domingo, 28 de fevereiro de 2021

Por que exercitar seu cérebro vai ser decisivo em 2021?

Método SUPERA Recife Madalena

Depois de meses em casa, o ano de 2021 será marcado por um recomeço, seja para crianças, que já estão mais próximas do ambiente escolar, para adultos, com a volta da rotina em muitas empresas e sobretudo para idosos, os primeiros a serem vacinados, que retomarão as suas atividades muito em breve.

Um ano de recolhimento também foi o ano de repensar metas, propósitos e ações para o período já conhecido como pós pandemia. Para Patrícia Lessa, Diretora Pedagógica do SUPERA, o mundo está ainda mais competitivo agora.

“As atitudes tomadas daqui para frente serão decisivas para melhorar nossas perspectivas em relação ao futuro e otimizar o uso do órgão mais importante do nosso corpo, o nosso cérebro. Por isso é tão importante decidir por caminhos mais assertivos, sobretudo quando falamos de nossas crianças e das escolhas que fazemos por elas hoje”, avaliou.

Melhorar a capacidade criativa

Especialistas em recrutamento e tendências já elencam como uma das características mais valorizadas daqui para frente a criatividade e capacidade de resolver problemas.

Quem não gostaria de ter uma mente mais criativa para lidar com os problemas da vida? Uma mente mais atenta e ágil apresenta melhor capacidade de processar informações.

“A estimulação cognitiva correta melhora o desempenho, desenvolvendo concentração, raciocínio lógico, criatividade e perseverança. Há também grandes benefícios comportamentais como o desenvolvimento da segurança e autoestima”, explicou Patrícia.

Como está difícil se manter concentrado...

Sabe por que isso acontece? Nunca o nosso cérebro esteve exposto a tantos estímulos simultâneos, uma decorrência do avanço tecnológico que terá consequências diretas na forma como vivemos daqui pra frente.

 A boa notícia é que a nossa concentração é passível de ser modificada com os estímulos certos.

Tarefas simples como prestar atenção em uma aula, assimilar completamente um conteúdo, ler um livro são práticas que são melhoradas com a prática de ginástica cerebral.

“A prática de ginástica para o cérebro colabora para manter o foco naquilo que é importante. Para os adultos, o treino melhora o desempenho seja ele profissional ou em outras áreas de atuação, desenvolvendo atenção, raciocínio lógico e capacidade em resolver problemas de forma criativa e inovadora. Melhora também a produtividade e reduz o estresse”, explicou Patrícia.

Eu não nasci inteligente?

Quantas vezes escutamos isso ao longo a vida? Inúmeras, não é mesmo? Uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade... e isso sim é uma verdade!

Mas a grande verdade, no entanto é que a nossa capacidade de raciocínio esta completamente ligada à nossa memória.

Segundo Patrícia Lessa, um dos pontos que determina a capacidade do cérebro de reter e resgatar informações é o nível de atividade do órgão.

“Nosso cérebro é uma máquina incrível, no entanto, diferente dos computadores, a memória humana pode ser melhorada por meio do fortalecimento de conexões neurais o que acontece através de estímulos específicos, como os que são propostos na prática de ginástica cerebral. O treino do Método SUPERA hoje oferece o que há de melhor no desenvolvimento de memória”, explicou.

Memorizar é viver mais (e melhor)

Por que conseguimos pensar melhor pela manhã e muitas vezes no fim da tarde sentimos que nosso cérebro não apresenta a mesma performance?

Outra habilidade impactada pela avalanche de informações a qual somos submetidos hoje em dia é a memória. Essa capacidade é diretamente influenciada pela atenção, que neste momento, precisa ser dividida entre diversos canais de comunicação.

Quando estimulamos nosso cérebro da maneira correta fortalecemos a capacidade de memorizar e aprender coisas novas, o que, consequentemente influencia nossa vida pessoal e profissional.

“A prática de ginástica para o cérebro cria e fortalece redes neurais o que nos ajuda a acessar mais facilmente nossas memórias. Ao acessar nossas lembranças de forma mais ágil nosso cérebro demanda de menos esforço no dia a dia”, pontuou Patrícia.

A prática de ginástica cerebral melhora diretamente a atenção e, consequentemente a memória. Com mais conexões neurais estamos mais protegidos de casos de demência, como o Alzheimer por exemplo que podem ser retardados em até 10 anos.

Você sabia:

Nosso cérebro é capaz de escanear e processar imagens complexas em até 13 milissegundos.

Desafio de Fevereiro::

Qual é o meio de Transporte que não faz curva?

Resposta na próxima edição

Resposta do desafio de Janeiro:

Alguns meses têm 31 dias, outros messes apenas 30 dias. Quantos messes tem 28 dias?

Resposta Todos os 12 messes do ano têm o vigésimo oitavo dia

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Economia solidária dá novo significado à vida de ex-dependentes químicos

 Gazeta da Torre

Segundo Gabriela Zanim, a economia solidária, constituída como um empreendimento coletivo, é capaz de gerar empregos, incluindo pessoas marginalizadas

Passar pelo processo de reabilitação psicossocial e reinserção social não é tarefa fácil. Os ex-dependentes de álcool e drogas são marginalizados pela família, amigos e sociedade e seu histórico de abuso de álcool e drogas dificulta a busca por emprego. Os empregadores receiam até mesmo serem roubados. Entretanto, pesquisadores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP acreditam no investimento na economia solidária como resposta para a reinserção social dos ex-dependentes químicos.

Constituída como um empreendimento coletivo em que as atividades econômicas, de produção, distribuição e consumo, entre outras, são organizadas no formato de autogestão, a economia solidária, segundo a pesquisadora da EERP, Gabriela Zanim, é capaz de gerar empregos, incluindo pessoas marginalizadas. Nesse tipo de estrutura, afirma Gabriela, esses indivíduos podem exercer diferentes tipos de atividades econômicas – de produção de bens, prestação de serviços, trocas, finanças solidárias, comércio justo e consumo solidário, obtendo lucros gerados que, então, são divididos igualmente entre os indivíduos participantes.

E a pesquisadora faz essas afirmações baseada nos resultados positivos obtidos pelo grupo que acompanhou durante seu último projeto de pesquisa. As novas oportunidades de trabalho surgidas a partir das iniciativas da economia solidária, garante Gabriela, mudaram a vida desses ex-dependentes químicos de forma “muito forte e persistente. Fiquei emocionada quando ouvi um dos participantes dizer que estava trabalhando com artesanato. Era possível sentir orgulho na voz dele quando falou”.

