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo,  especialista em Propriedade Intelectual e Patentes, que nos ajuda a entender o que é uma patente e como funciona.

A quebra de patente é positiva porque faz com que a fórmula de um  remédio passe a ser de domínio público, permitindo que vários laboratórios possam fabricar e, com isso, baratear o custo.

O professor Calixto lembrou que o primeiro caso de licença compulsória ou quebra de patente na América Latina ocorreu no Brasil em 2007, durante o governo do presidente Lula, com um medicamento para o tratamento da Aids.

Licença compulsória

O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, do Departamento de Política e Gestão em Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP, avalia que a licença compulsória significa um passo importante para o acesso à saúde pública.

Ele ressalta a importância de se ter uma política pública de quebra de patentes para que a população tenha acesso a remédios. Mais do que isso, é necessário que existam locais que possam produzir esses medicamentos para que, dessa forma, se possa sair definitivamente das importações de remédios. A ausência de uma política pública na área faz com que o Brasil pague preços altíssimos por remédios que não temos acesso.

Fonte: Jornal da USP

terça-feira, 26 de abril de 2022

MODA – OUTONO/INVERNO 2022 - TUDO NEUTRO

 Gazeta da Torre

Imagem: Bla Bla Bla Carol


Mas não tanto! Mesmo com a invasão das cores vibrantes, terrosos e beges se mantém firmes e fortes nos visuais monocromáticos na temporada do outono / inverno de 2022. 

Com as constantes variações dos termómetros, está cada vez mais difícil acertar no looks que vai nos acompanhar o dia todo.

Foi pensando nesta variação climática que a nossa Consultora de Imagem e Estilo, Fatima Fradique resolveu pautar para esta edição opções para enfrentar o frio e o calor, chuva e o sol... Produções práticas, elegantes e irresistíveis para que vocês possam driblar as temperaturas sem perder o conforto a elegância e a criatividade.

A Idea aqui é fazer um mix de tons neutros e cores vibrantes afim de vocês multiplicarem seus looks com extrema facilidade. Então aprecie cada item que foi selecionado no capricho para vocês.

1  LOOK  DE TONS – TERROSOS

Imagem: Pinterest

Os tons terrosos tem presença garantida em todo outono / inverno. E para o ano 2022 não poderia ser diferente. Os tons terrosos são opções perfeitas para quem prefere cores mais neutras no visual, e quer dar uma variada no pretinho básico. Fica a dica; Observe se os tons fazem parte de sua cartela de cores pessoal, caso contrário, busque pelos tons que mais combine com seu teu de pele.

2 LOOK – MONOCROMÁTICO

Imagem: Steal The Look

Nada mais cool, prático e elegante do que optar em um look monocromático.  É uma combinação que utiliza apenas uma cor, esquema fácil de ser utilizado com um resultado sofisticado e atrativo. O look aqui mostrado é um conjuntinho monocromático, versátil, confortável e jovial. Com ele você vai poder montar várias produções. Vai do trabalho ao lazer com charme e muito estilo. Vale apena investir!

3 LOOK: TERNINHO  ALFAITARIA -  VERDE BANDEIRA

Imagem: Secreto Closet

A alfaitaria hoje tem uma pegada mais desconstituída, detalhes e cores cheios de bolsa.  Se você ainda não tem um maravilhoso terninho, agende a compra. Escolha a cor mais combine com seu estilo e multiplique seu guarda-roupa com várias produções.

4  LOOK: BLAZER ALONGADO – ROSA

Com a capacidade de sofisticar qualquer visual, o blazer alongado com modelagem levemente acinturada, valoriza a silhueta e ajuda na composição de um look casual elegante. Eis aí uma aposta incrível para você acertar em cheio a sua produção de outono/ inverno.

5 LOOK: CARDIGÃ

Imagem: Pinterest

Sim, você o merece como um dos itens básicos do guarda-roupa. Um perfeito e macio cardigã, de lã ou cashmere, para os dias mais frios, e linha, algodão ou viscose, para o calor. O cardigã combina com tudo, saia e calças, mais ou menos formais. Substitui o blazer ou paletó para ocasiões menos formais e fica elegante quando é amarrado sobre os ombros.

Espero que aprovem as dicas e que façam suas produções com charme e muito estilo. Até a próxima edição!

