segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Será que usamos apenas 10% do nosso cérebro? A neurociência responde

 Gazeta da Torre

Mito ou verdade? O guia definitivo para entender o funcionamento do seu órgão mais importante

Você certamente já ouviu falar que usamos “apenas” 10% do nosso cérebro. Seria verdade? Como medir essa porcentagem? Uma pessoa mais inteligente usaria mais o cérebro? Como usar mais o cérebro e ser mais inteligente?

Para responder todas essas perguntas, Lívia Ciacci, neurocientista do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, preparou um guia definitivo do seu cérebro, acompanhe:

Mito ou verdade?

Segundo a neurocientista, esse, é, sem dúvidas, um dos mitos mais absurdos já criados! O cérebro é um órgão ativo que fica ligado o tempo todo enquanto estivermos vivos. A cada instante, várias áreas do cérebro estão interagindo por meio das mudanças eletroquímicas que caracterizam os impulsos nervosos. “Porém, essas muitas áreas não são ativadas por impulsos ao mesmo tempo. Podemos usar como exemplo uma reunião entre pessoas: para que todos entendam o que está acontecendo e tomem uma decisão, as falas devem ser organizadas uma de cada vez. Imagine se todos começarem a falar juntos, qual será o resultado da reunião? O cérebro funciona em uma constante dança combinada entre áreas em atividade e em repouso”, detalhou.

Para ter uma noção de quanto cada milímetro do cérebro é importante, é só observar a quantidade de problemas que uma pessoa pode ter caso haja uma lesão no tecido cerebral, por menor que seja!

Todo mundo usa 100%

A conexão entre órgão e corpo e entre cérebro e mente é foco de muitas interpretações e pode trazer alguns erros de abordagem. A questão sobre utilizarmos nosso cérebro o tempo todo ou não é uma dessas dúvidas. O primeiro mito que precisamos quebrar é de que o funcionamento do cérebro está ligado ao nível de consciência. Apesar de ser natural fazer a associação de a diminuição da atividade mental consciente seria seguida de diminuição da atividade cerebral, não é assim que acontece! O fato é que em níveis de consciência diferentes (dormindo por exemplo) temos um outro estado de funcionamento, mas o cérebro continua trabalhando.

“Quanto a usar mais ou menos o cérebro, todo mundo utiliza 100% do seu cérebro o tempo todo. As diferenças estão em o quanto você desenvolve e melhora suas habilidades para que elas sejam mais eficientes”, explicou.

E quem tem QI mais elevado, como fica?

Ainda de acordo com Livia Ciacci, neurocientista do SUPERA – Ginastica para o cérebro, inteligência tem a ver com o processo cognitivo de receber estímulos, captar informações, processá-las e emitir respostas, ou seja, a inteligência está mais relacionada com usar recursos disponíveis para resolver problemas do que com decorar respostas certas.

As inteligências utilizam diferentes combinações das capacidades do cérebro para se adaptar ao ambiente, e essas capacidades terão variações entre as pessoas, pois cada um terá desenvolvido níveis diferentes de cada capacidade. As inteligências então são resultado de combinações de habilidades!

“Cada habilidade, como fazer cálculos mentais ou ter um pensamento criativo, pode ser treinada e desenvolvida, porque o cérebro tem a propriedade da plasticidade neuronal e vai desenvolver melhor as redes de neurônios que forem mais utilizadas. Se eu treino ser criativa (o), a tendência é que a cada dia seja mais fácil ser criativa”, disse.

Cérebro: use-o ou perca-o!

A neurocientista Marian Diamond, primeira a mostrar comprovações científicas da neuroplasticidade, disse certa vez: “Cérebro: use-o ou perca-o”. Isso significa, em linhas gerais, que o cérebro é um órgão que se adapta aos estímulos e, desta forma, o único jeito de usar melhor este órgão é usando-o cada vez mais. “É importante lembrar que tudo o que fazemos com intensidade e frequência tem o poder de melhorar as conexões neurais e tornar o cérebro especialista na tarefa”, alertou a autora.

