terça-feira, 31 de agosto de 2021

INFOTOXICADOS: cansado de internet? Entenda o que o excesso de informação causa no seu cérebro

 Gazeta da Torre

Não importa sua ocupação, idade ou classe social: a sensação de cansaço mental por excesso de informações é uma queixa constante já classificada informalmente como uma epidemia, ou “infodemia” – termo utilizado por especialistas para mensurar o impacto do excesso de informações e dados na vida do homem moderno.

A boa notícia é que, para além de uma realidade ainda em ascensão, é possível virar a chave e aprender a filtrar os estímulos tecnológicos entendendo a relevância do que o nosso cérebro consome, absorvendo melhor a tecnologia, sem necessariamente ser intoxicado por ela.

Dado, informação e cansaço virtual

Para entender o cansaço mental que vem da vida online é preciso entender que a democratização dos meios de comunicação transformou todas as pessoas em produtores de dados e informações.

Se famílias inteiras se sentavam em frente a televisão para assistir os mesmos programas de TV há 30 anos, hoje nos contentamos em assistir a vida de outras pessoas em nossos celulares.

Cada informação, foto, vídeo, áudio é um dado que vai para o nosso cérebro e precisa de energia para ser consumido.

O risco, segundo a jornalista Ana Lucia Ferreira, analista de comunicação do Método SUPERA, está em não estabelecer um limite para a exposição virtual diária. “De forma isolada, os dados não alteram um contexto. Já dados contextualizados e comparados são informação. Somos bombardeados por informações e dados de todo tipo e muitas vezes não sabemos o que fazer com eles”, explicou.

O risco da atenção parcial constante

Você já percebeu que está cada vez mais difícil se concentrar? A atenção parcial constante é também uma consequência de um mundo multitarefa, em que somos assediados a realizar muitas coisas ao mesmo tempo.

Para o nosso cérebro isso tem consequências que merecem a nossa atenção. “O excesso de informações afeta não apenas a concentração, mas também habilidades como a memória. Assim como a maioria das habilidades que podem ser treinadas e aprimoradas, a atenção e a concentração também podem ser fortalecidas”, assegurou Patrícia Lessa, Diretora Pedagógica do Método SUPERA. 

Por que me sinto cansado na internet?

Levantamento da Data Never Sleeps (Dados Nunca Morrem) de 2020, mostrou que, a cada minuto cerca de 347 mil novos stories são postados no Instagram, 147 mil fotos são postadas no Facebook e 41 milhões de mensagens são trocadas no WhatsApp.

Se ninguém consegue acompanhar tudo que é postado em um dia na internet, os algoritmos direcionam o usuário para os estímulos pelos quais ele mais é atraído. Se por um lado isso é positivo, por outro isso também contribui para a sensação de looping e cansaço mental, uma vez que o usuário não é levado para longe de suas preferências.

“Já sabemos que os algoritmos trabalham para otimizar a experiência do usuário de forma que ele se mantenha dentro das suas preferências pessoais. Como o usuário de uma rede social sempre permanece na mesma zona, vendo os mesmos conteúdos não são instigados ao diferente, o que pode justificar essa sensação de estar sempre no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa, também virtualmente”, explicou a jornalista.

Virando a chave

Uma forma de absorver melhor o que a tecnologia tem a oferecer e melhorar os “gaps” ocasionados pelo seu uso constante em termos de atenção e memória, é manter o cérebro ativo.

“Precisamos entender que quando exercitamos o cérebro ativo com novidade variedade e desafio crescente, as conexões entre neurônios se modificam, algumas ficam mais fortes, outras mais fracas, dependendo do uso. E essa mudança, com a experiência que é justamente a base do aprendizado, faz com que o cérebro responda de uma maneira diferente da próxima vez que for usado, que for acionado. Isso é possível graças ao conceito de neuroplasticidade (ou seja, a capacidade do cérebro se modificar de acordo com estímulos), já comprovado pela neurociência”, explica a Diretora Pedagógica.

Ela complementa dizendo que a missão do SUPERA enquanto empresa de estimulação cognitiva é também ajudar a sociedade a enxergar quando os estímulos não são favoráveis ao crescimento. “Como tudo na vida, navegar na internet também exige equilíbrio e bom senso”, conclui.

Confira algumas dicas para fazer as pazes com a tecnologia:

•Estabeleça horários para acessar as redes sociais;

•Priorize o que é importante. Você tem mesmo que ver tudo o que aconteceu na vida de todos os seus amigos? Priorize seu tempo e reserve um dia da semana apenas para interações sociais e virtuais;

•Evite os extremos - Se o excesso de informações é ruim, o contrário também não é bom. A alienação completa pode ter consequências individuais e coletivas. Busque sempre o equilíbrio;

•Entenda o que é relevante. Quem nunca deixou de seguir alguém porque o conteúdo das postagens não fazia mais sentido? Crie filtros para identificar se assistir alguém vai somar a sua vida ou não.

•Imagine um carro andando que freia toda hora? Quando estamos em uma tarefa e checamos as redes sociais a todo momento, interrompemos nosso pensamento e dificultamos a formação de memória.

•Treine a sua atenção: melhorar a atenção significa melhorar sua memória. A atenção é a porta de entrada para as informações que são captadas pelos vários sentidos do nosso corpo. Quando isto acontece, as in¬formações que recebemos chegam ao cérebro e são selecionadas conforme a prioridade que serão proces¬sadas.

•Mantenha o senso crítico: o que estou aprendendo vendo isso? Nossa vida é um constante aprendizado e sim: na internet aprendemos muitas coisas boas. Se um conteúdo causa mal-estar, questione o quanto você está crescendo com o que você vê todos os dias.

Para reflexão:

DI SCIPLINA é ponte entre a META e as REALIZAÇÕES.

Você sabia:

Um pedaço de tecido cerebral do tamanho de um grão de areia, por exemplo, contém 100.000 neurônios e 1 bilhão de sinapses, e todos se comunicando uns com os outros.

Desafio de Julho:

O que nunca volta, embora nunca tenha ido?

Resposta: Passado

Desafio de Agosto:

Qual a palavra de oito letras que se tirar quatro fica oito?

