quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Um Desafio Financeiro para as 52 semanas de 2022

 Gazeta da Torre

Um desafio que tem como objetivo criar ou fortalecer o hábito de poupar, disciplinar-se e terminar o ano que estamos com um valor que vai ajudar com algum objetivo, na compra de algo especial ou a reduzir o aperto diante de todas as despesas do fim de um e começo de outro ano, dar um plus na reserva de emergência, uma grana mais para as férias dos filhos ou netos. E na verdade, é um desafio que é possível começar o desafio durante boa parte do ano.

Observe que a ideia do desafio serve como referência e você pode usar a sua criatividade tomando como base o que temos nele, de maneira que faça o que achar mais adequado e desafiador, porém, possível de realizar!

É algo simples e bem prazeroso, que vale fazer em família, envolvendo todos que moram juntos, mas você pode ser o responsável por conduzir e fazer com que essa prática seja cumprida.

Consiste em guardar pequenas quantias para transformá-las em valores consistentes ao final do ano. A cada semana, deposita-se um determinado valor, por isso o nome do desafio: pois um ano regular tem 52 semanas.

Para isso, pode-se usar uma caixa de sapato ou até mesmo um envelope, fazendo um corte como o de um cofrinho e colando a tabela do desafio na caixa ou envelope, ou mesmo botar num investimento de uma conta que você não usa muito e que deixe esse valor isolado de fato, de forma que possa resgatar no fim do ano.

O desafio tem vários níveis e pode ser adaptado para qualquer realidade, com o objetivo de poupar a cada semana. Motive todos em casa a fazer o desafio também, estabelecendo o valor a guardar, fixo ou crescente, a fim de manter os aportes semanais.

O desafio, no nível básico, consiste em depositar R$ 1 a mais que na semana anterior. Por exemplo: 1ª semana = R$ 1, 2ª semana = R$ 2, 3ª semana = R$ 3, 4ª semana = R$ 4 e assim por diante. Dessa maneira, poupa-se e aumenta-se o valor gradativamente, o que contribui para não se perceber o peso do dinheiro poupado. Quanto mais se aproxima o fim do ano, maiores as contribuições semanais, que chegam a R$ 52 na 52ª semana do ano. Ao final de um ano, totaliza-se a economia de R$ 1.378.

A cada aporte feito, é marcado um “X” ou “OK” na linha correspondente ao valor/semana ou pode indicar a data em que o dinheiro foi colocado na caixa ou envelope. Vale escolher um dia fixo da semana para fazer os aportes, a fim de não se esquecer de guardar o valor, de repente já anota o lembrete na agenda ou no celular.

Caso seja do interesse, pode aumentar o grau do desafio, aplicando as regras do nível 2, que seria R$ 2 a mais cada semana (2, 4, 6, 8, 10...). O desafio tem vários níveis e oferece diferentes dinâmicas, possibilitando que se criem alternativas adequadas de poupar conforme a realidade de quem se propõe a realizá-lo. O ideal é utilizar o nível efetivamente dentro das condições de cada pessoa ou família.

É sempre importante reforçar que a disciplina é essencial para se chegar ao fim desse desafio e também, que é possível iniciá-lo em qualquer semana do ano, bastando, para isso, fazer o primeiro aporte maior, com o valor equivalente ao que estaria acumulado até então por quem tenha começado o desafio desde a primeira semana do ano.

E não se prenda a pensamentos como de que na caixinha não está rendendo nada, porque o objetivo do desafio é fortalecer ou criar o hábito de poupar, e não buscar rentabilidade.

Para salvar a tabela do desafio, ou mesmo assistir o vídeo explicativo sobre ele, você pode acessar  www.desafiodas52semanas.com.br

Segue firme na jornada e comece já o seu desafio, não deixe para depois, pois certamente esse será mais um ano que milhares e milhares de pessoas estarão cumprindo ele, e com isso tendo esse plus no final do ano, além, claro, do hábito de poupar recorrente.

 

Te desejo um ano de muita saúde, conquistas e realizações!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Moda, Consumo e Sustentabilidade: Uma relação paradoxal

 Gazeta da Torre

Uma das formas mais fáceis de entender a sustentabilidade é através do tripé social, econômico e ecológico. Mas não apenas por meio dele. Segundo o Relatório Brundtland, Nosso Futuro Comum de 1988, poderia ser compreendido por meio de um tipo específico de desenvolvimento: aquele que satisfaz as necessidades dos presentes de forma a não comprometer, de forma alguma, as habilidades das gerações futuras de satisfazerem as suas.

Ou seja: podemos pensá-la de uma forma ou de outra, mas ainda sim o resultado seria igual: a moda (como a conhecemos hoje) promove de forma inegável sentidos antagônicos (e, diga-se de passagem, paradoxais) à sustentabilidade. E por mais que este alarme tenha sido disparado anos atrás, parece que nós como consumidores e a indústria como produtores, insistimos em não o ouvir.

Moda versus Consumo

Segundo uma pesquisa realizada pelo Taboo in Fashion, 30% das roupas produzidas nunca são vendidas. Ou seja, 3 em cada 10 peças de roupas não são compradas. E o pior? Enquanto 1 em cada 5 que consumimos são descartadas sem nunca terem sido usadas, 12,8 mil toneladas de peças são enviadas a aterros sanitários de forma anual (ShareCloth).

Nesse sentido fica muito claro dizer que cada vez mais, e a partir de supostas necessidades, compramos o que não precisamos e incentivamos a produção (incessante) de um amontoado de coisas sem valor. Por quê? Porque quanto mais consumidos mais a indústria produz. E consequentemente, quanto mais ela produz, mais compramos sem nem ao menos refletir sobre o que estamos de fato levando para casa.

E é nessa relação de produção e consumo, ambos respaldados pela valorização do culto ao novo, que a conta não fecha. Pelo contrário. Nos deixou (e há algum tempo) em uma dívida tremenda para com o Planeta. Culpa da moda? Sim, a culpa é dela, mas também de relações superficiais.

Sustentabilidade x Relações Superficiais

Quando compramos algo, majoritariamente estamos comprando com base em uma relação extremamente superficial: a do ter. Quando estamos focados em ter algo (ou no caso, uma peça de roupa) apenas pelo desejo incessante de o possuir, não analisamos, não pensamos e não ponderamos. Simplesmente compramos.

Seja impulsionado por descontos distópicos ou campanhas de marketing alusivas, a resposta sempre será a mesma. Compramos porque somos induzidos a comprar. E o que isso tem de sustentável? Absolutamente nada.

O motivo? Mais do que estar respaldada sob uma lógica produtiva que não faz nada bem para o meio ambiente, a moda hoje insiste em um sistema que não mais se sustenta. E isso no sentido literal da coisa toda. Enquanto não mudarmos a lógica insustentável que está por trás de todo o sistema da moda, jamais a tornaremos sustentável, ou minimamente benéfica a nós e ao Planeta. Por quê? Porque mais do produzir de maneiras ambientalmente corretas, faz-se necessário cada vez mais questionar se tal produção, e consequentemente consumo, é realmente, impreterivelmente, verdadeiramente necessária.

Por Erika Gottsfritz, Graduanda em Design de Moda, Co-fundadora e editora do projeto de comunicação de moda independente Trameiras.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Desejo de pintar, dançar e cantar é parte evoluída da mente humana, aponta estudo

 Gazeta da Torre

Fotomontagem de Jornal da USP
com imagens de Freepik e Pixabay

Das pinturas rupestres aos espetáculos na Broadway, o fazer artístico acompanha a humanidade. Mas por que compartilhamos do desejo de pintar, dançar e cantar? Com o objetivo de explorar a estrutura psicológica da motivação artística humana, o pesquisador Marco Antonio Correa Varella, do Instituto de Psicologia (IP) da USP, testou a hipótese de que o engajamento humano com as artes é resultado da evolução da espécie. Para isso, analisou respostas de vestibulandos para ingresso em cursos artísticos. A pesquisa mostrou que as motivações artísticas têm aspectos como especificidade, autorreforçamento e estabilidade — indicativos de uma característica evolutiva da nossa espécie —, ou seja, somos animais natural e evolutivamente artísticos. “O estudo vai ajudar a nos fazer levar as atividades artísticas a sério, como parte integral da natureza humana”, afirma o pesquisador.

Entre as características que sugerem o caratér evolutivo, está a especificidade, uma especialização, neste caso, algo voltado principalmente ao domínio artístico — e não mera curiosidade. Além dessa, há o autorreforçamento, que acontece quanto o que motiva a atividade é o próprio prazer intrínseco de realizá-la; e a estabilidade temporal, a relativa invariância ao longo dos anos, que não varia com as modas e tendências históricas recentes.

O artigo com os detalhes do estudo foi publicado na Frontiers in Psychology, em 21 de dezembro de 2021, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) por meio de bolsa de pós-doutorado no Departamento de Psicologia Experimental do IP da USP.

O material faz parte de um número especial de 2021 que celebra os 150 anos do livro publicado em 1871 A descendência do Homem e a Seleção em relação ao sexo, de autoria de Charles Darwin (1809-1882), no qual o naturalista inglês — um dos cientistas a reunir evidências das raízes evolutivas da musicalidade humana — ressalta a universalidade da mente, referindo-se aos prazeres que várias populações sentem dançando, engajando-se em música, atuando, pintando, se tatuando e se autodecorando.

A motivação para usar capacidades artísticas — aquelas voltadas às habilidades na produção e apreciação das artes — é alvo de estudos há muitas décadas. Contrariando as ideias evolutivas de Darwin, o psicólogo Steven Pinker, pesquisador da Universidade de Harvard, Estados Unidos, diz que se trata de uma característica recente, gerada pela busca por status e prestígio social. Varella explica que, desse ponto de vista não evolutivo, a motivação para as artes seria extrínseca, isto é, quando se realiza uma atividade para obter reforços externos, como trabalhar para ganhar salário e se divertir com compras. Para essa motivação ser evoluída, dentre outras características como universalidade e antiguidade, ela deve ser intrínseca (autorreforçamento), aquilo que se faz pelo próprio prazer em fazer, além de específica e relativamente estável ao longo da trajetória humana.

Para analisar as motivações, Marco Varella pesquisou o questionário socioeconômico do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizado pela Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), que pergunta aos vestibulandos sobre o motivo de escolha do curso de Artes (música, dança, artes cênicas, artes visuais e estudos literários). O artigo contém dois estudos: um com 403.832 pessoas (48,8% mulheres) e o segundo com 1.703.916 participantes (51% mulheres), de 1987 até 2020, intervalo amplo para avaliar a estabilidade temporal da tendência. “As perguntas tinham alternativas mais intrínsecas, como ‘gosto pessoal’, ‘aptidão pessoal’, ‘satisfação pessoal’, e alternativas mais extrínsecas, como ‘influência da mídia, do professor, da família’, ‘salário’, ‘contribuição social’ e ‘prestígio social’. Agreguei num fator motivação intrínseca e outro de motivação extrínseca o conjunto de respostas correspondente”, afirma o pesquisador.

Os dados (de até 35 cidades de até seis Estados diferentes do Brasil) foram comparados com alguns cursos de não humanas, como Odontologia, e com cursos de humanas não artísticos, como Pedagogia, para saber se há um padrão geral motivacional para todos os cursos ou se há especificidade artística.

De acordo com o pesquisador, no geral de todos os cursos, os inscritos reportaram de duas a seis vezes mais fatores intrínsecos do que extrínsecos; já no conjunto de cursos artísticos os vestibulandos reportaram de 10 a 28 vezes mais fatores intrínsecos do que extrínsecos, o que sugere um perfil mais intrínseco e específico daqueles prestando Artes. Os fatores intrínsecos se mantiveram constantes ao longo dos anos nos dois estudos para todos os grupos, mas no grupo dos cursos artísticos ficaram mais constantes ainda. 

“Os resultados dos dois estudos convergiram, não corroboraram a hipótese de Pinker e corroboraram a hipótese evolutiva, de que exista um sistema motivacional evoluído, que é intrínseco, específico e estável temporalmente, voltado para nos encorajar a usar nossas capacidades artísticas para nos engajarmos em atividades esteticamente orientadas”, completa.

Dizer que somos animais natural e evolutivamente artísticos significa, para o pesquisador, dizer que, assim como com a linguagem ou a brincadeira, é bem possível que tenhamos uma propensão evoluída para desenvolver, ao longo de nossa primeira infância, um sistema motivacional que nos leva a gostar de arte por si só, a nos interessar por ela e querer repetir atividades — bem como de desenvolver capacidades específicas que nos permitem perceber, aprender, acompanhar, nos engajar, produzir, imitar e criar atividades e produtos esteticamente trabalhados. “Seríamos naturalmente equipados para fácil e intuitivamente processar informações artísticas”, completa.

Mas isso não quer dizer que nascemos grandes artistas. De acordo com Marco, atividades mais modernas como andar de bicicleta, dirigir carro, ler, digitar ao computador ou resolver equações de segundo grau são muito mais difíceis de se aprender do que atividades mais ancestrais como, andar, cantar, falar e brincar, mas todas são, em certo grau, aprendidas. “Esta facilidade precoce para lidar com essas atividades mais ancestrais indica uma preparação cognitiva preexistente para aprender e gostar de se aprimorar em tais atividades”, afirma.

Quais as vantagens evolutivas da propensão artística universal?

De acordo com o pesquisador, a literatura científica indica que a artisticidade poderia ter melhorado o desenvolvimento da cognição em geral, a coordenação motora e a criatividade, através de brincadeiras ou simulação de situações possíveis —  o que pode ser uma vantagem, em termos de sobrevivência. A utilização de símbolos e ornamentações em mensagens pode também ser adaptativa, promovendo cooperação e coesão social, pelos rituais em grupo, o que também é uma vantagem para sobreviver. Além disso, os fazeres artísticos podem ter aumentado as oportunidades de acasalamento e desejabilidade de indivíduos, forma de manter e competir por parceiros, com efeito positivo direto na reprodução dos indivíduos da espécie. Esta última linha de pesquisa com foco na seleção sexual foi iniciada por Darwin há 151 anos.

“A contribuição deste estudo se alinha ainda com a universalidade da atividade artística, com a antiguidade paleolítica das pinturas e gravuras rupestres, com a precocidade do interesse a engajamento artístico nas crianças, com a herdabilidade da variação individual nas capacidades artísticas, com a convergência adaptativa de comportamentos esteticamente orientados em outras espécies, entre outras fontes de evidência, apontando para o status evoluído da nossa artisticalidade”, afirma o autor do estudo.

O autor ressalta que não sugere que a tendência artística seja fixa, imutável, geneticamente determinada, puramente instintiva ou que não exista espaço para o aprendizado, fatores extrínsecos ou para a cultura. Ele está propondo que a facilidade de aprendizado artístico, o gosto e interesse genuíno para atividades esteticamente orientadas e a desenvoltura e fluência cultural que exibimos para as variadas modalidades artísticas indicam – junto com sua universalidade, antiguidade, precocidade, herdabilidade e convergência adaptativa – a existência de uma maquinaria psicológica evoluída, uma cognição específica e ancestral voltada para o domínio artístico.

Fonte: Jornal da USP

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Países que adotaram medidas de segurança sanitária tiveram crescimento econômico maior na pandemia

 Gazeta da Torre

A crise sanitária iniciada em 2020 teve consequências expressivas para a economia, e tanto governos como bancos centrais adotaram medidas de proteção do mercado financeiro. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Leonardo Puehler, graduando do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, comenta os resultados distintos das ações de 95 países para fornecer socorro monetário em meio à pandemia.

Puehler conta que tal análise se fundamentou em três componentes de enfrentamento à crise: cada país foi avaliado com base nas medidas financeiras, de contingenciamento e de liquidez que adotou. Medidas financeiras são aquelas promovidas pelos próprios governos para preservar a economia, como a distribuição de auxílios emergenciais, por exemplo. Medidas de contingenciamento buscam garantir a segurança sanitária, o que pode ser alcançado através de lockdowns e distanciamento social. Por fim, medidas de liquidez são promovidas pelos bancos centrais para garantir que exista dinheiro em circulação no país, de modo a movimentar a economia.

Importância da liquidez no desempenho econômico

Durante crises, “os bancos precisam de capital para operar, emprestar e fazer operações. Principalmente no caso do Brasil, todo mundo buscou segurança, o que estava na compra do dólar. A moeda fugiu do País. O papel do Banco Central, então, é garantir a liquidez necessária para continuar funcionando”, explica o graduando.

A partir da verificação de dados fornecidos pelo Fundo Monetário Internacional, Puehler revela que os Estados que aderiram às medidas mais drásticas de segurança sanitária tiveram um maior crescimento econômico em 2020, e cita, como exemplo, a Nova Zelândia e a Irlanda. Outros países atingiram um resultado similar com a adoção de medidas financeiras eficazes, como os Estados Unidos. “O Brasil ficou no meio do caminho: promoveu ações econômicas de grande impacto, mas não promoveu as de contingenciamento”, completa.

Além disso, países mais ricos e estáveis apresentaram resultados distintos de países em desenvolvimento: “O Chile, por exemplo, teve um desempenho melhor do que o Brasil, mesmo sendo uma economia muito próxima”, ilustra o entrevistado.

Por fim, Puehler expõe que o desempenho institucional dos bancos apresentou mudanças significativas na atual recessão. “Grandes crises anteriores, como as de 2008 e 1929, tiveram causas centradas na economia. Desta vez, a causa da crise foi sanitária, e suas consequências econômicas exigiram uma ação muito diferente dos bancos centrais”, diz. “Eles precisaram articular medidas de socorro em escalas menores, para negócios de tamanhos menores, com muita intensidade, e gastaram muito mais dinheiro do que haviam gastado em outros momentos de crise”, finaliza.

Fonte: Jornal da USP

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Covid: novo pico em casos pega profissionais de saúde esgotados e desamparados

 Gazeta da Torre

Profissionais de saúde esgotados (Crédito:EFE)

"O que temos escutado é que existe uma grande sensação de exaustão - de profissionais de saúde dizendo 'não é possível. Vou ter que tirar férias, não vou aguentar', ao verem as emergências cheias novamente", diz à BBC News Brasil o psiquiatra Helian Nunes, um dos idealizadores do projeto Telepan Saúde, que desde o início da pandemia oferece sessões de aconselhamento psicológico gratuito online a mais de 640 profissionais de saúde de todo o país.

Há cerca de 200 pacientes ainda sendo acompanhados pelo Telepan (uma parceria da Universidade Federal de Minas Gerais com a Associação Brasileira de Neuropsiquiatria), alguns deles com sintomas de estresse pós-traumático, explica Nunes.

"Ficamos surpresos, porque achávamos que, quando a situação melhorasse, iríamos zerar os atendimentos. Mas não foi o que aconteceu. Muitas pessoas seguem em atendimento até hoje, não pudemos dar alta. E quem vai ocupar o lugar delas nos hospitais?"

A percepção de Nunes corrobora o que pesquisadores da Escola de Administração de Empresas da FGV-SP escutaram de profissionais de saúde pública do país, em rodadas de entrevistas que têm sido conduzidas desde abril de 2020. A mais recente foi publicada em outubro de 2021.

"Nossa expectativa era de que os resultados seriam sempre melhores: que os profissionais iriam aprender (a lidar com a doença), que sentiriam menos medo, que as questões de saúde mental iriam se acomodar. E não é isso o que os dados mostram", explica à BBC News Brasil a pesquisadora Gabriela Lotta, professora de Administração Pública e Governo da FGV.

O medo dos profissionais de saúde entrevistados pela pesquisa - de técnicos de enfermagem a médicos - frente à covid-19 se manteve em patamares acima de 80% ao longo de todas as rodadas da pesquisa.

Também mais de 80% deles sentiram que sua saúde mental foi afetada negativamente pela pandemia, mas menos de um terço (30%) afirmou ter recebido algum tipo de apoio para lidar com isso.

'Esperança de normalidade que se perdeu'

"Eles estão lá em condições muito ruins de saúde física e mental, e com a sensação de falta de apoio de políticas públicas e uma esperança de normalidade que se perdeu", avalia Lotta. "Uma frase que apareceu em muitas respostas é: 'somos soldados largados na frente da batalha'. A sensação de solidão é muito forte."

E, embora tenha havido um aprendizado técnico importante sobre como prevenir, enfrentar e tratar o coronavírus, a sucessão de mutações do vírus e de novas ondas de covid-19 faz com que a sensação de despreparo frente a doença continue elevada, explica Lotta.

A enfermeira Alessandra Alencar Gadelha de Melo sente isso em seu dia a dia em dois hospitais (um público e um privado) em Salvador (BA), apesar de já acumular quase três décadas de experiência na profissão.

"É claro que a gente sabe lidar melhor com o paciente de covid-19 ou de síndrome respiratória aguda grave. E a vacinação (em altos níveis no país) também dá um conforto. Mas sempre vem uma apreensão e ansiedade diante das novas variantes do coronavírus", diz ela.

Melo também é presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado da Bahia e recebe relatos diários de colegas queixando-se da rotina em prontos-socorros lotados com pacientes com sintomas de covid-19 e influenza. Ela notou, ao longo da pandemia, a deterioração da saúde física e mental dos enfermeiros de seu Estado.

Até 2020, as principais queixas recebidas no sindicato eram relacionadas a atrasos salariais, explica a enfermeira. "Agora, a maioria das reclamações é por questões de saúde mental, esgotamento mental e assédio moral, (por conta de) relações de trabalho muito desgastadas e precarizadas."

"Nós nos contaminamos muito e adoecemos muito - houve um escancaramento das fragilidades e da precariedade da profissão. Os enfermeiros precisam ter vários vínculos trabalhistas (empregos), e quase todos esses vínculos são precários."

Os mais vulneráveis

Enfermeiros, técnicos em enfermagem e agentes de saúde estão entre os profissionais mais vulneráveis nas circunstâncias atuais, avalia Gabriela Lotta.

Até porque esses grupos são compostos em sua maioria por mulheres, e muitos são negros, o que significa que já sofrem o peso de outras desigualdades socioeconômicas, e têm salários relativamente baixos.

"São pessoas em condições piores para enfrentar a pandemia. Fazem dupla ou tripla jornada, muitas vezes não têm com quem deixar os filhos, ou têm de cuidar dos próprios pais. A sobrecarga mental é ainda pior", prossegue Lotta.

O psiquiatra Helian Nunes observou, também, muita fragilidade entre um grupo ainda mais amplo de profissionais.

"Já no início a gente viu que a vulnerabilidade é de todo o trabalhador (envolvido no atendimento a pacientes): desde o porteiro do hospital até o motorista da ambulância", pondera.

Enfermarias, prontos-socorros e postos de saúde também sofrem com uma carga de trabalho e uma carga horária crescentes, dizem os pesquisadores.

"Chamou nossa atenção o fato de os profissionais de saúde primária, como os que atendem em postos de saúde, mostrarem um nível de sofrimento bastante alto, maior até de quem trabalha em hospitais", explica à BBC News Brasil Débora Dupas Nascimento, doutora em Ciências e pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz Mato Grosso do Sul.

Dupas é coordenadora de uma pesquisa que entrevistou 518 profissionais de saúde sul-mato-grossenses entre outubro de 2020 e março de 2021, cujos resultados foram publicados em novembro. E mais da metade dos entrevistados apresentaram sintomas - de leves a severos - de ansiedade, estresse e depressão.

"A literatura já mostra que, em contextos normais, profissionais da saúde já são mais suscetíveis a esses transtornos. Agora, na pandemia, isso se agravou, reduzindo o número de profissionais disponíveis por conta do número de afastamentos", explica a pesquisadora.

É que o contexto atual cria uma espécie de ciclo vicioso: quanto mais exaustão e contágio, mais profissionais precisam ser temporariamente afastados de seus trabalhos, aumentando a pressão - e o risco de adoecimento - dos profissionais que ficam.

É comum nesses cenários, diz Dupas, que trabalhadores sejam pressionados a encurtar suas licenças médicas ou a trabalhar doentes para suprir a demanda e cumprir plantões.

"A gente tem ficado muito preocupado com esse desgaste, porque as equipes estão sobrecarregadas novamente", agrega Helian Nunes. "Não estamos favorecendo a saúde dos nossos trabalhadores, e não tem profissional sobrando no mercado."

Dois médicos intensivistas consultados pela BBC News Brasil dizem que (felizmente), até o momento, o pico de casos de covid-19 não resultou em aumentos drásticos de casos graves que exijam internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Mas ambos dizem que suas equipes estão cansadas.

"Está todo mundo exausto. Reviver outra onda é mobilizar recursos e energias, e uma UTI de covid-19 exige o dobro ou o triplo (de esforço) do que uma UTI normal", diz o médico Matheus Alves, intensivista em Brasília. "Mas quem está na saúde vai tentar segurar, tirar força de onde não tem. Senão, quem que vai ser? A gente torce para as vacinas darem conta e para os casos pararem no máximo nas enfermarias."

"Os colegas estão meio resignados, são gato escaldado", afirma Edino Parolo, intensivista em Porto Alegre (RS). "Mas tem várias pessoas que conheço que fazem planos de mudar de área (e sair de UTIs), se especializar em outras áreas. Porque ainda estão se recuperando (da experiência na pandemia)."

O alívio da pandemia vivido entre meados e o final do ano passado havia aberto uma "janela de esperança" entre profissionais de saúde primária - janela que é fechada com a atual explosão de casos, acredita Gabriela Lotta.

"Hoje eles conciliam a fila de testagem para o coronavírus com a fila de vacinação e com a fila de pacientes passando mal, e tudo isso com um componente a mais: o apagão de dados na saúde", diz a pesquisadora.

Embora os dados da pesquisa mais recente da FGV sejam do ano passado, "a hipótese é de que esses profissionais estejam agora com um sentimento muito ruim, com a saúde mental muito abalada. E, em todos os momentos em que a pandemia cresceu, isso era escancarado pelos números. Agora, isso é muito mais invisibilizado".

Para Débora Dupas Nascimento, da Fiocruz, é preocupante o fato de tão poucos profissionais de saúde terem acompanhamento psicológico em um momento tão difícil.

"É preciso pensar em políticas públicas locais e nacionais para dar esse apoio a eles", argumenta. "E também é preciso haver momentos de lazer, com suas famílias ou de atividade física, e momentos de autocuidado. Porque ele (profissional da saúde) cuida dos outros, mas não (tem podido) cuidar de si mesmo."

Fonte: BBC News I Brasil

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Política de 'zero Covid' da China pode causar efeitos globais

 Gazeta da Torre

País asiático segue com lockdown de cidades inteiras
se um único caso for detectado (REUTERS/Lam Yik)

Mesmo enfrentando o maior surto de Covid-19 no país desde Wuhan - primeiro epicentro da doença -, a China insiste na polêmica política de 'zero Covid'. Sem dar sinais de que possa haver alguma mudança em sua forma de combater o vírus, caminhando para uma uma política de "coexistência", o país asiático segue com lockdown de cidades inteiras se um único caso for detectado. Isso, além de causar insatisfação em diversos setores da população pressiona inflação global, segundo a integrante do BoE (sigla em inglês para Conselho do Banco da Inglaterra), Catherine Mann.

Impacto global

Embora outros países também tenham adotado uma estratégia parecida com a política chinesa de 'zero Covid' - como Austrália, Nova Zelândia e Cingapura, embora tenham relaxado recentemente as suas políticas rígidas - para Catherine Mann não há como comparar. Para ela, a China é uma "grande fornecedora na cadeia global".

Questão econômica

Para a conselheira, a estratégia da China provoca implicações em nível mundial, principalmente na situação econômica: "a política de zero Covid da China influi na inflação global", continuou Mann durante sua fala no painel virtual do Council on Foreign Relations da sexta-feira (07). Além da parte financeira, tal atitude do governo chinês causa problemas internos bastante graves. Afinal, o bloqueios já realizados em algumas cidades do país deixou moradores sem alimentos e suprimentos essenciais.

O que, obviamente, acabou gerando uma onda de raiva da comunidade local contra os governantes. Em uma entrevista coletiva, Liu Guozhong, chefe do Partido Comunista da província de Shaanxi, prometeu “elevar ainda mais nossos ânimos, fortalecer a consciência de alcançar 100% de prevenção, controle e isolamento, priorizar a prevenção de epidemias e controle em vilas urbanas, e alcançar a meta de trazer os casos de volta a zero na sociedade o mais rápido possível".

Fonte: Yahoo Finanças

quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Atividade física pode intensificar e prolongar resposta de vacinas contra covid

 Gazeta da Torre

Estudo conduzido por pesquisadores da USP e realizado com 748 pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que atividade física feita de forma regular está associada ao aumento da resposta imunológica à vacina contra covid-19, que tende a diminuir com o passar do tempo. A pesquisa investigou a associação entre a prática e anticorpos anti-Sars-CoV-2 persistentes, seis meses após esquema de duas doses de Coronavac em pacientes com doenças reumáticas autoimunes (artrite reumatoide, lúpus, esclerose sistêmica, miopatias inflamatórias, entre outras).

Os dados foram divulgados dia 28 de dezembro na plataforma Research Square, em fase de pre-print, ainda sem revisão por cientistas externos: Associação de atividade física com maior persistência de anticorpos por 6 meses após a segunda dose de Coronavac em pacientes com doenças reumáticas autoimunes.

Em entrevista ao Jornal da USP, o primeiro autor do artigo, Bruno Gualano, professor do Departamento de Clínica Médica da FMUSP e especialista em fisiologia do exercício, explica que a imunogenicidade persistente (capacidade da vacina provocar resposta imune a longo prazo) dos pacientes foi avaliada seis meses após ter acontecido a vacinação completa e “aqueles que eram fisicamente ativos exibiram taxas de soropositividade (presença de anticorpos contra o coronavírus) mais elevadas do que os inativos”.

Na opinião do pesquisador, em um cenário global com escassez de vacinas e respostas imunológicas heterogêneas, é fundamental reunir conhecimento sobre os fatores de risco potenciais associados à baixa persistência da imunidade. “A proposta é desenvolver estratégias para aumentar a durabilidade da imunogenicidade, bem como priorizar os indivíduos para receber uma dose de reforço. As evidências que sugerem que a atividade física pode atuar como uma espécie de adjuvante das vacinas são de extrema importância”, reforça.

Redução de anticorpos

Segundo o artigo, alguns estudos têm demonstrado que os anticorpos induzidos pela vacina contra o coronavírus diminuem com o tempo. Os anticorpos neutralizantes (NAb) contra a variante Beta, por exemplo, foram reduzidos consideravelmente seis meses após o recebimento da segunda dose da vacina da Moderna e da Janssen, da Johnson & Johnson; e a resposta humoral (resposta de anticorpos) da população em geral também diminuiu substancialmente seis meses após o recebimento da Pfizer Biontech, principalmente entre homens, pessoas maiores de 65 anos e pacientes com imunossupressão.

E embora a Coronavac tenha demonstrado eficácia na prevenção de casos graves de covid-19, indivíduos que receberam esse esquema vacinal de duas doses também tiveram declínio em sua resposta imunológica após seis meses o ciclo completo de vacinação. No caso de pacientes com doenças reumáticas autoimunes, dados deste mesmo estudo clínico, que é liderado pela pesquisadora Eloisa Bonfá (FMUSP) , mostraram o mesmo padrão de diminuição da imunidade.

Análises de produção de anticorpos

Para avaliar a imunogenicidade persistente, ou seja, o quanto que a vacina havia conferido proteção aos pacientes após seis meses de ter completado o esquema vacinal, foram feitos exames sorológicos para verificar as taxas de soropositividade – anticorpos IgG e a presença de anticorpos neutralizantes (NAb), que são indicativos de resposta humoral  à vacina. Para a designação se o paciente era ativo ou inativo fisicamente foi utilizado o parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), ou seja, ativa é aquela pessoa que realiza alguma atividade física moderada ou vigorosa por pelo menos 150 minutos por semana.

Detectado produção de anticorpos mais robusta em pessoas ativas

Fazendo os ajustes para idade, sexo, uso de medicamentos e obesidade, dos 748 pacientes analisados (421 ativos e 327 inativos), seis meses após completado o esquema vacinal, ambas as taxas de positividade de anticorpos –  IgG anti-SARS-CoV-2 e neutralizantes – foram significativamente maiores para os ativos do que para os inativos, relata o artigo. “Para cada 10 pacientes inativos que apresentaram soropositividade , 15 ativos tiveram o mesmo resultado”, aponta Gualano.

Com base nos estudos realizados pelo grupo, Gualano conclui que “a atividade física parece não somente montar uma resposta de anticorpos à vacina mais robusta, como também parece aumentar a durabilidade do efeito protetor do imunizante. “Se isso se confirmar, teríamos uma ferramenta barata e  potencialmente capaz de reduzir a baixa resposta vacinal de grupos de risco, como pessoas com sistema imune disfuncional”, diz.

Tendo em vista os conhecidos benefícios da atividade física na prevenção de doenças crônicas e até mesmo casos graves de covid-19, somados aos benefícios agora observados para a resposta das vacinas, os autores recomendam a promoção clínica de atividade física. “Um estilo de vida ativo pode exercer papel crucial no combate da covid-19”, conclui o pesquisador.

Esse estudo faz parte de um amplo ensaio clínico de fase 4 (estudo de efetividade) coordenado pela professora Eloisa Bonfá com a participação de diversos pesquisadores do HCFMUSP.

Fonte: Jornal da USP

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

2022 - MODA PRAIA PARA TODAS AS IDADES

 Gazeta da Torre

imagem: Pinterest


É só as temperaturas começarem a subir para nos sentimos mais felizes, Afinal como não se animar com a mistura de calor, céu azul e a possibilidade de se refrescar com um delicioso banho de mar. 

Praia em qualquer idade sim! Todo mundo quer pisar na areia com estilo, conforto e a autoestima lá em cima! Pensando nisso, a nossa Consultora de Imagem e Estilo Fatima Fradique reuniu dicas para vocês arrasarem em suas produções de praia em qualquer idade - dos 20 aos 60 anos! Afinal, cada fase da vida tem suas características e pede uma produção especial. Vale apena conferir!

1 - LOOK: MODA PRAIA – 20 ANOS

imagem: Lívia Faschion Atelier

O auge da juventude pede uma produção vibrante, modelagens descomplicadas acessórios divertidos para criar um visual descontraído em sintonia como clima de verão no litoral.

CORES E ESTAMPAS: Os tons flúor de verde e rosa, por exemplo, conseguem esse efeito. Vale apostar também no mix de estampas, Mas, esqueça as figuras infantis e tons pastel. Aposte em listras assimétricas e folhagens tropicais, que também estão em alta.

COMPLEMENTOS: Os acessórios também devem seguir a linha divertida. Quanto mais coloridos melhor! Uma boa alternativa são os itens de material acrílico, resistentes à água são ótimos para acompanhar uma balada á beira-mar. Lenços coloridos e chapéu de palha rende produção original e ainda protege os fios dos raios solar.

2 - LOOK: MODA PRAIA- 30 ANOS 

imagem: Linha de Cores

Com o frescor jovial, mas, um pé na maturidade, o momento pede um toque de sofisticação. Vale aliar elementos que são ícones da praia com outros mais urbanos. Os acessórios de plástico saem de sena e entram os itens elegantes.