Dá pra ficar mais inteligente? 

Agora você já sabe que, quando se trata de cérebro, o único jeito de fazê-lo funcionar melhor é estimulando e isso pode ser feito de uma forma aplicada em diversas situações: procure dar ao seu cérebro estímulos que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente com a prática de ginástica para o cérebro e outros recursos que proporcionem uma atividade constante e desafiadora para a mente. Você pode estudar mais, se aperfeiçoar em algo no seu trabalho ou aprender um hobby novo: existem diversas possibilidades para manter o seu cérebro ativo e, consequentemente, mais inteligente.

Para reflexão:

Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando: porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

Você sabia:

O que é ÁBACO?

O Ábaco é um antigo instrumento de cálculo, que segundo muitos historiadores foi inventado na Mesopotâmia, pelo menos na sua forma primitiva e depois os chineses e romanos o aperfeiçoaram. Outros creem  que teve sua origem na China e Japão há mais de 2.500 anos.

Benefícios de usar o Ábaco para alunos SUPERA.

O Ábaco desenvolve habilidades como: Atenção, Concentração, Memória, Raciocínio Lógico, Agilidade de Raciocínio, Coordenação Motora, Disciplina, Perseverança e Autoestima.

Resposta do desafio de Janeiro:

O que passa por dentro da casa, mas fica do lado de fora?

Resposta: BOTÃO

Desafio de Fevereiro:

Quem escuta tudo mas não fala com ninguém?

Resposta na próxima edição.

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

Você pode pagar menos na conta do celular

 Gazeta da Torre


Certamente, você reconhece que o Brasil é um país evoluído para algumas coisas, mas bem atrasado em outras. É modelo no formato da tecnologia das eleições na concepção de votação e apuração, estando muito à frente de vários países de primeiro mundo, mas se, falarmos em telefonia móvel, em relação ao 5G e ao ritmo lento para despontarmos como fornecedores dessa tecnologia, no momento não passa de um sonho distante. Assim como nas formas de cobrança, serviço e tudo o que pagamos em relação à telefonia celular, a verdade é que nosso cenário não é dos melhores.

Quem tem mais de 30 anos, certamente, já se deparou com alguma dessas situações: ouvir o celular tocar e, antes de atender, desligarem, receber uma chamada a cobrar, uma mensagem pedindo que retorne ou que o crédito acabou e pedindo para ligar de volta. Sim, são meios de quem está do outro lado pode ter encontrado para poupar, mas não são nada amigáveis. De modo geral, isso é coisa do passado, pois ligação já não tem um custo alto no plano da maioria das pessoas, o que tem peso de ouro hoje é o acesso ao pacote de dados, internet. Algo que pode ser bem equilibrado e utilizado, sobretudo por aquelas pessoas que passam maior parte do tempo em ambientes com Wi-Fi, não é mesmo?

No Brasil, é recente o perfil em que os usuários de muitos países já vivem há mais de uma década, sem ter restrições em relação a ligar para uma operadora ou estado diferente, roaming e mais pontos que por muito tempo custavam bem caro por aqui, e ainda hoje, surpreende uma ou outra pessoa que viajou e se assustou com o valor da conta.

Por isso, trago aqui alguns pontos essenciais para que você tenha uma conta mais enxuta, adequada e que caiba no seu bolso sem maiores problemas e privações de uso, pois acredite, frequentemente ainda vejo pessoas com a conta mais cara, sendo que a maioria delas não precisaria pagar mais caro, por isso vale observar ponto a ponto.

