quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Ideia de um futuro de progresso não se confirma mais; o futuro está em colapso

 Gazeta da Torre

Charge de Adão Iturrusgarai, cartunista brasileiro

“O futuro sempre esteve fundamentalmente associado à ideia do progresso. Até a chegada da modernidade, o futuro era escatológico. Sua vinculação ao progresso é uma concepção contemporânea, prometendo às pessoas uma vida constantemente melhor, em que pais analfabetos possam mandar os filhos à escola ou à universidade. De fato, isso continua existindo, mas, por causa de políticas que [nos] levaram a uma maior desigualdade social e em razão de algumas transformações tecnológicas que diminuíram a oferta de empregos de qualidade, a ideia de que o futuro será melhor não se confirma mais”, afirma Bernardo Sorj, doutorado em Sociologia pela Universidade de Manchester, no Reino Unido, em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP.

“A única visão de futuro que temos hoje é a ambientalista, e o que vem pela frente será muito pior. A pandemia é ‘fichinha’ perto disso. A visão de futuro que se apresenta, hoje, é de desastres climáticos e de uma sociedade com dificuldade para administrar as pressões e transformações sociais. O futuro está em colapso”, pondera. Ele também faz avaliações aprofundadas sobre tecnologia, privacidade e democracia.

Sorj, autor de 29 livros, é diretor do Centro Edelstein de Pesquisas Sociais e também do Projeto Plataforma Democrática. Na entrevista, ele aborda os principais temas de seu livro recém-lançado, Em que mundo vivemos?, que pode ser acessado gratuitamente em - 

 plataformademocratica.org/Arquivos/Em_Que_Mundo_Vivemos.pdf

A obra integra a coleção “O Estado da democracia na América Latina”, parte do projeto Plataforma Democrática, uma iniciativa do Centro Edelstein e do Instituto Fernando Henrique Cardoso, dedicada a fortalecer a cultura e as instituições democráticas na região por meio do debate sobre as transformações da sociedade e da política na América Latina e no mundo, conforme descreve a plataforma.

Fonte:UM Brasil

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Como quantificar e qualificar a performance de uma pessoa considerando valores morais?

 Gazeta da Torre

Há máquinas para tudo. Ou quase tudo. A tecnologia está por trás da automação de um sem-número de processos, não importa que sejam simples ou sofistificados. O fato é que a tecnologia é responsável pela dinamização do nosso tempo. Ela parece encurtar distâncias, ampliar possibilidades e tornar viável o que no passado era tido como impossível.

Além do aspecto de conectividade entre pessoas, que realmente facilita a nossa vida, existe uma diversidade de aparelhos e dispositivos destinados a otimizar o tempo, desde as atividades domésticas até o trabalho intelectual, no âmbito da produção científica, insumos industriais e oferta de serviços.

Em todos os setores da economia, a tecnologia se traduz numa ferramenta capaz de ajudar o homem a administrar o seu tempo. No entanto, configurando-se como um paradoxo, o homem não consegue avançar, sob o ponto de vista moral, na mesma velocidade da tecnologia e, menos ainda, aproveitando e valorizando as facilidades oferecidas por ela.

Algo preocupante em pleno século 21. Existem máquinas para fazer café, lavar e secar roupa, esquentar água, lavar e secar louça, aspirar poeira, umidificar o ar, climatizar ambientes, transportar volumes, gerar energia, estabelecer comunicação rápida e efetiva entre pessoas distantes etc. Com tudo isso, o homem tem mais tempo para investir em si mesmo, mas infelizmente, na predominância, não o faz.

O homem pode medir seu desempenho na corrida, na caminhada, nas atividades em que tenha que produzir quantitativamente algo. Nas tarefas intelectuais, alguns indicadores podem ser adotados como critérios de medição de desempenho. No entanto, como quantificar e qualificar a performance de uma pessoa considerando valores morais?