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USP está entre as 50 melhores universidades do mundo em 11 cursos

 Gazeta da Torre

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

A USP está entre as melhores universidades do mundo em 44 das 51 áreas específicas avaliadas na edição 2022 do QS World University Ranking by Subject, divulgado hoje, dia 6 de abril.

Desse total, 11 áreas específicas foram classificadas entre as 50 melhores: Odontologia (11ª posição); Engenharia de Minérios e Minas (31ª); Engenharia do Petróleo (32ª); Geografia (38ª); Línguas Modernas (41ª); Ciência Veterinária (41ª); Antropologia (42ª); Arquitetura (44ª); Agricultura e Silvicultura (48ª); Ciências do Esporte (49ª), sendo a única brasileira a figurar nesta lista; e Sociologia (49ª).

Em 25 áreas específicas a USP ficou entre a 51ª e a 100ª posição; em cinco áreas, entre as 150 melhores; e, em três áreas, entre as 200 melhores.

As áreas específicas são agrupadas em cinco grandes áreas e a USP está entre as 100 melhores na classificação geral de todas as cinco: Ciências da Vida e Medicina (61ª), Artes e Humanidades (68ª), Ciências Sociais e Administração (74ª), Ciências Naturais (77ª) e Engenharia e Tecnologia (96ª).

Para a edição deste ano, o ranking avaliou 1.543 instituições de 88 países. Publicado desde 2011 pela Quacquarelli Symonds, organização britânica de pesquisa especializada em instituições de ensino superior, o ranking avaliou as universidades de acordo com cinco indicadores (reputação acadêmica, reputação entre empregadores, citações científicas, índice H e International Research Network), adaptados de acordo com cada área específica.

“A edição deste ano do QS World University Rankings por Disciplina fornece algumas notícias positivas para o setor de ensino superior brasileiro: sua principal universidade, a USP, continua a afirmar seu status como potência de pesquisa no continente”, afirmou o vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter.

Mais informações sobre este ranking podem ser obtidas no site do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida) da USP (https://egida.usp.br/qs/).

Fonte: Jornal da USP


domingo, 24 de abril de 2022

“Trabalhe enquanto eles descansam?”

 Gazeta da Torre

Porque sobrecarregar o seu cérebro não faz sentido em 2022

Seja no Linkedin ou no Youtube, em um post motivacional ou em uma live de um coach de carreiras... você certamente já ouviu a frase “trabalhe enquanto eles dormem”, não é mesmo?

O jargão “motivacional” supõe que para alcançar seus objetivos pessoais e profissionais e – mais do que tudo –, estar à frente de qualquer pessoa, você precisa, necessariamente, usar do seu tempo de descanso para produzir de alguma forma.

Felizmente, na mesma velocidade que a ideia subiu, ela vem sendo desprezada. A crítica vem de influencers, gestores e até mesmo de lideranças, que já perceberam que em um mundo mais efêmero e multiestimulado, o descanso mental é fundamental e urgente para ter uma boa qualidade de vida.

Livia Ciacci, Neurocientista do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, chama a atenção para o fato de que, além de subestimar a importância do descanso, esse discurso aumenta o ritmo de cobrança em todos os níveis e idades. “Primeiramente acontece a tensão física e o cansaço mental motivado pela rotina repetitiva e a pressão dos prazos. A pessoa se mantém em um ritmo de cobrança constante e vai se tornando cada vez mais sensível aos estímulos, levando, por exemplo, a irritações em circunstâncias em que normalmente não se irritaria”, alertou.

Você precisa levar o seu descanso a sério

Todos os dias o cérebro é colocado frente a diferentes desafios para resolver questões em casa, no trabalho ou nos estudos. E, cada vez mais, a rotina tem exigido múltiplas habilidades e tarefas a serem desempenhadas, o que faz com que o cérebro precise se esforçar – e muito – para “dar conta” de tudo.

Quando o descanso não acontece e o esforço acontece constantemente o cérebro passa a entender tudo como ameaça. “Isso leva a um aumento do estado de alerta, o cérebro manda o corpo liberar hormônios, como a adrenalina por exemplo, que faz com que os músculos se contraiam”, alertou.

Músculos contraídos comprimem nervos, levando ao surgimento de dores no corpo. Os pensamentos acelerados começam a alterar a qualidade do sono porque, nessas condições, o cérebro não consegue passar pelas fases normais do sono, não conseguindo, de fato, descansar. Daí começam a aparecer as mudanças comportamentais, como perda de interesse em coisas que davam prazer e outros sintomas de ansiedade. 