1) Identifique o seu perfil de consumo

Para se assegurar de que isso está bem, você pode puxar as últimas três contas e se certificar da média de consumo do pacote de dados que você tem, observando esse consumo em gigas utilizados por mês (faça uma média). Vi muitos casos de pessoas que tem mais gigas contratados do que a média que consome. Fique de olho nisso, pois é como se você pedisse uma pizza de 10 fatias e comesse apenas cinco ou seis, e repetisse isso todo mês, faz sentido? E, claro, observe também se você tem um plano contratado com uma quantidade abaixo da sua média de consumo, o que pode te trazer um custo adicional alto frequente por estourar o pacote de dados, por exemplo, e ter que contratar todo mês um adicional. Por fim, se você viaja com frequência, observe como isso pode impactar a sua despesa e adeque o serviço a sua real necessidade, ao seu perfil de usuário.

2) Escolha o pacote mais adequado ao seu perfil, pesquise bem

Com base no seu perfil, você saberá a sua demanda por dados, isto é, a média de gigas de internet que você consome por mês. Hoje em dia, minutos é dor de cabeça para poucos, pois os planos, de modo geral, têm minutagem livre. Se você tem um plano antigo observe isso, pois pode estar te custando mais. De acordo com isso, você tem uma base para identificar o pacote médio ideal para você, fale com a pessoa de sua operadora, apresentando o seu perfil de consumo e questionando sobre a oferta deles que melhor se encaixa com isso.

3) Operadoras e Promoções

Com base no seu perfil e no pacote que te atende, levante informações, vá a duas ou três operadoras e veja o pacote mais perto das suas necessidades, do que se viu no item 2 acima, em relação ao que é mais adequado para o seu perfil em termos de consumo. E você pode comparar com o plano de outras operadoras, claro. Analise a qualidade do serviço dela na sua região e avance.

Não se apegue a uma determinada operadora, seja coerente com sua necessidade e o melhor custo-benefício encontrado. De tempos em tempos, veja se vale mudar ou não de operadora, sempre de olho nas promoções que são constantes. Porém, se for mudar, procure saber antes se não tem algum contrato de fidelidade vigente na atual, alguma multa em questão.

4) Plano Controle

Alternativa interessante para quem não quer ter surpresas ou costuma receber contas sempre acima do valor médio do pacote contratado e que por outro lado não quer utilizar o pré-pago. Neste tipo de plano, você tem um pacote pré-contratado que, quando consumido em sua totalidade (mensal), para seguir usando é necessário adicionar um valor extra de crédito. A vantagem, reforço, é que você não tem surpresas na conta.

5) Pré-pago

Boa opção para quem não faz muitas ligações, para quem recebe mais, usa a internet através do Wi-Fi e de forma mais básica, sem baixar vídeos ou músicas com frequência. Se uma ou duas recargas de baixo valor no mês te atendem, e tens o perfil de usuário deste item, vale analisar e considerar esta opção. Mas se você, hoje, tem o pré-pago e faz várias recargas por mês, perde tempo com isso, provavelmente, seria beneficiado com o Plano Controle, por exemplo. Cuidado para não estar se iludindo com o pré-pago e gastando mais do que muita gente que tem conta.

6) Plano família ou empresarial

De acordo com o seu perfil, família, empresa e de usuário conforme explorado acima, um desses planos pode se encaixar muito bem, sendo bem vantajoso, vale considerar. Pesquise, veja as opções oferecidas pelas operadoras, negocie, existe essa possibilidade, mas muita gente só escuta e não tenta articular, negociar.

7) Ter chip de várias operadoras não te ajuda a economizar

Isso é coisa do passado, em termos de consumo e economia. Algumas pessoas ainda têm isso devido à qualidade do serviço oferecida em diferentes lugares, mas se a ideia é economizar, muita atenção. Além de que não é nada prático.

8) Use e abuse das redes Wi-Fi

Procure ter o acesso automático à rede Wi-Fi dos lugares que você vai com frequência, pois, estando nelas, você consegue uma boa economia no seu pacote de dados. Se quiser ter certeza que mesmo estando no ambiente Wi-Fi seus dados não estão sendo consumidos, desligue o uso de dados.

9) Ao viajar para fora do país, lembre...

Ao realizar viagens internacionais, ligue antes para sua operadora e verifique quais serviços ela oferece para você durante este período. Muitas operadoras já têm pacotes ou serviços muito atrativos, que te permitem usar o celular de forma prática, similar ao dia a dia aqui e sem pesar muito no bolso.

E se você recebe a conta mensal, não esqueça de verificar sempre o que está sendo cobrado, além de poder observar se o seu perfil de consumo mudou, não é difícil encontrar cobranças indevidas, lançadas de forma equivocada ou misteriosa. Não custa nada cuidar do que é seu e entender bem o que está sendo cobrado!

Abraço e até a próxima!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

MODA - VERÃO CHIQUE: COMO FICAR ELEGANTE NO CALOR!

 Gazeta da Torre

imagem: Moda 20

Roupas leves e confortáveis são indispensáveis para temporada de calor. Como transpiramos mais, os tecidos precisam absorver a umidade e deixar a pele respirar sob as fibras. Boas opçôes não faltam! Basta escolher a que mais combina com seu estilo: Linho, Algodão,Viscose, e Seda estão entre os melhores tecidos.Com eles vocês vão conseguir montar looks frescos, versáteis e super atuais. Para não ter dúvidas na hora de escolher suas peças, a nossa Consultora de Imagem e Estilo Fatima Fradique listou alguns looks de tecidos leves e fresquinhos para vocês arrasarem no calorão.Vale apena conferir!

1. LOOK: VESTIDO MIDI - VERY PERI

imagem: Lvly Store

O vestido midi Very Peri - Tonalidade Roxa, a cor escolhida pela Pantone para 2022, tem como destaque,minis poás, elástico na cintura para mais conforto,forro em malha e barra com recortes e lateral curta. A saia tem bastante movimento, e a blusa tem elástico no busto com decote reto, alças de amarracao. Vai bem para festas de aniversário e encontro com as amigas.

2. LOOK: SAIA WRAP DRESS - COLOR BLOCK.

imagem: Pinterest

As saias são fresquinhas e charmosas. Na vibração da feminilidade, essa peça do guarda-roupa da mulher tem cada vez mais estilo. O look aqui mostrado é uma linda saia wrap dress - também conhecida como transpassada ou envelope, que  tem como destaque o color block com tons suaves e detalhes na modelagem. Essa saia ganha originalidade e lugar de destaque na moda, principalmente no verão. Ponto para essa peça de ontem, hoje e sempre...

3. LOOK: VESTIDO EM LINHO LISTRADO - PLUS SIZE

imagem: Madame Ninna Plus

O linho é derivado de uma fibra natural, fresco de aparência rústica e altamente absorvente. É um tecido particularmente confortável e indicado para usar em clima quente. O look aqui mostrado é um vestido maravilhoso em linho com estampa de listras em  cores suaveis, modelo regata com alças largas, decote V, botões  frontais e comprimento até o joelho com amarração na cintura, dando um formato bonito e feminino à silhueta. Eis aí um vestido super charmoso. Ideal para o clima de verão!

4. LOOK: MACACÃO - ESTAMPADO.

imagem: Pinterest

Macacão, peça única que toda mulher deveria ter no seu guarda-roupa ou closet. O look aqui mostrado é um lindo macacão estampado,  tecido plano de algoão, poliester e elastano. Possui recortes com anatomia no busto, ziper invisível, cós amplo e bolsos nas laterais. Com ele você  vai do trabalho ao lazer com charme e muito estilo. Vale apena investir!

5. LOOK: CALÇA DE CINTURA ALTA

imagem: Pinterest

A calça de cintura alta se tornou popular por se adptar perfeitamente em biótipos diferentes. Ou seja, veste PP ao GG essa modelagem ganhou força nos anos 70.  Peça  curinga e  fundamnetal no guarda-roupa da mulher que prioriza conforto elegância. Essa composição de blusa estampada e decote  profundo formou um duelo perfeito  para os dias de calor. 