O estudo de Gabriela foi realizado com o acompanhamento de grupo de pessoas atendidas no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), instituição de saúde comunitária do SUS que trata de indivíduos que sofrem com transtornos mentais. A instituição conta com funcionários treinados para auxiliar ex-dependentes tanto no processo de reabilitação psicossocial quanto no desenvolvimento da economia solidária.

Para que serve a economia solidária

O projeto Álcool, drogas e inclusão social pelo trabalho: Potencialidades e dificuldades de uma prática baseada na economia solidária integra o trabalho de mestrado de Gabriela Zanim, apresentado em janeiro de 2020 à EERP. O objetivo de sua pesquisa foi provar que, mesmo pouco conhecida e difícil de colocar em prática, a economia solidária pode ser alternativa eficiente para inclusão de população excluída do País.

Antes de ingressar em sua pós-graduação na USP, Gabriela já trabalhava com indivíduos que sofriam com transtornos mentais e, conta a pesquisadora, tinha interesse em estudar mais sobre o assunto. Assim, orientada pela professora Regina Celia Fiorati, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Gabriela diz ter se envolvido com a economia solidária e enxergado as potencialidades desse tipo de economia.

A pesquisadora enxerga o futuro da sociedade, envolvendo a economia, como algo que vai além do acúmulo de lucros, o que a economia solidária é capaz de viabilizar. Garante que o entrave para o desenvolvimento dessa prática econômica deve-se ao seu pouco conhecimento público. Diz que, mesmo com o objetivo de valorizar o ser humano e seu trabalho, as Prefeituras da região de Ribeirão Preto, por exemplo, “falham em promover feiras de economia solidária, onde as pessoas em reabilitação podem mostrar o trabalho e produtos que têm feito”. Segundo ela, a divulgação desses trabalhos devia ser maior, mostrando a recuperação dos indivíduos sociais e sua força de produção econômica e não apenas “buscar o acúmulo de lucros”.

Fonte:Rádio USP

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Uma obra de arte chamada vida

 Gazeta da Torre

O começo de uma obra é sempre igual: ideias fantásticas, o coração cheio de intenções, muito trabalho, algum investimento e bastante energia gasta para realização. Toda construção tem uma mesma estrutura inicial, e nos parece por vezes “O melhor empreendimento já realizado nos últimos tempos”. Uma obra não surge espontaneamente, é necessário um esforço para sua concretização e antes um esmero em sua concepção.

Quantos planos e pessoas envolvidas, diálogos, reuniões e até confabulações são necessários para criar algo, para trazer forma ao que antes está somente na imaginação?

É fato que para construir basta começar, após iniciada a obra então vai criando forma e suas reais intenções vão sendo reveladas pouco a pouco, tijolo a tijolo.

Aprendemos facilmente o poder e a influência que a construção pode ter sobre nossa própria vida e nosso convívio com o outro. Alguns preferem construir imensos e robustos muros. A princípio todo muro parece ter uma boa intenção: dar segurança, proteger, zelar pelos que dentro das muralhas vivem. Foi assim com Jericó, com Troia, China, Alemanha Oriental e tantos outros muros históricos.

Mas a cada tijolo ou pedra alinhada uma sobre a outra transforma a expressão de segurança, proteção e zelo em poder, orgulho e separação. Os muros bloqueiam o ir e vir, eliminam comunicações entre os lados, separam vidas e permanecem por anos inertes, frios e autoritários.

Já ouviram dizer que muros foram erguidos para cair? Parece um paradoxo começar a construção de algo que será destruído, e mesmo assim insistentemente continuamos a construir sob a égide da proteção e do zelo. Seja por força de guerras e conflitos, pela ação do tempo ou por atos rebeldes de amor e paz, as muralhas sempre ruem. Há de surgir em algum momento alguém mais poderoso, mais astutos e com desejos de conquista. Os muros geram acomodação de alguns, mas revolta de outros tantos.

Se vais começar a construção de algo – lembre-se: o início de toda construção é bem similar (boas ideias, intenções, muito trabalho e dedicação para a realização).

Se a nossa existência é como uma construção, sugiro que pense em uma obra de arte ao invés de um muro. A arte é elemento chave para transformar a construção fria e muda, em algo integrador e cheio de vida. Na engenharia as pontes são categorizadas em obras de arte especiais. As pontes ligam, comunicam, integram. A arte gera apreciação de alguns, e movimento de outros tantos.

Em época de rápidas conexões virtuais ocorrem grandes afastamentos reais entre as pessoas. Nos conectamos facilmente a qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, mas nos distanciamos e nos protegemos atrás de nossos muros construídos no decorrer do tempo, esquecemos da beleza da arte e vamos empilhando tijolos dia após dia.

Construa algo real em sua vida e não se engane, muros parecem seguros, mas o que nos liga são pontes reais e não virtuais. O que retrata a vida é a arte e não cimento. Se quer ter “a melhor construção já realizada nos últimos tempos” não perca tempo, comece agora a transformar sua vida numa bela obra de arte, decida-se por ser um artista de sua maior obra: sua própria vida.

Daniel Vieira, Mestre em Cultura, Comunicação e Educação

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Mostra de cinema reúne filmes produzidos na Mata Norte de PE

 Gazeta da Torre

Segue até o dia 1º de Março, a Mostra Canavial de Cinema, que este ano acontece no formato digital. O evento reúne filmes produzidos na Zona da Mata Norte de Pernambuco e conta com transmissões online diárias, sempre a partir das 19h. A cada dia, um novo filme fica disponível e pode ser assistido por até 24h. A mostra também conta com debates com realizadores e produtores, após a exibição dos filmes.

Entre as obras que fazem parte da programação estão o curta documental “Banda Saboeira – A História Que Nos Contam”, que narra a história de uma banda filarmônica sediada em Goiana. Já o filme “Cambinda: onde nada se ensina, tudo se aprende” homenageia um dos maracatus de Nazaré da Mata. O evento também conta com oficinas virtuais e um seminário sobre produção cinematográfica. Para conferir, basta entrar no site http://mostracanavial.com.br/

Fonte:CBN Recife

Por que nossos olhos estão mais cansados na pandemia (e como podemos protegê-los)

 Gazeta da Torre

Milhões de pessoas ao redor do mundo estão passando mais tempo do que nunca na frente das telas.

