sábado, 30 de junho de 2018

UM ALBINO EM NOSSO BAIRRO DA TORRE

Gazeta da Torre
 Severino Silvestre, o Galego do Coco
"Quando nasci em Camtububa  (lugarejo de Gravatá), tinha tudo para que minha vida desse errado. Sou albino", comentou Severino Silvestre, o famoso Galego do Coco - como é conhecido no bairro. 

Ser albino já acarreta uma série de problemas, como não poder tomar sol ou ter visão prejudicada. Além dessas inconveniências físicas, havia também os problemas econômicos. Seus pais trabalhavam no roçado. Tinham poucos recursos ou quase nenhum. Em um bate-papo na Beira Rio com Mauricio do Gazeta da Torre, Severino falou das dificuldades que enfrentou e como conseguiu converter a situação. 

(Gazeta da Torre) Quando nasceu, sua família já imaginava algumas dificuldades que iria enfrentar em sua vida?
(Severino) Passado o tempo, minha família sempre me aceitou e me deu apoio. Fora de casa, era diferente e ainda é. As pessoas me apontam na rua e dizem um bocado de coisa. Fui chamado de vovô, rato branco, filhote de urubu, brancoso e até mesmo de marciano - e olha que nem sou verde. (risos) 

(GT) Você tinha vergonha de sair na rua? 
(S) Nunca quis me esconder em casa. Fazia um bocado de estratégias. A medida que as pessoas me perturbavam, fui percebendo que elas me tornavam famoso (colocavam no centro das atenções).

(GT) Como foi a vida para você durante esses longos anos? 
(S) A vida nunca foi fácil para mim, ainda na adolescência, decidi enfrentar a vida sozinho. Com 15 anos vim para o Recife trabalhar em um bar e depois em uma escola. Hoje, com muita luta e algumas desilusões que a vida da cidade grande apronta, comecei a ter meu próprio negócio. Trabalho na venda de coco (Beira Rio - nas proximidades da Academia da Cidade). Aqui em Recife tive que aprender a ser mais esperto, mas, ainda muitas pessoas me enganam, cidade grande as pessoas são diferentes de onde eu nasci.       
                                                                               
(GT) Calcula-se que, na Europa, exista um albino para cada 17 mil pessoas. No Brasil, essa proporção pode ser maior, e aqui eles são mais presentes. Mesmo assim, as pessoas têm muitas dúvidas sobre o albinismo. Principalmente na visão. A noite o grau de visão é menor. Perguntamos para Severino: A noite é ruim para enxergar? 
(S) Imagina! Eu já tenho pouca vista, imagine a noite.

(GT) Além de algumas limitações na visão você é analfabeto. Como faz para se virar nas contas? 
(S) Foi uma das primeiras coisas que fui obrigado a aprender em minha vida, até no escuro passo troco. (diz sorrindo)  

(GT) Sabemos que Severino é solteiro e resolvemos perguntar: Quanto às mulheres, não pensa em casar?  
(S) Deus me livre! As mulheres só chegam perto de mim para levar meu dinheiro, mas acho que ainda vou encontrar uma que pense diferente. Eu acho. (risos)
    
(GT) Uma coisa que lhe tira do sério? 
(S) Vender fiado, trabalho muito para ter o pouco que tenho hoje.

(GT) Cuida da saúde? 
(S) Faço o que posso.

Pessoas como Severino precisam usar protetor solar diversas vezes por dia e óculos de sol, muitas vezes com grau, tudo isso sai bastante caro, e muita gente com albinismo não tem recursos, porque o preconceito torna mais difícil conseguir bons empregos. 