A Educação, por alcançar e estar presente em todos os aspectos da vida do ser humano, socorre-nos neste momento, trazendo a responsabilidade das nossas escolhas. Mesmo com toda ajuda tecnológica, cabe a cada criatura o dever de seguir um caminho que a tornará, a partir de atitudes sensatas, coerentes e moralmente adequadas a regras de conduta aceitáveis para o bem-estar pessoal e coletivo, um ser humano melhor a cada dia.

Para tanto, não é necessário aparato automatizado. Basta que estejamos com a consciência “ligada” e atenta aos fatores que exploram nossa capacidade de interagir com o outro, desejando e oferecendo o melhor, assim como gostaríamos de receber o que de melhor alguém pode nos ofertar. Vamos refletir sobre isso!!!

Depende de cada um, independentemente do lugar, idioma, cultura. Reflitam!

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Comunicação agressiva é o mais assustador na pandemia

 Gazeta da Torre

“É essencial que o País saiba cuidar daqueles que integram os grupos de risco de covid-19, como idosos e pessoas em situação muito precária e de extrema pobreza […] Para uma sociedade democrática e aberta, temos de fazê-la cuidadosa com os mais pobres, com os doentes, com os idosos, com as crianças; e, acima de tudo, uma sociedade não baseada em uma comunicação agressiva”. A avaliação é do historiador, professor (PUC e Unicamp) e escritor Leandro Karnal.

Em entrevista a plataforma UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Karnal ressalta que cada epidemia é única. “A covid-19 mata menos do que a peste bubônica e mata menos do que a varíola matava até o século 18, mas tem um potencial de destruição econômica talvez ainda pior do que todas as outras no passado”, pondera.

“Precisamos pensar em soluções extraordinárias para um período extraordinário. Não se trata mais de liberar um pequeno crédito para quem está desempregado; trata-se de [elaborar] um novo Plano Marshall competitivo e amplo que envolva FMI, Banco Mundial, BNDES e nossas reservas para salvar a maioria da população da doença e do desastre econômico”, avalia, referindo-se ao plano de reconstrução da Europa no fim da década de 1940 com base no auxílio internacional econômico e financeiro, de modo a reavivar a atividade econômica e garantir estabilidade social.

Um público para cada histeria: comunicação nos polos dos negacionistas e dos alarmistas do fim do mundo

“O que me assusta nessa crise é a tônica de uma comunicação de todo mundo se insultando, achando que o perigo é o vizinho que bate ou não bate panela, e não o vírus. É preciso enfatizar esta questão: primeiro, preservar a vida; segundo, os empregos e a economia; e, por fim, nossa capacidade de comunicação”, analisa Karnal.

Ele ainda ressalta que, historicamente, toda pandemia gera negacionistas e histéricos, dois polos terríveis: “Há aqueles que dizem que não está ocorrendo nada – são pessoas perturbadas –, e aqueles que dizem que é o fim do mundo”.

Karnal novamente contextualiza o fator “comunicação” durante a pandemia ao lembrar a heterogeneidade de público e as formas distintas como lidam com tal crise: “Há uma dissociação de públicos. Se o político ‘A’ faz um discurso dizendo que covid-19 não é nada, ele tem um público que aceita isso. Há público para alarmistas, para negacionistas, para pessoas que seguem a Organização Mundial da Saúde (OMS), e há público para quem manda um áudio dizendo que não se deve usar máscaras importadas da China – esse tipo de histeria também tem público. Hoje, o desafio da retórica é maior”.

Karnal ressalta que espera que a grande lição dessa crise seja a consciência de que estamos inseridos em uma realidade maior. “Não adianta me fechar em meu condomínio, na minha ilha de conforto; se ignorarmos o todo, os bárbaros tomam Roma”, conclui.

Fonte:UM Brasil

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

O melhor investimento para você

 Gazeta da Torre


O que trago hoje pode não ser um segredo, mas é o melhor investimento para você. Isso mesmo: certamente, você já se fez a pergunta de qual seria o melhor investimento no momento. Então, vamos lá reflita comigo sobre isso.