Quem trabalha ou estuda em casa por conta da pandemia de covid-19 fica diante do computador e de outros dispositivos, como o celular, praticamente o dia todo.

Por isso, algumas pessoas estão reclamando de problemas de vista. Coceira, visão embaçada, dores de cabeça e fadiga ocular estão entre as queixas mais comuns.

Mais de um terço (38%) dos que responderam a uma pesquisa realizada pela instituição britânica Fight for Sight afirmaram que sua visão piorou desde o início da pandemia. Outro estudo estima esse percentual em 22%.

Os especialistas afirmam que quem apresenta problemas persistentes deve consultar um oftalmologista. Mas há algumas coisas que muitos de nós podemos fazer para manter nossos olhos saudáveis.

1. A regra 20-20-20

"Relaxar os músculos que se encontram dentro e ao redor dos olhos é fundamental", diz Daniel Hardiman-McCartney, consultor clínico do College of Optometrists do Reino Unido.

É algo simples de fazer. A cada 20 minutos, basta olhar para algo a pelo menos 20 pés de distância (que são cerca de 6 metros) por 20 segundos.

"Isso evita que os músculos dos olhos trabalhem em excesso", explica Hardiman-McCartney.

Se deslocar para o trabalho ou caminhar até a escola dava às pessoas tempo para relaxar os olhos sem perceber. Agora, para muita gente, a rotina mudou.

Quando focamos em um objeto próximo, como uma tela, os minúsculos músculos dentro dos nossos olhos — os músculos ciliares — se contraem. A contração muda o formato das lentes dentro dos olhos, focalizando a imagem na retina.

Esses pequenos músculos e outros ao redor das órbitas oculares que mantêm seus olhos olhando na mesma direção, precisam de um descanso.

"É como correr", diz Hardiman-McCartney.

"Você não correria o dia inteiro e a noite inteira e esperaria que seus músculos se recuperassem, mas é o que as pessoas estão pedindo para os olhos fazerem."

2. Pense piscando

"Piscar é muito importante", diz o professor Sunir Garg, da Academia Americana de Oftalmologia.

"As pálpebras funcionam como um limpador de para-brisa."

Elas removem a poeira e a sujeira e lavam a superfície dos olhos com fluido lacrimal.

Piscar também remove o fluido estagnado e aguça a visão, ao manter a córnea, ou a camada superficial do olho, úmida.

"Sem essa umidade, a córnea seca e a visão fica embaçada", explica Garg.

O problema é que, de acordo com muitos estudos, piscamos com menos frequência ao ler em uma tela.

Alguns pesquisadores também sugerem que a maioria das nossas piscadas são incompletas quando usamos uma tela, e que as pálpebras superior e inferior não se tocam completamente.

Isso pode deixar os olhos ressecados, com coceira e sujeitos a infecções.

Portanto, de vez em quando pare de trabalhar na tela e feche os olhos completamente.

3. Ajuste sua tela

Especialistas dizem que a tela deve estar a um braço de distância ou de 40 a 75 centímetros do rosto.

Obter a distância correta é particularmente complicado com laptops, que costumam ficar perto demais dos olhos do usuário.

Se a tela estiver muito próxima, você corre o risco de sobrecarregar continuamente os músculos dos olhos, explica a professora Shahina Pardhan, da Anglia Ruskin University, no Reino Unido.

Se estiver muito longe, você terá dificuldade em ver os detalhes pequenos.

"Use um teclado externo para ajudar se puder", ela sugere.

Um monitor externo também pode ser útil.

Pardhan aconselha posicionar a tela de forma que fique de lado ou de costas para a janela. Dessa forma, você pode minimizar o reflexo da luz do sol na tela.

Também vale a pena levar em consideração a altura da posição da tela, de acordo com Badrul Hussain, cirurgião ocular do Moorfields Eye Hospital, em Londres.

"As telas dos computadores devem ser colocadas no nível dos olhos ou ligeiramente abaixo", diz ele.

A ação de "olhar para uma tela pode causar fadiga e olhos secos", acrescenta.

Olhar muito acima ou muito abaixo também pode causar problemas nos ombros e no pescoço.

4. Letras maiores

"As pessoas realmente deveriam pensar em ajustar o tamanho da fonte", afirma Pardhan.

"Não é uma boa ideia trabalhar em um smartphone ou tablet por longos períodos porque o texto é muito pequeno."

No entanto, segundo ela, não existe um tamanho de fonte ideal que se adapte a todas as pessoas.

"Você deve encontrar um tamanho de fonte que seja mais confortável para você ler continuamente."

Ela também recomenda ajustar o brilho da tela para corresponder ao nível de luz de onde você está.

Evite, por exemplo, trabalhar em uma sala escura com uma tela com muito brilho.

Os especialistas dizem que um texto escuro sobre um fundo claro geralmente é melhor para os olhos do que um texto claro sobre um fundo escuro.

É recomendado evitar ainda esquemas de cores de baixo contraste.

5. Aproveite o ar livre

"É essencial fazer intervalos regulares da tela", aconselha a professora Mariya Moosajee, da University College London (UCL), no Reino Unido.

"Isso dá aos seus olhos a chance de olhar para longe e piscar."

Segundo ela, pausas curtas regulares são melhores do que um número menor de pausas mais longas.

Dar uma volta ao ar livre para descansar é uma ótima maneira de aliviar a pressão nos olhos e também de ajudar na sua saúde física e mental em geral.

Obviamente, isso é difícil durante o lockdown, sobretudo para quem que não tem acesso a um jardim ou varanda em casa. Mas há estudos que sugerem que pode ser ainda mais importante para as crianças.

A fadiga ocular em adultos causada pelo uso intensivo de telas pode ser extremamente desagradável, mas não causa danos permanentes.

Nas crianças, no entanto, há evidências de que o uso intenso de telas e o tempo insuficiente ao ar livre podem causar miopia.

O professor Garg cita uma pesquisa realizada na China e no Japão que diz que a miopia em crianças é "uma verdadeira epidemia".

De acordo com especialistas, o problema para as crianças pode ser muita atividade diante das telas ou muito pouco tempo ao ar livre, ou uma combinação de ambos.

E não está claro exatamente como estar ao ar livre ajuda seus olhos.

Pode ser que você tenda a relaxá-los mais quando está ao ar livre, uma vez que passa mais tempo olhando para objetos distantes.