Mas, com todas as dificuldades enfrentadas, Severino ainda consegue ter momentos felizes e mostrar para muita gente que ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Essa é uma de nossas mensagens. Esperamos que tenham gostado do divertido papo.

quarta-feira, 27 de junho de 2018

A positividade é sabedoria que gera saúde, qualidade de vida e faz a vida fluir melhor

Gazeta da Torre

A vida é cíclica! Dias bons, dias tumultuados, ganhos e perdas, alegrias e tristezas. Vivemos tempos difíceis? Tortuosos? Surpreendentes? Inacreditáveis? Dias de verdadeiro caos e insatisfação?

Sinais da necessidade de mudanças no ar! 

Para construir algo novo é preciso encarar a desconstrução. A desconstrução - quem sabe? - de velhas crenças, hábitos e costumes que, certamente, não cabem mais na realidade contemporânea e nem na vida das pessoas as quais nos tornamos.

Quebrar paradigmas significa quebrar correntes, alçar voos. A mudança está em nós. Precisamos nos posicionar como atores da nossa vida e sermos agentes da mudança desejada no âmbito pessoal, profissional, político-social.

Não devemos nos alienar vivendo às margens dos acontecimentos, da realidade que nos cerca, nos aflige, nos toca. No entanto, precisamos cultivar a sabedoria e não sucumbirmos na negatividade e pessimismo. Aprender a criar oportunidades para nos sentir bem é cuidar da saúde. O estresse gera todo tipo de doenças, desarmoniza nossas células, adoece corpo e mente...

Quer viver mais? Se permita olhar mais para o seu interior, fazer mais do que realmente gosta e curtir também o ócio criativo. Busque formas de liberar a dopamina, a endorfina, a serotonina e “se fazer” mais saudável e feliz. Observe seu corpo: ele fala e dá sinais do que lhe faz bem ou mal, a todo o momento.

A Copa do Mundo está aí... Muitas percepções e visões se entrelaçam... Cada uma precisa ser respeitada, claro! Os brasileiros que gostam, devem curtir esses momentos sem culpas e com alegria. Não é porque o Brasil está da maneira que está que precisamos nos “martirizar” ainda mais e nos concentrarmos, a todo o momento, na enxurrada de fatos e notícias desagradáveis.

Isso não é saudável! Estamos todos conscientes da situação?  Vamos, então, promover as mudanças necessárias de forma consciente e organizada, sem nos esquecermos de nós mesmos, do nosso papel enquanto cidadão, da nossa saúde e qualidade de vida. 

Importante é que façamos a energia da vida fluir com mais leveza e naturalidade, afinal, não sabemos até quando estaremos aqui, neste plano, curtindo essa viagem maravilhosa que é a VIDA. Apesar de todos os desafios, encontremos em cada amanhecer, razão e motivos para nos sentirmos agradecidos, cientes e felizes dos propósitos da nossa jornada. Para inspirar os nossos leitores, ofereço para reflexão, esse lindo poema de Walter Whitman (1819 – 1892), um jornalista, ensaísta e poeta americano considerado o “pai do verso livre” e o grande poeta da revolução americana.

Aproveita o dia,
Aproveita o dia,
Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias, sim, podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe. Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples. Pode-se fazer poesia bela sobre as pequenas coisas. Não traias tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda adiante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro e encara a tarefa com alegria e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permites que a vida se passe sem teres vivido…

Abraço fraterno!
Vera Silva 

sábado, 23 de junho de 2018

Copa do Mundo, futebol, vida que segue e não podemos desistir de sonhar!

Gazeta da Torre

Em 2014, tivemos o prazer de receber a Copa do Mundo no Brasil e Recife foi uma das sedes que, inclusive, recebeu a campeã daquela edição, a Alemanha.

Durante a Copa, era comum ver as pessoas encantadas, vivendo o clima festivo e harmonioso, sonhando com a ida à Rússia em 2018. Eis que estamos no mês do mundial e quantos que sonharam, lá em 2014, em viajar para assistir à Copa no país sede, estão realizando o sonho de fato?