Eu recebo essa pergunta com frequência, de uma série de pessoas diferentes e, simplesmente, não tenho uma resposta padrão, e desconfie se alguém te responder isso de pronto, e se for alguém que não te conhece o suficiente então, corra!

As pessoas me procuram para dizer que estão com uma quantia parada e querem saber onde investir, ou que poupam X ou Y por mês e perguntam onde botar. Será que existe resposta para essas perguntas? O investimento perfeito que, normalmente, elas procuram é aquele que tem uma alta rentabilidade, ou seja, alto retorno, buscam isso no curto prazo e de uma forma que, praticamente, não se exponham a nenhum risco, será que isso existe mesmo?

Mas como ter a resposta e o produto ideal para as pessoas? Em geral, eu não conheço as pessoas que me perguntam isso, não sei se são casadas ou solteiras, se tem filho(s) ou não, se tem o perfil poupador ou não, se estão trabalhando ou não, no meio público ou privado, quais os planos, objetivos, perfil de investidor conservador, moderado ou arrojado... não, realmente não há uma resposta pronta, padrão para essa pergunta pode esquecer.

Na verdade, um bom investimento depende de uma série de fatores. Algumas dessas variáveis, eu vou pontuar para que você faça essa autoanálise e busque conhecimento necessário para encontrar o melhor produto que se adequa àquilo que você acredita e ao seu perfil. A primeira coisa que você tem que se perguntar é em relação à reserva de emergência. Já tem o valor correspondente a pelo menos seis meses das despesas mensais investido de forma adequada para esta finalidade? Se já tem, pode passar a investir em produtos que não precisam de alta liquidez, isto é, produtos da renda fixa com prazo maior e consequentemente maior rentabilidade e quem sabe, sair da renda fixa, e se expor a mais riscos em busca de maior retorno.

E esse é outro ponto essencial, entender qual o prazo, por quanto tempo você pode esquecer esse valor que pretende investir? Seria por seis meses, um ano, dois, cinco, dez anos ou a perder de vista? Você está seguro que não vai precisar nem tão cedo desse montante ou parte dele e com isso, pode realmente fazer um investimento de longo prazo?

Depois disso, você precisa entender qual o seu perfil de investidor. Ao procurar investir através do seu banco ou de uma corretora, uma das primeiras coisas que se faz é o teste de perfil de investidor, até para que você fique enquadrado de acordo com o resultado, para que tenha a liberdade / o limite de investir naquilo que é mais condizente com o seu perfil, seja ele conservador, moderado ou mais arrojado. Para cada tipo de investidor, tem possibilidades de investimentos diferentes, e é fundamental que tais opções e escolhas sejam aderentes ao perfil do investidor.

Investir é uma construção, não é algo genérico. Entender essa série de variáveis, vai ajudar a traçar melhor o plano de investimentos que você pode ter, mais condizente com o que busca e com os seus objetivos. Vale reforçar que o prazo do investimento está diretamente ligado à rentabilidade que você pode ter. Na maioria dos produtos, você vai conseguir um melhor rendimento no médio ou longo prazo, por isso esse ponto é essencial. O seu perfil como destaquei acima, é também essencial, a fim de abrir o leque de produtos que você tem aderência, tranquilidade para investir sem desviar da sua tolerância em relação a exposição ao risco.

Com esses pontos básicos de partida, você pode ter uma ideia de direcionamento e encontrar os melhores investimentos para a sua carteira, sim, como falei acima é uma construção e esta não será feita apenas de um produto, mas aos poucos virá a diversificação e composição de sua carteira com diferentes produtos.

Uma coisa que você já deve ter ouvido falar é a máxima de “o que rende o melhor juro é o conhecimento”. Invista em conhecimento para entender melhor as suas metas, mapeie as suas necessidades, respeite os seus prazos e limites, respeite o seu perfil, para que, assim, possa fazer um bom plano, trabalhar bem a sua certeira, e desta forma, estar pronto para fazer perguntas mais assertivas quando estiver diante do seu gerente ou assessor de investimentos, ou mesmo diante dos produtos no seu banco ou corretora para a sua escolha e investimentos.