Ou pode ser que estar ao ar livre nos exponha a comprimentos de onda de luz específicos que promovem o desenvolvimento dos olhos.

Mas está claro que "atividades ao ar livre podem reduzir as chances de as crianças desenvolverem miopia", diz o professor Garg.

Portanto, aproveite ao máximo seu tempo ao ar livre e incentive as crianças a fazerem o mesmo.

David Brown - BBC News

sábado, 20 de fevereiro de 2021

MODA - VESTIDO: QUAL O SEU MATCH?

 Gazeta da Torre

Feminino e versátil, o vestido aparece em inúmeros modelos que podem se tornar mais ou menos populares de acordo com as estações e as tendências.

Peça símbolo da feminidade, o vestido têm outras vantagens, por ser peça única é prático na hora de vestir. Entretanto, apesar da sua praticidade, há alguns fatores que devem ser levados em consideração antes de montar um look com vestido. Tudo vai depender do tecido e da estampa. Por exemplo: Os longos lisos são os mais tradicionais para festas, enquanto as estampas tendem a deixar o visual menos formal.

 Além disso, também vale conhecer as características dos modelos de vestidos mais populares e como costumam ser usados em produções casuais e formais.

Para não ter dúvidas na hora de escolher suas peças, a Consultora de Imagem e Estilo Fatima Fradique, listou alguns looks e inspirações para cada ocasião especial. Espero de coração que vocês apreciem cada detalhe. Vejamos!

1) LOOK: VESTIDO – LONGO LISO

O vestido longo casual liso, não é sempre sinônimo de um resultado sóbrio da composição. Algumas peças podem ser marcadas por cores mais impactantes ou recortes mais ousados, se alinhando a qualquer estilo e proposta. Ponto para essa peça de ontem e hoje!

 2) LOOK: VESTIDO – TUBINHO 

O vestido tubinho além de ser um famoso clássico, ele também é considerado atemporal e democrático. Um dos grandes ícones da moda e que toda mulher deveria ter um em seu guarda-roupa ou closet.

Portanto, esse é um dos modelos de vestido mais indicados para mulheres com estilo mais refinado.

O vestido tubinho, peça que valoriza as curvas femininas e que vai bem a qualquer evento – de almoço a jantar, inclusive de trabalho. Vale apena investir!

 3) LOOK: VESTIDO – TRANSPASSADO

O vestido envelope ou transpassado é atemporal e combina com todos os tipos de corpos. O modelo tem o poder de disfarçar imperfeições e exaltar partes estratégicas do corpo,  como o colo,por exemplo.

Peça chave em qualquer guarda- roupa ou closet. Liso, com listras ou mesmo estampados, eles continuam sendo reinventados por diversas marcas e estilistas. Principalmente quando feito com tecido delicado. O vestido transpassado promove um movimento natural da saia, a fenda existe pelo fato de ser transpassado.

Com essa peça, é fácil estar bem- vestida. Assim, aprenda a usá-la sem erro.

 4) LOOK: VESTIDO – CHEMISE

Chemise, mais conhecido por vestido camisa. Peça indispensável no guarda- roupa ou closet feminino.

 O chemise é versátil e confortável, traz várias vantagens como leque de combinações uso e silhuetas. É uma peça multifuncional, que pode ser usada como vestido ou mesmo como blusas, nesse caso; usado com uma calça legging ou fare.

Essa peça cai bem naqueles dias em que a grande dúvida sobre o que vestir paira no ar.

 5) LOOK: VESTIDO – EVASÊ

Se você procura uma peça atemporal para ser curinga de seu  guarda-roupa ou closet, escolha um vestido evasê!A modelagem usada pelas mulheres há muitos anos, vem ganhando repaginação ao longo das décadas, sempre renovando o estilo com muita sofisticação e conforto.

O corte de um vestido evasê valoriza bastante as curvas femininas, suas linhas verticais que vão dos seios até a saia, na região dos quadris fazem um formato A, e novas linhas imaginárias inclinadas se abrem para baixo valorizando ainda mais o corpo. E quando o corpo está harmônico a mulher fica ainda mais feminina.

 6) LOOK: VESTIDO – PEPLUM

Vestido já é uma peça superfeminina e com o detalhe do peplum dá ainda mais um toque especial e uma leveza a mais no visual.

O vestido pelplum é uma ótima opção para mulheres tipo ampulheta, ou seja, possuem ombros equilibrados com os quadris. Já par a mais retilíneas, esse modelo também fica legal, pois aumenta os quadris por conta do detalhe nessa região e criando cintura. Essa peça é garantia de estar sempre arrumada e feminina, com ela você vai do trabalho ao lazer com elegância e muito estilo.

E para finalizar: Vestido é um superclássico e característico da mulher, porque não usar mais vestido?

Espero que vocês aproveitem as dicas e arrasem em suas produções..

Facebook ( Fanpage ) Fatima Fradique

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

A pandemia de coronavírus prejudicou gravemente as economias em todo o mundo - Poderia um maior movimento em direção a um modelo de "economia circular" ajudar na recuperação?

 Gazeta da Torre

Essa é a sugestão de um novo relatório de acadêmicos de cinco países ao redor do globo. Mas o que exatamente é uma economia circular? Em termos simples, significa que os produtos são feitos de materiais reciclados e se destinam a ser facilmente reutilizados ou reciclados. Portanto, um círculo é formado.

"Os produtos entram e saem de nossas vidas sem problemas, conforme a necessidade, sem criar resíduos", diz Kristy Caylor, fundadora da empresa de roupas norte-americana For Days. É assim que ela descreve o modelo econômico.

Sua empresa, com sede em Los Angeles, é uma empresa de desperdício zero. Seus clientes são incentivados a enviar pelo correio suas roupas velhas (da For Days ou seu guarda-roupa mais amplo) para obter vouchers de desconto em novos itens.

A For Days recicla todo o material, transformando o algodão em sua nova roupa. Nada acaba em aterros sanitários, e a empresa também é neutra em carbono. "Acreditamos que a economia circular oferece uma oportunidade para inovar, gerando resultados comerciais superiores e melhor fidelidade do cliente", acrescenta a Sra. Caylor. "Se pudermos alinhar incentivos para clientes, negócios e o planeta - ganhamos."

O think tank do Reino Unido, a Ellen MacArthur Foundation, tem sido um dos principais defensores do modelo de economia circular desde que foi fundado em 2010 pelo ex-marinheiro de mesmo nome.