Pois é, isso exige primeiro planejamento, depois disciplina para executar o que planejou ao longo de quatro anos, que é o intervalo entre as copas. E, se você achar pouco quatro anos para se organizar financeiramente para isso, é só dobrar o período e sonhar com o campeonato seguinte. Ou seja, se a do Qatar, em 2022, não é um sonho plausível, comece a pensar na Copa de 2026, que será nos EUA, Canadá e México.

Aqui vão algumas dicas simples, mas bem interessantes para que você comece a se planejar e se organizar para chegar lá!

Veja logo abaixo:

-  Tenha o seu objetivo claro em mente. Que copa, que país você irá;

-  Veja quanto tempo você tem até a data da viagem e quando começará a poupar. Se já começar em agosto, tem aproximadamente quatro anos;

-  Pesquise o preço médio na época do evento para passagens e hospedagem, ajuste esse valor que, naturalmente, será um pouco diferente no futuro;

-  Faça um levantamento também de quanto você deve gastar com alimentação, transporte do dia a dia e entre as cidades (valor aproximado), ingressos dos jogos e mais o que você costuma fazer em viagens, passeios etc.;

-  Por mais que eu não incentive compras parceladas, é uma alternativa interessante para a passagem internacional, ou para as mais caras, pagando em cerca de seis vezes, de forma que, no mês da viagem, você já tenha isso quitado;

-  Em relação à hospedagem, você pode fazer da mesma forma. Pagando tudo no check-in, de acordo com a sua disponibilidade de caixa e planejamento para tal e, claro, com a política dos locais que pretende se hospedar.

Vamos à parte prática:

-  Digamos que você pagou passagens e hospedagem antecipadamente, parcelada ou à vista, e pretende levar dólares apenas para as despesas do dia a dia no destino, conforme detalhado acima;

-  Você chegou a um valor (meramente usado como exemplo) de U$ 7.000 para tais despesas;

-  A sugestão é que você se planeje para poupar aproximadamente U$ 145 por mês, durante os próximos 48 meses!

 ...e bingo!!! Você estará na próxima copa em 2022!!!

 Exige, de fato, planejamento e disciplina para executar, pois nesses 48 meses pode haver desvios. Se algum mês você não cumpriu o planejado, corra para botar em dia. Se teve uma folga maior, antecipe o plano. O importante é que se mantenha firme. Com isso você chega lá!

Se você considerar o valor alto devido à cotação do dólar e optar pelas olímpiadas em 2024, que ocorrerão em Paris, pode ser que 24 meses a mais sejam suficientes para realizar esse objetivo.

É visível que a mesma ideia se transmite para o sonho olímpico! Por que não?
Vida que segue! Planejamento e vida financeira à parte, vamos ver como será esta Copa. Até então, o clima não parece nem de longe com o da última em casa, nem com as de antes, talvez pelos 7x1, ou muito mais pelo momento de insatisfação, decepção e caos político e econômico que o país atravessa, incertezas, insegurança.

Resta-nos viver o cotidiano com dedicação e empenho, pois este ano temos também eleições e muito do nosso futuro se decide nas urnas.

Entretanto, independente da política e do futebol, temos que sonhar, buscar no dia a dia lutar para realizar esses sonhos e, para tanto, precisamos nos planejar, tendo a disciplina de executar o plano.

Até a próxima!!!

Leandro Trajano
Siga-me no Instagram  @personalfinanceiro   

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Jeans e Xadrez, Verde e Amarelo: Dobradinhas atemporais perfeitas para montar looks Juninos!


Gazeta da Torre

Em uma maratona de Forró e Copa do Mundo, sentir-se confortável é requisito indispensável para curtir bem os festejos deste mês de junho. Nesse contexto, é necessário prestar atenção ao tipo de roupa escolhida, com preferência nos tecidos mais resistentes, alinhando muito estilo e combinando a tendência atual da copa do mundo x clima de festas juninas.

Para homens e mulheres, a opção mais tradicional fica por conta do Jeans: tecido bem versátil, além de encaixar em diferentes tipos de produções.