3, 2, 1... Vamos desligar?

Se você chegou até aqui, já percebeu que esta não é exatamente uma questão de motivação, mas sim fisiológica. Descansar seu corpo e mente vai, na verdade, colaborar com o seu desenvolvimento já a curto prazo.

Confira cinco motivos para descansar mais e melhor a partir de agora:

Ainda não se convenceu de que precisa de pausas? A neurocientista do SUPERA, Livia Ciacci, listou 5 benefícios para o cérebro descansado, veja:

1-Descanse e melhore as decisões.

Vários experimentos demonstraram que a fadiga faz com que nossas decisões sejam ruins e isso é levado muito a sério em algumas profissões, como os pilotos de avião.

2-Descanse e memorize com mais facilidade.

As emoções e o estado de ânimo influenciam diretamente na capacidade de memorização de episódios e informações, quanto mais cansado, menos memória.

3-Descanse e seja mais criativo.

Criatividade é uma ação que depende de processamentos em segundo plano, fora da consciência, e eles acontecem principalmente nos momentos de descanso.

4-Descanse e previna a Doença de Alzheimer.

Manter um ritmo saudável de descanso e sono facilita os processos de limpeza dos restos metabólicos que ficam no tecido cerebral após atividade mental intensa, e isso previne desordens como o Alzheimer.

5-Descanse e tenha mais amigos.

Um cérebro descansado é mais bem-humorado e será capaz de socializar melhor, uma vez que terá mais chances de ver a vida com empolgação!


Para reflexão:

Sempre que possível, seja claro. Mas que sua clareza não seja o motivo para ferir os outros.  ‘Paulo Coelho’

 

Você sabia:

A leitura é uma das atividades cerebrais mais completas que existe, pois estimula todo o processo da memória.

Resposta do desafio de Março:

João tem nove carrinhos, emprestou quatro para o Arthur. Com quantos carrinhos João ficou?

Resposta: João continua com os mesmos nove carrinhos, ele apenas emprestou para Arthur.

Desafio de Abril:

O que é?

Tem no quarto com duas sílabas, o rei dos animais com duas sílabas; animal que muda de cor?

Reposta do desafio na próxima edição.

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

sexta-feira, 22 de abril de 2022

SETUR-PE e EMPETUR com nova etapa nas ações para fortalecer os segmento de AVENTURA E TURISMO CRIATIVO em Pernambuco

 Gazeta da Torre

Com o objetivo de transformar o Estado num destino ainda mais representativo, oferecendo serviços e mão de obra qualificados, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer e da Empetur, passa para uma nova fase do Plano Estratégico para o Turismo de Aventura e formação para o segmento de turismo criativo.

Ambas ações são destinadas aos gestores municipais e ao trade das regiões.

 “O desenvolvimento do plano estratégico de turismo de aventura servirá para identificar as necessidades de organização, estruturação e requalificação das atividades em todo o Estado, a partir da análise profissional sobre o que já é oferecido e também do olhar sobre o que tem grande potencial e ainda não é trabalhado. Já com relação ao turismo criativo, estamos oferecendo uma capacitação para que novos produtos sejam criados, inovando a oferta turística das cidades”, comentou o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.

O Plano Estratégico para o Turismo de Aventura é realizado em parceria com a Adventure Travel Trade Association – ATTA, entidade internacional especializada no gênero, e tem o objetivo de pensar o setor com foco nos mercados nacional e internacional, desenvolvendo atividades que visam alinhar e educar empresas públicas e privadas, permitindo a priorização de produtos com foco em tendências e demandas do mercado. Um dos produtos a serem oferecidos é um relatório estratégico para apoiar o futuro do destino no turismo sustentável.

A ação está prevista para ser concluída em junho de 2022 e será dividida em três fases, contemplando 33 municípios. São eles: Alagoinha, Bezerros, Bonito, Buíque, Brejo da Madre de Deus, Carnaíba, Carnaubeira da Penha, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Fernando de Noronha, Gravatá, Goiana, Ibimirim, Igarassu, Ipojuca, Ilha de Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Macaparana, Pedra, Petrolândia, Recife, Salgueiro, Santa Cruz do Capibaribe, São Benedito do Sul, São José da Coroa Grande, São José do Egito, Serra Talhada, Sirinhaém, Venturosa, Vicência,Tamandaré, Taquaritinga do Norte, Triunfo.

