segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Está chegando a BLACK FRIDAY 2022

 Gazeta da Torre

À medida que o fim de 2022 se aproxima, centenas de consumidores já procuram informações sobre a Black Friday 2022, um dos eventos que marcam as compras de fim de ano.

Apesar de originalmente acontecer em único dia da semana, a Black Friday no Brasil se estende a várias semanas em que lojas de inúmeros segmentos promovem ofertas ao público consumidor.

Originalmente, a Black Friday ocorria após a data comemorativa do Dia de Ação de Graças (Thanksgiving Day), na 4ª sexta-feira de novembro, dentro de um período de 24h. Diferente dos Estados Unidos, a Black Friday no Brasil não é um evento restrito a apenas um dia de duração. No entanto, quanto à data que marca o início do evento, a Black Friday 2022 também está prevista para a 4ª sexta-feira do mês de novembro. Assim, a Black Friday 2022 começará no dia 25 de novembro.

Uma recente pesquisa divulgada pelo Instituto Ipsos, empresa de inteligência e pesquisa de mercado, revelou que, em média, cada consumidor pretende adquirir produtos de ao menos 5 categorias na Black Friday 2022.

Fonte: JC

Mais do que só um voto: com educação política, eleitores compreendem o seu grande papel no processo democrático e elege novo Presidente do Brasil

 Gazeta da Torre

Lula, o novo Presidente do Brasil

O TSE na noite de domingo (30/10),  confirmou a vitória de Lula com 98,86% das urnas apuradas. Na avaliação do cientista político Creomar de Souza, Lula rompeu uma barreira ideológica ao conseguir apoios de figuras consideradas da centro-direita.

"Acredito que a democracia brasileira pode demorar algum tempo para se recuperar. Não se passa rapidamente de um cenário de hiperpolarização para um de polarização moderada", afirmou  o americano Scott Mainwaring, professor da Universidade de Notre Dame e um dos maiores especialistas do mundo em política, democracias e ditaduras na América Latina, à BBC News Brasil após a confirmação da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) .

O engajamento político, movido pela sociedade civil, tem se mostrado cada vez mais fundamental para que o País decida o formato da democracia que quer moldar para as próximas gerações, bem como para saber a forma de enfrentar os temas urgentes e transversais do presente – por exemplo, a emergência do clima e a desigualdade. A educação política também tem sido essencial para que os eleitores compreendam que a existência dos seus direitos básicos está totalmente atrelada ao seu papel na cidadania, e que esta função não se encerra na urna.

Ana Julia Bernardi, doutora em Ciência Política e Professora na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), explica que a educação política se trata, dentre outros pontos, da conscientização de que todos precisamos participar ativamente do processo democrático e entender o papel de cada um como eleitor. “É com isso que poderemos compreender a nossa motivação ao votar e participar das instituições, assim como demandar os nossos direitos coletivamente por meio de manifestações políticas, tanto partidárias quanto pelas organizações da sociedade civil”, reforça.

Em seu doutorado, Ana realizou pesquisas diretas com jovens para inferir como enxergam os aspectos gerais da democracia. Segundo a cientista política, eles se interessam pelo assunto, mas este não “dialoga” com os jovens.

Ana ainda explica que, quando perguntou a esses jovens se consideravam de qualidade a educação que recebiam, os que responderam negativamente ressaltaram as faltas de professores e de infraestrutura escolar. “Isso faz com que a primeira política pública com a qual têm acesso (a educação) falhe com eles, gerando um descontentamento generalizado com a política, como se fosse algo com a qual não valesse a pena se envolverem. Felizmente, podemos mudar esta situação com a educação política”, frisa.

Fontes: BBC News Brasil;UM Brasil;.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Vini, o guardião do carrinho: um jeito diferente de ir ao supermercado

 Gazeta da Torre


Para Marcelo e Carol, sábado é um dia tradicional de ir ao supermercado, e com eles inseparavelmente está Vini, de 6 anos que adora participar das compras.

Marcelo lembra um pouco do fantasma vivido antes do início do plano real e da última troca de moedas no Brasil em 1994, hoje estamos longe daquilo, mas é verdade que a inflação vem aterrorizando muitas famílias nos quatro cantos do país. A alta de preço atinge cerca de 80% dos itens que entram no cálculo do IPCA, o índice mais relevante que mede a inflação.

No caminho do supermercado, Marcelo conversava sobre esses pontos com Carol, e que alguns amigos que costumavam fazer a feira do mês, já não fazem isso há um bom tempo, pois com o alto valor que isso demanda, o mais comum tem sido a compra mais fatiada, em intervalos menores, semana a semana, e Carol comentou que uma amiga já está indo ao supermercado cerca de três vezes por semana, pois com o preço nas alturas, nem sempre consegue na ida semanal comprar tudo o que precisa, sai um valor alto, e por isso, precisa voltar ao supermercado outras vezes durante a semana para comprar o que falta. E do jeito que vão as coisas, os dois acham que não demora a ter mais gente, indo várias vezes por semana.

Marcelo tem observado que o preço de alguns produtos muda a cada ida ao supermercado, o fantasma da inflação está firme, pois é no supermercado que se vê a maior alta de preços no país, e com isso os sustos são constantes e o medo do endividamento ou de se enrolar financeiramente é grande, por isso, muita gente vem mudando alguns hábitos, segurando bem as compras no supermercado, optando por marcas menos conhecidas e cortando alguns itens da lista.

Diante desse cenário, muitas atitudes vêm sendo tomadas, em termos práticos, precisamos nos adequar nesse período, rever as despesas fixas, conta de celular, internet, tv a cabo, serviços e produtos por assinatura com pagamento mensal, medidas em relação ao consumo de energia em casa e mais atitudes a fim de conter as despesas e equilibrar o orçamento, pontos que já foram rigorosamente revisados por Marcelo e Carol.

É necessário estar atendo, observar bem os preços, a quantidade comprada, promoções, evitar comprar mais do que precisa de forma aleatória, a atenção com as embalagens econômicas que nem sempre trazem uma economia, o cuidado com o “Pague Dois, leve Três” que nem sempre vale a pena, pois termina fazendo você gastar mais do que pretende em busca de uma vantagem no preço, e que te leva a gastar mais, são mais pontos que vale estar de olho.

Atentos a esses pontos, Marcelo e Carol estão fazendo sempre uma lista de compras para a ida ao supermercado, e quem ajuda a escrever os itens da lista é Vini, de forma que assim, eles procurem comprar apenas o que tem na lista, e Vini, é o guardião do carrinho, ele só deixa entrar no carrinho itens que estão na lista, e pouco a pouco vai riscando os itens dela, e se for um item que não está na lista, Vini só deixa entrar se os pais estiverem em acordo, ele leva mesmo a sério a missão de guardião que lhe foi dada.

Eles definiram que se a lista de compras for pequena, nem pegam o carrinho, basta a cestinha, pois o espaço é menor, e o “incômodo” de levar ela de um lado para o outro termina fazendo com que sejam mais objetivos nas compras também, acelerando as escolhas, reduzindo o tempo de permanência no local e a possibilidade de ter mais despesas.

E de fato isso é bem pensado, só pegar o carrinho se for fazer uma compra maior, caso sejam poucos itens, usar a cestinha, e se forem dois, três itens, por exemplo, levar na mão. Isso porque o carrinho deixa tudo confortável e uma tendência maior a ter mais calma, rodar mais no estabelecimento e levar mais itens do que o planejado, aumentando as despesas e até mesmo a compra de supérfluos.

Por fim, depois de um sábado de compras com tudo dentro do combinado, os três voltavam para casa refletindo sobre os desafios do momento, a alegria de ter Vini envolvido no processo e prontos para mais um fim de semana de curtição.

 

Abraço e até a próxima!

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Prefeitura do Recife instala iluminação cênica em pontos turísticos da cidade

 Gazeta da Torre

Ponte da Boa Vista - Foto: Rodolfo Loepert/PCR

A beleza da capital pernambucana passa a ficar ainda mais evidente aos olhos dos recifenses e turistas. O Ilumina a Vista foi lançado na noite da segunda-feira (24), na Casa do Carnaval, situada no Pátio de São Pedro, um dos primeiros locais beneficiados pelo programa. A proposta da Prefeitura do Recife é implantar iluminação cênica especial em diversos pontos turísticos do município, valorizando ainda mais esses espaços. A iniciativa vai beneficiar parques, praças, igrejas, pontes e locais de grande movimento da cidade.

Além da Casa do Carnaval e do Pátio São Pedro, a iniciativa já iluminou a Ponte da Boa Vista e iniciou os trabalhos no Parque Dona Lindu, na passarela Joana Bezerra e no Parque das Esculturas. A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) está finalizando o processo para contratação de projetos especiais de iluminação cênica para locais como Praça de Casa Forte, Praça do Derby, Praça do Internacional, Canal da Agamenon, Sítio Trindade,  Igreja Madre de Deus, Igreja Nossa Senhora do Carmo, Igreja do Pátio de São Pedro, Rua do Bom Jesus e Casario da Rua da Aurora.

PONTE – Na Ponte da Boa Vista, conhecida como Ponte de Ferro, a obra foi realizada contemplando a remodelação dos pontos de iluminação pública, sendo instalados 48 projetores RGB com tecnologia LED para iluminação cênica de destaque, 96 projetores LED distribuídos para o passeio público e faixas de rolagem, 04 luminárias de piso destacando as colunas, lampiões de LED e rede elétrica embutida.

Fonte: PCR.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Escolas Municipais do Recife conquistam medalhas de ouro e prata na Olimpíada Brasileira de Robótica

 Gazeta da Torre

As escolas da Rede Municipal do Recife foram destaque na etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica, disputada em São Bernardo do Campo, em São Paulo. No Nível 1, os recifenses conquistaram medalha de ouro e prata com as equipes Robotnik e Águia de Prata, das Escolas Municipais Doutor Rodolfo Aureliano e Antônio Farias, respectivamente. As equipes, com um total de oitos integrantes, foram formadas por alunos e alunas do 6º e 7º ano.

Os estudantes compõem clubes de robótica formados dentro das unidades escolares da Rede Municipal de Ensino do Recife e, anteriormente, conseguiram a classificação na etapa nacional da competição após um excelente desempenho nas etapas regional e estadual da Olimpíada, realizadas na Escola Municipal de Tempo Integral da Mangabeira, no mês de agosto. Para a competição, a Prefeitura do Recife promoveu a participação de mais de 140 estudantes da rede pública municipal. Nesta competição, os alunos da equipe Robotnik contaram com a coordenação técnica do professor Pedro Ramalho e o time Águia de Prata teve como parceiro técnico o professor Cid Spindola.

Ao todo, o Recife enviou para São Paulo cinco equipes. Além da Robotnik e da Águia de Prata, representaram as cores de Pernambuco os times PH Robótica, da Escola Municipal Padre Antônio Henrique, Supremos, da Escola Municipal Antônio Farias Filho e a Refúgios Tech Robotics, da UTEC Santo Amaro. Esta última, inclusive, ainda traz para casa o prêmio de ‘Melhor Estratégia de Resgate’.

Fonte: PCR.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Cupulate: o desafio do 'primo' do chocolate que pode ajudar Amazônia, segundo pesquisadores

 Gazeta da Torre

O cupulate, um "primo" do chocolate que não contém cacau

A barra se quebra com facilidade entre os dedos, sem aquele estalo que ouvimos quando partimos um chocolate. Na boca, os pedaços se dissolvem mais rapidamente, e sua textura é incrivelmente aveludada. A aparência, o aroma e o sabor lembram chocolate, mas leves notas cítricas, amendoadas e amadeiradas, e um gosto distinto, indefinível, confundem o paladar.

Estamos falando do cupulate, um "primo" do chocolate que não contém cacau. É feito com a semente da fruta amazônica cupuaçu (Theobroma grandiflorum, na nomenclatura científica), que pertence ao mesmo gênero que o cacau (Theobroma cacao).

Ao leitor, uma dica: o cupulate não deve ser confundido com bombons feitos de cacau e cupuaçu vendidos há algumas décadas em supermercados pelo Brasil afora.

O legítimo cupulate é um produto que muitos brasileiros ainda desconhecem mas que, na opinião de pesquisadores, pode cumprir um papel importante no desenvolvimento da floresta e contribuir para a economia do Brasil. Para isso, dizem, precisa vencer um desafio: encontrar uma identidade própria, distante do primo famoso e bem sucedido.

O que é o cupulate?

Duas marcas de cupulate se destacam hoje no Brasil. A amazônica De Mendes, que desenvolveu seu cupulate a partir de uma receita tradicional usada por mulheres de uma comunidade agroextrativista do Pará. E baiana Amma, que foi pioneira e comercializa seu cupulate orgânico há quase uma década.

Ambas entraram no mercado oferecendo, inicialmente, chocolates artesanais feitos com cacau fino, de altíssima qualidade.

O dono da Amma, Diego Badaró, de 41 anos, pertence à quinta geração de uma família de fazendeiros de cacau que, em 1989, tiveram suas lavouras devastadas por um fungo. Ele recuperou a saúde das plantações seguindo as práticas do suíço Ernst Gotsch, especialista em regeneração de terras degradadas. E começou a vender sua linha de chocolates finos.

Um dia, se encantou com o cupuaçu. "Fui visitar uma fazenda de cupuaçu, vi os grãos e fiquei muito interessado, curioso", conta Badaró em entrevista à BBC News Brasil.

A árvore do cupuaçu, o cupuaçuzeiro, pode chegar a 15 metros de altura. Seu fruto pode alcançar 25 cm de comprimento e entre 10 e 13 cm de diâmetro. Rico em vitamina C, vitaminas do complexo B e sais minerais, o cupuaçu é muito apreciado pelos amazônicos, que o consomem nas formas mais variadas, como sucos, cremes, sorvetes, licores e geleias.

Sua popularidade fora da Amazônia, no entanto, contrasta muito com a de duas outras frutas nativas da floresta - o cacau, estrela consagrada, e o açaí (Euterpe oleracea Mart), em ascensão meteórica.

Badaró conta que resolveu fazer uma experiência: usar as sementes da fruta para criar um alimento análogo ao chocolate. "Decidi fermentar os grãos e secar, como fazemos com o cacau. Não ficou muito interessante", relembra. Mas ele insistiu.

"Resolvi testar novamente, já com fábrica em Salvador. E percebi que a fermentação do cupuaçu era mais longa. É o mesmo processo, só que leva mais tempo do que o do cacau."

Uma barra de cupulate não deve deixar ninguém acordado à noite. Ele não contém cafeína nem teobromina, estimulantes naturais presentes no chocolate. E sua textura cremosa se deve à composição da semente da fruta, explica Badaró.

"O grão do cacau tem 50% de sólidos e 50% de óleo. O do cupuaçu é 80% óleo, tem poucos sólidos, então dá essa textura. É incrível, não?", comenta.

Os cupulates da Amma e da De Mendes são do tipo meio amargo, ou seja, contêm somente semente de cupuaçu e açúcar mascavo.

Em busca de identidade

Nascido e criado na Amazônia, o macapaense César de Mendes, de 59 anos, conhecia bem o cupuaçu e já tinha provado cupulate, mas conta que não via muita graça naquilo. Ele ressalta, inclusive, que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu e patenteou o cupulate na década de 1980.

"O nosso existe há dois anos. Eu não coloquei pra rodar antes porque não estava satisfeito com o resultado. Tinha provado o da Embrapa, mas eu não gostava."

Especialista em engenharia de alimentos, Mendes trabalhou como consultor no ramo do cacau antes de abrir sua própria fábrica. A De Mendes faz chocolates à base de cacau nativo da Amazônia, colhido por comunidades da floresta em regiões, muitas vezes, isoladas.

Isso talvez explique a visão crítica que César tinha sobre o cupulate. Para ele, era como se faltasse uma personalidade própria a esse primo do chocolate. "Você coloca (um produto como esse) no mercado, e as pessoas tendem a comparar com o chocolate", explica. "Então, não tinha estímulo nenhum para fazer."

Uma xícara de uma bebida saborosa tomada à sombra de uma árvore nas imediações do rio Tapajós, no Pará, fez Mendes mudar de opinião. Ele conta que provou a bebida quando visitava a associação de mulheres agroextrativistas Amabela, no município de Belterra. "Era cupulate", diz. "Tomei numa xícara e gostei, como nunca tinha gostado antes."

Mendes conta que perguntou às mulheres se elas concordariam em compartilhar com ele o processo de fabricação - um conhecimento transmitido entre gerações na comunidade. Com a permissão do grupo, testou a receita em casa."Gostei muito. Pensei, 'está na hora de lançar uma barra de cupulate'."

Ele diz que o cupulate da De Mendes tem um sabor único. Tão gostoso que, depois de prová-lo, muitos clientes desistem de comprar chocolate e encomendam apenas cupulate. Mas gostoso como?

"Pra mim, é fácil porque quem nasce na Amazônia entende esse gosto", ele responde. "Mas, quando vou falar com uma pessoa de fora, tenho que dar referências. Por exemplo, quando você mastiga, sente um perfume muito característico do cupuaçu. E, no sabor, percebe o azedinho, a lembrança da fruta, da polpa da fruta."

Mas quem ficou com vontade vai ter um certo trabalho para provar. Os cupulates da De Mendes e da Amma são vendidos principalmente nos sites das marcas. Também podem ser encontrados em algumas lojas de produtos orgânicos e em supermercados independentes, mas é inegável que a distribuição ainda pode ser melhor.

O cupulate pode fazer do cupuaçu o 'novo açaí'?

Na década entre janeiro de 2011 e dezembro de 2021, as exportações de açaí pelo Estado do Pará (responsável por 94% do total exportado pelo Brasil) cresceram quase 150 vezes (14.380%), segundo dados da Associação Brasileira de Produtores Exportadores de Frutas e Derivados, Abrafrutas. Ainda segundo a entidade, a quantidade exportada subiu de 41 toneladas em 2011 para 5.937 toneladas em 2021.

Em 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país produziu 1.478.168 toneladas de açaí, com rendimento à economia brasileira de R$ 4,75 bilhões. Dados do instituto para 2017 (os mais recentes disponíveis) mostram que, naquele ano, a produção de cupuaçu foi de 21.240 toneladas, com um faturamento de R$ 54,82 milhões.

Os dados são de anos diferentes, o que dificulta comparações. Além disso, os pesquisadores enfatizam que os números variam muito de ano para ano. Ainda assim, a diferença no desempenho das duas frutas é imensa.

Será que o cupulate poderia mudar o destino do cupuaçu para fazer dele mais uma estrela da Amazônia? Quase uma década após ter lançado o seu cupulate, Diego Badaró, da Amma, diz não ter dúvidas sobre a viabilidade do produto. "Já está há nove anos no mercado, já se provou."

Aliás, bem antes de Badaró e Mendes investirem no cupulate, outros já haviam identificado o potencial comercial do produto - inclusive no exterior do país, e nem sempre de forma legítima.

'O cupuaçu é nosso'

Na década de 2000, o cupuaçu esteve no centro de uma batalha judicial internacional envolvendo a empresa japonesa Asahi Foods e o governo do Brasil. Em um caso clássico de biopirataria, a empresa japonesa patenteou as marcas "Cupuaçu" e "Cupulate". O caso resultou na campanha "O cupuaçu é nosso", e as patentes foram revogadas.

Mas o sucesso do cupulate no mercado não interessa apenas a empresários. O cupuaçu é visto por um grupo de cientistas brasileiros como um produto com grande potencial de promover o desenvolvimento econômico da Amazônia para que a floresta em pé gere riquezas para o Brasil.

O caminho para isso, dizem, seria aliar os saberes da floresta (como é o caso, por exemplo, da receita de cupulate das mulheres da Amabela) a tecnologias de ponta (para permitir que os próprios produtores façam o beneficiamento da fruta, agregando valor ao produto) e dando suporte a tudo isso com políticas do governo.

Mendes conta que foi convidado pelo climatologista Carlos Nobre, líder do grupo de cientistas, a colaborar com esse plano, batizado de Amazônia 4.0. Ele explica que foi chamado por ser um especialista em cacau. "Conheço a cadeia, conheço as comunidades, produzo. Conheço a floresta", diz. "Por isso me chamaram."

Mas o cupulate teria o mesmo potencial comercial que o chocolate? "O chocolate é um produto que tem uma cultura de consumo em massa de cem anos. É um sabor consagrado no mundo todo. Você vai contrastar (o chocolate) com um outro produto, é delicado de fazer uma projeção", responde.

Fonte: BBC News Brasil

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Aptidão Física

Foto: @alicecunha__

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sábado, 15 de outubro de 2022

O Dia do Professor merece ser comemorado

 Gazeta da Torre

Você sabia que uma das profissões mais antigas que existem é a de professor? Pois é, o filósofo grego Sócrates era professor de Platão. E isso foi há pelo menos 25 séculos. No Brasil, em 1963, decreto do presidente João Goulart instituiu o dia 15 de outubro como Dia do Professor

Segundo a professora Noeli Prestes Padilha Rivas, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, essa classe de trabalhadores não tem muito o que comemorar, mas tem ao que resistir, pois tem trabalhado com pouco reconhecimento e por isso merecem essa data.

A professora lembra que o Brasil vive um momento delicado, com políticas públicas descontínuas, arrocho salarial, condições de precarização da profissão e passando por uma resistência. Noeli ressalta a necessidade de mais foco na formação de professores bem qualificados e na formação social dos alunos como seres humanos. “Estamos em um dos momentos mais cruciais quando se fala de política e educação”.

Por: Vitória Junqueira/Jornal da USP.

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Artista plástico pernambucano vai expor no Museu do Louvre, em Paris

 Gazeta da Torre

O artista plástico Dado Cavalcanti

Já pensou em expor sua obra em um dos museus mais tradicionais do mundo? Esse é o sonho de muitos artistas. Dado Cavalcanti cresceu na Zona Norte do Recife, é artista plástico e vai alcançar esse objetivo. O pernambucano vai expor seu trabalho no Louvre, em Paris. A exposição acontece entre os dias 21 e 23 de outubro.

Mas antes desse feito, Dado teve que batalhar muito.  Ele se encontrou com a arte após uma doença.

Acometido com cirrose hepática, Dado precisou passar por um transplante e buscou na pintura a superação dessa fase. Juntamente com outros artistas nacionais, o recifense será um dos grandes representantes do Nordeste que vai embarcar para a cidade da Torre Eiffel. Na exposição, o pernambucano irá evidenciar o seu trabalho através de três telas. No dia 16, o artista embarca para a França e participa da exposição, que acontece entre os dias 21 e 23 de outubro.

Trabalhos

Nesta reportagem da CBN Recife, o artista plástico Dado Cavalcanti falou sobre sua trajetória e o convite de expor seu trabalho no Museu do Louvre.

1. Como foi sua trajetória até decidir pelo caminho da arte?

Comecei a pintar como fuga de uma doença grave até que não conseguia nem mais pintar devido ao agravamento rápido da doença. Todo momento de melhora era logo percebido pela minha família porque eu corria logo pra pintar e a pintura me ajudava muito. Por isso, depois do transplante, decidi que pintar deixaria de ser um hobby e viraria uma atividade com mais importância na minha vida, para poder levar alegria, cor e felicidade para os outros.

2. Quais os principais desafios na carreira artística que você enfrentou?

Acho que o mais difícil é aguardar as coisas acontecerem porque trabalhar com arte muitas vezes demora a trazer reconhecimento e retorno financeiro.

3. Como é a sensação de expor no Museu do Louvre? Sair do Nordeste para o mundo?

Diante de toda dificuldade que um artista encontra, ver as portas do maior museu do mundo se abrindo pra mim é a prova de que estou no caminho certo e a ansiedade está tomando conta.

4. Quais as expectativas para esse momento?

Espero que com a exposição em Paris, mais pessoas possam conhecer o meu trabalho, a minha história e que esse seja apenas um pouco do muito que ainda vou fazer por esse mundão.

5. Esse seria o momento mais marcante da sua carreira?

Em termos de reconhecimento, sim!

Não fiz nada internacional ainda e começar pelo louvre está sendo muito animador!

6. O que representa esse convite para expor no Louvre?

Reconhecimento! Acho que a palavra é essa.

Olhar para trás, lembrar do que fiz e para onde estou indo me deixa orgulhoso do que estou fazendo.

7. Outros artistas podem sonhar com tal oportunidade?

Todos podem! Eu estou nesse caminho há algum tempo e se me dissessem que um dia eu estaria expondo no louvre não acreditaria, mas eu continuei, persisti e não desisti! E o resultado está aqui, ou melhor, está no Louvre!

Fonte: CBN Recife

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Como anda hoje o relacionamento das CRIANÇAS com os ADULTOS?

Psicóloga Luiza Brasil de Sá Leitão - Centro de Psicologia Hospitalar e Domiciliar 
Colaboradora do Gazeta da Torre


Refletindo sobre a relação criança/adulto, é preciso fazer a distinção entre a experiência infantil e a experiência adulta, no seio da sociedade. Diante de perguntas como: o que há hoje em dia com esses nossos pequenos?, será que as crianças estão perdendo sua essência, queimando etapas?, será que nossas crianças em breve deixarão de ser crianças?, é preciso entender, primeiramente, que a sociedade mudou. Nossa cultura tem se renovado; seu desenvolvimento se dá num ritmo nunca visto e as crianças, fruto desse meio, têm sido acionadas como nunca antes.

No mundo globalizado pela informação, a tecnologia não faz cerimônias em estender suas asas sobre as nossas casas. A informática deixou de ser apenas uma ciência e se tornou conhecida como uma plataforma de comunicação digital. As videoconferências que pareciam ser apenas um tipo de comunicação presente em filmes de ficção, hoje se integram de maneira profunda na vida de adultos e crianças. E os relacionamentos que, antigamente, se estreitavam na família e entre pessoas, no mundo moderno se tornaram obsoletos com a comunicação de áudio e vídeo em tempo real, favorecidas pela Internet.

A relação entre o saber e o não-saber, que sempre se configurou como elemento de distinção, por excelência, entre a experiência infantil e a experiência adulta, está perdendo a sua consistência. Além do aspecto fundamental do acesso à leitura, do saber ou não-saber ler, havia um outro aspecto, que distanciava adultos e crianças: a vergonha dos mais velhos, na relação com os pequenos, ante questões como violência, sexo e palavras grosseiras. Tudo isso contribuía para a construção de um clima de mistério e segredo, que ensejava a autoridade dos mais velhos, para impor à infância as diretrizes formadoras. 

O não-saber constitutivo da infância dissolve-se, no contexto atual, onde dominam a televisão e a internet, não só em razão da natureza da imagem que, contrariamente à alfabetização, é legível imediatamente, tanto aos de seis, quanto aos de sessenta anos, como também do caráter de entrada franca da televisão, que coloca adultos e crianças em pé de igualdade perante a informação. E, num mundo onde não há mais segredos, a relação adulto/criança teria que adquirir uma nova essência.

Apesar de tudo isso, crianças precisam de braços que as acolham, que as aplaudam e as guiem. Crianças precisam sentir-se crianças, independentemente de suas capacidades e habilidades de qualquer ordem. Saibamos, pois, que o arquétipo infantil existe, sobrevive e sobreviverá a todos os ataques, inclusive aos de determinadas culturas, que procuram massificar, erotizar e transformar nossos pequenos em adultos miniatura.

Nesse mundo da modernidade, apesar de ainda existir muita resistência, as relações entre adultos e crianças têm avançado no sentido da troca de opiniões, do respeito sem medo e da demonstração mais espontânea de amor. O adulto precisa tentar dar asas à criança, mas mantendo um lado protetor, para resguardar a criança contra a violência, e devendo ter cuidado com os excessos, pois a superproteção pode atrapalhar suas relações. 

Quando o adulto já tem essa conscientização, acolhe as necessidades da criança, de criar, manusear, jogar, brincar, mostrar suas habilidades, sonhar, falar de si e dos amigos. As famílias quase não se juntam mais para conversar e isso impacta na personalidade das crianças; muitos pais tentam compensar essa ausência com o atendimento de seus desejos e assim elas não criam um processo de conquista, já que recebem coisas instantaneamente, mas passam a colaborar com o que tem sido observado pelos estudiosos; que nas sociedades contemporâneas o mercado está mais atento ao modo de vida das crianças, que hoje não estão ausentes das relações econômicas e são consumidoras em potencial.

As crianças precisam continuar sendo vistas como crianças, porém é importante que o adulto as respeite e, a partir de um olhar discriminativo da condição do que é ser hoje uma criança, consiga fazê-las entender, que a autoridade ainda é deles, por sua experiência de vida, sua missão de pais e educadores.

A Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil

Gazeta da Torre
Nossa Sagrada Família

A virgem Santa, mãe de Jesus Cristo, apareceu em diversas localidades ao redor do mundo em momentos importantes da história. Graças à misericórdia de Deus, Maria apareceu no Brasil na forma de uma imagem negra, na época em que a escravidão no país estava em alta.

Maria foi proclamada Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha do Brasil, em 16 de julho de 1930 pelo papa Pio XI. O Brasil rende-se ao amor incondicional da “Mãe negra” no dia 12 de outubro, data que marcou, em 1980, a proclamação de feriado e consagração do Santuário Nacional de Aparecida pelo Papa João Paulo II.

História da Padroeira do Brasil

A aparição da imagem de Nossa Senhora de Aparecida ocorreu em 1717, época das Capitanias Hereditárias. O governante das capitanias de São Paulo e Minas de Ouro estava de passagem pelo Vale do Paraíba, mais precisamente por Guaratinguetá. 

Animados com a visita, o povo daquela localidade resolveu fazer uma festa de boas-vindas e para isso chamaram três pescadores, Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso para lançar as redes no rio e pescar bons peixes.

O fato era que, naquela época, meados de Outubro, não era tempo de peixes. Porém, como não podiam contradizer o pedido, rezaram pela proteção e benção da Virgem Maria e de Deus para que pudessem voltar à terra firme com fartura. Depois de inúmeras tentativas sem sucesso, eis que
surpreendentemente eles pescaram o corpo de uma imagem.

Curiosos, lançaram novamente as redes e “pescaram” uma cabeça que se encaixou perfeitamente ao corpo. Depois deste encontro, que nos dias de hoje é representado em todo o Brasil no dia 12 de outubro emocionando os fieis, o barco se encheu tanto de peixes que ele quase virou!

A partir daí, a devoção da Santa foi se espalhando. Primeiro nas casas, depois se construiu uma capela, depois uma basílica, até chegar ao quarto maior santuário do mundo, o Santuário Nacional de Aparecida localizado na cidade de Aparecida, interior do Estado de São Paulo.

Milagres de Nossa Senhora Aparecida

Segundo relata a história de Fé, em um dos momentos de devoção dos primeiros devotos de Nossa Senhora Aparecida, as velas que iluminavam o local repentinamente se apagaram. As pessoas ficaram atônitas com o ocorrido e começaram a entrar em pânico. Mas passado pouco tempo, as velas milagrosamente acenderam-se novamente ao bater do vento.

Milagre: A libertação do escravo Zacarias

Como se sabe, o encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida aconteceu em um momento triste da história do Brasil: a escravidão. O povo negro sofria nas mãos dos donos das terras. A “Mãe negra” veio para dar uma lição de vida e amor ao próximo.

Foi o que aconteceu com o escravo Zacarias, que havia fugido de uma fazenda do Paraná e era caçado por todos os cantos, até ser encontrado no Vale do Paraíba.

Preso, Zacarias acorrentado nos pulsos e nos pés. O caminho de volta passava próximo à capela que havia sido construída para a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Então, o escravo pediu permissão ao seu caçador para rezar diante da imagem.

Incrédulo, o caçador deixou. A fé de Zacarias foi tamanha que milagrosamente as correntes se romperam, deixando-o livre. Diante do milagre, o caçador acabou por libertá-lo.

Milagre: O cavaleiro ateu

Desde que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada, e ao longo da história, muitos espaços foram construídos para que a devoção à “Mãe negra” pudesse acontecer. Esses locais sempre recebiam grande número de pessoas que colocavam nas mãos da Mãe de Deus a vida. Mas também era destino de muitos incrédulos.

Esse milagre aconteceu com um deles. Passando por Aparecida e vendo a fé dos romeiros, zombou e tentou entrar na Igreja a cavalo para destruir o local e alcançar a imagem. 

Porém, o que esse cavaleiro não esperava era que as patas do animal ficassem presas em uma pedra. A partir daí, o homem passou a acreditar.

A pedra em que o cavalo ficou preso pode ser vista na Sala dos Milagres no Santuário Nacional de Aparecida.

Milagre: A cura da menina cega

Visitar o Santuário Nacional de Aparecida é uma viagem emocionante, principalmente quando se entra na Sala dos Milagres, onde milhões de histórias de graças alcançadas se concentram.

O simples fato de olhar a Basílica, a primeira grande igreja erguida em Aparecida em devoção a Nossa Senhora Aparecida, também é motivo de milagre e foi o que aconteceu a uma menina cega que passava em frente à Basílica com sua mãe. Ao se aproximar, a garota disse “Mãe, como aquela Igreja é bonita”, e o milagre havia acontecido.

Milagre: Menino no rio

Um rio que pode trazer a salvação por meio do encontro de uma imagem, também pode trazer o risco da morte. Foi o que aconteceu na história de mais um milagre de Nossa Senhora Aparecida.

Um dia, pai e filho foram pescar. A correnteza estava muito forte, o que faz com que o filho, que não sabia nadar, caísse no rio e fosse levado cada vez mais rápido.

O desespero do pai levou-o a rezar a Nossa Senhora Aparecida. E mais uma vez a “Mãe negra” ouviu: o corpo do garoto, de repente, parou de ser levado, mesmo com a correnteza ainda forte, até que o pai pudesse chegar perto e salvar o filho.

O caçador

Voltando de um dia negativo de caça, um caçador viu-se em uma situação perigosa: deparou-se com uma enorme onça. Sem munição, porque havia usado tudo em suas tentativas frustrantes ao longo do dia, o homem ajoelhou-se, rezou e foi atendido: a onça, que antes parecia ter um alvo certeiro, desviou-se e foi embora.

Oração a Nossa Senhora Aparecida

Ó incomparável mãe Nossa Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores,
Refúgio e consolação dos aflitos e atribulados...
Nossa Senhora Aparecida,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por Vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.

E de modo particular hoje, nesta novena, faço meu pedido
(diga agora sua intenção)

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-Vos
e ao Vosso Santíssimo Filho Jesus.
Nossa Senhora Aparecida, preservai-nos de todos os perigos da alma e do corpo,
Dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais,
Livrai-nos da tentação do demônio,
Para que, trilhando o caminho da virtude,
Possamos um dia ver-Vos e amar-Vos
na eterna glória.

Nossa Senhora Aparecida rogai por nós.
Nossa Senhora Aparecida intercedei por nós.
Nossa Senhora Aparecida fazei-nos dignos das promessas do Teu Filho.
Amém.

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Brincar livre e saudável para as CRIANÇAS de hoje

 Gazeta da Torre

O brincar é um fenômeno presente no universo infantil. De que crianças estamos falando? Não podemos mais pensar nem almejar que exista ‘a criança’, como um ideal a ser atingido, mas pensar sim ‘nas crianças’ e suas diversas realidades.

As crianças formam-se a partir da sua herança genética; da educação familiar, formal e comunitária que recebem; da influência do contexto no qual crescem; e dos vínculos que estabelecem com as pessoas mais próximas, sobretudo nos primeiros anos de vida.

Assim, a diversidade de crianças, realidades e infâncias, sobretudo olhando para as diferentes regiões, situações socioeconômicas e contextos do nosso país, constituem uma variedade impossível de ser classificada.

Se nos detivermos e olharmos para as crianças de hoje – sempre considerando-as nos seus contextos -, se verdadeiramente conseguirmos nos despojar de teorias, juízos e preconceitos e nos abrirmos para ouvi-las, vamos descobrir um universo, ao mesmo tempo familiar e desconhecido para nós.

As crianças de hoje têm um repertório de conhecimentos, de estímulos, de criatividades que as levam a mesclar, nas suas brincadeiras, no seu jeito de brincar e de se comportar, todos esses elementos, assim como os seus conteúdos e potenciais individuais.

Mas, ao mesmo tempo, as crianças de hoje são pressionadas pela sociedade, são hipnotizadas pela mídia e o mercado, são muitas vezes privadas de viverem suas infâncias plenamente. As crianças de hoje são vítimas de uma realidade que, em grande parte as isola do contato com a natureza, do contato com os pais ou cuidadores. As crianças de hoje carecem de ritmos, de tempos e de espaços para brincarem livremente. As crianças de hoje não têm tido oportunidades para serem crianças!

Falar em ‘desenvolvimento integral saudável’ é dizer que as crianças, já desde o útero materno, passam por uma série de etapas em que seu corpo, suas emoções, seu raciocínio, sua capacidade de se vincular e comunicar-se com outros, suas habilidades e seus valores, passam por etapas lineares – com avanços e retrocessos – e por processos profundos de desenvolvimento.

As crianças, vão sendo mais ou menos estimuladas, conforme os cuidadores e os contextos em que crescem.

O brincar também é uma linguagem, uma das primeiras linguagens da natureza do ser humano.

Em cada brincadeira há uma narrativa, um ‘texto’ sendo ‘escrito’ por cada criança: quando elas brincam de faz de conta, imitam, representam, se movimentam, desenham, dançam, correm, pulam, jogam com jogos de tabuleiro e participam de brincadeiras e esportes coletivos, quando tocam instrumentos, cantam, criam histórias ou recontam contos – todas linguagens lúdicas – as crianças, sem consciência, falam de si, das suas realidades, do que estão vivendo, de como estão vendo o mundo; das suas angústias, alegrias, medos, potenciais; dos seus interesses, do que sabem, do que precisam; falam desde o lugar das suas emoções.

O brincar faz parte de um patrimônio universal, regional e cultural. O homem sempre brincou, como evidenciam, sobretudo, pinturas arqueológicas, fotografias e estudos em diversas áreas do conhecimento. Desde os anos 70, um movimento mundial de resgate de brincadeiras tradicionais, transmitidas de forma oral de uma geração para a outra, tem tido resultados interessantíssimos: publicações, incentivo a lembrar e transmitir brincadeiras com a participação de avós, pais e crianças, campanhas, cursos, congressos etc.

Um documento atual e importantíssimo, através do qual temos uma cartografia das brincadeiras das crianças de hoje no Brasil, é o Mapa do Brincar – http://mapadobrincar.folha.com.br/ – que mostra as diversas realidades lúdicas de inúmeras crianças e grupos infantis em diversas regiões do país.

O brincar precisa de tempo e espaço. As crianças têm sido tão pressionadas nos dias atuais, lotadas de atividades, obrigações e expectativas (incluindo, em muitos casos, cuidar de crianças mais novas, da casa ou trabalhar), que quase não têm tido tempos e espaços para brincarem de forma livre e saudável.

Poder não fazer nada, brincar com a imaginação, mesmo que sozinhos, escolher amigos, brincadeiras e objetos para brincar e montar suas histórias. Pintar, esconder-se, experimentar, ter contato com diversos materiais e atividades, música, movimento, arte etc.

Tudo isso é necessário, não é perda de tempo e a criança se desenvolve, cresce, aprende, se descobre e descobre o mundo. Nós adultos achamos que ainda precisamos estar o tempo todo interferindo, direcionando ou controlando.

A segurança é fundamental, mas não pode tolher o movimento lúdico das crianças. Esses respiros são essenciais para cada criança poder ser quem ela é.

Se há uma intervenção que é necessária por parte dos educadores e cuidadores é a de criar oportunidades para as crianças brincarem: se dar ao trabalho de escolher atividades, espaços, objetos e/ou brinquedos adequados para cada idade, para cada situação, para cada comportamento.

Quais os nossos desafios enquanto educadores e cuidadores? Criar espaços, tempos e oportunidades para que as crianças possam ‘falar suas linguagens’, viver suas infâncias, escolher do que, com quem e com o quê querem brincar. Observá-las (não significa vigiá-las!), escutá-las, dar espaço para o brincar livre e saudável.

Isto significa ‘conhecê-las’ e saber o que querem, o que vivem o que precisam, a partir da sua espontaneidade, nos seus momentos livres ou nas atividades dirigidas.

Assim, será possível redesenhar propostas e programas adequados, criando espaços de diálogos com as crianças de hoje. E deixar as crianças SEREM CRIANÇAS e viver suas infâncias!!

Por Adriana Friedmann, Pedagoga, mestre em Educação, doutora em Antropologia, é criadora e coordenadora do Mapa da Infância Brasileira e do Nepsid(Núcleo de Estudos e Pesquisas em Simbolismo, Infância e Desenvolvimento).

DIVULGAÇÃO

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

SUPERA oferece teste de soft skills gratuito para todas as idades

 Gazeta da Torre

O segundo semestre do ano começa com uma oportunidade única para crianças, jovens, adultos e idosos. A partir deste mês, o SUPERA vai oferecer um teste gratuito para a medição das chamadas “habilidades do futuro”, as soft skills.

Os testes de habilidades foram desenvolvidos de forma exclusiva pela neurocientista da marca, Livia Ciacci, e serão aplicados mediante agendamento na unidade do SUPERA.

MÉTODO EXCLUSIVO DE AVALIAÇÃO SUPERA

Teste de SOFT SKILLS para adultos – Em 2022, a premissa de que “pessoas são contratadas pelo currículo, mas são demitidas ou promovidas pelas habilidades comportamentais” é cada vez mais forte no mercado de trabalho, afinal de contas, as fraquezas nessas habilidades são mais facilmente expostas por conta da crescente inclusão de tecnologias digitais e automatizadas para as tarefas manuais e repetitivas. Essas habilidades comportamentais, também citadas como soft kills, são definitivas para progredir ou estagnar na carreira.

“O relatório “The Future of Jobs 2020”, do Fórum Econômico Mundial apontou que 55,4% das organizações entrevistadas relataram dificuldades para encontrar as competências desejadas nos candidatos, concluindo que 50% da força de trabalho do mundo vai precisar de algum nível de requalificação”, alertou a neurocientista do SUPERA Livia Ciacci.

O teste de soft skills para adultos inclui 130 perguntas divididas em 13 Soft Skills (habilidades comportamentais), com 10 perguntas para Comunicação, Pensamento crítico, Gestão do Tempo, Empatia e colaboração, Flexibilidade e adaptabilidade, Gerenciamento de estresse, Resolução de problemas, Inovação, ideação e originalidade, Análise de dados, Aprendizado ativo, Resiliência e persistência, Inteligência emocional, Influência social e liderança.

“Lembramos a todos que o teste só será válido se as respostas forem extremamente sinceras, o objetivo é identificar os pontos fortes e fracos, proporcionando o entendimento de quais habilidades merecem mais atenção. Ao final das respostas, será gerado um mapa de habilidades”, detalhou a especialista.

Teste de SOFT SKILLS para jovens

Com um conteúdo adaptado para a realidade do jovem que está entrando no mercado de trabalho, o Teste de soft skills para jovens considera as muitas mudanças do cérebro nesta faixa etária e oferece ao público a oportunidade de identificar com mais clareza quais pontos podem estar dificultando uma possível contratação e desenvolvimento pessoal e profissional. Atualmente muitos projetos educacionais incluem o ensino de empreendedorismo e inovação para jovens, já pensando em competências e atitudes necessárias para um futuro breve.

A neurocientista do SUPERA, Livia Ciacci lembra que antes de aprender qualquer atitude complexa (como o empreendedorismo), é vital ter uma estrutura neuronal de atenção, controle inibitório, memória de trabalho e metacognição preparada, principalmente considerando o contexto atual digitalizado e repleto de distrações.

 “Sabemos que na adolescência ocorrem muitas transformações no sistema nervoso que acompanham a maturação dos lobos frontais, momento que pode ser otimizado com o aprendizado de padrões de tomada de decisão e pensamento estratégico que vão favorecer o desenvolvimento das soft skills desde cedo”, pontuou.

Teste de habilidades do futuro para crianças 

Para avaliar crianças com menos de 10 anos, o SUPERA criou uma metodologia exclusiva que auxilia na análise das habilidades primárias e têm relação direta com o desenvolvimento das 7 habilidades comportamentais essenciais para um melhor desempenho da criança em suas atividades. São elas:

Comunicação:                             - teste de linguagem e interpretação

Pensamento crítico:                   - raciocínio lógico

Empatia e colaboração:             - interação inter e intrapessoal

Aprendizado ativo:                     - atenção, pensamento lateral e visuoespacial

Resiliência e persistência:         - controle inibitório

Inteligência emocional:             - interação intrapessoal e pensamento analítico

Influência social:                         - atenção e memória de trabalho 

“Prestar atenção em algo tende a ser mais difícil para as crianças pelas próprias características exploratórias. A falta de atenção tem seu período mais crítico na faixa entre os cinco e oito anos. A partir desse conhecimento, os objetos manipuláveis, o lúdico e os jogos passam a ser aliados ao aprendizado de habilidades cognitivas, não só por chamar mais a atenção, mas também pelo estímulo à motivação, desencadeando diversos processos de ativação dos neurônios”, detalhou Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA.

Teste de qualidade de vida para idosos

Atingir os 60 anos de idade é um marco importante na história de vida de uma pessoa, pois as escolhas que envolvem os hábitos e estilo de vida serão definitivos para manter a saúde do cérebro e garantir a autonomia ou comprometer fortemente a qualidade de vida dos próximos anos.

A neurocientista do SUPERA Ginástica para o cérebro, Lívia Ciacci, criou uma ferramenta para auxiliar na auto análise das 6 habilidades comportamentais com 60 perguntas para um envelhecimento produtivo e autônomo.

“É importante destacar que este tipo de teste é comercializado e o SUPERA está oferecendo de forma exclusiva em suas escolas. Mais do que buscar melhorar, partimos do princípio de que precisamos identificar quais são os pontos a serem melhorados, para só então, agir com assertividade”, concluiu.

Os testes serão ministrados exclusivamente na unidade SUPERA por educadores e especialistas em ginástica para o cérebro.

Agende seu horário, o teste é gratuito.

Supera Recife Madalena. Rua Real da Torre, 1036 – Madalena

Fone:  982992551 e 32362907

Para reflexão:

Se você encontrar um caminho sem obstáculos, ele provavelmente não leva a lugar nenhum. “Frank Clark

Você sabia:

Um formigueiro pode ter até um milhão de formiga, e uma formiga levanta 50 veze o eu peso.

Resposta do desafio de Agosto.

Em suas mãos existem um balde, uma colher e um copo, e você precisa esvaziar uma banheira cheia de água. Como fará?

Reposta: Destampando o ralo da banheira.

Desafio de Setembro:

O que fazem os grandes costureiros, quando não têm o que fazer?

Reposta do desafio na próxima edição.

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695