Para as mulheres, além das peças tradicionais, temos ainda os shortinhos e saias que combinam com tudo, deixando a produção com uma pegada mais moderna, com tecidos em couro, brilho e destroyed ou “tecido rasgado”, por exemplo!

Lembrando que: a combinação de Jeans com Jeans pode ser monótona! Caso não utilize a criatividade de usar várias tonalidades de Jeans no mesmo look, escolha um Jeans com textura diferente, calças mais grossas e camisas mais finas e leves. Acrescente um acessório que pode ser um lenço quadrado, de versões estampadas ou coloridas.

Também vale o tênis, bota de cano curto com salto grosso, uma camisa xadrez ou mesmo camisa do Brasil, afinal estamos em plena Copa do Mundo!


Para os rapazes em específico, camisa de xadrez aberta por cima de uma T-Shirt divertida, calça de Jeans e um sapato confortável são sugestões de visuais antenados e adequados para vocês arrasarem nas festas juninas!

quarta-feira, 13 de junho de 2018

A CARTOLA DA BODEGA DO SEU ARTUR NO MERCADO DA MADALENA


Gazeta da Torre
A famosa CARTOLA da Bodega do Seu Artur
Uma sobremesa tão tradicional quanto deliciosa, apreciada por muita gente.

A CARTOLA e a receita vem da nossa região nordeste! E como não poderia faltar em nosso Mercado da Madalena, a Bodega do Seu Artur prepara uma perfeita e deliciosa CARTOLA.

A Bodega do Seu Artur
A base da receita é a banana. Ela é frita na manteiga, acompanhada de mais ou menos 200 gramas de queijo manteiga, açúcar, canela e mel de engenho. Uma delícia!


A Bodega do Seu Artur funciona nas quartas, quintas e sextas a partir das 10h até 21h. Nos sábados de 8h até 18h. E nos domingos de 8h até 15h. 

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Alta do gás eleva uso de soluções caseiras para cozinhar e acidentes disparam no Recife


Marina Rossi, El País

                                                                           Foto:Pricilla Abuhr

Logo cedo a professora Ana Paula de Santana, 40, acende a lenha do seu fogão para fazer o café da manhã da família: banana da terra, cuscuz, ovos da sua própria criação de galinhas e café preto. Embora tenha fogão a gás dentro da cozinha, ela prefere cozinhar a lenha. “Minha mãe fazia isso por necessidade”, conta ela. “Eu faço por escolha”. Moradora do bairro do Barro, na periferia do Recife, ela explica que se “recusa” a pagar pelo alto preço do gás. Segundo o Procon, o valor médio do botijão no Grande Recife é 64 reais. Mas há quem cobre até 150 reais pelo produto. A cozinha a lenha de Paula é sua forma de resistência. “Eu me nego a pagar esse preço”.

Desde o meio do ano passado, o valor do gás, assim como o do combustível, é ajustado de acordo com o mercado externo. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), ao consumidor coube um aumento no botijão de 16,4% em 2017, descontada a inflação. Foi a maior alta desde 2002.

E além do aumento do preço, o consumidor do Grande Recife encara também o desafio de encontrar gás para vender, reflexo da greve dos caminhoneiros, que foi encerrada há uma semana mas que, por motivos que ainda são causa de discusão, ainda afeta ao Estado de Pernambuco. Pela cidade, diversas revendedoras estão com fila de espera ou até mesmo fechadas pela falta dos botijões.

Mas nem todo mundo tem o mesmo poder de escolha como determinadas pessoas. Após passar dez dias sem gás em casa, no período da greve, o casal Reginaldo Pereira, 45, e Joacyra Chagas, 45, passou a cozinhar com álcool de cozinha. “A gente foi se virando como podia, comendo fora, ou fazendo as refeições com pão e tomando suco”, conta Pereira. “Mas aí eu comprei uma daquelas coisas de churrascaria [rechaud], e passamos a usar”.