Com potencial imenso para o turismo de aventura, Pernambuco já oferece experiências como rapel, vôo-livre, mergulho, trilhas, arvorismo e tirolesa, em destinos como Bonito, Bezerros, Buíque, Gravatá, Recife, Fernando de Noronha, Petrolândia, Igarassu, Serra Talhada, Triunfo, Vicência, entre outros.

Já na área de turismo criativo, será oferecido, em conjunto com o Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano (IADH), ao qual está ligado a Recria – Rede Nacional de Turismo Criativo, o curso de Formação para a Inovação da Oferta Turística do Interior de Pernambuco. Será em formato de uma capacitação técnica para incentivo à criação de novas iniciativas e da elaboração de rotas integradas entre destinos. A ideia é estimular empreendedores locais na criação de produtos e serviços.

“O Recife é um dos destinos pernambucanos que já trabalham bem o turismo criativo, conta com várias iniciativas e roteiros neste segmento. Agora é a vez de despertar o interior do Estado para esta tendência, que é uma das que mais cresce em todo o mundo. Estamos muito felizes em iniciar o ano de 2022 com este projeto e também planejando o turismo de aventura no Estado”, comenta o presidente da Empetur, Antonio Neves Baptista.

O IADH é uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), que tem como missão desenvolver capacidades de pessoas e organizações em estratégias e processos de desenvolvimento local sustentável, atuando desde 2003.

Fonte: Governo PE

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Caminhos e descaminhos da Educação no Brasil - Especialistas da USP traçam um painel na atual situação educacional do País

 Gazeta da Torre

Escola pública do município de Moreno-PE.
Foto:Bobby Fabisak

E o que precisa ser feito para, mais do que se educar, se formar cidadãos

Diante de tantos desafios que o Brasil tem enfrentado nos últimos anos – pandemia e a discussão sobre vacinas, retorno da inflação, governo errático, para ficarmos só com alguns –, talvez a educação seja o maior deles. Porque a crise na educação brasileira não é recente, não é de hoje, apesar de ter sido exponenciada nos últimos anos – e o País ter cinco ministros da área em menos de quatro anos talvez seja a síntese da crise educacional pela qual o Brasil enveredou. Não vale falar aqui de questões pastorais, disputa de influências e pedidos e propostas canhestras. Tudo isso é mais consequência do que causa. O fato é que a educação brasileira é como um grande e pesado avião que tem tido vários percalços em sua viagem rumo ao futuro. Só que, diferentemente das viagens dos aviões de carreira, a turbulência intermitente é a regra, não a exceção. E o destino ainda parece incerto.

No livro A Escola Pública em Crise, resultado de um seminário internacional realizado em 2019 na Faculdade de Educação da USP (FE-USP), é dito na apresentação: “Entendemos que o campo da educação e a escola pública mais especificamente vivem uma crise histórica”. Mas, afinal, que crise é essa que tem na escola pública seu ponto de partida mas não se resume a ela? “Naquele momento, entendíamos que havia uma crise estrutural, que tinha a ver já com um governo federal que assumiu o poder desprovido de qualquer compromisso com uma pauta educacional. Entendíamos que o Brasil estava sem projeto e sem rumo no tocante às políticas educativas. Acreditamos que o cenário que visualizávamos naquele ano de 2019 apenas se aprofundou”, explica a professora e pesquisadora da FE Carlota Boto, uma das organizadoras do volume.

“Nos últimos anos, nós tivemos sucessivas trocas de ministros da Educação, sem que houvesse uma diretriz sobre qual é a orientação a ser dada para a melhoria do ensino público. Se nós perguntarmos quais são as prioridades das políticas públicas no campo da educação, não saberemos responder a essa pergunta”, avalia ela. Já para Bernardete Gatti, conselheira da Câmara de Educação Superior e integrante do Comitê Consultivo da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, o desafio é “privilegiar o bem comum, o bem público, o respeito à diversidade, mantendo princípios éticos e sociais, sem desesperançar”. “O panorama hoje se nos apresenta repleto de dilemas desorientadores”, afirmou ela em recente entrevista ao Jornal da USP.