No ano passado, publicou um estudo dizendo que os países que caminham para economias circulares podem impulsionar a recuperação pós-pandemia .

Ele aponta para oportunidades de investimento em cinco setores - edifícios, moda, alimentos, embalagens plásticas e carros.

Projetos específicos destacados incluem o uso de mais aço reciclado na construção que, segundo ela, reduziria os custos de material em 25%, e um grande aumento no uso de embalagens retornáveis. Ele prevê que o último pode se tornar uma indústria global de US $ 50 bilhões (£ 36 bilhões) em 2026.

"Temos a oportunidade de inaugurar o crescimento", disse Jocelyn Bleriot, diretora executiva da fundação. "Agora é a hora de sair de um sistema que cria valor consumindo recursos finitos."

A gigante sueca de móveis Ikea afirma que pretende se tornar uma empresa puramente circular até 2030. Em novembro passado, ela abriu sua primeira loja exclusiva para segunda mão em um shopping center na cidade sueca de Eskilstuna. A loja "pop-up" ficará aberta até maio.

onas Carlehed, gerente sustentável da Ikea para a Suécia, diz que o objetivo de longo prazo da empresa para o negócio é "matérias-primas recicladas, remanufaturadas, recondicionadas, reutilizadas".

Ele acrescenta: "Nossa loja de segunda mão é um exemplo maravilhoso de nosso objetivo de nos tornarmos circulares. Nosso objetivo é criar um modelo de negócios atraente e lucrativo."

O relatório acadêmico do mês passado sobre economias circulares foi co-escrito por pesquisadores de universidades do Reino Unido, Japão, Malásia, Nigéria e Emirados Árabes Unidos.

O co-autor, Dr. Khameel Mustapha, professor associado de engenharia mecânica da Universidade de Nottingham, diz que aqueles que adotam economias circulares terão uma vantagem, pois os benefícios "se tornarão extremamente óbvios".

Nos Estados Unidos, uma empresa que visa colher essa vantagem é a Empire State Greenhouses. Ela está construindo uma estufa movida a energia solar ou "fábrica de cultivo orgânico" no interior do estado de Nova York. A instalação também vai transformar estrume de vacas locais em CO2 para fertilizar as plantas e gás natural para aquecimento doméstico

“A energia é o elefante na sala”, diz Louis Ferro, querido da empresa. “O uso de energia em toda a cadeia de valor alimentar é responsável por 34 centavos de cada dólar gasto pelos consumidores.

"Ao eliminar os custos de energia, podemos alcançar margens extraordinárias com as quais os produtores tradicionais não podem competir."

Então, estamos à beira de uma mudança sísmica? O Dr. Ross Brown, professor de empreendedorismo e pequenas empresas na Universidade de St Andrews, não está convencido.

“Embora [um modelo de economia circular] seja viável para certos aspectos das economias modernas, é altamente irreal para outros”, diz ele. “Em muitos casos, as empresas simplesmente não têm capacidade logística para coordenar a reutilização ou remanufatura de produtos em massa”.

Por essa razão, ele acredita que o modelo continuará sendo um nicho: "Duvido seriamente que algum dia se torne totalmente popular".

Outra armadilha pode ser se o preço da reciclagem for mais alto do que o valor dos produtos reciclados.

"No ambiente de hoje, a reciclagem é realmente muito cara e para a maioria das aplicações ela não pode competir", disse Jessica Stewart, associada da consultoria de sustentabilidade global e empresa de investimentos SystemIQ.

Ela diz que os custos de reciclagem cairiam significativamente se mais empresas adotassem um modelo circular, "gerando enormes benefícios econômicos".

O SystemIQ argumenta que uma abordagem circular em toda a indústria para o setor global de plásticos tem o potencial de criar 700.000 empregos e gerar economia de US $ 200 bilhões por ano.

"Como reduzir o custo da reciclagem? Projetando para reciclagem, dimensionando a infraestrutura de reciclagem e investindo em pesquisa e desenvolvimento, por exemplo, em classificação avançada ou automatizada", disse Stewart.

“E como aumentar o valor do conteúdo reciclado? Por meio de regulamentação que incentiva o conteúdo reciclado, seja estabelecendo requisitos mínimos de conteúdo reciclado ou fornecendo incentivos fiscais. E por meio de um design melhor - por exemplo, removendo pigmentos”.

Um número crescente de empresas, grandes e pequenas, está aceitando a mensagem da economia circular. Por exemplo, o gigante do fast food Burger King em breve permitirá que clientes em Nova York, Tóquio e Portland comprem hambúrgueres e bebidas em embalagens reutilizáveis.

E a milhares de quilômetros de distância, no Quênia, uma empresa chamada Safi Organics está transformando resíduos de alimentos em fertilizantes, o que está ajudando a reduzir o volume que o país precisa importar.

Matthew Banton, chefe global de inovação e sustentabilidade do Burger King, afirma: "Passamos por desafios durante a pandemia que nos ensinaram a pensar de maneira mais inteligente e eficiente."

De volta à loja de roupas For Days, Caylor espera que a pandemia resulte em uma mudança radical: "Estamos em um estágio muito inicial, mas a economia circular é finalmente um tópico que está se tornando os principais estágios em todo o mundo. Espero que a atenção leve a investimentos e adoção mais amplamente."

Fonte:BBC News

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

TikTok, do meme à gravadora

 Gazeta da Torre

Em três anos de vida, aplicativo alcançou 800 milhões de usuários e se tornou uma plataforma eficaz para lançar artistas anônimos ao estrelato. Um carteiro escocês contratado pela Universal é um dos exemplos mais recentes

Esta é a história de Nathan Evans, um jovem escocês que até dezembro era carteiro. Depois de meses publicando em sua conta no TikTok, teve a ideia de subir uma antiga canção de marinheiros, The Wellerman. Em poucos dias, graças à opção de duetos do TikTok, que permite que usuários cantem ou reajam a vídeos de outros tiktokers, sua interpretação começou a ganhar reproduções e acompanhamentos. Até chegar a Andrew Lloyd Webber, compositor de musicais, ganhador do Oscar e um dos astros mais recentes do TikTok, que se uniu à canção de Evans com algumas nota ao piano. Em menos de um mês, o jovem assinou um contrato com a Polydor, selo que pertence à Universal Music. As canções e as hashtags que acompanham as criações orientam os caminhos dos tiktokers. Evans usou seu talento, um tema pegajoso e a hashtag #ShantySongs (canções de marinheiro). Essa hashtag já tem mais de três bilhões de reproduções. Sim, as canções de marinheiros do século XIX são uma tendência.