O risco desses improvisos é elevado, já que a forma que se usa combustível para cozinhar é praticamente uma bomba relógio. O álcool, ou outro inflamável, é colocado em uma panela ou lata - ou o rechaud -, e nela coloca-se fogo. Outra panela vai dentro, com o alimento ou a água para esquentar. O acidente ocorre quando a chama está diminuindo, e a pessoa coloca mais combustível ali dentro. A combustão é imediata e, em muitos casos, queima-se tudo, inclusive a casa.

90% das internações ligadas às queimaduras com álcool de cozinha

Foi o que ocorreu com Joacyra. Esquentando água para o café no rechaud, ela acabou colocando fogo na casa inteira. “O fogo entrou pela garrafa do álcool”, contou o marido, na maca da unidade de tratamento de queimados do Hospital da Restauração (HR), no centro do Recife. As chamas consumiram tudo o que havia na casa. Na tentativa de ajudar a esposa, Pereira teve as mãos e os pés queimados. Já Joacyra fora atingida no tronco, braços, rosto e cabelo. Ambos estavam internados no HR. “Só quem sofre é quem não tem dinheiro para comprar um botijão”, disse Joacyra, com dificuldade.

O chefe da unidade de tratamento de queimados do HR, doutor Marcos Barretto, explica que acidentes como esse já vinham aumentando nos últimos quatro meses, mas agora, os casos explodiram. Em abril, 28% dos pacientes adultos internados foram vítimas desse tipo de queimadura, segundo Barretto. Em maio, o percentual subiu para 35%. 

Na última semana, porém, 90% das internações ocorreram devido às queimaduras com álcool de cozinha. Dos 25 leitos no total para adultos, 22 estão preenchidos. “Isso é um absurdo”, diz Barretto. “Esse número é inédito. Dos 44 anos em que eu trabalho aqui, nunca vi isso”.

Ele associa diretamente o aumento dos acidentes com a alta dos preços. “Quando percebi isso acontecendo, foi juntamente com o aumento do combustível”, diz o médico. “O gás aumentou tanto que a minha clientela, que é de baixo poder aquisitivo, e não tem mais como arcar com essa aquisição, passou a usar mais ainda o álcool e a gasolina como combustível para cozinhar”.

Além da preocupação com o aumento recorde dos casos de queimados por combustível, o médico levanta outro problema. “Este período, que é junino, a minha média de internação varia de 19 a 25 pessoas só com fogos e fogueira”, diz. “E eu não tenho vagas para eles. Onde eu vou colocar esses pacientes que vão começar a chegar? No corredor?”.

Hora extra para abastecer

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sintamico), faltam botijões no mercado, o que dificulta o reabastecimento. Ao portal G1, o presidente do sindicato, Walmir José Marinho Falcão, estimou que ao menos 500.000 vasilhames estão estocados. Suspeita-se que um comércio clandestino de botijões, somado ao medo da população de ficar novamente desabastecida, sejam os responsáveis por esse estoque. O Procon investiga o que está causando essa escassez e orienta que as distribuidoras vendam apenas um botijão por pessoa.

O presidente do Sintamico também informou que desde o fim da greve, os trabalhadores estão fazendo horas extras para dar conta de engarrafar o gás que é distribuído por todo o Estado de Pernambuco, além da Paraíba e Alagoas. “Tem muita gente precisando de gás”, disse ele ao portal.

Por meio de nota, representantes das empresas que operam no porto de Suape, informaram que todas as companhias estão trabalhando em regime especial para normalizar a situação. De acordo com a nota, a meta é atender a uma demanda reprimida de dez dias por botijões de gás. Normalmente, saem do porto 104.000 botijões abastecidos ao dia, mas desde o fim da greve, esse número subiu para 135.000 botijões ao dia.