Resposta na próxima edição

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

O mundo pós-COVID e o novo papel dos Nutricionistas

 Gazeta da Torre

Pedro Graça, nutricionista e professor

A COVID-19 ao quebrar a velha dicotomia entre doença infeciosa e crónica e ao criar grupos de risco em torno da idade e da desregulação metabólica promovida pela alimentação inadequada e sedentarismo transforma uma infeção viral, altamente contagiosa e global, num enorme desafio social e político que nos obriga a pensar a nutrição de forma diferente.

Neste contexto de mudança de paradigma na intervenção em saúde pública constata-se a continuidade da centralidade da alimentação adequada como fator determinante na manutenção do estado de saúde das populações e, por outro lado, o acesso a esta mesma alimentação adequada como fator importante para a redução das desigualdades em saúde. Mas se a adequação e o acesso à alimentação saudável continuarão centrais na promoção da saúde das populações, o modelo de intervenção do nutricionista terá de ser agora mais adaptativo a esta nova situação.

Em primeiro lugar, será necessário combater a anterior ideia de uma certa independência ou separação entre doença crónica e doença aguda. Como notamos, são categorias de doença que no contexto atual da COVID acabam por se interrelacionar e amplificar. A alimentação para a redução dos processos inflamatórios, manutenção do sistema imunitário em boas condições e controlo metabólico têm muito em comum e não devem ser separados. Estes processos são vitais na prevenção ou mitigação de futuros surtos de doença infeciosas e os nutricionistas que estão na comunidade irão ter um papel central nestas intervenções. Durante e entre crises futuras, ou entre vagas da mesma pandemia. Também as intervenções mais diferenciadas no combate à infeção necessitarão cada vez mais de profissionais capazes de providenciar o suporte nutricional adequado nas unidades de saúde mais especializadas e, portanto, esta é uma área que necessitará da nossa atenção máxima.

O mesmo se passará com o treino para um atendimento à distância dos profissionais de saúde com a necessária revisão de alguns códigos deontológicos e com uma posição menos conservadora e mais rápida e adaptativa por parte das entidades reguladora da profissão, nomeadamente as Ordens profissionais

Mas outros desafios irão aparecer. Os momentos de consumo alimentar são na sociedade e na sociedade mediterrânica em particular, momentos de convivialidade que são importantes para o bem-estar emocional das populações, para uma ingestão alimentar mais equilibrada e também para a redução dos impactos do consumo alimentar no meio ambiente. Competirá aos nutricionistas serem capazes de trabalhar novas regras de segurança dos alimentos e manter os padrões de convivialidade mínimos. Esta intervenção será ainda mais importante em locais de risco aumentado como os espaços onde existem doentes ou idosos institucionalizados. Os sistemas de produção e distribuição de alimentos tentarão utilizar, cada vez mais, os modelos de produção e autonomia local como resposta às necessidades de mercado. Será necessário desenhar novos sistemas. Depois da generalização do sistema de Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos (HACCP) com o objetivo de evitar potenciais riscos aos consumidores colocando à disposição alimentos seguros através do Regulamento (CE) nº852/2004 é tempo de revisitar os pontos críticos destes sistemas tendo como nova preocupação a infeção entre profissionais da cadeia alimentar.

Todos estes modelos, quer seja da prestação de cuidados quer seja do sistema produtivo alimentar, partem agora de um novo paradigma que se sublinha com esta crise . Quanto menor a participação do ser humano mais robusta fica a cadeia produtiva e menos sujeita estará a interrupções não programadas. Ou seja, vai-nos ser pedido, cada vez mais, para desenhar modelos de produção alimentar, de assistência à doença e de controlo que no futuro irão aumentar o desemprego em áreas mais tradicionais de intervenção do nutricionista. Nada que a obra distópica de Isaac Asimov não previsse desde os anos 40. O tema da dependência dos seres humanos em relação aos robots com capacidade para criar outros robots superiores e assim por diante, até que as máquinas se transformam em mecanismos tão complexos que escapam à possibilidade de verificação e controlo humanos. A robotização é certamente um processo que estas doenças irão acelerar, incluindo na cadeia alimentar e no trabalho.

Os nutricionistas deverão participar nestes rearranjos de forma a que este investimento não retire o acesso a produtos alimentares saudáveis à população mais desfavorecida economicamente. As populações mais desfavorecidas economicamente e malnutridas (por excesso ou carência) serão as primeiras a necessitar de apoio alimentar de qualidade neste e nos futuros surtos infeciosos. A escassez alimentar aparecerá. Pelo menos, a escassez de produtos saudáveis para os mais carenciados irá sentir-se e a insegurança alimentar voltará a ultrapassar os níveis de 2011. O treino e a formação para o apoio alimentar de emergência mantendo a qualidade nutricional, será certamente uma das áreas de formação dos nutricionistas no futuro. Assim como o combate ao estigma sobre os infetados numa primeira fase e sobre os doentes crónicos e os idosos que serão os grupos mais afetados nesta interação infeção – doença crónica – pobreza como determinante do tempo e utilização de recursos humanos e físicos dos sistemas de saúde.

Por Pedro Graça - Nutricionista, Professor Associado na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

Dia do NUTRICIONISTA - A busca por conhecimentos básicos sobre um novo tema

 Gazeta da Torre

A batalha contra a Covid-19 não aconteceu apenas nas UTIs, durante o cuidado com os pacientes. Diante de um vírus completamente desconhecidos, profissionais de saúde de diversas áreas precisaram estudar muito para tentar oferecer a melhor assistência aos pacientes. No caso da nutricionista Raquel Benjamim, de 25 anos, que desde janeiro atua no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), esse foi um dos principais desafios ao tratar pacientes com o novo coronavírus. “Era uma doença nova e no começo havia muitas dúvidas e questionamentos. No caso da Nutrição, tivemos que ir buscar os conhecimentos básicos sobre o tema, junto com a equipe interdisciplinar, para poder fechar a melhor conduta para o paciente. Foi um aprendizado na prática. Como não havia literatura, fomos estudar, entender a patologia da doença, sua evolução, para encontrar a melhor estratégia", explica Raquel.

Feliz dia do Nutricionista!

*Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), localizado na Estância, é uma unidade de saúde municipal da Prefeitura do Recife, a primeira do Nordeste voltada para esse público.