Entre esses dilemas parece estar a inescapável questão tecnológica e o chamado letramento digital – tanto solução quanto problema quando o quadro a ser compreendido é o da educação. Para o professor sênior do Instituto de Física da USP (IF) e coordenador acadêmico da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica do IEA, Luís Carlos de Menezes, se os anos de pandemia “escancararam e aprofundaram as desigualdades do País, especialmente na educação”, eles também tiveram outro condão: “difundir recursos tecnológicos de informação e comunicação que se mostraram importantes para o ensino”, afirmou ele recentemente ao Jornal da USP. E aí talvez residam o problema e o dilema tecnológico. O pesquisador e professor da Faculdade de Educação Ocimar Alavarse comenta que os dados indicam uma defasagem na leitura e resolução de problemas matemáticos por parte dos alunos. “Essas duas competências são muito importantes”, diz. “A capacidade de leitura interfere no aproveitamento de todas as disciplinas da escola, assim como na resolução de problemas, que, embora associada à matemática, diz respeito à lógica e ao raciocínio”,  afirmou ele, em entrevista à Rádio USP, sobre a mudança no Ensino Médio.

Sem planejamento, sem futuro?

Políticas públicas: talvez essas sejam as palavras mágicas que poderiam abrir as portas para um futuro mais promissor da educação no Brasil – e para todos os envolvidos, não só na escola básica, mas em todos os níveis. Mas essas palavras parecem esquecidas, em um mutismo governamental que não vem necessariamente de hoje. E isso, ao se falar de um Ministério da Educação que tem uma verba de quase R$ 160 bilhões. Mas o problema, aparentemente, não é falta de dinheiro. “O problema da educação no Brasil é um problema que envolve, sim, o financiamento. Mas envolve também o uso da verba. A impressão que dá é a de que o MEC hoje não sabe onde aplicar seus recursos. Não há projetos, não há diretriz, não há orientação. Falta interesse em investir na educação pública”, analisa Carlota Boto. “Esse atual governo federal não tem projeto para a educação. Aquilo que foi desenhado pelos últimos governos também não ajuda. A BNCC do Ensino Médio, por exemplo, desmontou com as disciplinas clássicas dessa etapa de ensino. Assim, pode-se perguntar como se dará a formação de um jovem, se essa formação não contempla uma sólida base de História, de Filosofia e de Geografia, para citar somente três exemplos”, afirma a professora da Faculdade de Educação, se referindo à Base Nacional Comum Curricular, o instrumento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação.

Nessa falta crônica de planejamento – que coloca em risco um futuro mais tangível para milhões de brasileiros – acaba-se, também, se perdendo aquilo que foi conquistado. É o caso do Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. O instituto – que leva o nome de um dos principais educadores da história brasileira, ao lado de nomes como Paulo Freire e Darcy Ribeiro, que não encontraram sucessores do mesmo nível em um passado recente – fornece a base de dados para a realização de levantamentos estatísticos e avaliações em todos os níveis e modalidades de ensino, como o Enem. Mas a recente crise no Inep, no final do ano passado, quando um grupo de servidores do instituto – às vésperas do Enem – solicitou afastamento alegando “falta de comando técnico” e “clima de insegurança e medo”, colocou todo o trabalho em risco.

“Eu diria que nós incorporamos todas as crianças e jovens na escola. Cumprimos, portanto, a primeira geração de direitos educacionais. Falta enfrentarmos a segunda geração – com vistas à qualidade de ensino – e a terceira geração, que postula o descentramento do currículo. Além disso, é preciso que não nos esqueçamos de que o currículo tem uma dimensão de aprendizado da convivência. Não há mundo individual sem uma dimensão coletiva”, afirma Carlota Boto. “Sendo assim, há que se proporcionar, para além da dimensão cognitiva do aprendizado de saberes e conhecimentos, a habilidade da convivência com o outro, com o diferente, com o diverso. Mudar o foco da educação em prol do coletivo requer, antes de tudo, vontade política. É preciso interpretar esse mundo coletivo. E proporcionar condições para que os alunos também o façam”, acredita ela.

“Os gráficos sobre analfabetismo no Brasil mostram em que país vivemos, hoje, e que Brasil Fernando Henrique, Lula e Dilma receberam e tiveram que administrar e alfabetizar. Cada um à sua maneira tentou enfrentar o problema sem destruir o que já havia sido feito antes. Agora o desafio é outro, imenso, formar de fato o brasileiro. Alfabetizando o que ainda falta e a pandemia da covid ampliou, desenvolvendo habilidades, oferecendo aos estudantes conhecimento para que ele possa sobreviver no mundo contemporâneo”, acrescenta Janice Theodoro.