Subsídio

Enquanto o abastecimento não se normaliza, a população segue se arriscando. Alexsandra Vandete, 36, teve os braços, peito, cabelo, costas e pernas queimados quando foi acender o fogo com álcool para cozinhar uma feijoada. “Já tínhamos passado a tarde inteira na fila do gás, mas não chegou nenhum botijão”, disse ela, internada no HR. Após o acidente, a irmã de Alexsandra, Jaqueline Vandete, 29, foi correndo atrás de gás. Só achou por 95 reais, mas comprou mesmo assim. “Agora está todo mundo com medo”, disse ela, enquanto visitava a irmã no hospital.

Ainda que a situação do abastecimento se regularize, as ocorrências registradas no Hospital da Restauração não devem diminuir. “Enquanto o preço do gás não abaixar, ou o Governo não der um subsídio para a população mais carente comprar gás, isso não vai parar”, diz o doutor Barretto.

Em 2001, o Governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criou o Vale Gás, programa de distribuição de renda para auxiliar a população mais carente a comprar o botijão. O programa, porém, foi encerrado em 2008 e incorporado pelo Bolsa Família. Já em fevereiro deste ano, o Governo Federal afirmou que estava estudando medidas para reduzir o preço do gás para as famílias de baixa renda. Até o momento, porém, nada foi anunciado.

domingo, 10 de junho de 2018

UM PRESENTE PARA OS LEITORES DA GAZETA DA TORRE: VÍDEO DE UMA ARTE QUE IMPRESSIONA

Fonte: BBC 

Artista transforma pessoas em animais em impressionantes ilusões de ótica.

Autodidata, Johannes Stoetter se tornou referência mundial em pintura corporal com um estilo próprio. 

Inspirado pela natureza, o artista italiano Johannes Stoetter transforma seres humanos em animais e camufla suas obras no ambiente. Ele leva até 8 horas para elaborar essa transformação. É de impressionar. Assistam ao vídeo.


sexta-feira, 8 de junho de 2018

O hambúrguer do final de semana

Gazeta da Torre

Na Torre e Madalena, o título de melhor hambúrguer da nossa região, é disputado de maneira acirrada e saudável pelas lanchonetes.

No preparo do hambúrguer, poucas lanchonetes produzem de forma artesanal (não industrializado), um dos pontos fortes que fazem bastante diferença perante os apreciadores do comentado sanduíche, além dos molhos e outros detalhes.

Vamos as dicas em ordem alfabética!

O Carlitos Burguer


Sua história de trabalho, no segmento que lhe tornou famoso, iniciou por volta de 1986 na cantina do conhecido Colégio Decisão. Lá, a luta já era grande. Atender crianças e adolescentes agitados não era tarefa fácil. Mas, no famoso horário de pico, a hora do recreio, Carlitos tinha uma carta na mão, a dedicada ajudante de nome Joseane Iara de Paula, sua companheira. Participação bastante agradável diante de tanta agitação gerada pelos alunos.

Em 1995, Carlitos, com seus pequenos recursos adquiridos na cantina, instala sua primeira lanchonete na Ilha do Retiro, um Trailer convertido em lanchonete, na Rua Senador Fábio Barros, Madalena. Espaço que passou a ser muito significativo para seu trabalho e sua história.

Hoje, o Carlitos Burguer conta com duas lanchonetes bem projetadas e estruturadas localizadas na Rua José Bonifácio, 639, Torre (inaugurada em 2015) e na Avenida José Gonçalves de Medeiros, n° 84, Madalena (inaugurada em 2014).

No seu cardápio, além de seus hambúrgueres tradicionais preparados de forma artesanal, a lanchonete dispõe de deliciosos sanduíches regionais, especiais, leves e vegano. O molho cremoso do Carlitos também é destaque.


O Carlitos Burguer frequentemente é citado na relação dos melhores sanduíches da nossa cidade pela revista Veja Recife.