CORES E ESTAMPAS: Bem mais independente do que 20 anos, a mulher de 30 pode- e deve! Apostar em produção arrumada. A dica é aderir à originalidade das estampas étnicas e abstratas, e aliar cores neutras a tons acesos. Mulheres clássicas ainda podem apostar em looks de uma só cor. Fica chique!

COMPLEMENTOS: Nessa idade a mulher deve deixar de lado as produções com cara de feirinha hippie. É hora de investir em itens de qualidade. Para manter a referência praiana, basta apostar em acessórios com materiais naturais, como madeira e pedras, porém com um design bem amis arrojado.

3 - LOOK: MODA PRAIA 40-ANOS

imagem: Pinterest

A elegância da mulher que já conhece bem o próprio corpo e sabe como valorizá-lo, deve ser potencializadas por meio de peças sofisticadas, cores de impacto e complementos poderosos assim é possível ser clássica e superatenada.

CORES E ESTAMPAS: Cores neutras e sóbrias deixam o visual chique. Para manter a estética praiana, vale apostar em tons e figuras que remetam às paisagens tropicais. Para combinar, associe ao look algumas cores mais claras, como o branco, o off-white e até o bege, basta que ele seja bem clarinho.

COMPLEMENTOS: Os óculos de sol adicionam originalidade à produção e ainda protegem a região dos olhos dos raios solares. Chapéu e peças feitas de materiais naturais, como palha, madrepérola e marfim, deixam a produção ainda mais estilosa.

4 - LOOK: MODA PRAIA 50 ANOS

imagem: Facebook

Nesta idade, seguir seu próprio estilo é mais importante do que ceder às tendências. Este é o momento perfeito para investir em formas que modelam o corpo, em combinações atemporais e, sobretudo, em materiais de boa qualidade.

CORES E ESTAMPAS: Estampas tropicais e geométricas tem o frescor que a estação pede e estão em alta. Já o mix clássico de preto e branco, e peças com recortes estratégicos são bons recursos para conseguir uma produção elegante sem esforço.

COMPLEMENTOS: A bolsa de palha é um verdadeiro clássico do figurino litorâneo e ela pode ganhar estilo extra se vier com tramas trabalhadas, cores fortes e detalhes em couro ou metal. Chapéus dão um toque jovial ao visual e são bons companheiros para ir à praia, já que ajudam a proteger a pele dos danos causados pelos raios solares.

5 - LOOK: MODA PRAIA-60 ANOS

imagem: Moda e Beleza

Conforto e estilo são as palavras-chave para quem quer equilibrar a produção na hora de expor o corpo. O segredo para ficar em sintonia com o clima descontraído da estação está na escolha das modelagens e dos complementos.

CORES E ESTAMPAS: Há quem prefira o preto para um visual mais sóbrio, mais cores claras, como branco e off-white, ao contrário do que dizem, rejuvenescem , pois iluminam a pele, peças lisas rendem um visual discreto, enquanto as estampas de paisagens ficam em sintonia o clima de verão.

COMPLEMENTOS: Acessórios funcionais, como chapéus e lenços, garantem conforto e proteção à pele e aos cabelos de um jeito charmoso. No lugar das rasteiras, sandálias de salto anabela feitas com material natural, como corda, são confortáveis e mantém a elegância sem perder o clima de praia. Pulseiras metalizadas equilibra o look.

E ai! Gostaram das dicas? Não tenham medo de ousar, se faz seu estilo, invista nos looks de praia e arrasem em suas produções de verão!

Desejo a todas e todos um feliz e abençoado 2022.

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Primeira etapa do Parque das Graças é entregue à população

 Gazeta da Torre

Na quarta-feira (29), o prefeito João Campos fez a entrega da primeira etapa do Parque da Graças, o mais novo espaço público ao ar livre da cidade. Localizado às margens do Rio Capibaribe, no bairro das Graças, entre as pontes da Torre e da Capunga, o trecho do parque linear entregue agora conta com passeios públicos, dois playgrounds, tirolesa, área para piquenique, bancos, paisagismo e via compartilhada, além de abrigar o primeiro parque infantil da cidade totalmente voltado para a primeira infância. Todo o projeto terá investimentos na ordem de R$ 43 milhões.

“Essa é a primeira etapa do Parque das Graças. Como a gente havia afirmado esse compromisso na semana do aniversário do Recife, começamos as obras e agora a gente entrega, dentro do prazo assumido, primeira etapa. Lembrando que todo o projeto contempla um quilômetro de extensão, com os demais trechos previstos para serem entregues até 2023, concluindo o Parque. O Parque das Graças é o coração do Parque Capibaribe”, afirmou João Campos na ocasião. O gestor municipal detalhou ainda a composição do Parque das Graças e a história do projeto do equipamento: “Aqui a gente conta de maneira imediata com uma grande área de parques infantis, sendo um trecho dedicado à Primeira Infância e outro para as crianças já maiores. A gente tem aqui espaço de contemplação, área de bancos, espaços para piquenique e para o lazer de famílias. Temos ainda a rota ciclável e um trecho para passar carro, conectando à Rui Barbosa”, continuou João Campos.

“Lembrando que pelo projeto original, não seria um parque e sim uma via para carros. Esse projeto foi remodelado, reconstruído ainda na gestão do prefeito Geraldo Julio, com a Universidade Federal de Pernambuco, com a Associação de Moradores das Graças, e conseguiram garantir um projeto muito melhor e mais moderno. E o Recife segue na direção de ser uma cidade-parque”, continuou. O equipamento, que tem projeto e execução realizados pela Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Urbanização do Recife (URB), é um convite à contemplação do Rio Capibaribe, um dos grandes símbolos do Recife. O Parque começou a ser construído no dia do aniversário de 484 anos da capital pernambucana, em 12 de março deste ano, e faz parte do projeto Parque Capibaribe. A concepção do projeto executivo é fruto do diálogo com os moradores da área e especialistas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e tem o objetivo de reconectar a população com o rio.