Já quanto ao binômio retórica x ação, a situação é ainda mais complexa, acredita Janice Theodoro. “Para a educação ser igual para todos, a sociedade deveria evoluir em direção a uma melhor distribuição de renda e de acesso à cultura”, afirma a professora. “Uma vida equilibrada marcada pela ética requer aprendizado, exige modelos de identidade com base no bem comum, convívio social com pouca violência e muita discussão e participação política. Cultura e educação andam coladas. Só juntas permitem ver a proporção das coisas, o tamanho do mundo, ensinando a lidar com a diferença. Não é fácil.”

A professora Carlota Boto vai no mesmo diapasão. “Historicamente, a educação tem sido enfatizada no discurso político, sem que haja um correspondente investimento nas políticas públicas. Porém, nos últimos anos, eu diria que nem isso vem acontecendo. Há um vácuo nas ações e outro vácuo nos discursos. Esse governo federal não fala de educação. Quando fala, menciona questões de ideologia. Sobre as questões do conteúdo, da melhoria da escola pública, não se diz nada”, afirma ela. “E, no entanto, a educação do futuro deverá ser intercultural, engajada com as pautas do ambiente. Deve ser uma pedagogia do respeito, da inclusão, da pertença a um mundo comum, que proporcione padrões de convivência que sejam pautados pela tolerância à diferença. Aliás, é mais do que tolerância com o diferente. Trata-se efetivamente de abraçar a diferença, em nome da valorização de sociedades que, por princípio, são multiculturais e multiétnicas. A convivência com o outro é também por si só um elemento educativo. É preciso levar as escolas a desenvolverem práticas democráticas na interação entre professores e alunos, mas cuidar também para que se ensine os alunos a serem críticos em relação ao próprio conhecimento aprendido. Trata-se de uma postura crítica e analítica diante do mundo: diante das desigualdades, diante das injustiças. Trata-se também de uma nova relação com o conhecimento e com os valores.”

Que cidadãos estamos formando?

Diante dessas questões colocadas, é importante se perguntar: afinal, que cidadãos estão sendo formados? De que forma? É o que a professora Janice Theodoro afirmou há pouco: o desafio é formar o brasileiro, mesmo com uma bolha social a separar estudantes cultural e educacionalmente. E aí nos deparamos com um dilema: por quais caminhos seguir? Tem-se investido em uma formação talvez mais “tecnicista”, de formação, digamos, de “cérebro de obra”,  do que de cidadãos?

“Sim, a formação hoje preconizada é tecnicista. Em nome do que se passa a compreender como projeto de vida, circunscreve-se o aluno à sua situação de existência atual, como se ele estivesse destinado à fatalidade de permanecer nesse seu lugar de nascimento. Isso vai acentuar a distância entre os projetos de vida dos jovens de camadas mais abastadas e aqueles pretensamente mais modestos projetos de vida dos jovens mais pobres. É isso que se espera: que os projetos correspondam ao caráter estático da sociedade brasileira, com suas fraturas e desigualdades”, afirma Carlota Boto. “A ação educativa tem alguma autonomia em relação às políticas que a estruturam. Então, pelo empenho, pela dedicação e pela competência de professores em todos os recantos deste País, há sim cidadãos sendo formados. Mas isso é uma formação a contrapelo. Formamos cidadãos críticos e comprometidos com um mundo mais justo apesar da lógica de um modelo político que vai em direção contrária.”

Fonte: Jornal da USP

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Os Ovos de Páscoa em 2022

 Gazeta da Torre

A ida ao supermercado tem se tornando um verdadeiro filme de terror para o brasileiro. Os alimentos, juntos dos combustíveis, são os itens que mais têm pesado no bolso nos últimos meses. Em fevereiro, o IPCA, o índice que mede a inflação oficial do país, chegou a seu maior nível desde 2015.

No entanto, essa época do ano, tem chamado a atenção um item em especial: os ovos tradicionais de Páscoa. . Essa lembrança, muito tradicional por aqui, já não tem despertado afeto na hora da fila da caixa. Ovos 'populares' não saem por menos de R$ 30. Se quiser apresentar uma criança com os acompanhantes acompanhados de brinquedinhos, pode ir preparando o bolso.

Bombons e barras viram alternativas. . Em conversa com o Estadão, o presidente da marca de chocolates Dengo, conhecido por ser o segmento do premium, Estevan Sartoreli, disse que esse movimento de substituir ovos por barros e bombons não é de hoje. "Temos visto cada vez menos ovos. As pessoas estão mais interessadas pela qualidade do chocolate diz o executivo. Barras e bombons também pesam menos na conta final pois o valor agregado (mão de obra, embalagem etc) é menor que o dos ovos.