O DISK Carlitos: 3228.5717
Facebook: CarlitosBurguer


O Sr. Burguer na Madalena


Inaugurada em 26 de dezembro de 2016, admistrada atualmente por Abraão Júnior, a loja já é um sucesso entre os apreciadores do sanduíche. Além dos hambúrgueres artesanais qualificados o espaço conta também com deliciosos petiscos e cerveja gelada.

O Sr. Burguer tem como objetivo fornecer uma alimentação que equilibre qualidade e custo benefício. Localizada na Rua Lopes de Carvalho (esquina com a Rua Demócrito de Souza), 21, loja 01, Madalena, na galeria Prime Center.


Agora com linguiças artesanais deliciosas.


“Trabalhamos para proporcionar ao cliente uma experiência gastronômica de tirar o fôlego”, garante Abraão.

O delivery do Sr. Burguer (3071-6240, ou pelo ifood), funciona de terça a sexta das 11h às 23h e sábados e domingos das 17:30h às 23h. Siga no Facebook srburguerpe ou pelo instagtan  sr_burguer. Agora é só conferir.


A Vila Torre Original Burger

Partindo da ideia que existia uma carência do mercado local em ter uma boa burgueria que atendesse seus clientes na madrugada, o empresário Leonardo Melo, em Julho de 2007, fundou a Vila Torre Original Burger, localizada na Rua José Bonifácio, 481, bairro da Torre, próxima à Delicatessen Massa Nobre. Um lugar onde os sanduíches, com discos artesanais de carnes selecionadas, são produzidos na hora, nas vistas do cliente com grande variedade de molhos especiais.

O cardápio é um show à parte como diz seus clientes de carterinha. Como Leonardo é nascido e criado no bairro, batizou os sanduíches com nomes de ruas e pontes do bairro da Torre. “Além de ter nascido aqui, eu adoro esse bairro”, relata Léo, como é conhecido entre os amigos.


Os molhos especiais é outro atrativo. Estão entre o rosé e as maioneses de alho, hortelã e curry. De fabricação própria, eles complementam a conquista dos frequentadores.

A Vila Torre, também frequentemente citada na relação dos melhores sanduíches da nossa cidade pela revista Veja Recife, em 2014, diante de uma vasta lista de estabelecimentos renomados na cidade do Recife, a Revista Veja Comer & Beber Recife 2014/2015, elegeu a Vila Torre Original Burger o MELHOR HAMBÚRGUER da cidade do Recife na categoria SANDUÍCHES. Uma grande relevância para nosso bairro, título que nos encheu de satisfação.


Delivery Vila Torre: 3076.0952

quarta-feira, 6 de junho de 2018

CAIXA CULTURAL RECIFE PROMOVE EXPOSIÇÃO GRATUITA SOBRE MOVIMENTO ARMORIAL


Gazeta da Torre
 A mostra retrata, através de pinturas,
xilogravuras e fotografias, a expressão criada
pelo escritor Ariano Suassuna
Divulgação
A mostra reúne trabalhos de Gilvan Samico, Romero de Andrade, Gustavo Moura e do grupo Circo Branco refletindo sobre o Movimento Armorial

A CAIXA Cultural Recife realiza, de 8 de junho a 5 de agosto de 2018, a exposição Armorial: da Pedra do Reino ao Ponteio Acutilado. Através de pinturas, xilogravuras e fotografias, o visitante fará uma viagem ao mundo armorial, concebido pelo mestre Ariano Suassuna. Para introduzir os visitantes nesse universo, que busca o erudito através da cultura popular nordestina, a mostra reunirá cinco seguidores do movimento no país em diferentes linguagens: o mestre xilogravador Gilvan Samico, o multiartista Romero de Andrade e Lima, o pintor Sérgio Lucena, o fotógrafo Gustavo Moura e o grupo teatral Circo Branco. A entrada para exposição é gratuita.