Do quarto de casa para uma multinacional. Parece que essa história já foi contada mil vezes. A diferença, como sempre, está nos detalhes. O TikTok, criado em 2018 pela empresa sino-americana ByteDance Ltd. —cujo valor é estimado em 140 bilhões de dólares (752 bilhões de reais)—, foi o aplicativo mais baixado em 2020, em plena pandemia, e em menos de três anos alcançou 800 milhões de usuários. Não é uma rede social comum, é como uma mistura de Spotify, YouTube e Instagram. Funciona com um algoritmo que prioriza seus interesses —acima de seus amigos. Não é necessário seguir ninguém, o conteúdo, personalizado de acordo com seus gostos, aparece diretamente na tela.

O TikTok é também o aplicativo que deixa os maiores de 30 anos de olhos arregalados. Uma reação entre a incompreensão, o preconceito e o interesse que milhões de jovens do mundo todo provocam quando dançam e cantam na frente de seus celulares, sem se importar com o lugar ou o momento. O resultado, reunido em milhões de vídeos curtos, mudou (mais uma vez) a decaída indústria da música. O TikTok cumpriu a previsão de Andy Warhol, mas batendo recordes. Já não são necessários 15 minutos de fama, apenas alguns segundos para ir da entrega de cartas em uma cidade do sul da Escócia à assinatura de um contrato milionário com uma gravadora, sem intermediários e com audiência garantida.

A música é parte da espinha dorsal do aplicativo. É a primeira coisa que se escuta ao entrar no TikTok e a guia que leva o usuário de um vídeo para outro. Através da Sound Page, uma grande discoteca de sons e canções, os usuários escolhem as trilhas sonoras de seus vídeos, organizadas em mais de 40 listas de temas divididos por países. “Dedicamos muito tempo à seleção das composições, analisando ritmos, letras e outros dados”, diz James Underwood, da equipe de conteúdos musicais do TikTok no Reino Unido. Todas essas canções “estão protegidas pela legislação de propriedade intelectual e exigem a autorização prévia de seu autor e o pagamento dos direitos correspondentes”, assinala Belén Álvarez, advogada sênior do escritório de advocacia espanhol Gabeiras & Asociados. Existe certa opacidade na política de direitos autorais do TikTok, e as quantias recebidas pelos artistas são desconhecidas. O aplicativo já começou a assinar acordos com gravadoras como a Sony para ampliar sua biblioteca musical e, segundo a Bloomberg, está preparando seu próprio serviço de música por streaming.

Lil Nas X é um dos pioneiros. Começou no Twitter e no Instagram, mas foi graças a um desafio promovido por usuários do TikTok que sua canção Old Town Road bateu recordes. Era o início de 2019, e milhares de tiktokers se vestiram de caubói para dançar ao ritmo de uma música entre o country e o trap de um jovem negro de Atlanta prestes a fazer 20 anos. Ficou tantas semanas no primeiro lugar da lista da Billboard dos Estados Unidos que fez história. Vendeu mais de um milhão de cópias e ganhou dois Grammys, além de outros prêmios, com um single.

O TikTok reproduz a idiossincrasia da Geração Z (os jovens nascidos entre meados dos anos 1990 e meados da primeira década do século XXI), que parou de consumir álbuns e curte música ouvindo singles. A rapper Doja Cat e o trapper Sueco The Child, outros dois astros que saltaram do aplicativo para contratos com gravadoras, lançaram, até agora, EPs (discos com poucas faixas). Sueco The Child, um californiano de 24 anos, criou um beat (ritmo) de 15 segundos em sua casa. Pediu a Lukas Daley, um patinador com milhões de seguidores no TikTok, que o usasse como trilha sonora de um de seus saltos. Foi o suficiente para que Fast virasse um meme. Ou seja, um sucesso nos novos termos do TikTok.

A empresa traz uma mensagem que uma parte da indústria da música já assume: “É mais importante fazer sucesso no TikTok do que tocar na rádio, porque o aplicativo se tornou a nova rádio mundial”. Se esses jovens artistas serão lembrados além dessas músicas, ainda é um mistério. Os contratos que conseguiram permitem que eles se dediquem profissionalmente à música e que as gravadoras apostem em talentos que trazem não só suas composições, como também um público ao qual podem se dirigir diretamente, sem precisar investir em antigos modelos promocionais e publicitários. 

“A Gen T [geração TikTok] está acabando com as regras demográficas na mesma velocidade com que nossa plataforma muda comportamentos”, afirma Alessandra Mariani, estrategista de marca da empresa, em uma publicação que o TikTok lançou para que as gravadoras invistam e se aproximem do aplicativo. Ela reconhece que 56% dos usuários do TikTok têm entre 13 e 24 anos, e 20% têm mais de 35, mas mesmo assim considera que é “um erro” separar esses públicos porque, independentemente da idade, “compartilham valores semelhantes: ideia de comunidade, conhecimentos e interesse em descobrir subculturas”.

E eles fazem em um mesmo lugar: a sala de casa. Nesse espaço, parentes e amigos se gravam para depois compartilhar suas conquistas. A cultura de pendurar pôsteres de seus cantores favoritos na parede acabou. O novo fandom, como é chamado um grupo de fãs de um fenômeno, é formado por tiktokers que se unem por meio de seus celulares e que, além disso, podem se aproximar de seus ídolos não só com curtidas, mas também com a dança, fazendo versões de suas músicas ou se disfarçando para participar de um desafio.

Sucessos que revivem

O efeito TikTok tem dois caminhos. Um é o dos jovens que saltam do aplicativo para as paradas de sucesso e para outras plataformas, como o YouTube, em um fenômeno que já é conhecido como “cheguei aqui graças ao TikTok”. O outro é o dos veteranos ou artistas mais famosos que veem seus sucessos reviverem —ou suas carreiras ganharem impulso— quando são usados por tiktokers como trilha sonora de seus vídeos. Nathan Apodaca, um americano de 37 anos, sobe em seu skate, toma um suco de cranberry e canta Dreams, do Fleetwood Mac. Dez segundos que conseguiram mais de 60 milhões de reproduções e fizeram com que uma música de 1977 voltasse às paradas de sucessos.