Fonte: Yahoo Finanças. 

Prefeitura do Recife inicia preparativos para celebrar o São João 2022 nas ruas

 Gazeta da Torre

Diante das tendências de expressiva queda nas curvas de contaminação da pandemia, com novas prováveis flexibilizações dos protocolos sanitários, a Prefeitura do Recife começou os preparativos para celebrar, sem restrições de público e com muito forró, o ciclo festivo mais nordestino do calendário brasileiro. O anúncio foi feito pela prefeitura com sua secretaria de cultura.

Os editais de subvenção e das atrações artísticas para o São João do Recife 2022 serão lançados nesta quinta-feira (14), pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife, dando início às tratativas para que o Recife possa, finalmente, voltar a celebrar nas ruas e por toda a cidade a festa democrática e plural, uma marca da capital pernambucana.

As datas dos festejos, com detalhes da programação, serão anunciadas posteriormente, observando a atualização dos protocolos estaduais, mas uma novidade já está garantida: neste São João da retomada cultural, o Recife terá festa para todo lado, espalhando o arrasta-pé por vários bairros, mantendo o Sítio Trindade como polo de destaque, mas desta vez transformando o Recife Antigo num grande arraial a céu aberto, com decoração, palco, várias atrações, apresentações de quadrilhas, comidas típicas e muito forró.

Por toda a cidade, a festa será embalada por trios pé-de-serra, grandes forrozeiros e forrozeiras de todo o Nordeste, além de quadrilhas e outras tradições da cultura popular nordestina, que se encontrarão nesta saudosa celebração à nossa diversidade e riqueza cultural.

Fonte:PCR.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Com imenso poder econômico, “BIG TECHS” atuam como GOVERNOS

 Gazeta da Torre

Escritora e professora, Alexis Wichowski

O avanço e o alcance de grandes empresas de tecnologia sobre os consumidores estão moldando uma relação complexa entre ambas as partes. As big techs, que detêm bilhões de consumidores integrados em ecossistemas de produtos e de serviços, já atuam como imensas estruturas econômicas com capacidades superiores às de muitas nações. Estas organizações, com força quase como a de um Estado e sem barreiras físicas, são os chamados “governos de rede”, conforme caracteriza a escritora e professora da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, Alexis Wichowski.

 “Governos de rede trabalham com produtos e serviços tecnológicos, e uma das coisas que os diferencia é que eles tratam os clientes quase como cidadãos de seus produtos e serviços. Eles investem em serviços para protegê-los, por exemplo. O Facebook tem uma equipe antiterrorista que é maior do que a do governo americano”, reforça a escritora.

Em entrevista para o canal UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, em parceria com a Brazilian Student Association (BRASA) – associação formada por brasileiros que estudam no exterior –, Alexis pontua que, quando a pandemia ganhou força no país norte-americano entre fevereiro e março, quem realmente tomou a iniciativa de proteger as pessoas não foi o governo ou o país, mas os “governos de rede”, isto é, as empresas que compõem a grande indústria tecnológica, como Google, Microsoft, Amazon e Facebook.

 “Elas foram algumas das primeiras entidades a declarar que os funcionários trabalhariam em casa – para a proteção deles –; a garantir que funcionários que trabalhem por hora não perderiam o emprego, mesmo incapazes de irem ao local de trabalho; bem como dariam licença parental àqueles cujos filhos não fossem mais à escola”, enfatiza a especialista em política internacional e em relações públicas. Ainda assim, a escritora defende a importância de que as ações dessas entidades sejam reguladas em âmbito internacional.

Ela também analisa o risco que tanto poder sobre uma quantidade massiva de dados, nas mãos de poucas empresas, representa de fato para as pessoas, e como tais fatores afetam a geopolítica internacional.

* Alexis Wichowski é gestora e pesquisadora no Instituto Harmony e professora na School of International and Public Affairs (SIPA) da Universidade Columbia. Atualmente, a pesquisadora ainda trabalha como secretária de imprensa da cidade de Nova York e realiza regularmente pesquisas sobre impacto da mídia, tecnologia e governo. É especialista em tecnologia, mídia e comunicação, com PhD em Ciência da Informação pela Universidade Albany, em Nova York, nos Estados Unidos.

Fonte:UM Brasil.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Secult-PE celebra Ariano Suassuna com lançamento de livro digital

 Gazeta da Torre

O mestre Ariano Suassuna

O legado do mestre Ariano Suassuna ganha mais uma obra em celebração a sua arte e memória. Apoiado pela Secretaria Estadual de Cultura, o lançamento oficial do livro digital “Museu Armorial dos Sertões – Caderno 1” aconteceu na quinta-feira, dia 7 de abril, às 17h, no salão anexo do Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), no bairro das Graças, no Recife. A obra gratuita estará disponível no link: 

 www.cultura.pe.gov.br/pagina/literatura/museu-armorial-dos-sertoes

“Nesta obra-documento, quem acessar o livro terá disponível preciosidades do universo concebido por um artista de primeira grandeza das artes brasileiras. Ariano se tornou um demiurgo. Verdadeiro criador de um mundo cuja cosmologia é composta com o que há de mais profundo e sensível do Nordeste brasileiro”, exalta Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco.

Entre os seis filhos de Ariano, Manuel Dantas Suassuna é o único que, como o pai, foi escolhido pela arte. Hoje, transformou-se em uma espécie de guardião e defensor de suas ideias e criações. Ele ficou responsável pela curadoria do “Museu Armorial dos Sertões”.

“Trazer novas luzes sobre a criação de Ariano Suassuna, com ênfase em sua trajetória biográfica, sua poesia e sua criação plástica é reafirmar a importância de sua produção para Pernambuco e para o Brasil. Unir uma equipe com conhecimento e capacidade para realizar tal propósito é, também, seguir valorizando e fortalecendo a força criadora desse artista fundamental para que se compreenda parte da arte brasileira”, destaca Dantas.

“As pessoas vão ter acesso a uma produção de primeiríssima linha. É importante destacar que esse projeto foi criado para comemorar a efeméride dos 50 anos do Movimento Armorial, em 2020. Mas, como passamos pelo conturbado período de pandemia, acabou ocorrendo o atraso”, explica Roberto Azoubel, coordenador de Literatura da Secult/PE.

Biografia e iluminogravuras

O livro digital 'Museu Armorial dos Sertões - Caderno 1"

O livro é dividido em dois eixos principais. No primeiro, a narrativa se detém sobre o início da trajetória do escritor Ariano Suassuna: os primeiros anos de vida, a trágica morte do pai e a mudança para o Recife. A história é alinhavada com a ajuda de alguns poemas criados por ele.

O trecho biográfico vai, cronologicamente, até a publicação do primeiro poema de Ariano, “Noturno”, em 7 de outubro de 1945, quando ele tinha 18 anos. A autoria dessa parte inicial é da escritora e jornalista Adriana Victor, amiga de Ariano, com quem conviveu e trabalhou por 20 anos.

No segundo trecho, o poeta, ensaísta e professor Carlos Newton Júnior, principal estudioso e conhecedor da obra de Ariano Suassuna, de quem também era amigo e compadre, traz uma análise sobre as iluminogravuras – obras que unem a poesia a desenhos, ambos criados por Ariano – e a sua importância na criação do escritor.

Também fazem parte do projeto o programador visual Ricardo Gouveia de Melo e o artista plástico Manuel Dantas Suassuna. Ricardo é hoje o responsável pela criação dos projetos gráficos de mais de 20 edições de obras do escritor junto à editora Nova Fronteira. A obra conta ainda com as fotografias de Gustavo Moura, Manuel Dantas Vilar, Geyson Magno e Léo Caldas.

Ariano Suassuna

Romancista, poeta, dramaturgo, dramaturgo e ensaísta, Ariano Suassuna nasceu na capital da Paraíba, em 16 de junho de 1927, e passou a maior parte de sua vida em Pernambuco, no Recife, onde nos deixou em 23 de julho de 2014.

Considerado um dos mais importantes escritores brasileiros, tem obras traduzidas em diversos idiomas e publicadas em vários países.

Membro da Academia Brasileira de Letras e vigoroso defensor da cultura brasileira, foi o idealizador do Movimento Armorial – que busca a criação de uma arte erudita brasileira a partir das raízes populares da nossa cultura.

Serviço:

Livro “Museu Armorial dos Sertões – Caderno 1”

Acesso gratuito à obra: 

www.cultura.pe.gov.br/pagina/literatura/museu-armorial-dos-sertoes

Fonte:Cultura PE