Fonte: PCR

Dia do NUTRICIONISTA - Equipe de Nutrição do HC-UFPE promove a saúde por meio dos alimentos

 Gazeta da Torre

Em 31 de agosto é celebrado o Dia do Nutricionista, profissional de saúde que possui capacitação para atuar na prevenção, promoção e recuperação da saúde humana, planejando, executando e avaliando ações baseadas em conhecimentos da ciência da nutrição e alimentação. No Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), esses profissionais atuam nos ambulatórios, nas enfermarias, na Unidade de Produção de Alimentos (UPA), ofertam preceptoria aos residentes de Nutrição, além de participar ativamente de pesquisas com suas produções científicas publicadas em revistas reconhecidas na área.

De acordo com a chefe da Unidade de Nutrição Clínica do HC-UFPE, Silvana Frade, a nutrição tem um papel fundamental no âmbito hospitalar, pois promove a saúde por meio da alimentação. “Através da terapia nutricional adequada para cada doença e individualizada, utiliza-se os alimentos como ferramenta principal para atingir o objetivo de recuperar a saúde dos pacientes e minimizar complicações das doenças. O trabalho da Nutrição é feito com muita dedicação e zelo”, afirma.

No contexto da pandemia causada pelo novo coronavírus, a Unidade de Nutrição Clínica do hospital universitário adotou o Plano de Contingência para o enfrentamento da doença. A equipe buscou minimizar os impactos da infecção sobre a condição nutricional dos pacientes acometidos pela covid-19, objetivando preservar a massa magra e potencializar a resposta imunológica.

A atuação da UPA também está sendo fundamental neste momento. Com estratégias para garantir a alimentação segura dos pacientes, a equipe vem adotando medidas de contingência na cozinha e refeitório garantindo fluxos seguros para atender aos pacientes, acompanhantes, residentes e funcionários da instituição, obedecendo as regras de distanciamento social.

Mesmo na pandemia a UPA tem mantido as refeições especiais nas datas comemorativas, oferecendo um tratamento humanizado. Também levam nas embalagens dos alimentos mensagens de incentivo e força aos pacientes.

Feliz Dia do Nutricionista! Fica aqui a nossa singela homenagem.

Fonte:gov.br

domingo, 29 de agosto de 2021

Filmes brasileiros com ironia fina são destaques da nova e premiada safra do cinema nacional

 Gazeta da Torre

Desde a ficção científica, passando pela comédia realista, o faroeste de chanchada e o drama familiar, os longas-metragens do Festival de Gramado são vitrine da diversidade e qualidade do audiovisual nacional.

O Brasil não apenas sabe fazer cinema dos bons, como o faz com com um talento para a crítica social e política, com o requinte do bom uso da sátira e da ironia, sem cair no didatismo. É o que mostram os filmes que foram destaque no Festival de Cinema de Gramado, que, entre 13 e 21 de agosto, foi palco virtual de mostras e debates sobre a produção brasileira e latino-americana.

Carro rei

O grande vencedor nacional do 49º Festival de Cinema de Gramado é Carro rei, longa-metragem da diretora Renata Pinheiro, que dialoga com a ficção científica numa obra ao mesmo tempo realista, centrada na paixão e no caos movidos, em igual medida, pelos automóveis. Em Caruaru, no agreste de Pernambuco, o jovem Uno (interpretado por Luciano Pedro Jr.) —batizado em homenagem ao carro em que nasceu, a caminho da maternidade— tem esses veículos como seus melhores amigos, sendo capaz, inclusive, de comunicar-se com eles. Quando uma lei municipal determina que todos os veículos com mais de 15 anos de uso saiam de circulação, ele e o tio, o mecânico Zé Macaco (vivido com maestria por Matheus Nachtergaele) se unem para tentar salvar a frota de táxi da família. Aí começa uma espécie de revolução dos automóveis. Com vocação genial para seu ofício, Zé Macaco também aprende a se comunicar com os carros e, juntos, tio e sobrinho criam o Carro rei, que interage com humanos e é capaz de demonstrar sentimentos. Numa crítica à obsolescência programada e ao caos automobilístico nas cidades brasileiras, o filme mostra como, à medida em que se relaciona cada vez com os veículos, Zé Macaco regride na escala biológica, aproximando-se —inclusive fisicamente, sem que sejam necessários efeitos especiais— num símio.

Homem onça

Pedro (interpretado por Chico Dias) é funcionário de uma empresa estatal de gás —imaginária— que está prestes a ser privatizada. Pressionado, ele deve demitir sua equipe e antecipar a aposentadoria. No longa de Vinicius Reis, que estreia nos cinemas no dia 26 de agosto, o protagonista luta para preservar os trabalhos e direitos dos funcionários, mas fracassa. Ao perder o posto e se aposentar, Pedro perde também suas referências, seu casamento, sua própria identidade, e tenta se reencontrar ao regressar à sua cidade de origem. Baseado na história real do pai do diretor, que foi um funcionário da Vale do Rio Doce —o filme começa com imagens fotográficas reais dos protestos que aconteceram no país contra a privatização da empresa— Homem onça lembra o Brasil preso na promessa de futuro, mas que só sabe repetir o passado.

Jesus Kid

Em seu quinto longa-metragem, o diretor Aly Muritiba, baiano radicado no Paraná e ex-agente penitenciário que começou no cinema com documentários e ficções dramáticas, mergulha na comédia escrachada com ares de faroeste. Na adaptação do livro homônimo de Lourenço Mutarelli, lançado em 2012, Eugênio (interpretado por Paulo Miklos) é um escritor que vive um bloqueio criativo enquanto as histórias de Jesus Kid, seu grande sucesso, já não vendem tão bem. Sua tábua de salvação parece ser um convite para enclausurar-se por três meses em um hotel e escrever o roteiro de um filme, obedecendo às regras estabelecidas pelo cineasta e produtor ligados à publicidade e servis a quem quer que esteja no comando político e empresarial do país). No filme que dialoga com as obras dos irmãos Coen (especialmente com Barton Fink - delírios de Holywood, de 1991) e de Wes Anderson, Jesus Kid é uma sátira quase escancarada da política cultural atual no Brasil de Jair Bolsonaro. Na trama estão presentes, por exemplo, o empresário com o espalhafatoso terno verde-amarelo, os patos-símbolo de revanche patriota, um ideólogo chamado Olavo que prega novas diretrizes “estéticas” para a arte e o herói Super-Sérgio. “Se eles nos massacram, eu não vou me privar do prazer de tirar sarro da cara deles”, disse, sem titubear, Aly Muritiba na apresentação do filme em Gramado.

O novelo

Na ciranda de cinco irmãos adultos (todos homens), as lágrimas, abraços, pedidos de desculpa e discussões —tudo isso em meio a flashbacks da infância— são o pão de cada dia. Os cinco carregam o trauma do abandono paterno e da perda precoce da mãe, que fazia tricô para sustentá-los, e, depois de três décadas afastados, voltam a se reunir para descobrir se um paciente em coma numa UTI pode ser seu progenitor. Com temas que vão da paternidade à sexualidade, o longa dirigido por Claudia Pinheiro questiona os estereótipos ligados à masculinidade, que se acentuam socialmente nos corpos de homens pretos. Adaptado da peça homônima de Nanna Castro (que assina o roteiro do filme), O novelo traz um elenco negro em situações dissociadas do racismo, da marginalidade e do preconceito. As personagens são escritores, empresários, patrões. E, ao lado da sensibilidade estética, esse é um dos trunfos da obra.

A primeira morte de Joana

A primeira morte de Joana (vivida pela atriz (Letícia Kacperski) é a da uma tia-avó que falece aos 70 e que “nunca namorou ninguém”, conforme descobre a adolescente de 13 anos, um fato que passa a obcecá-la e que a faz intuir algum mistério familiar (ou muitos). Nesse coming of age nacional, dirigido pela gaúcha Cristiane Oliveira, o espectador acompanha as descobertas no amor e na sexualidade da jovem que vive em uma humilde e conservadora comunidade de origem alemã na litorânea cidade de Osório, no Rio Grande do Sul, prestes a ser transformada pela chegada dos “cataventos”, como os moradores locais chamam o parque eólico implantado no local. Uma metáfora da tempestade interna da protagonista e das mudanças que se atropelam nessa fase da vida. Esteticamente, a obra adota uma placidez que contrasta com o cerne da narrativa e propõe um mistério nos enigmas do sentir, que se estendem para muito além da adolescência.

Fonte:El País

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

 Divulgação

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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Levantamento mostra que País perde 16% da superfície de água

 Gazeta da Torre


Em 30 anos, 15,7% da superfície de água do Brasil desapareceu. No Estado mais afetado, o Mato Grosso do Sul, mais da metade (57%) de todo o recurso hídrico foi perdido desde 1990. Ali, essa redução ocorreu basicamente em um dos biomas mais importantes do País, o Pantanal.

Todos os biomas brasileiros foram afetados e suas perdas mensuradas em pesquisa inédita do MapBiomas, projeto que reúne universidades, organizações ambientais e empresas de tecnologia. Ao todo, 3,1 milhões de hectares de superfície de água sumiram, o equivalente a mais de uma vez e meia de todo o recurso hídrico disponível no Nordeste em 2020.

Das 12 regiões hidrográficas, oito revelam hoje os efeitos do desmatamento, da mudança climática e da destruição de mananciais, refletido na crise hídrica que afeta o meio ambiente e a geração de energia elétrica. "Nesse ritmo vamos chegar a um quarto (25%) de redução da superfície de água do Brasil antes de 2050", afirmou Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas.

Após Mato Grosso do Sul, completam as três primeiras posições da lista: Mato Grosso, com perda de quase 530 mil hectares, e Minas Gerais, com saldo negativo de mais de 118 mil hectares. Boa parte dos pontos de maior redução encontram-se próximos a fronteiras agrícolas, o que sugere que o aumento do consumo e a construção de represas em fazendas, que provocam assoreamento e fragmentação da rede de drenagem, trazem prejuízos para a própria produção.

Para Maurício Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil, a pesquisa é um recado para os "tomadores de decisões de que é preciso mudar imediatamente essa trajetória de degradação que o Brasil tem escolhido". Ele destaca que a criação de reservatórios em propriedades particulares é um dos pontos mais preocupantes.

"Quando a gente vê a discussão no Congresso sobre a flexibilização dos requisitos de licenciamento ambiental, não estão sendo considerados os cuidados que precisam ao serem feitas barragens dentro de propriedades privadas que causam perdas (para as bacias)", analisa Voivodic.

O estudo também mostra a relação entre regiões afetadas por queimadas e redução de água. O município que mais pegou fogo entre 1985 e 2020, segundo o MapBiomas Fogo, e que mais perdeu água nesse período, foi Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Cáceres, o quinto que mais queimou no País, é o segundo em perdas.

Além dos impactos ambientais, o problema detectado pela pesquisa implica perdas econômicas consideráveis. "Em algumas regiões de fronteira agrícola, como o Cerrado, chegar a um quarto de redução vai significar também o fim da safrinha", diz Azevedo, se referindo às culturas anuais mais curtas e que têm grande peso financeiro para os produtores.

Relação

O alerta do pesquisador converge com o relatório do IPCC publicado neste mês. O painel climático da ONU apontou que até 2040, uma década antes do que era previsto, a temperatura média da Terra deve chegar a 1,5 grau acima dos níveis pré-industriais. Entre as consequências para o Brasil estão a perda da capacidade de produção agrícola causada por estiagens no Centro-Oeste. O mesmo efeito climático se espera no Nordeste e na Amazônia.

Por lá, o estudo do MapBiomas também mostra esses efeitos. Até mesmo a bacia do Rio Negro perdeu superfície de água. Considerando o início e o final da série, foram mais de 360 mil hectares, queda de 22%. A queda mais acentuada ocorreu entre 1999 e 2000, com redução de mais de 560 mil hectares, ou um pouco mais de 27% a menos.

O que aconteceu com essa bacia, inclusive, é um exemplo. Após reduções acentuadas, mesmo anos com mais chuvas não são capazes de recuperar o estado inicial. Ou seja, os rios recuperaram, no máximo, parte dessas perdas.

Para o coordenador do MapBiomas, o trabalho reaqlizado pela ANA (Agência Nacional de Águas) é bom e as leis que regulam o uso da água no Brasil estão bem estabelecidas. O problema está mesmo no desmatamento, mudança climática e descaso com mananciais.

A postura negacionista em relação aos ataques ao meio ambiente do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que minimiza os impactos do desmatamento e fragiliza a fiscalização ambiental, preocupa especialistas.

Na gestão Bolsonaro, o número de focos de incêndios em regiões como Amazônia, Pantanal e Cerrado disparou. Em 2020, o Cerrado brasileiro assim como o Pantanal registraram as piores queimadas já captadas pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia

De acordo com estudo do próprio MapBiomas, todos os anos, uma área maior que a Inglaterra pega fogo no Brasil. A área queimada desde 1985 chega a quase um quinto do território nacional. Foram 1.672.142 km², o equivalente a 19,6% do Brasil. O fogo e escassez hídrica acionam um sinal de alerta. "Isso reforça a mensagem aos tomadores de decisão de que é preciso mudar imediatamente essa trajetória de degradação que o Brasil tem escolhido. Os prejuízos que estamos causando ao planeta vão necessariamente impactar nossa economia", diz o diretor do WWF-Brasil.

Fonte:Estadão.

Divulgação

sábado, 21 de agosto de 2021

Simplifique o relacionamento com o dinheiro desde a infância

 Gazeta da Torre

Já ouvi crianças se referirem ao caixa eletrônico como “máquina de fazer dinheiro”. Elas precisam entender que não é bem assim, aquele dinheiro é fruto de trabalho, e não está ali por acaso. E por falar em trabalho, acho válido refletirmos sobre algumas respostas automáticas que damos ao escutar dos filhos algo como “por que você tem que ir trabalhar?” ou “por que trabalham tanto?”. Muitos respondem simplesmente que fazem isso porque precisam ganhar dinheiro, pode até ser verdade para muitos, entendo, mas no meu caso prefiro falar a minha verdade eu diria, costumo responder que é porque tem pessoas que precisam do meu trabalho, e com o meu trabalho que eu gosto bastante, e é importante para mim, eu consigo ajudar as pessoas e assim, também organizar melhor nossos planos, viagens e mais do que precisamos e buscamos para a nossa vida.

E o “não”, será que educa? É muito importante que você reflita sobre isso. Em determinados momentos, ele é necessário, fundamental. Mas tenha cuidado para não usá-lo de forma equivocada. Se a criança vem pedir algo, o ideal quando possível, é que você pense junto com ela COMO é possível se organizar para alcançar aquele objetivo, não se contente em apenas dizer “não”.

Na minha visão, precisamos quebrar alguns comportamentos tradicionais e que terminamos por repetir, tal como dizer: “papai / mamãe não tem dinheiro!” ...em muitos casos, temos dinheiro sim, mas temos também prioridades, e na medida do possível isso deve ser esclarecido para a criança, é importante que se construa essa percepção. E também quebrar o tabu de que “dinheiro é sujo”, pois passa para muitos a impressão de que o dinheiro não é algo legal, que é ilícito, sujo, e podemos ser mais sutis ao dizer que “sempre que pegar em dinheiro é importante lavar as mãos, porque ele circula na mão de muitas pessoas”.

Muita gente pergunta qual o melhor investimento para ser feito pensando no futuro dos filhos. Isso é muito relativo: tem quem queira deixar um apartamento, dar um carro aos 18 anos, separar uma quantia para custear os estudos numa universidade particular, cada um com seus objetivos, não estou aqui para julgar. No meu caso, quero dar oportunidades de conhecimento, desenvolvimento para que meu filho possa galgar da melhor forma os caminhos dos planos dele, mesmo que depois veja que de alguma forma se equivocou e quero estar por perto para ajudar, orientar, participar.  Penso que entre 15 e 18 anos, ele deve fazer um intercâmbio, é uma experiência cultural relevante, idioma, enfrentar e viver o novo, o desconhecido. Para isso, minha esposa e eu, fazemos pequenos aportes, numa carteira que mescla uma parte maior na renda variável e um percentual menor na renda fixa,  para que a gente possa realizar esse desejo sem de forma mais planejada anos adiante.

Lembre-se sempre que o exemplo é o que rege, é o que arrasta. É o seu dia a dia, a sua vida financeira bem equilibrada, o seu padrão de vida adequado que vai propiciar com que a criança viva também de uma maneira agradável e positiva. Imagine um adolescente que ao longo da infância e na fase atual vê que sempre que questionados quanto a forma de pagamento nos estabelecimentos, escuta dos pais: “pode parcelar no máximo de vezes que puder”, fatalmente, no dia que adolescente tiver um cartão de crédito e essa possibilidade nas mãos, repetirá esse comportamento.

Acho muito legal a ideia de uma mãe que fiz o trabalho de planejamento e ela resolveu dar a mesada para o filho de 15 anos no valor que inclua a sua escola, plano de saúde, lanche, passeios e algo mais, com o objetivo de que a criança pagasse desse valor, a cada mês, esses serviços, com a ideia de passar um pouco do senso de responsabilidade, do custo que tudo isso tem. Inclusive, dependendo da idade, hoje em dia é bastante válido abrir a conta realmente no nome do seu filho para que ele tenha o cartão de débito com seu nome, claro, os adolescentes vão valorizar isso, chama responsabilidade, zelar pelo seu nome, pelo seu dinheiro e vá liberando, orientando, avançando aos poucos.

Use a criatividade, dedique um tempo para este processo, será transformador e certamente gratificante, faça acontecer!

Abraço e até a próxima!

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Ainda a ser implementada, CONSTITUIÇÃO NÃO regula AMAZÔNIA, PERIFERIAS e FAVELAS

Gazeta da Torre

Joaquim Falcão, jurista - crédito: Metrópoles

Questionada por alguns grupos se ainda é coerente com os tempos atuais ou se já não estaria ultrapassada, a Constituição brasileira de 1988 não é, de fato, uma realidade, mas uma probabilidade. Isto é, pode ou não ser aplicada. Inclusive, de acordo com Joaquim Falcão, jurista, professor de Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV) e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), a maior parte do território nacional, desde sempre, convive apenas com uma implementação parcial da Lei Maior do País.

Em entrevista a plataforma UM BRASIL, Falcão afirma que o “sonho da Constituição não é uma realidade”. Na verdade, segundo ele, a Carta Magna é um ideal que não deve ser confundido com o Brasil real.

“Você tem direito ao serviço público, mas quem controla o acesso ao serviço público na Rocinha, na Maré, nas diversas favelas? Não é a Constituição. Deveria ser, mas não é. A Constituição é uma probabilidade, que pode se realizar ou não”, explica o jurista. “Quem decide os conflitos de terra, as grilagens, a destruição amazônica? Não é o Judiciário, é um poder local de aliança de interesses predatórios. Então, se você for ver o Brasil, hoje, é capaz de a maior parte do território brasileiro ter uma implementação seletiva da Constituição”, complementa.

Diante disso, Falcão argumenta que se deveria discutir a concreta aplicação da Lei Maior no País, em vez de uma eventual substituição sob o argumento de que estaria obsoleta.

“A Constituição não regula a Amazônia, a periferia, as comunidades – são outras leis. Então, se você somar estas e várias outras áreas, você vai ver que a Constituição é apenas uma probabilidade. Então, uma das dificuldades e um dos desafios é ver a realidade constitucional – e ela não está madura nem velhinha, está para ser implementada ainda”, frisa.

Crise social e tensão entre poderes

Observando a conjuntura atual, o jurista diz que as dificuldades prementes do País se originaram ainda antes da promulgação da Magna Carta em vigência. De acordo com ele, quando foi concedido o direito de voto aos analfabetos, em 1985, o Brasil foi substancialmente alargado.

“O voto ao analfabeto é o responsável pela maior ampliação do Brasil, que começa a interferir nas políticas públicas, na jurisprudência, na distribuição de recursos públicos. Então, você tem, na parte política, uma ampliação democrática do País, mas, na parte econômica, uma crescente concentração de recursos. Uma democratização político-jurídica através da alfabetização e da participação popular nas decisões da República se choca com a concentração cada vez maior de renda – e este é o problema que estamos vivendo”, avalia.

Além disso, Falcão diz que a ideia de que os três poderes sejam harmônicos e independentes entre si está errada. Na verdade, a tensão entre eles é bem-vinda.

“O que é importante para a democracia? Não é que um poder mande ou interfira no outro. É que nenhum poder permanentemente tenha poder sobre os outros. Então, o importante é manter uma certa tensão, ou seja, eu controlo você e você me controla. E isso não para, porque a democracia não para. Se parar em um poder, então, sairemos da democracia. Se parar no Executivo, você entra no autoritarismo ou na ditadura. Então, para mim, o importante não é quem fala por último, todos podem falar por último”, pontua.

Fonte:UM Brasil


Falta de exercício físico gera nova ameaça mundial, alerta estudo

 Gazeta da Torre

Crédito: Toni Santana / Bike PE

Os dois primeiros estudos se centram nos jovens de até 24 anos e nas pessoas com alguma Fazer exercício físico ou praticar algum esporte traz benefícios enormes, não só em nível físico, mas também mental. Reduz o risco de sofrer doenças cardiovasculares, a pressão arterial e o estresse, ajuda a controlar o colesterol e nos faz descansar melhor. Entretanto, nos últimos anos a luta contra o sedentarismo se estagnou, conforme publicou a revista The Lancet em uma série de três artigos sobre o tema. Em nível global, os problemas decorrentes da falta de exercício físico e o sedentarismo são responsáveis por mais de cinco milhões de mortes por ano, além de acarretarem gastos sanitários superiores a 280 bilhões de reais ―dos quais mais de 160 bilhões provêm do setor público.

deficiência, dois grupos populacionais cruciais. O primeiro, pelo triplo benefício gerado pela prática esportiva: ter uma melhor saúde hoje, no futuro e na geração seguinte. No caso das pessoas com deficiências, elas enfrentam maior risco de sofrer problemas cardíacos, diabetes ou obesidade, por isso fazer atividade física é uma forma simples de se proteger. O terceiro trabalho analisa as políticas esportivas que acompanharam a realização dos Jogos Olímpicos nos últimos anos e o efeito que tiveram na rotina dos cidadãos do país onde elas ocorreram.

Segundo a publicação, o nível de atividade física nos adolescentes permanece estagnado desde 2012, e 80% dos jovens não seguem a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de fazer uma hora de exercício físico por dia. Cerca de 40% dos estudantes nunca vão a pé para a escola, e 25% passam mais de três horas por dia sentados depois de assistirem às aulas e fazerem a lição de casa. O estudo também analisa o uso de telas entre os jovens de 38 países europeus: em média, 60% dos meninos e 56% das meninas passam mais de duas horas por dia vendo televisão, e 51% dos meninos e 33% das meninas dedicam mais de duas horas por dia a jogar videogame. Para Esther van Sluijs, autora desse primeiro estudo, “os dados sugerem que o uso de telas está substituindo outras atividades sedentárias, como ler livros e revistas ou ouvir rádio, mas não necessariamente substitui a atividade física”.

No caso das pessoas portadoras de deficiência, os pesquisadores determinaram que sua chance de não seguir as recomendações sobre a atividade física diária são entre 16% e 62% maiores. É uma margem grande, que depende da renda nacional, do sexo e do nível e quantidade de deficiências de cada indivíduo. “Precisamos de mais estudos centrados em pessoas com deficiências, assim como políticas concretas e coesivas para assegurar que os direitos destas pessoas se mantenham e que se permita a elas participar de atividades físicas”, diz em nota Kathleen Martin Ginis, da Universidade da Colúmbia Britânica (Canadá) e uma das autoras.

O trabalho lamenta que os grandes eventos esportivos (principalmente os Jogos Olímpicos, embora também se mencione a Eurocopa e a Copa América de futebol realizadas há poucas semanas) não sejam usados pelos países organizadores para promover a prática esportiva por parte da população. Com exceção dos Jogos de 2008 em Pequim (China) e os de Inverno de 1998 em Nagano (Japão), em nenhum país organizador a participação popular em atividades esportivas cresceu. “Os grandes eventos fazem as pessoas se interessarem por exercício, mas alguns podem achar que esse esporte está acima das suas capacidades ou das suas habilidades, por isso temos que oferecer programas para pessoas de todas as idades e níveis de atividade”, propõe Adrian Bauman, pesquisador da Universidade de Sydney (Austrália) e um dos autores desse trabalho.

A The Lancet também menciona a pandemia como uma oportunidade perdida para o esporte. Apesar de ter se tornado uma atividade essencial em alguns países durante o confinamento, os governos não aproveitaram esse interesse crescente. “As primeiras campanhas governamentais durante a pandemia da covid-19 motivavam o público a sair e fazer exercício. Por que então os governos não podem se comprometer a promover a atividade física como uma necessidade humana essencial, além e independentemente da covid-19?”, pergunta-se o artigo.

Jesús del Pozo, professor de Atividade Física da Universidade de Sevilha (Espanha), atribui esse estancamento à digitalização dos últimos anos. “Basicamente vivemos uma revolução tecnológica na qual intensificamos o uso de telas, e isso implica que estamos intensificando o nível de sedentarismo”, diz. Para o pesquisador, este problema vem de longe, embora tenha se acentuado com a covid-19. “As crianças passam pelo menos seis ou sete horas sentadas”, diz. “O ser humano não foi desenhado para ficar sentado, e nós desenvolvemos nossas vidas nos baseando no sedentarismo”, conclui.

Para Del Pozo, este estudo é um chamado de atenção ao mundo científico para apontar os rumos dos próximos estudos. “Não existem evidências de como se produz a transição quando você passa de adolescente para adulto, nem quais estratégias deveríamos seguir”, aponta o pesquisador. Del Pozo também sugere revisar as recomendações da OMS: “Talvez seja preciso voltar a estudar o impacto dessas diretrizes em termos de saúde. Não está tão claro que se você tiver 18 anos e fizer mais de 150 minutos de atividade física moderada por semana isso terá um impacto positivo na saúde.

Fonte:El País

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Moda: CLÁSSICOS DE INVERNO

 Gazeta da Torre

Foto:Pinterest

OS CLÁSSICOS ENTRAM NOS DIAS FRIOS COM ARES DE SOFISTICAÇÃO EM QUALQUER OCASIÃO.

A moda tem seus ícones, altos e baixos, novidades e...os  clássicos das Modelagens eternas, à prova do tempo, que entram em qualquer guarda-roupa feminino seja qual for o estilo da mulher.

Alguns destaques ganham força nesta temporada. Mas, quem vai nos mostrar é a nossa Consultora de Imagem e Estilo Fatima Fradique, que fez uma seleção de looks clássicos irresistíveis, para que vocês posam se inspirar e montar suas produções com charme e estilo. Vale apena conferir!

1 - LOOK: BLAZER FEMININO – Alongado.

Foto Unique Alfaiataria

Se você gosta de andar com estilo no inverno, o blazer alongado é uma excelente opção.

Existe uma grande variedade de modelos, estampas e cores nos blazers alongados, normalmente os mais usados tem um tom acinzentado, o que dá ainda mais cara de inverno.

O look aqui mostrado é um blazer alongado, que tem como destaque Tweed xadrez o lado da alfaiataria. Com ele você vai do trabalho ao Happy hour com charme e muito estilo. Vale apena investir!

2 - LOOK: SOBRETUDO – CASACO

Foto Pinterest

Sobretudo, o mais clássico e elegante casaco de inverno. Com modelagem oversized ou ajustada, os casacos acompanham; vestidos, camisas e calças, com charme e muito estilo.

O look aqui mostrado nada mais é que um clássico atemporal P&B o must have da estação em qualquer ocasião!

3 - LOOK:  CONJUNTO – BLAZER / CALÇA – Alfaiataria. ( azul )

Foto Mercado Livre

A alfaiataria hoje tem uma pegada mais desconstituída e detalhes cheios de bossa.

Estou falando do conjuntinho aqui mostrado que foi confeccionado com tecido Bengaline( Demim ( textura parecida com jeans) de modelagem reta, amarração em laço e lapela decorativa. Um Clássico atemporal que toda mulher deveria ter no seu closet.  Essa peça é garantia de estar sempre arrumada. Vale apena investir!

4 - LOOK: CASACO – Estampa P&B xadrez.

Foto Vogabox

O xadrez entra nos dias frios e dão um show de elegância aos casacos, blazers, vestidos e calças.

O look aqui mostrado tem como destaque o casaco alongado estampa Pied-de-Poule um clássico atemporal que nunca sai de moda. Com ele você vai do trabalho ao lazer com muito estilo. Ponto para esse clássico de ontem, hoje e sempre!

5 - LOOK: BLAZER – Estampa ( oncinha)

Foto Pinterest

As estampas animal print, já habitaram em seu closet, e agora votam como aposta certa de inverno. As estampas animais, que reproduzem das clássicas oncinhas, retornam a seu lugar de destaque nas passarelas, elas vestem; casacos, blazer, vestidos e calças com charme e muito estilo. Para as mais discretas a dica é investir em acessórios com a print. Já para quem gosta de ousar, a dica é investir em look completo. A print pode ser usada em looks noturno ou diurno, basta saber fazer a combinação certa!

6 - LOOK: CONJUNTO – TRÊS PEÇAS.

Foto Aliex Press

Os tons terrosos tem presença garantida em todas as temporadas de inverno. E parar o ano 2021, não poderia ser diferente. Os tons terrosos são opções perfeitas para quem prefere cores mais neutras no visual, e quer dar uma variada no pretinho básico.

O look aqui mostrado é um conjunto com três peças super estiloso, que combina com todo tipo de corpo. Versátil, vai de boa em diversas combinações, um curinga que toda mulher deveria ter no seu closet.

Espero que vocês aprovem as dicas, e façam suas produções sem erro!

E para encerrar: Desejo a todas e todos vocês saúde e paz. E que nunca  percam a esperança de dias melhore, que com certeza virão. Até a próxima edição!

 Fatima Fradique

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domingo, 15 de agosto de 2021

Adesão a práticas ESG pelas EMPRESAS é caminho sem volta

 Gazeta da Torre

Luiz Maia, consultor sênior da GBS

A economia brasileira não será como antes da pandemia, a retomada deverá se adaptar a padrões internacionais de sustentabilidade e à crescente adesão a práticas ESG (em português, “ambiental, social e governança”) por empresas do Brasil e do mundo. “A pandemia foi um grande despertar sobre qual planeta almejamos, sobre qual sociedade queremos ser e como iremos formá-la com o envolvimento de todos. É uma jornada e envolve diferentes atores: governo, setor privado e sociedade. Esta é a nova realidade – e não há mais volta”, destaca Luiz Maia, consultor sênior da GBS Finance e coordenador do Comitê ESG da FecomercioSP.

Em entrevista comandada pela cientista política Mônica Sodré ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Maia explica que métricas de aferição de valor já não podem ser apenas financeiras, mas com atributos ESG. “Já se entende que o papel da empresa não é somente o de gerar lucro financeiro”, pondera.

Segundo ele, estamos vendo, atualmente, um grande posicionamento por parte das empresas em torno desta agenda. E já há cobrança de transparência feita pelos clientes e outros grupos de interesse às companhias. Como resultado, tais negócios estão, cada vez mais, fazendo relatórios e assumindo compromissos de mensuração e de cumprimento de metas sustentáveis. “[A partir disso], a própria sociedade irá julgar se vale a pena continuar utilizando produtos e serviços desta companhia.”

http://umbrasil.com/videos/adesao-a-praticas-esg-pelas-empresas-e-caminho-sem-volta/  

Na entrevista, o consultor aconselha que as empresas realmente se empenhem em tornar a mudança organizacional factível e que evitem a venda da uma imagem greenwashing (“maquiagem verde”), isto é, de um posicionamento não praticado, e que seja mais um efeito de marketing do que uma modificação concreta na forma de agir, de se relacionar com a sociedade e de produzir.

Quanto ao fator social do ESG, Maia frisa que é totalmente possível compatibilizar lucro e impacto social. “Os dois caminham lado a lado. No futuro, uma empresa será reconhecida não pelo que ela gerou de retorno aos acionistas, mas pelo que devolveu para a sociedade. O papel da empresa [brasileira] hoje é, também, de reduzir os gaps que temos neste país complexo. Vamos ter de usar todo o conhecimento tecnológico para desenvolver o empreendedorismo social e entrar nos rincões brasileiros com tecnologia e conhecimento”, complementa. “Os engajamentos das lideranças políticas e do setor privado farão com que a gente acelere o processo de tornar o Brasil mais igualitário e mais justo.”

Comitê ESG da FecomercioSP

Diante da relevância que o tema tem ganhado ao longo dos últimos anos, sobretudo na pandemia, a FecomercioSP criou o comitê para engajar e apoiar as empresas a produzirem conhecimento e métricas, para levar pleitos empresariais ao Poder Público e, também, para tangibilizar medidas ESG a negócios de todos os portes. Acesse a página e saiba mais. 

https://lab.fecomercio.com.br/conselhos/comite-esg/ 

“Vamos começar a discussão sobre a criação de uma agenda ESG com representantes do setor privado com grande experiência e conhecimento sobre práticas de sustentabilidade nas empresas. Aos poucos, queremos que este debate seja permeado nos pequenos e médios negócios. Será também um papel de educação pelo comitê, pois a sustentabilidade pode ser ensinada”, conclui Maia, o coordenador do grupo.

Fonte:UM BRASIL

sábado, 14 de agosto de 2021

Espaços culturais do Recife oferecem descontos para recifenses vacinados

 Gazeta da Torre

Teatro Santa Isabel

Reforçando o estímulo à vacinação contra a Covid-19, espaços culturais geridos pela Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife começaram a oferecer descontos para pessoas imunizadas, portadoras do Passaporte Recife Vacina. A ação deve durar, pelo menos, até outubro.

No Paço do Frevo, os ingressos, que custam R$ 10, ficaram 50% mais baratos para quem apresentar o Passaporte Recife Vacina na bilheteria. O desconto não vale para a meia entrada, garantida regularmente para pessoas com mais de 60 anos, professores, estudantes e pessoas com deficiência. O Paço fica na Praça do Arsenal e funciona de quinta a sexta, das 10h às 16h, e nos sábados e domingos, das 11h às 17h.

Nos teatros do Parque, de Santa Isabel, Hermilo Borba Filho, Apolo, Luiz Mendonça e Barreto Júnior, quem tiver com a vacinação completa ganha 20% de desconto na compra de ingressos para espetáculos em cartaz, no período da campanha, que pode ser prorrogado.

Buscando viabilizar esta iniciativa sem onerar as companhias produtoras, a Prefeitura do Recife alterou temporariamente o acordo para fechamento de pautas, substituindo a cobrança da taxa fixa de ocupação pelo percentual de 10% arrecadado em bilheteria. Assim, fica facilitada a concessão do desconto por grupos, companhias e artistas, neste desafiador momento de retomada gradual das programações, depois de tantos meses de atividades interrompidas pela pandemia. A estratégia foi traçada buscando incentivar a saúde pública, por meio da vacinação, mas também a vitalidade da cena cultural da cidade, de tantas vocações e tradições.

Sobre o Passaporte Recife Vacina – Para ter acesso ao Passaporte, recifenses que já completaram o ciclo vacinal devem entrar no aplicativo Conecta Recife e gerar um certificado digital de vacinação com QR Code, que fica disponível em formato PDF, podendo ser baixado ou compartilhado por aplicativos de comunicação online ou por email.

Basta apresentar esse documento para ter acesso a descontos e benefícios nos espaços culturais e em mais de 31 estabelecimentos já cadastrados, entre bares, restaurantes, hotéis, pousadas e lojas. Mais de 53 mil pessoas já garantiram seus passaportes.

Para mais informações:.

Paço do Frevo - @paçodofrevo no Instagram ou (81) 3355-9500.

Teatro do Parque - @teatrodoparqueoficial ou (81) 3242-3437.

Teatro de Santa Isabel - @teatrodesantaisabeloficial ou (81) 3355-3323.

Teatros Apolo e Hermilo Borba Filho - @apolohermilo ou (81) 3355-3319/3355-3321.

Teatro Luiz Mendonça - @teatroluizmendonca ou (81) 3355-9822.

Teatro Barreto Júnior - @teatrobarretojunior ou (81) 3302-5914.

Fonte:Prefeitura da Cidade do Recife