Produzida com a proposta de contribuir para o conhecimento, o estudo e o aprofundamento das discussões sobre arte e brasilidade promovidas no país, a exposição toma como marco referencial a multidisciplinaridade do movimento Armorial. A curadoria da mostra é de Claudinei Roberto da Silva, professor de artes no SESC/SP e na Pinacoteca do Estado de São Paulo e curador de inúmeras exposições (Museu Afro-Brasil. Pinacoteca, Caixa Cultural, SESC/SP, MON). A Coordenação Geral é de Rodrigo Silva, que há dez anos coordena projetos para instituições como SESC, CCBB, Museu Oscar Niemeyer e para a Caixa Cultural. Entre eles, Memória da Cidade (SP, RJ, PR), Marcas da Alma (RJ, BA, PE), Audácia concreta: colagens de Luis Sacilotto (SP), De quadro a quadro (DF, SP, BA), Os anos JK, entre outros.

“Mais do que um debate exclusivamente estético/artístico, a exposição tem como proposta a reflexão a respeito de nossa identidade e projeção de povo e país”, explica Rodrigo. Para isso, traz como um dos principais atrativos a pluralidade das linguagens expostas. De Samico, um dos maiores representantes do Armorial, vem dexilogravuras – algumas inclusive foram expostas na Bienal de São Paulo de 2016 – que se baseiam em lendas e mitos reinventando a arte popular de seu local de nascimento. Algumas das obras são da década de 80, enquanto outras contemplam seu período final de produção. Já Romero de Andrade Lima, sobrinho do escritor Ariano Suassuna e grande herdeiro das reflexões do tio, é conhecido por sua capacidade de manifestação em multiplataformas. Na exposição, estarão cinco esculturas, sendo uma delas a leitura de Ariano pelo artista e as outras de personagens como Chicó e João Grilo, além de nossa Senhora Aparecida e Jesus Cristo. Dele, também estarão iluminogravuras de grande escala, feitas à bico de pena sobre papel, trazendo a realidade nordestina.

Já do Circo Branco, grupo paulista mambembe dirigido por Andrade e Lima, estará um DVD e uma série de fotos das apresentações mostrando espetáculos que mesclam cultura popular através de várias formas de arte e geralmente em espaços alternativos. Haverá, ainda, quatro fotos de Gustavo Moura, fotógrafo que acompanhou Ariano ao longo de muitos anos. Serão três imagens do mestre e uma de um vaqueiro, que completa a sequência. E para fechar, Sérgio Lucena traz para mostra sua série Deuses, composta por dez quadros com uma série de animais quiméricos, organizados com partes de várias espécies, mas integrados num só corpo; e outras duas obras que registram paisagens terrenas e cósmicas.

Juntos, os artistas abrem o diálogo que, sobretudo, afirma a permanência dos valores artísticos e culturais buscados pelo movimento e espelhados nessas proposições poéticas. Desta forma, a mostra pretende estimular a compreensão e difusão da obra desses artistas, aumentando seu acesso ao público, além de contribuir para o debate crítico sobre a atualidade das questões postas por este movimento histórico.

Incentivo à cultura:

A CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos últimos cinco anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está prevista a realização de 244 projetos de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Teatro e Vivências.

A CAIXA Cultural Recife oferece, desde 2012, uma programação diversificada, com opções gratuitas ou a preços populares, estimulando a inclusão e a cidadania. O espaço, situado em um prédio histórico na Praça do Marco Zero, conta com duas galerias, teatro, sala multimídia, salas de oficinas e tem 40 projetos previstos na programação de 2018.

Serviço:

[Artes Visuais] Armorial: da Pedra do Reino ao Ponteio Acutilado
Local: CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do Recife

Abertura: 7 de junho de 2018 
Visitação: 8 de junho a 5 de agosto de 2018 (terça a domingo)
Horários: Terça-feira a sábados, das 10h às 20h; domingos, das 10h às 17
Entrada franca
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Acesso para pessoas com deficiência
Informações: (81) 3425-1915

Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal