quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Cinco pontos de alerta para você virar o jogo!

 Gazeta da Torre

Tem hora que é preciso ir direto ao ponto, pois quando a situação está desse jeito para alguém, é porque chegou no limite. Isso mesmo, vale o reforço, por isso, trarei na sequência cinco pontos que evidenciam que você já passou da linha amarela e não tem o controle das finanças, por isso seja crítico, reflita e, se for o caso, corra atrás, é mais que hora de mudar, fazer acontecer!

Ponto 1: Se você gasta mais do que ganha, está trilhando o caminho mais curto para o abismo financeiro, e se isso acontece de forma recorrente e faz tempo, a mudança é para ontem. E depende de quem? Isso mesmo: você. Portanto, procure mudar alguns hábitos e mapear, entender melhor suas despesas para que possa efetivamente reduzir e até mesmo cortar algumas delas.

Ponto 2: Depende fortemente do cheque especial e / ou cartão de crédito para viver! Se a dependência é grande, abra os olhos, a luz de alerta está piscando. Usar o cartão de forma responsável e controlada ok, mas depender dele e se enrolar evidencia que o consumo deve estar indo além de suas possibilidades, por isso vale o cuidado e desde já o uso mais consciente. O cheque especial, então, nem se fala, dinheiro que está ali à disposição e que tem os juros altos, ideal é não usar, e se precisar que seja pouco e rápido.

Ponto 3: Você vive num padrão de vida acima do que realmente pode. Isso merece muita atenção, pois quem vive assim está além do que é possível, vive muitas vezes no mundo da fantasia, e não é fácil voltar à realidade, por isso, cautela ao sair subindo os degraus. E agora que precisa descer, faça isso de forma inteligente e consistente, de forma que depois não suba rapidamente. Em resumo, viva de acordo com a sua realidade, e dificilmente você precisará se justificar e reorganizar tudo.

Ponto 4: Não tem um conhecimento mais detalhado dos seus gastos. Sim, isso bate forte porque se você não entende, se não conhece bem os seus gastos, como poderá fazer uma análise a fim de mudar as coisas? Logo, é importante perceber que, sim, ter clareza de suas despesas ajuda e muito na tomada de decisão.

Ponto 5: Tem o hábito de parcelar! Ao longo da minha jornada como personal financeiro, percebi que entre as pessoas que estão endividadas ou enroladas, cerca de 8 a cada 10 tem um ou mais cartões de crédito que não é bem utilizado. Aqui, destaco o excesso de compras parceladas, que torna os meses a seguir mais pesados e não facilita o fluxo financeiro.

E para finalizar, digo mais, não é necessário se encontrar nos cinco pontos para perceber que as coisas precisam mudar, se você se identificou com pelo menos três deles, as evidências são suficientes para que você tome uma grande atitude.

Olhos abertos e sugiro que me acompanhe de perto 

https://www.instagram.com/personalfinanceiro/?hl=en

Assim como a leitura do meu último livro, “O Verdadeiro CA$H”, disponível nas melhores livrarias e em diversos sites. Não adie mais uma vez essa responsabilidade, pois virar o jogo é algo que depende de você!

 

Abraço!

Negacionismo climático

 Gazeta da Torre

Um ponto exacerbado pelas mídias digitais, além da popularização instantânea de informações de qualidade duvidosa, é a facilidade conferida a médicos e cientistas negacionistas para propagar desinformação em larga escala, valendo-se de suas credenciais clínicas ou acadêmicas para dar um verniz de legitimidade científica aos seus argumentos.

Assim como publicação não é sinônimo de qualidade científica, diploma não é sinônimo de idoneidade intelectual. “A academia não é diferente das demais comunidades; ela tem seus defeitos e suas qualidades, seus bons e maus profissionais”, diz o físico Paulo Artaxo, professor titular do Instituto de Física (IF) da USP, co-coordenador do Programa Fapesp de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG) e membro do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), o órgão máximo da ciência climática internacional, vinculado à Organização das Nações Unidas. O negacionismo, segundo ele, é explorado como um negócio por alguns cientistas, que se aproveitam desse “nicho de mercado” para ganhar dinheiro e notoriedade fora dos trâmites acadêmicos.

A ciência do clima é uma vítima corriqueira desse tipo de estratégia, em que uma minoria de pesquisadores utilizam as redes sociais e os meios de comunicação para defender teses ou opiniões desprovidas de mérito científico; frequentemente empregando argumentos simplórios para explicar questões de grande complexidade — por exemplo, argumentando que o CO2 é o “gás da vida” ou que os seres humanos são pequenos demais para influenciar o clima do planeta.

“Provavelmente não há um tópico mais importante para o nosso futuro nesse planeta, e que tenha sofrido tanto com desinformação como as mudanças climáticas”, disse a presidente da Academia Nacional de Ciências (NSF) dos Estados Unidos, Marcia McNutt, numa conferência sobre o tema realizada em maio deste ano, em parceira com a Fundação Nobel.

A constatação de que atividades humanas estão aquecendo a atmosfera e alterando o clima do planeta implica a necessidade de mudanças urgentes nos padrões de consumo e na matriz energética mundial; incluindo uma redução expressiva no uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), que são o ganha-pão da indústria de óleo e gás. Desde o início da década de 1970, quando a Conferência de Estocolmo soou o alarme sobre a existência de uma crise ambiental planetária, portanto, há campanhas de desinformação voltadas à manutenção dos interesses de grandes grupos econômicos que veem seus negócios ameaçados pelo enfrentamento dessa crise, segundo Artaxo.

“A desinformação sempre foi um problema na questão climática”, diz o professor. Assim como no caso das vacinas, porém, a situação piorou muito nos últimos anos, ressalta Artaxo. Primeiro, pela influência das mídias digitais, que “aumentaram muito a capilaridade e a velocidade de propagação de notícias falsas”; e segundo, pela instrumentalização política do debate por movimentos de extrema direita, principalmente a partir da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, em 2016. “A questão saiu da esfera econômica e entrou para a esfera ideológica”, diz Artaxo. “Isso é muito perigoso, porque não se pode refutar ideologias com argumentos científicos.”

Uma pesquisa conduzida pelo Ipec e divulgada em junho deste ano pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio), em parceria com o Programa de Comunicação Climática da Universidade de Yale, indica que os brasileiros têm uma percepção bem pragmática da crise climática: 94% acreditam que aquecimento global é uma realidade; 74% acreditam que esse aquecimento é causado principalmente pela ação humana; 87% estão convencidos de que ele pode prejudicar muito as gerações futuras; e 81% concordam que o desmatamento da Amazônia é uma ameaça ao clima e ao meio ambiente do planeta.

Isso não impede, porém, que argumentos negacionistas — “validados” por uma minoria de cientistas negacionistas — sejam instrumentalizados para defender interesses políticos e econômicos que vão na direção oposta desse consenso científico e popular. No Brasil, onde a maior parte das emissões de gases do efeito estufa está vinculada ao desmatamento da Amazônia, a negação da crise climática foi recentemente adotada como pauta política por movimentos ligados ao bolsonarismo e a alguns setores do agronegócio nacional.

“Historicamente, há grupos econômicos que questionam dados científicos e acadêmicos que vão contra os seus negócios”, disse ao Jornal da USP a coordenadora do NetLab, Marie Santini. A indústria do tabaco e a dos combustíveis fósseis seriam exemplos disso. Esse envolvimento mais recente com movimentos de extrema direita, na avaliação de Santini, se dá por uma questão de “conveniência”, por se tratar de grupo político que está ideologicamente disposto a negar a ciência que não lhes convêm.

“Eles viram que esse era um grupo político que criava um ecossistema de mídia paralelo; então eles falaram: ‘ótimo, vamos criar controvérsia’”, diz a pesquisadora. Nessa tática, se um jornal noticia que o desmatamento na Amazônia está aumentando, basta publicar um texto em outro veículo dizendo o contrário. “Você nem precisa provar que algo está errado, só precisa gerar uma dúvida, dizer que existe uma controvérsia. É aí que a indústria se esconde, porque eles dizem que não estão produzindo desinformação, estão apenas questionando algo”, completa Santini.

“Para o cidadão não especializado, vira uma disputa de narrativas. Parece que existe uma polêmica na academia, quando na verdade não existe”, diz Yamashita, da Unesp. Foi o que a indústria do tabaco fez décadas atrás, segundo ele, financiando cientistas e pesquisas enviesadas para lançar dúvidas sobre a relação entre o cigarro e o câncer.

Segundo a pesquisa do ITS Rio, 17% dos brasileiros acreditam que os cientistas “discordam muito entre eles” sobre a realidade do aquecimento global, e outros 7% acreditam que “a maior parte dos cientistas acha que o aquecimento global não está acontecendo”. Essa falsa polêmica deu as caras recentemente na Cúpula da Amazônia, em Belém, quando o ministro de Minas e Energia do governo Lula, Alexandre Silveira, disse ter estudos que se contrapõem “de forma clara e cristalina” à recomendação do IPCC de cessar imediatamente a abertura de novos poços de petróleo. Questionado por jornalistas sobre quais eram esses estudos, Silveira fez uma referência genérica à Agência Internacional de Energia (IEA) — que, na realidade, está de acordo com o IPCC.

Fonte: Jornal da USP

- divulgação -

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Novidade: Crianças superinteligentes têm desconto no SUPERA!

 Gazeta da Torre

Crianças superinteligentes ou considerados com altas habilidades, poderão fazer o curso de ginástica para o cérebro no SUPERA com até 50% de desconto na matrícula e 25% de desconto na mensalidade a partir deste mês.

O benefício é fruto de uma parceria do SUPERA com a Associação Mensa Brasil, a maior e mais antiga sociedade de alto quociente de inteligência (QI) do mundo.

Além de beneficiar diretamente a população considerada com altas habilidades, a parceria SUPERA e Mensa Brasil também pretende facilitar o acesso de jovens ao curso de ginástica para o cérebro.

A cada 10 matrículas realizadas por associados regulares da Mensa Brasil em escolas da SUPERA, o SUPERA disponibilizará 1 (uma) bolsa integral (100% de desconto), que será destinada a um associado regular da entidade participante do Programa Jovens Brilhantes em situação de vulnerabilidade econômica.

“Esta parceria reforça a estreita relação que o SUPERA tem com a comunidade Mensa Brasil para também ser um facilitador do desenvolvimento desses jovens. Estamos muito felizes com essa possibilidade”, detalhou o Diretor do SUPERA Online, Luiz Moraes.

Como uma pessoa é considerada superinteligente?

Segundo o Mensa Brasil, cerca de 2% da população brasileira e mundial possui um QI muito acima da média, o que é associado a um alto potencial cognitivo. É importante lembrar que a superinteligência pode manifestar habilidades e talentos não apenas em competências acadêmicas tradicionais, incluindo áreas como esportes, artes, criatividade, liderança, idiomas entre outras.

 Profissionais qualificados, como neuropsicólogos especializados e devidamente habilitados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) podem conduzir testes, observações e entrevistas para avaliar o potencial cognitivo de uma pessoa.

Entendendo crianças superinteligentes

Uma criança com superinteligência, é aquela que demonstra um nível excepcional de habilidades, talentos ou capacidades em uma ou mais áreas, em comparação com outras crianças da mesma faixa etária. Essas habilidades podem abranger diversas áreas, como intelectual, acadêmica, artística, criativa, musical, atlética entre outras.

As crianças superinteligentes frequentemente exibem características como:

Altas habilidades cognitivas: Possuem uma capacidade intelectual acima da média, com facilidade para entender conceitos complexos e resolver problemas difíceis.

Rápido aprendizado: Costumam aprender novos conceitos e habilidades de maneira mais rápida e eficaz do que seus pares.

Criatividade: Têm uma tendência a pensar de forma original e a gerar ideias criativas em diversas áreas.

Interesse intenso: Geralmente têm um interesse profundo e apaixonado por tópicos específicos, muitas vezes demonstrando uma busca constante por conhecimento.

Habilidades sociais únicas: Podem ter habilidades sociais que se destacam, o que pode levá-las a se relacionarem de maneira diferente com seus colegas.

Senso de justiça e sensibilidade: Uma forte noção de justiça e sensibilidade para questões éticas e morais.

Perfeccionismo: Podem se esforçar para atingir padrões muito elevados e, às vezes, podem ser autocríticas.

Identificar e apoiar crianças superinteligentes é crucial para garantir que elas tenham oportunidades para desenvolver todo o seu potencial e enfrentar desafios de maneira saudável.

A identificação de crianças superinteligentes pode ser realizada por meio de testes de inteligência, avaliações acadêmicas, observações de professores e profissionais da área, bem como entrevistas e avaliações psicológicas. Se você identifica que uma criança possa apresentar esses sinais e características, procure orientação de profissionais especializados em educação e psicologia para avaliação e suporte adequados.

Quer conhecer mais sobre o SUPERA, agende agora mesmo sua aula gratuita e experimente os ganhos da ginástica para o cérebro

Para reflexão:

Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você

estará fazendo o impossível. “São Francisco de Assis” 

Você sabia:

Por que o bicho PREGUIÇA dorme tanto?

Para economizar energia. Porque ele e alimenta quase só de vegetais pouco energéticos.

Resposta do desafio de Junho

O pai de Maria tem 5 filhas: Naná, Nené, Nini e Nonô.

Qual o nome da quinta filha?

Resposta: Maria

Desafio de Julho:

Que frase é esta?

EMBO CAFE CHA DANÃO ENTRAMOS CA.

Resposta na próxima edição:

 

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 30487906

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Os profissionais que se orgulham de fazer o mínimo possível no trabalho

 Gazeta da Torre

Criador da expressão demissão silenciosa, Hunter Ka'imi admite que ela saiu de moda, mas diz que prática de manter emprego, sem ir alem das expectativas, continua mais viva que nunca

Quando Hunter Ka’imi compareceu ao programa de TV americano Dr. Phil, em 2022, os produtores não chegaram sequer a mencionar seu sobrenome. Eles o identificaram apenas como um “demissionário silencioso”.

“Acredito que a demissão silenciosa seja um protesto pelos direitos dos trabalhadores”, afirmou Ka’imi. “Não acho que o trabalho seja o que há de mais importante na minha vida, nem acho que deveria ser o mais importante na vida de uma pessoa.”

O programa dedicou meio episódio a este fenômeno, que começou no verão (do hemisfério norte) de 2022. Um usuário do TikTok chamado Zaid Khan postou então um vídeo de si próprio explicando “esta expressão, chamada demissão silenciosa, quando você não está saindo deliberadamente do seu emprego, mas está abandonando a ideia de ir além das expectativas”.

A expressão viralizou quase instantaneamente. Ela dominou as manchetes e as hashtags. No TikTok, #quietquitting (“demissão silenciosa”, em inglês) teve cerca de 900 milhões de visualizações até o fechamento desta reportagem.

Ka’imi explica no seu vídeo: “não vou trabalhar em uma semana de 60 horas e me esforçar sozinho por um emprego que não cuida de mim como pessoa”. O vídeo acumulou mais de sete milhões de visualizações, 38 mil comentários e mais de 43 mil compartilhamentos.

O jovem Ka’imi, de 23 anos, era gerente de um restaurante no Estado americano de Washington. Ele se tornou um símbolo do movimento, que rapidamente fez com que a demissão silenciosa se tornasse uma espécie de medalha de honra. Declarar sua demissão silenciosa logo se tornou um ato arrojado ou, pelo menos, virou tendência.

Ka’imi afirma que aquilo aconteceu porque muitas pessoas se identificaram imediatamente com a sensação de estarem sendo usadas pelos seus empregadores. E os “demissionários silenciosos” como ele simplesmente deram um nome a esta sensação.

“Acho que as pessoas vinham se sentindo frustradas há tempos, mas não tinham as palavras para articular os motivos, a não ser ‘estou com raiva do meu patrão’”, segundo ele.

“Quando a conversa mudou para a demissão silenciosa, a questão passou a ser sobre a cultura do trabalho, o capitalismo e a exploração. Foi quando muitas pessoas perceberam, ‘oh, na verdade, é disso que tenho raiva”, explica Ka’imi.

Esta tendência pode já ter saído do linguajar diário, mas ele e os especialistas afirmam que o espírito da demissão silenciosa permanece forte.

Popularidade disparou

A popularidade da demissão silenciosa começou durante a pandemia, “quando as pessoas reavaliaram suas experiências no trabalho, suas relações com seus empregadores e sua vida em geral”, segundo Katie Bailey, professora de trabalho e emprego do King’s College de Londres.

“Como muitas tendências nas redes sociais, ela decolou devido aos comentaristas: acadêmicos, economistas, outros especialistas no mercado de trabalho e assim por diante, todos estavam falando sobre ela, o que fez com que ela ganhasse ainda mais importância”, conta a professora. “A expressão foi adotada e usada em diferentes formas por diferentes pessoas.”

Para Bailey, a expressão entrou com muita força no zeitgeist (o espírito da época) devido às intensas reações dos profissionais ao conceito, resumido em uma expressão curta.

Embora muitas pessoas se identificassem com a situação (como os seguidores que idolatraram Ka’imi), outras passaram a difamar os demissionários silenciosos.

No programa do Dr. Phil, o planejador financeiro Brent Wilsey, de San Diego, nos Estados Unidos, afirmou que aquilo era simplesmente preguiça.

“Acho que [a demissão silenciosa] realmente se resumiu a ‘nós contra eles’”, afirma Ka’imi. Ele esclarece que, embora parecesse algo arrojado e proibido, a demissão silenciosa, na verdade, nunca foi questão de rebelião.

“Ela significa simplesmente fazer o seu trabalho”, explica Ka’imi. “Não é um protesto exagerado, nem uma retórica, digamos, de sabotar seu empregador, chegar tarde todos os dias ou roubar a sua empresa.”

“A demissão silenciosa diz que, se sou contratado para fazer A, B e C, isso é tudo que eu irei fazer”, prossegue ele. “É a resistência a fazer X, Y e Z, que não estão na descrição do seu cargo e pelo quê você não está sendo pago.”

Bailey defende que o mercado de trabalho historicamente restrito, em alguns países, com empresas lutando para preencher as vagas e reter os funcionários, ajudou a encorajar os profissionais em demissão silenciosa a irem a público nas redes sociais, sem medo de serem demitidos.

Ka’imi conta que simplesmente não teve medo de que os seus patrões assistissem ao vídeo. Na verdade, ele esperava que eles vissem, mesmo se, com isso, sua demissão silenciosa se tornasse, digamos, menos silenciosa.

“Eu não me importei”, ele conta.

Ka’imi afirma ainda que ficou orgulhoso quando pediu ao seu patrão para sair mais cedo para ir ao programa de TV e contar explicitamente o quanto ele não gostava do seu trabalho.

Seus empregadores podem não ter ficado muito felizes, mas também não discutiram. Ao falar abertamente sobre a questão, Ka’imi esperava poder trazer alguma mudança significativa, tanto para o seu emprego quanto em escala mais ampla.

'Atualmente, a demissão silenciosa é o status quo'

A demissão silenciosa era uma moda, segundo Katie Bailey, no sentido de que a expressão perdeu relevância em questão de poucas semanas.

As pesquisas pela expressão no Google atingiram seu pico em agosto de 2022 e, desde então, os números minguaram.

As discussões sobre a demissão silenciosa podem ter esmorecido, mas isso não significa que os profissionais tenham abandonado essa prática.

“Questões subjacentes sobre nossas horas de trabalho e como nos dedicamos ao trabalho – acho que [a demissão silenciosa] continua por aí”, afirma Bailey.

Nós podemos ter deixado de rotular esse comportamento como demissão silenciosa, mas as pessoas estão definindo mais fronteiras em torno do seu tempo e energia.

Para a professora, “os profissionais estão mais conscientes sobre a reafirmação da autonomia e controle e dizendo ‘sou um ser humano e existem outras coisas na minha vida além do trabalho’”.

Bailey destaca que alguns profissionais podem agora estar dedicando menos atenção a esse comportamento, para não prejudicar os seus empregos e proteger sua renda “devido à situação financeira enfrentada por muitas pessoas com a inflação crescente e a deterioração da economia”.

Mas, obviamente ou não, dados do instituto Gallup indicam que a maior parte dos profissionais ainda pratica a demissão silenciosa. A edição de 2023 do relatório sobre o Estado do Mercado de Trabalho Global, publicado pelo instituto, afirma que seis em cada 10 empregados em todo mundo estão psicologicamente desligados da sua organização, mesmo quando trabalham nas horas contratadas.

Hunter Ka’imi afirma que “depois que o movimento se reduziu um pouco, acho que as pessoas perceberam que existe uma forma muito mais saudável de trabalhar”.

“É normal dizer ‘vou fazer apenas o mínimo possível; vou chegar para o meu turno e sair quando ele acabar’. Atualmente, a demissão silenciosa é o status quo.”

*Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife.

- divulgação -

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Enzimas antioxidantes podem ajudar no combate ao envelhecimento da pele

 Gazeta da Torre

A pesquisadora Viviane Abreu Nunes Cerqueira Dantas comenta a patente de um sistema de entrega de enzimas antioxidantes, desenvolvido na USP, que pode ajudar no tratamento do estresse oxidativo e, consequentemente, retardar o envelhecimento da pele

Envelhecer constitui uma etapa inevitável na jornada de cada indivíduo e, para muitos, as marcas que o tempo imprime na pele assumem um papel proeminente como indicadores desse processo. Hábitos alimentares inadequados, um estilo de vida frenético e o consumo de tabaco e bebidas alcoólicas podem acelerar essa evolução. Originado por tais comportamentos, o estresse oxidativo, designado cientificamente, caracteriza-se pelo desequilíbrio entre a geração de compostos oxidantes e a operação dos sistemas antioxidantes de defesa do organismo. Esse fenômeno, além de contribuir para o envelhecimento prematuro, também se relaciona a processos inflamatórios e tumorais.

Considerando essa realidade, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma patente intitulada Sistema de entrega de enzimas recombinantes com ação antioxidante na pele e em outros tecidos. Segundo Viviane Abreu Nunes Cerqueira Dantas, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, uma das mentes por trás dessa inovação, trata-se de um sistema antioxidante composto pelas enzimas glutationa peroxidase, superóxido dismutase e catalase, as quais combatem os radicais livres gerados na pele, mitigando, assim, o envelhecimento celular. Esse sistema exerce a capacidade de neutralizar uma expressiva quantidade de radicais livres e incorpora tecnologia de drug delivery, que assegura a absorção do composto pelas células da pele.

As enzimas antioxidantes contidas na patente foram inspiradas nas enzimas presentes no fungo filamentoso Trichoderma reseei. A pesquisadora explica: “As enzimas fúngicas foram escolhidas devido às suas propriedades bioquímicas mais atrativas em comparação com as enzimas humanas, incluindo estabilidade térmica e maior atividade catalítica. Para empregar essas enzimas, os pesquisadores clonaram-nas e as fusionaram com peptídeos de penetração celular, ampliando, assim, sua habilidade de ingressar nas células da pele”.

Indústria da beleza

Outro impulso para o desenvolvimento dessa patente decorre do crescimento global do mercado de cosméticos. Em 2019, o segmento global de cosméticos totalizava aproximadamente USD 402 bilhões, com projeções apontando para um potencial de mercado global de USD 88 bilhões em soluções antienvelhecimento até 2026. Ademais, estima-se que até 2027 o mercado de ativos cosméticos biotecnológicos atinja cerca de USD 1,6 bilhões, acelerando, assim, oportunidades para inovações nesse setor. De acordo com Viviane Dantas, as enzimas antioxidantes estão destinadas a fomentar o desenvolvimento de produtos eficazes nessa indústria.

A pesquisadora relata que o trabalho de pesquisa teve início em 2020 e que as enzimas produzidas já demonstraram resultados promissores in vitro, tendo sido também avaliadas em termos de eficácia, segurança, irritação e corrosão. Uma vez concluídos os testes complementares, como o teste de permeação cutânea, o objetivo é transferir essa tecnologia para a indústria de skin care, permitindo a produção em larga escala deste ativo.

Fonte: Jornal da USP

domingo, 13 de agosto de 2023

Dia dos pais: o que o seu filho gostaria que você soubesse

 Gazeta da Torre

O dia dos pais nos faz pensar no papel da figura paterna, seus direitos e deveres, desafios e responsabilidades, em uma sociedade que construiu diversas possibilidades de organização familiar, que não a tradicional: pai, mãe e filhos. Nem sempre os conceitos que temos sobre família acompanham as constantes mudanças nos modos de viver. Portanto, é importante refletir e construir princípios que norteiem as diferentes relações de família e parentesco que existem: pais de criação, pais separados que casam novamente, avós/tios que exercem as funções paternas/maternas. Enfim, as possibilidades são infinitas.

Passamos a investigar as funções de um pai separado. Será unicamente visitar, ver como o filho está e pagar pensão? Aliás, o próprio termo “separado” coloca esse pai em um lugar diferente e repleto de preconceitos. Na verdade, o pai rompeu o vínculo conjugal com a mãe (se é que existiu), e não o vínculo parental com o filho; assim, estes é que precisarão estruturar as suas formas de convivência. A família do filho não segue o modelo tradicional, mas existe. A relação conjugal deixa de existir, a relação parental continua.

A partir dessa perspectiva e da diferenciação entre família, relação parental e relação conjugal é que se torna possível analisar as responsabilidades do pai que não vive mais com a mãe do filho ou que nunca viveu. “O pai tem direito de visitas e dever de pagar pensão”: trata-se de um pensamento atrelado ao conceito tradicional de família. Pais e filhos não deveriam ter direito de visitas, uma vez que visita remete a algo sem qualquer intimidade, como se fosse um vizinho ou um parente distante que veio ver o outro. O pai é aquele que vive, compartilha a vida com o filho.

O pai tem o direito e o dever de manter a convivência já estabelecida com o seu filho, que decorre da relação de parentesco e nada tem a ver com a ruptura de eventual relação conjugal. Aquele que não mora com o filho deve se fazer presente e conquistar ou manter o seu espaço; o outro precisa compreender e não agir de maneira a reduzir o pai ao mero papel de visitante. A manutenção da convivência é responsabilidade de ambos os adultos. Quando o pai realmente participa da vida do filho, reconhece quais são as necessidades afetivas e financeiras da criança.

Como se daria essa convivência? É o grande desafio, que nos leva a ultrapassar o velho modelo de família. Cada pessoa deve buscar o formato de convívio e contribuição financeira que melhor se adapte à sua realidade. Em caso de conflitos, devem buscar auxílio de profissionais que entendam o amplo conceito de família e possam criar soluções de vanguarda para o impasse, sempre priorizando o interesse das crianças. Pai, mãe, avó, avô, tio, tia, padrasto, madrasta: nesse dia dos pais, pense nisso!

Adriano Ryba & Ana Carolina Silveira – ADVFAM.

sábado, 12 de agosto de 2023

Por que funcionários estão ficando egoístas e menos leais a empresas

 Gazeta da Torre

Funcionários que se gabam das empresas para as quais trabalham parecem ser cada vez mais raros. Agora, eles estão priorizando a si mesmos.

Por anos, uma característica marcante de bairros como Canary Wharf, em Londres, ou o Distrito Financeiro de Manhattan era trabalhadores vestindo coletes de fleece com os logos de suas empresas.

Não era apenas um sinal de códigos de vestimenta menos formais no mundo corporativo - era um distintivo de orgulho na empresa para a qual se trabalhava.

No entanto, esse tipo de lealdade explícita dos funcionários pode estar enfraquecendo. Em um mundo de trabalho transformado, onde a tecnologia está se desenvolvendo rapidamente e as prioridades dos trabalhadores mudaram, especialistas afirmam que as pessoas estão menos propensas a colocar a empresa em primeiro lugar ao pensar e falar sobre suas carreiras.

Tim Oldman, Fundador e CEO da Leesman, que mede a experiência dos funcionários no ambiente de trabalho, viu isso em ação ao buscar novos talentos para sua própria empresa.

Isso ocorre frequentemente no LinkedIn, acrescenta ele, onde muitos trabalhadores agora optam por colocar seus nomes e habilidades em seus títulos de perfil, empurrando os detalhes de seus empregadores atuais para mais abaixo na página. Isso é em contraste a abordagem tradicional, onde os usuários começavam seus perfis com o cargo e a empresa em primeiro lugar.

Essa abordagem de destacar conquistas pessoais em vez de identidade no local de trabalho faz sentido no cenário atual, onde os recrutadores estão focando em conjuntos específicos de habilidades em suas buscas e abordagens, diz Dana Minbaeva, professora de gestão de recursos humanos do King's College London.

Ela atribui isso, em parte, a uma mudança mais ampla em direção a uma economia baseada em habilidades.

"Estamos operando em um ambiente em que as habilidades e competências individuais são consideradas seus ativos mais valiosos", diz ela. Os trabalhadores mais valiosos no mercado de trabalho devem ter a capacidade de adaptar sua expertise pessoal a tecnologias emergentes, como a IA generativa.

A crescente globalização junto com o rápido desenvolvimento tecnológico está impulsionando a mudança para um mercado de trabalho baseado em habilidades, acredita Aaron Taylor, chefe da escola de gestão de recursos humanos da Arden University, Reino Unido.

"Conjuntos de habilidades que estão em demanda estão mudando rapidamente e os funcionários querem mantê-los atualizados por razões pessoais, profissionais ou financeiras", diz ele.

Em outras palavras, os funcionários estão se tornando mais valiosos pelas habilidades que possuem, em vez do pedigree que carregam. E à medida que os recrutadores entram em contato, esses trabalhadores sabem disso.

O fator da lealdade

À medida que as competências se tornam mais importantes do que o prestígio da empresa no mercado de trabalho atual, muitos funcionários estão se tornando cada vez menos leais aos seus empregadores.

Em vez de permanecer em uma corporação prestigiosa apenas por causa de seu nome, os especialistas afirmam que os trabalhadores podem estar mais propensos a se mover entre empresas, buscando oportunidades onde suas habilidades possam ser cultivadas e desenvolvidas

Como resultado dessa mudança na lealdade, Minbaeva diz que os trabalhadores estão se desvinculando psicologicamente das suas antigas lealdades a uma única empresa.

Em parte, ela acredita que isso ocorre porque os funcionários têm mais probabilidade de examinar e até mesmo desafiar os valores arraigados e a cultura de seus locais de trabalho e líderes.

"Os trabalhadores mais jovens estão muito mais ativamente envolvidos em examinar e avaliar se as ações de uma empresa estão alinhadas com suas próprias crenças e valores, agenda de sustentabilidade e outras promessas feitas a várias partes interessadas", diz ela. Simplificando, eles agora estão dispostos a deixar uma empresa que não corresponda aos seus próprios ideais.