Se você se conhecer melhor e souber as respostas das perguntas que eu trouxe aqui, certamente, vai dar mais subsídios para que o seu gerente ou assessor de investimentos te dê o melhor suporte e direcionamento possível, ou quem sabe até investir com mais autonomia, usando outros meios além destes citados para um suporte amplo, tendo mais independência para seguir firme nesse processo de construção.

Grande abraço e até a próxima!

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Enem: estudantes têm até 1º de outubro para inserir foto no cadastro

 Gazeta da Torre

A fotografia deve mostrar o rosto inteiro do participante

Até 23h59 (horário de Brasília) do dia 1º de outubro, inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 devem inserir ou alterar a foto na Página do Participante. O cadastramento é obrigatório e a foto deve atender a algumas regras, como ser atual, nítida, individual, colorida e com fundo branco.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), não serão aceitas imagens de pessoas com óculos escuros ou artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares). A fotografia também deve mostrar o rosto inteiro do participante, com uma boa iluminação e foco, além de estar nos formatos de arquivo JPEG e PNG (tamanho máximo de 2 MB). Imagens em PDF não serão permitidas. O Inep e o Ministério da Educação (MEC) não realizam validação da foto.

Provas

Por causa da pandemia do novo coronavírus, as provas da edição 2020 do exame foram adiadas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa); e 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital). Além de uma redação e 45 questões, os candidatos terão que responder questões sobre quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

Dúvidas

As informações a respeito do Enem 2020 podem ser acompanhadas nos portais do Inep e do MEC, assim como nas redes sociais oficiais dos dois órgãos do governo federal. Dúvidas podem ser sanadas pelo Fale Conosco do instituto, por meio do autoatendimento online ou do 0800 616161, a central aceita apenas chamadas feitas de telefone fixo.

Fonte:Agência Brasil

“País tem jogado fora legado que levou décadas para ser construído”

 Gazeta da Torre

Sede da ONU - New York

A afirmação é do Prof. Dr. Paulo Borba Casella, Departamento de Direito Internacional - Professor Titular, Doutor em Direito (USP), Livre-Docente em Direito Internacional (USP), ao se referir ao discurso de Jair Bolsonaro sobre meio ambiente, em seu pronunciamento na Assembleia Geral das Nações Unidas

Pressionado por organizações internacionais, em relação às queimadas recordes na Amazônia e no Pantanal, o presidente Jair Bolsonaro discursou ontem (22) na abertura dos debates da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Para analisar e comentar os possíveis impactos desse discurso, o Jornal da USP no Ar recebeu Paulo Borba Casella, professor titular do Departamento de Direito Internacional e Comparado da Faculdade de Direito (FD) da USP e coordenador-geral do Grupo de Estudo sobre o Brics (Gebrics/USP) .

Casella explica que, desde a criação da ONU, foi dada ao Brasil a deferência de fazer o primeiro discurso na abertura da Assembleia Geral, realizada na terceira semana de setembro, a cada ano. “Esse espaço vem sendo usado desde então”, afirma, “porém, neste ano, o fato de o discurso do presidente brasileiro, se colocando na posição de defesa, dar explicações à comunidade internacional mostra problemas na governança do País”.

O Brasil tem uma tradição de política externa pautada em três grandes eixos: alinhamento pelo direito internacional e pela solução pacífica de controvérsias; credibilidade na proteção dos direitos humanos, consolidada após o fim da ditadura militar; e a proteção internacional do meio ambiente e o desenvolvimento dessa matéria. Justamente por isso, segundo o professor, o Brasil precisaria ter um posicionamento sensato, de maneira a considerar esse histórico. “O País tem jogado fora, em relação a esses três campos, um legado que levou décadas para ser construído e que levará décadas para ser resgatado. Não ganhamos outras frente sacrificando essas. Estamos jogando fora um ativo intangível.”

Esse quadro se torna ainda mais preocupante por não se tratar de um trabalho de “oposição da mídia internacional globalista dominada pela esquerda”. “São dados de instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que possui respeitabilidade internacional consolidada”, afirma Casella, segundo o qual essas informações mostram o tamanho do estrago e do descontrole público e administrativo.