O americano Nathan Apodaca.

Ao mesmo tempo, “os catálogos das gravadoras se revalorizam”, destaca Ayla Owen, vice-presidenta da Warner Chappell Music, na revista do TikTok. Aconteceu a mesma coisa com Gypsy Woman, de Crystal Water (1991), a ressurreição de Paper Planes, de M.I.A., de 2007, e Where is the Love do Black Eyed Peas, que se transformou na trilha sonora da campanha eleitoral de Joe Biden. “Aqueles que usam essas músicas não cresceram com elas”, diz Paul Hourican, diretor de Operações Musicais do TikTok. “É como ouvir James Brown pela primeira vez, fascinante.”

Andrew Lloyd Webber, de 72 anos, aproveitou o exercício de nostalgia que ocorre no TikTok para se tornar um astro do aplicativo. O compositor de musicais como Jesus Cristo Superstar aderiu ao twerk. Com algumas notas de O Fantasma da Ópera, outra de suas criações, montadas sobre a canção Wap, de Cardi B e Megan Thee Stallion, criou Phantom of the Wapera, um dos novos fenômenos da plataforma.

Outros compositores consagrados recorrem ao TikTok para garantir o sucesso de suas criações. Drake contratou um grupo de coreógrafos profissionais para criar uma dança para uma de suas músicas e, em 45 minutos, recebeu alguns passos, que executou na sala de sua mansão. Duas semanas depois, já havia conseguido 3 bilhões de reproduções e chegado ao primeiro lugar na lista da Billboard com Toosie Slide. A espiral gerada pelo TikTok pode se prolongar até o infinito em todas as direções possíveis, alterando, mais uma vez, as estruturas da indústria musical.

Fonte:El País

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Mundo vive pandemia de ciberataques e Brasil está despreparado, diz CEO de empresa que descobriu megavazamento

 Gazeta da Torre

Em dois meses, dois megavazamentos de dados privados assustaram o Brasil. Em janeiro, veio à tona a exposição na internet de 223 milhões de CPFs de pessoas vivas e falecidas. Agora, veio à tona o vazamento de quase 103 milhões de registros de celulares.

Os dois casos foram descobertos pela empresa de segurança cibernética PSafe. Para Marco DeMello, CEO da PSafe, esses megavazamentos evidenciam que o mundo vive nada menos que duas pandemias: uma de covid-19 e outra "de ciberataques".

"Essas duas pandemias coexistem e foram aceleradas no mesmo ano. O que estamos vendo dessa pandemia digital de ciberataques é uma realidade em que todas as empresas e indivíduos estão vulneráveis a ataques de inteligência artificial avançadas e as defesas não se adaptaram ainda a essa nova realidade", disse em entrevista à BBC News Brasil.

Nesse ambiente em que empresas e governos estariam amplamente vulneráveis a ataques cibernéticos, o Brasil, segundo DeMello, ainda sofre com a desvantagem de estar mais despreparado que a maioria dos países.

O Brasil tem uma defasagem muito grande entre a sua posição econômica e a sua posição em termos de cibersegurança. É a 8ª maior economia e o penúltimo, dentre 47 países monitorados, em velocidade de detecção de vazamento de dados."

No dia 3 de fevereiro, a equipe da PSafe detectou a oferta na deep web de 102.828.814 contas de celular com informações sensíveis como tempo de duração de ligações, número do telefone e outros dados pessoais, como CPF e endereço.

Entre os donos dessas contas estariam autoridades, como o presidente Jair Bolsonaro. DeMello não quis mencionar nomes de pessoas que tiveram as informações vazadas, mas confirmou que entre elas estão várias autoridades e celebridades.

"Não confirmo nada sobre nenhum indivíduo particular por uma questão de privacidade. Mas, sim, existem celebridades dentro dessa base, celebridades privadas e públicas."

Cada registro de celular estava sendo vendido a US$ 1, com possibilidade de valores unitários menores no caso da aquisição de milhões de contas por um mesmo comprador.

Segundo DeMello, a pessoa que vendida os registros disse que os dados são da Vivo e da Claro. As duas empresas negam e o CEO da PSafe diz que não é possível confirmar, por enquanto, a origem dos dados. Ele afirmou, porém, que tudo indica que os registros saíram de grandes operadoras de telefonia.

Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.

BBC News Brasil - Como foi feita essa descoberta? E de que forma se deu a interação entre os funcionários da PSafe e quem estava vendendo os registros?

Marco DeMello - Nós temos um sistema de proteção para empresas e a inteligência artificial desse sistema tem monitoramento da deep web. Fazemos um monitoramento constante de vazamentos em todos os fóruns em que estamos infiltrados.

O primeiro vazamento que alertamos esse ano foi em 19 de janeiro, de 223 milhões de CPFs. Em 3 de fevereiro encontramos esse segundo vazamento, que conteria quase 103 milhões de registros telefônicos de duas operadoras. Nosso time de segurança já parte automaticamente para análise do vazamento e alegações do criminoso. A gente passa para a interação humana, interroga o criminoso. Nós desafiamos, questionamos o criminoso, para forçá-lo a comprovar que as alegações são verdadeiras ou ignorá-lo por ser mais um mentiroso na dark web, porque tem muito.

Fizemos isso e as alegações que o criminoso havia feito acabaram se comprovando em vários aspectos. Nós temos técnicas e táticas e ferramentas para fazer essa comprovação. E chegamos à conclusão de uma probabilidade muito alta de serem realmente quase 103 milhões de registros de telefonia celular. Não tivemos acesso aos 103 milhões. Tivemos acesso a exemplos por estado, estratos por estado, que a gente conseguiu investigar para comprovar a veracidade.

BBC News Brasil - Ele chegou a oferecer essas amostras gratuitamente ou foi preciso comprar alguns desses registros?

DeMello - Gratuitamente. Nós não compramos nada na darkweb. Isso é crime, e a gente não participa disso. A gente alerta sobre esse tipo de vazamento de segurança, mas a gente trabalha puramente com interrogação e técnicas de validação com esses criminosos. É de interesse deles comprovar, porque se eles não comprovam, não vendem. Eles sabem que ninguém vai pagar nada sem antes ter prova de que eles têm os dados que dizem ter.