Taylor diz que a pandemia também levou os trabalhadores a exigirem mais autonomia no local de trabalho. "As pessoas querem mais controle sobre o equilíbrio entre trabalho e vida", diz ele.

"Há muito menos ênfase em permanecer leal e 'se manter firme' em um emprego e muito mais ênfase em encontrar um emprego que atenda às próprias necessidades e preferências dos trabalhadores", acrescenta ele.

Além disso, Oldman acredita que quanto menos tempo os funcionários passam nos escritórios físicos, mais eles podem traçar uma linha entre si e seus empregos. "Os funcionários que frequentam o escritório se beneficiam menos da lealdade potencial à marca e dos benefícios que os ótimos escritórios podem incutir. Eles também perdem as interações sociais não estruturadas com colegas que servem para criar e reforçar a coesão social e o senso de propósito comum", diz ele.

Quando a conexão física com o escritório é o que Oldman chama de "relação passageira", os funcionários se importam menos com a empresa e, consequentemente, são mais propensos a não pensar duas vezes em mudar de emprego.

Em última análise, os especialistas acreditam que essa diminuição na lealdade tradicional ao empregador está tornando mais fácil - e mais sensato - para os trabalhadores pensarem em suas habilidades primeiro.

Olhando para o futuro, os especialistas acreditam que os funcionários estarão cada vez mais pensando em seu trabalho e habilidades primeiro, e não no nome na porta.

E à medida que a rotatividade de empregos aumenta e a economia baseada em habilidades cresce ainda mais, Taylor acredita que os trabalhadores continuarão a destacar seus talentos em relação aos seus empregadores para avançar, tanto em termos de crescimento profissional quanto de potencial de ganhos.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Como evitar os alimentos ultraprocessados que parecem saudáveis?

 Gazeta da Torre

Você já parou para pensar que pode estar ingerindo um alimento ultraprocessado, pensando que ele é uma opção saudável?  Pesquisas revelam que, cada vez mais, os brasileiros estão consumindo alimentos ultraprocessados. Isso é muito comum, ainda mais com uma rotina atribulada e cheia de compromissos.

Mas existem aqueles que mesmo sem tempo de preparar uma refeição optam por alimentos prontos que parecem – ou se dizem – saudáveis, na intenção de fugir dos que fazem mal. Um bom exemplo são os alimentos que compõem o café da manhã, como as barras de cereais, iogurtes funcionais saborizados e adoçados, peito de peru, cremes de queijo tipo requeijão, pão de forma integral ou branco, entre outros. Porém, não se limitam a apenas essa refeição.

No almoço ou no jantar podem aparecer os pães industrializados para sanduíches, como os wraps, salsichas e embutidos de peru ou frango light (reduzidos em gordura), sopas e cremes em pó, produtos à base de plantas (almôndegas e hambúrgueres veganos, por exemplo), molhos para saladas, entre outros.

Aqueles que pareciam não ter erros na verdade podem ser os vilões da alimentação “pseudo-saudável”: “Biscoitos com grãos e cereais integrais também podem parecer saudáveis mas, na verdade, a maioria são alimentos ultraprocessados cheio de aditivos, açúcar adicionado e gordura saturada”, alerta Camila Borges, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP.

Isso acontece, principalmente, por conta dos rótulos das embalagens dos alimentos ultraprocessados. Eles trazem informações que podem confundir o consumidor, como alegações de nutrição, como o “contém vitaminas” e “contém fibras”, além de “bom para os ossos” ou “bom para o coração”, não seguidos de uma maior explicação.

Ainda extrapolando as alegações sobre saúde e nutrição, as embalagens agora trazem alegações ambientais, como “orgânico”, “vegano”, “livre de aditivos”, “produzido com galinhas criadas soltas”, entre outros. Camila adverte que essas são “estratégias publicitárias com apelo para esportes, saúde, bem-estar, relações familiares e personagens infantis que podem mascarar a verdadeira composição nutricional do alimento”.

Como fugir dessas armadilhas?

A pesquisadora lembra que as opções mais saudáveis são as menos processadas, os alimentos frescos como as verduras, legumes, frutas, leite, carnes, ovos, cereais e feijões, preferencialmente orgânicos.

Também é importante ter uma postura crítica em relação à publicidade e aos rótulos, já que trazem informações pensando na comercialização dos produtos, e não necessariamente indicam os reais benefícios.

Fonte: Jornal da USP

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Resiliência e capacidade de repensar estratégias estão no DNA do empreendedor brasileiro

 Gazeta da Torre

Quais são os principais diferenciais do empreendedor brasileiro? Para Fernanda Teich, head de Gente da Stone, com formação em Educação-executiva pelas universidades de Columbia e Harvard (Estados Unidos), o povo brasileiro está tão acostumado a lidar, diariamente, com problemas das mais diversas esferas que a adaptação, o jogo de cintura, a flexibilidade e a redefinição de estratégias são características enraizadas. “Nós conseguimos avaliar um problema por várias óticas diferentes. Somos também um povo que gosta muito de trabalhar. Essa combinação é poderosa.”

Fernanda participou de um debate ao lado de André Mercadante Américo, diretor de Rede, Planejamento Estratégico, Gestão de Receitas e Alianças da Azul Linhas Aéreas, promovido pelo Canal UM BRASIL — uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) —, em parceria com a BRASA em Casa, a maior associação de brasileiros estudantes no exterior.

Um dos temas do bate-papo foi o fato de que, em um país com as dimensões do Brasil e tantas demandas em busca de solução, o empreendedor brasileiro tem algumas condições que tornam esse ambiente distinto. “O maior potencial de ganho que temos ao estarmos inseridos no nosso contexto único é que somos uma nação de muitas oportunidades. Cada um dos problemas dos quais reclamamos no dia a dia são, na verdade, uma chance de concretizar uma entrega melhor. No cenário macro, também testamos muitas coisas. A nossa natureza é de altos e baixos, então, somos especialistas em nos adaptarmos às situações e tirar o melhor proveito delas. Está no nosso DNA”, afirma Américo. “Como as respostas às perguntas do empreendedor nem sempre são exatas e assertivas, os diferenciais da intuição, do ‘arriscar’, do se propor a errar e da resiliência são valiosos. Já entendemos que, com inovação e empreendedorismo, 99% do tempo é errar e aprender com os erros.”

Segundo Fernanda, as condições de empreendedorismo no Brasil também têm características distintas, como a quantidade de pessoas com potencial de empreender e instituições voltadas a fomentar isso, bem como menor concorrência em comparação a nações mais desenvolvidas. “Quando você se propõe a resolver um problema nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de uma dúzia de empresas que já conseguiram captar recurso e estão bem mais adiantadas. Aqui, há espaço para ‘nadar de braçada’. Temos oportunidades, gente competente e espaço para crescer.”

Um dos focos da conversa foi a respeito de como um empreendedor pode mapear os recursos e oportunidades necessários para dar o pontapé inicial. Américo pondera que “a análise não se trata apenas do aspecto comercial, mas dos fundamentos de cada um dos locais prospectados. Certamente, isso também envolve o palpite, o feeling comercial e o mapeamento, com dados para análises socioeconômicas”, argumenta.

*Assista o debate completo:

https://www.youtube.com/watch?v=bvyy5NCaNso

Fonte:UM Brasil

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

As eleições não têm mais garantido que os interesses da classe trabalhadora sejam representados da forma como deveriam, comenta estudioso em entrevista

 Gazeta da Torre

Lucas Novaes, professor no Insper

O símbolo mais delineado da democracia passa por uma transformação importante no mundo todo, uma vez que as eleições não têm mais garantido que os interesses da classe trabalhadora sejam representados da forma como deveriam — e isso afeta profundamente o modo como as políticas públicas são criadas. Segundo Lucas Novaes, PhD em Ciência Política e professor no Insper, isso ocorre em razão da falta de uma força organizadora que consiga transmitir as preferências das camadas mais pobres para o sistema político.

Na sua avaliação, o fato se dá, dentre outras razões, por causa da redução do trabalho formal no “chão da fábrica” e da inexistência de um setor que consiga aglutinar os interesses da classe trabalhadora urbana, de forma que esta possa organizar um grande número de eleitores com força política e exigir que suas demandas sejam atendidas pelos agentes políticos a longo prazo. “Não só no Brasil, mas em outras partes do mundo, está ocorrendo uma disparidade de como os interesses são postos dentro do processo de criação das políticas públicas. Precisamos ter atenção sobre como os interesses serão representados a partir de agora no sistema político, principalmente da classe mais numerosa, mas silenciosa”, sinaliza Novaes.

“Como contraponto, interesses de grupos menores, mas mais poderosos e com maior capacidade de organização, conseguem manter a sua influência no sistema político, particularmente no Congresso”, adverte o cientista. Independentemente do que tem ocorrido, as entidades que se mostram mais próximas dos eleitores pobres são as igrejas evangélicas, cada vez mais inseridas na política e com capacidade de mobilizar os fiéis para que defendam interesses próprios.

Em entrevista comandada por Mônica Sodré, cientista política e diretora da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps), ao Canal UM BRASIL — Novaes ainda comenta que, apesar de todos os problemas, é na política que encontraremos a solução. “Quando as pessoas começam a imaginar que não há saída dentro do próprio sistema é que as ideias extremas ganham força — as quais capturam mais facilmente essa inquietação social”, enfatiza.

Fonte: UM Brasil

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

O documentário ‘Luiz Gonzaga, a luz dos sertões’

 Gazeta da Torre

“Dez anos depois de sua morte no estado de Pernambuco, nenhuma grande homenagem estava prevista, nem mesmo nos programas de TV e rádio mais acessados ​​da época, foi quando decidir produzir um documentário sobre a vida e obra do mestre do Araripe, o Rei do Baião”, apresentou Anselmo Alves, documentarista e produtor cultural, em relação ao documentário 'Luiz Gonzaga, a luz dos sertões'. O documentário apresenta a vida e obra de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Conta com imagens raras e depoimentos marcantes sobre a vida do artista.

A Rose Maria foi chamada para fazer a direção e texto, Altair Paixão a direção de fotografia ficando a edição de imagens com Ricardo Brito, o documentário uma produção independente e parcos recursos foi premiado com o primeiro lugar em todos os festivais que participou.

Vale conferir 'Luiz Gonzaga, a luz dos sertões'. Segue o link:

 https://www.youtube.com/watch?v=oVkebir9smE

https://www.instagram.com/gazetadatorreoficial/?hl=en