Dica da Especialista: Siga os looks que mais valorizam o seu corpo e o seu jeito de ser. Afinal, de nada adianta usar uma tendência, se você não se sentir confortável com ela.

Desejo a todas e todos vocês muita saúde e paz. Até a proxima edição!

Facebook ( Fanpage ) Fatima Fradique

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

ESG é a transformação para que as empresas continuem existindo no futuro

 Gazeta da Torre

André Carvalhal, escritor e consultor

As empresas da atualidade precisam passar por uma transformação da qual não podem se esquivar se quiserem continuar existindo no futuro. De acordo com André Carvalhal, escritor, consultor em marketing e designer para sustentabilidade, o cuidado com o meio ambiente, as ações sociais e a aderência a condutas exemplares de governança – práticas condensadas na sigla ESG – se tornaram questão de sobrevivência no mundo empresarial.

Em entrevista a plataforma UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Carvalhal afirma que a pauta ESG está avançando, principalmente no âmbito das grandes empresas, por causa do quesito financeiro.

 “Hoje, a Bolsa valoriza este tipo de negócio, e o mercado financeiro está cada vez mais atento a isso. E eu sou procurado por empresas que me falam isso declaradamente: ‘O meu acionista espera que eu implante políticas de sustentabilidade’”, conta o escritor, autor de quatro livros nas áreas de Moda, Comportamento e Sustentabilidade.

De acordo com Carvalhal, as empresas perceberam que ações de preservação ambiental, inclusão social e de governança se tornaram um pilar fundamental para a perpetuação dos negócios.

“A primeira onda do discurso de sustentabilidade era muito sobre preservar os golfinhos, as tartarugas. Depois, preservar as pessoas, os seres humanos. Agora, o discurso é sobre preservar as empresas, dar sustentabilidade a elas”, diz o consultor.

Na avaliação de Carvalhal, a motivação financeira por trás da pauta ESG não deve ser vista de forma negativa, pois, sem isso, dificilmente seriam envidados os mesmos esforços.

“Vejo que, quando bate no bolso, a vontade de transformar acaba ganhando mais fôlego”, diz. “Não acho que isso seja necessariamente ruim, porque se isso motivar mudanças verdadeiras, profundas e estruturais, que bom que existe uma motivação”, complementa.

De todo modo, Carvalhal, receoso de que ações ESG se tornem modismo, salienta que é preciso reconhecer e valorizar os negócios verdadeiramente comprometidos com o movimento, o qual é capaz de construir uma sociedade mais inclusiva e atenta ao modo como utiliza os recursos naturais.

“Adoraria que tivesse sido pelo amor, mas pelo menos estamos vendo as mudanças acontecerem. Agora, precisamos identificar a verdade destas transformações. O ruim é quando vira moda. No meio disso, vemos muito oportunismo e greenwashing [maquiagem verde]”, destaca o escritor.

Assista à entrevista na íntegra no Canal UM BRASIL!

Fonte: UM Brasil

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Uso de protetor solar é essencial mesmo em dias nublados

 Gazeta da Torre

As altas temperaturas do verão exigem atenção redobrada em relação aos cuidados com a pele, uma vez que a exposição desprotegida ao sol e raios ultravioletas é o principal fator de risco para o câncer no tecido. 

Para conscientizar a população, o Instituto do Câncer lançou a campanha digital #UseFiltroPelaPrevenção, disponível em sua conta no Instagram, na qual incentiva o uso frequente de protetor solar.

https://www.instagram.com/institutodocancersp/?hl=en

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, a professora Maria Del Pilar Estevez Diz, coordenadora da Oncologia Clínica e Diretora de Corpo Clínico do Instituto do Câncer (Icesp) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, alerta que tumores na pele não se limitam à camada superficial do tecido e podem atingir outros órgãos próximos. “O câncer não atinge apenas a área exposta”, diz a médica, que também indica os dois possíveis tipos de ocorrência da doença: “Há o não melanoma e o melanoma. O segundo é menos frequente, mas mais agressivo”, completa.