A etapa concluída começa na altura da Rua Amélia e segue até a Rua Manoel de Almeida, trazendo uma via de baixa velocidade compartilhada entre pedestres, ciclistas e veículos motorizados, elevadas ao nível das calçadas e com amplos passeios contínuos e acessíveis e áreas de convivência. O Parque das Graças também oferece para a população espaço de terra batida com tirolesa e duas áreas de convivência próximas à Ponte da Torre, com 120 m² e 431 m²  e bicicletário, além de espaço para piquenique com bancos e mesas. O equipamento tem ainda playground de 507 m², subdividido em duas áreas, uma para a primeira infância, de 204 m², e outra para os maiores de seis anos, com 303 m². Considerado um dos grandes destaques do equipamento, o parque voltado para a primeira infância é o primeiro deste tipo na cidade e dispõe de piso emborrachado (atóxico e com amortecimento contra impactos), brinquedo em mola, gangorra e monte escalador. Já o espaço para as crianças maiores de seis anos conta com pirâmide de escalada, três trampolins, casinha com escorregador e balanço para três lugares.

“Em nome dos moradores, da Associação das Graças, quero parabenizar a Prefeitura pela inauguração desta obra. É uma obra que é fruto de muita luta e empenho da comunidade. O projeto inicial tinha quatro faixas de rolamento, numa lógica carrocêntrica da cidade”, comentou Fernanda Costa, integrante da Associação de Moradores Por Amor às Graças. Lúcia Moura, que foi presidente da Associação Por Amor às Graças e faleceu de covid-19 neste ano, foi homenageada durante a inauguração por sua mobilização pelo Parque das Graças.  As cores do Colorindo o Recife, projeto capitaneado pela Secretaria Executiva de Inovação Urbana, chegaram para dar o tom e trazer mais vida e alegria ao espaço. Um grupo de dez artistas criou painéis com diferentes temáticas, transformando a área em uma grande galeria ao ar livre. Assinam as intervenções os artistas Tati Naara, Priscila Lins, Ranne Skull, Georgia Cardoso,  Felipe Lemos, Micaela, Galo de Souza, Raider, Bruna Alpoim e Luciano Ferreira.

TRÂNSITO – A partir da inauguração, os motoristas que estiverem na Rua das Graças poderão acessar a Rua Amélia, entrando na Rua Manoel de Almeida e seguindo pela Via Parque das Graças até a Ponte da Torre.

PRÓXIMAS ETAPAS – As obras para conclusão das demais etapas do Parque das Graças, que tem extensão total de um quilômetro, seguem em andamento. O projeto completo prevê a implementação de um Parcão, próximo à rua Osvaldo Salsa, dois mirantes (perto da Rua Sebastião Leme e próximo à Ponte da Capunga), área de ginástica, áreas para piquenique e convivência, bicicletários, pergolados, píer flutuante, área de lazer com mesas, deck para quiosques e área de refúgio da fauna. Ao final, o local passará a contar com um total de 1.011m de rotas cicláveis.

Estão sendo construídas, ainda, duas passarelas paralelas à margem do rio a fim de viabilizar a continuidade do passeio em trechos onde não havia largura suficiente para passagem. A primeira delas ficará entre as ruas Aníbal Falcão e Manoel de Almeida e a segunda entre a Rua Dr. Osvaldo Salsa e a Rua das Pernambucanas. Além disso, estão previstas melhorias em uma área total de 750m em vias de acesso ao novo parque, sendo 200m da Rua Dom Sebastião Leme e mais 550m da Rua das Pernambucanas, o que resulta numa área total de 25.636m² de intervenção.

MEIO AMBIENTE - O Plano de Compensação Ambiental do Parque das Graças prevê o plantio de 551 indivíduos arbóreos, sendo 199 dentro da área do Parque e o restante em outras áreas públicas da cidade. Até agora, a Prefeitura do Recife já plantou 500 árvores em parques públicos da capital pernambucana e em bairros como Casa Forte, Espinheiro, Rosarinho, Boa Vista e Santo Amaro. Além disso, também foi realizado o plantio de 34 mudas dentro da área do próprio Parque das Graças. Com isso, a Prefeitura chegou ao número de 534 árvores, alcançando praticamente 100% do total prometido no plano de mitigação. Ao final da obra, serão plantados mais indivíduos do que o exigido.

PARQUE CAPIBARIBE - O Parque Capibaribe é um sistema de parques integrados no Recife que se estenderá por 30 km do percurso do Rio Capibaribe. Consiste na renaturalização das margens do rio e na implantação de um sistema de mobilidade com passeios e ciclovias, além de revelar paisagens locais com áreas de estar, passarelas e píeres para pequenas embarcações.

Todo o projeto beneficiará mais de 500 mil pessoas e 44 bairros. Já foram implantados o Jardim do Baobá, nas Graças, e a Praça Otávio de Freitas, no Derby. O parque estende-se desde a BR 101 até o centro do Recife. O projeto Parque Capibaribe está atualmente ligado à Secretaria de Desenvolvimento de Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) e é coordenado pelo Gabinete de Projetos Especiais (Gabpe) e foi desenvolvido pelo INCITI/UFPE.

Fonte: Prefeitura da Cidade do Recife

sábado, 1 de janeiro de 2022

2022 - Reconhecer a necessidade de mudança

 Gazeta da Torre

Esquecer 2021 não tem jeito. A história é escrita, filmada, fotografada e gravada. Por mais que se queira, é impossível apagar da nossa memória o que aconteceu. Daí, entender que o mais sensato é, mesmo, tirar lições, manter os acertos e tomar distância dos desacertos. Afinal, sobrevivemos, afinal estamos prontos para seguir adiante, na expectativa de que nossos governantes encontrem o caminho da restauração social e econômica do País. Pensar positivo, montar uma agenda racional para 2022 e, acima de tudo, tirar proveito das oportunidades que surgirem. Reconhecer a necessidade de mudança e acreditar na capacidade de alcançá-la é um grande passo para que se possa viver de forma mais satisfatória no ano vindouro.