É uma prática estabelecida. Tem técnicas e métodos com as quais a gente consegue receber essas amostras gratuitamente para pesquisa. Nós não mantemos esses dados nos nossos sistemas. A gente usa isso para comprovação e validação e notificação das autoridades. Fizemos notificação à Autoridade Nacional de Proteção de Dados, a ANPD, que é responsável pela investigação no contexto da Lei Geral de Proteção de Dados, que está em vigor no Brasil com multas previstas a partir de agosto.

E nós fizemos notificação pública do que foi observado pelo nosso sistema de segurança.

BBC News Brasil - Foi noticiado que entre esses registros estão os de pessoas públicas, como o presidente Jair Bolsonaro. Como é feita a verificação de dados assim, do presidente?

DeMello - Nós não comentamos. Não confirmo nada sobre nenhum indivíduo particular por uma questão de privacidade.

A gente respeita muito a privacidade de pessoas envolvidas. Mas, sim, existem celebridades dentro dessa base, celebridades privadas e públicas. E essa confirmação é feita da mesma forma como fazemos outras confirmações. Existem técnicas e ferramentas e conseguimos verificar através de dados como CPF, nome completo e etc. Vemos se esses dados batem com o de outros vazamento que a gente já tem conhecimento e isso começa a compor um caso de que esses dados são reais.

Nunca existe 100% de certeza. A gente precisa deixar isso muito claro. Não tem como ter certeza nem da proveniência dos dados nem de que a base inteira está tão correta quanto os exemplos informados. Então é um trabalho investigativo que precisa acontecer a partir daqui pelas autoridades. Baseado em toda a nossa experiência, a gente acredita que esse vazamento é real.

BBC News Brasil - Foi amplamente noticiado o vazamento do registro do presidente. Isso pelo menos pode ser confirmado?

DeMello - Não posso confirmar nem discutir dados específicos de indivíduos. A gente evita comentar sobre quem quer que seja, da mais desconhecida à mais conhecida. Mas posso dizer que sim, dentre esses dados existem celebridades do Brasil.

BBC News Brasil - Foi noticiado que a pessoa que estava vendendo os dados falou que seriam dados da Vivo e da Claro. Essas empresas negam. Pelo conteúdo das informações a que vocês tiveram acesso dá para dizer que foram dados dessa operadora ou que são dados de grandes operadoras de telefonia?

Nós não confirmamos que os dados são provenientes da Vivo e da Claro. Esse ponto de origem é uma alegação do criminoso. Ele está alegando que é proveniente dessas duas operadoras. Não temos confirmação independente disso. Estamos trabalhando para fazer confirmação. Mas, ao que tudo indica, realmente são de grandes operadoras de telefonia celular.

Muito pouco provável que tenha vindo de outra fonte que não grandes operadoras de telefonia celular — mas exatamente quais são e como os dados foram obtidos, não temos essa confirmação.

BBC News Brasil - E quais as hipóteses para a forma como se deu esse vazamento?

DeMello - A gente vive duas pandemias. Uma pandemia biológica de covid-19 e a gente vive uma pandemia digital de ciberataques. Essas duas pandemias coexistem e foram aceleradas no mesmo ano.

O ano passado foi um ano em que o mundo digital, online e tecnológico avançou 10 anos em seis meses. Houve uma aceleração tecnológica e técnica e também de presença online de uma década em seis meses.

Isso foi verificado também na receitas das grandes empresas de tecnologia e serviços online. Elas bateram metas de receitas em 2020 que eram previstas para 2030. Essa aceleração de 10 anos em 6 meses ocorreu para o bem e para o mal. O que eu quero dizer com isso é que os hackers, os criminosos, também evoluíram 10 anos em seis meses.

O que estamos vendo dessa pandemia digital e ciberataques é uma realidade em que todas as empresas e indivíduos estão vulneráveis a ataques de inteligência artificial avançadas e as defesas não se adaptaram ainda a essa nova realidade. As defesas dos governos, das empresas, essas defesas não estão ainda ao nível dos ataques. A gente precisa fazer um trabalho conjunto muito forte, de capacitação e de melhoria das práticas e metodologias de proteção de dados de cada empresa e cada órgão público, especialmente no Brasil.

No Brasil tem uma defasagem muito grande entre a sua posição econômica e a sua posição em termos de cibersegurança. É a 8ª maior economia do mundo e o 46º, o penúltimo entre os 47 monitorados, em velocidade de detecção e vazamento de dados. Só fica à frente da Turquia.

BBC News Brasil - O Brasil está mais vulnerável, então, do que outros países em termos de vulnerabilidade de privacidade de dados?

DeMello - Acredito que sim, mas o que eu estou dizendo aqui é que, além da probabilidade, a detecção, a capacidade da empresa de saber que foi invadida, a média do Brasil é de 46 dias (entre o vazamento e a detecção). Nos Estados Unidos, são é de 24 a 48 horas. E já é ruim. Teria que ser segundos. Então esse tempo do momento em que a invasão acontece ao momento em que a pessoa percebe e reporta é de 46 dias. Isso está indicando que as empresas e órgãos públicos precisam encarar essa pandemia de ciberataques por inteligência artificial com total seriedade e urgência.

Nós que trabalhamos com segurança somos vistos como profetas do apocalipse. Não estou dizendo que o mundo está acabando. Estou aqui para dizer que essa pandemia digital de ciberataques é real, está acontecendo, e esses megavazamentos são consequência disso, são sintomas disso. E eles vão continuar a acontecer até que as defesas das empresas e órgãos públicos se equiparem à sofisticação dos ataques, porque hoje não é o caso.

BBC News Brasil - Quais as possíveis consequências para as pessoas e para as empresas de um vazamento como esse? Para que os dados podem ser usados?

DeMello - No caso da pessoa física, existem várias técnicas que criminosos usam para assumir a identidade da pessoa. E muitas vezes cometer crimes em nome da pessoa ou vender propriedades que aquela pessoa tem sem ter o direito de fazer isso. Fazer empréstimos em nome daquela pessoa. Há muitos ataques diferentes.

Para as empresas, evidentemente o impacto de ter dados dos seus clientes vazados, suas técnicas, suas patentes, isso pode gerar um prejuízo existencial. Pode virar uma razão de a empresa deixar de existir. A consequência vai de uma perda financeira, de um processo ou de uma multa, até o encerramento das operações da empresa.

Isso depende do tamanho e volume de dados do vazamento. Mas em geral é bastante destrutivo e devastador.

Fonte:BBC News Brasil

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