Uso deve ser cotidiano

Maria destaca que a exposição não ocorre apenas em momentos de lazer, como visitas à praia ou a parques, e a aplicação de filtro solar deve ser cotidiana: “A exposição pode ocorrer nos trajetos e também no trabalho, no caso de pessoas que trabalham no campo, nas ruas da cidade, em construções e outros”. Bonés, guarda-sóis e roupas que cubram grande parte da pele também são eficazes na proteção, já que estabelecem uma barreira mecânica contra os raios ultravioleta emitidos pelo sol. “Se a pessoa entrar na água ou transpirar muito, ela precisa reaplicar o filtro solar também”, conta.

A professora recomenda que a população esteja atenta à própria pele, e procure assistência médica ao detectar qualquer alteração incomum no tecido. “Se sua pele apresentar alguma pinta ou lesão que não cicatriza, descama, sangra, é maior do que seis milímetros, irregular, não tem coloração homogênea ou está crescendo é muito importante visitar um profissional de saúde para verificar se aquela é uma lesão simples, comum, ou um câncer, que precisa ser tratado rapidamente”, diz Maria. “Peça também para seus familiares ou amigos conferirem as áreas menos visíveis, como as costas”, finaliza a médica.

Fonte: Jornal da USP

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

No Brasil de ELEIÇÕES DIRETAS, inflação controlada é sucesso político

 Gazeta da Torre

O economista Heron do Carmo

Quando pensa-se vencida, ela ressurge das cinzas. A inflação foi um dos principais problemas econômicos do Brasil em 2021, situação que não é novidade para um país que, ao longo de sua história, enfrentou diversos períodos de alta contínua dos preços. Contudo, somente a partir da Nova República, quando a população passou a votar diretamente para presidente, o que era até então convivência cedeu lugar para medidas contundentes de combate à inflação, de acordo com Heron do Carmo, professor sênior da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e membro do Conselho de Economia Empresarial e Política (CEEP) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Em entrevista a plataforma UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Carmo, reconhecido como um dos maiores especialistas em inflação do País, diz que, historicamente, o Brasil se acostumou com índices inflacionários superiores à média mundial. No decorrer do século 20, inclusive, diversos governos optaram por mecanismos que permitiam conviver com a alta dos preços, em vez de freá-la.

“No Brasil, já no Império, havia uma inflação mais alta. Teve também, nas várias fases da República, uma inflação acima da [média] do resto do mundo. E, a partir da Segunda Guerra Mundial, vivemos um processo inflacionário com algumas pequenas interrupções”, resume o economista. “Acontece que, no Brasil, o objetivo da política econômica não era controlar a inflação, no sentido de reduzi-la. Era controlar no sentido de que não tivesse uma tendência persistente de alta muito rápida. Então, foram adotadas aqui políticas gradualistas”, acrescenta.

De acordo com Carmo, a manutenção do poder de compra da moeda ganha outros contornos quando a classe política percebe que é uma “questão importante do ponto de vista do eleitorado”. Deste modo, inflação controlada se tornou elemento fundamental para o sucesso da política econômica.

“O [então] futuro presidente Fernando Henrique Cardoso saiu de suplente do Senado e chegou aonde chegou [com o Plano Real]. O presidente [José] Sarney, que era desconhecido do eleitor, se consagrou na Assembleia Constituinte [de 1987]. O [Fernando] Collor acabou sendo eleito numa situação de inflação descontrolada. A reeleição do presidente Lula ocorreu como consequência não só do crescimento, mas de uma inflação baixa”, cita o economista. “Então, inflação e atividade econômica são fundamentais para o desempenho político”, pontua.

Em períodos de inflação alta, Carmo salienta que o mais importante é a perspectiva da trajetória do nível de preços. Sendo assim, “a política econômica tem de ser apertada para não permitir que se repita a dose no período seguinte”, do contrário, “entra-se num processo difícil de reverter”.

Além disso, o especialista reforça que o estrato mais pobre da população é o mais penalizado pela alta contínua dos preços.

“Ouso afirmar que uma parte da resistência da desigualdade na sociedade brasileira se deve também ao comportamento da inflação. O País cresceu muito durante um tempo, mas sem que aquilo se refletisse numa redução mais expressiva da desigualdade, em parte justamente devido ao fenômeno inflacionário”, destaca o economista.

*Entrevista na íntegra no Canal UM BRASIL (YouTube).

Fonte: UM Brasil

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Obesidade, inatividade física e consumo abusivo de álcool aumentaram em adultos

 Gazeta da Torre

A Nota Técnica “Doenças Crônicas e Seus Fatores de Risco e Proteção: Tendências Recentes no Vigitel”, do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), constata que a inatividade física, a obesidade e o consumo abusivo de álcool aumentaram em 2020, ano de início da pandemia. Esses hábitos constituem fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como hipertensão e diabetes. A piora dos indicadores acontece justamente durante um “apagão” de dados da principal pesquisa que monitora as DCNTs no Brasil, o Vigitel.

Devido à pandemia de COVID-19, o Vigitel sofreu um atraso na divulgação dos resultados. A pesquisa realizada por telefone pelo Ministério da Saúde desde 2006 em todas as capitais terminará a coleta dos dados de 2021 apenas em fevereiro de 2022.

 “A Nota Técnica do IEPS visa a preencher essa lacuna, reportando tendências e os números mais recentes sobre a prevalência de DCNTs e seus fatores de risco e proteção, utilizando dados do Vigitel, entre 2006 e 2020”, afirmam os autores no documento.

A piora foi em todos os indicadores, exceto o percentual de fumantes, entre 2019 e 2020. O consumo abusivo de álcool entre os adultos de capitais aumentou de 18,8% para 20,9%, e a inatividade física, de 13,9% para 14,9%.

A obesidade entre adultos nas capitais brasileiras deu um salto em 14 anos, de 11,8%, em 2006, para 21,5% em 2020. A prevalência foi maior em Manaus (24,9%), Cuiabá (24,0%) e Rio de Janeiro (23,8%). No total, 16 capitais registraram patamares acima de 20% em 2020. A alta chama atenção, porque, até 2011, nenhuma capital tinha essa taxa acima de 20%.

Dados da Nota Técnica mostram também uma associação entre nível de escolaridade e diagnósticos de hipertensão arterial e diabetes mellitus, por exemplo. O percentual de hipertensos e diabéticos entre aqueles com até 8 anos de estudo é quase três vezes maior do que no grupo com 12 anos de estudo ou mais. Enquanto entre os menos escolarizados 44,7% foram diagnosticados com hipertensão arterial e 15,2% com diabetes mellitus, no grupo com maior escolaridade essas taxas foram de 15,2% e 4,4%, respectivamente.

 “Observamos um gradiente claro entre nível de escolaridade e prevalência de doenças e fatores de risco no ano de 2020, o que sugere uma relação entre saúde da população e determinantes sociais”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as DCNTs são responsáveis por 41 milhões de mortes por ano no mundo e correspondem por 71% de todos os óbitos. No Brasil, as mortes causadas por DCNTs aumentaram, de 60,4%, em 1990, para 75,9% em 2017. Os custos de tratamento e relativos à perda de produtividade para a saúde e a economia do país, segundo a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), são estimados em 72 bilhões de dólares.

Fonte: ASBRAN (Associação Brasileira de Nutrição