Há ainda o discurso nacionalista xenófobo em relação à Amazônia, ao Pantanal e ao meio ambiente. “É estúpido e já nos custa perda de credibilidade, de mercado e, em um futuro próximo, pode nos custar ainda mais caro.” O professor finaliza comentando ainda sobre a condução da pandemia do coronavírus pelo governo. “Nós temos a negação da gravidade dessa pandemia por parte de governantes. É uma conduta irresponsável, que só fez aumentar o número de casos e mortes”, completa.

 Fonte:Jornal da USP

Benefícios da caminhada para saúde

 Gazeta da Torre

A caminhada é uma atividade física aeróbica que pode ser realizada por qualquer pessoa, independente da idade e do condicionamento físico da pessoa, e possui diversos benefícios para a saúde, como a melhora do sistema cardiovascular, diminuição dos sintomas de estresse e ansiedade, fortalecimento muscular e diminuição do inchaço.

Para que tenha de fato benefícios para a saúde, é importante que a caminhada seja feita de forma regular e seja acompanhada por bons hábitos alimentares, pois assim é possível manter-se saudável.

Diminui o inchaço

A caminhada ajuda a diminuir o inchaço das pernas e do tornozelo, pois favorece a circulação sanguínea e diminui a retenção de líquidos. No entanto, para que o inchaço seja combatido, é importante que a pessoa beba bastante líquidos durante o dia, tenha uma alimentação saudável e pratique a caminhada de forma regular por pelo menos 30 minutos. Veja mais sobre como combater a retenção de líquidos e diminuir o inchaço.

Durante a gravidez, a caminhada também é indicada para diminuir o inchaço dos pés no final do dia. Além disso, a caminhada durante da gestação ajuda a relaxar, previne o aumento de peso e diminui o risco de pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, no entanto a prática de caminhada deve ser orientada pelo obstetra.

Previne doenças

As caminhadas regulares ajudam a prevenir algumas doenças, principalmente doenças cardiovasculares, como aterosclerose e hipertensão, obesidade, diabetes do tipo 2 e osteoporose. Isso porque os vários músculos são trabalhados durante a atividade física, gerando maior gasto energético, além de promover melhora da circulação sanguínea.

A caminhada também promove a integridade das veias e artérias, diminuindo a chance de haver deposição de gordura na parede dos vasos, evitando, assim, a aterosclerose, além de melhorar a capacidade cardiorrespiratória. Além disso, a caminhada é eficaz na prevenção da osteoporose porque promove aumento da densidade óssea, evitando que ocorra desgaste ao longo do tempo.

Para que a prevenção das doenças seja eficaz por meio da caminhada, é importante que a pessoa tenha hábitos alimentares saudáveis, evitando doces, açúcares e gordura em excesso. Saiba como fazer uma dieta equilibrada para emagrecer.

Fortalece os músculos

O fortalecimento muscular acontece porque com a prática regular de exercício, os músculos começam a captar mais oxigênio, aumentando a sua eficiência. Além disso, como a caminhada é um exercício aeróbico, há o envolvimento de um grupo de músculos, que precisam atuar em conjunto, o que resulta no fortalecimento.

Melhora a postura corporal

Como a caminhada é uma atividade física que envolve vários músculos e articulações, a sua prática regular pode ajudar a diminuir dores e a melhorar a postura corporal.

Promove o relaxamento

O relaxamento promovido pela caminhada é devido à liberação de hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, principalmente a endorfina e serotonina, durante a atividade física. Esses hormônios atuam diretamente nas células nervosas, podendo combater alterações psicológicas como ansiedade e estresse, além de também conseguir promover o relaxamento dos músculos da nuca e dos ombros, já que essa tensão pode estar relacionada ao estresse, por exemplo.

Melhora a memória

Acredita-se que prática de exercícios de forma regular também promova melhora da memória, isso porque a atividade física estimula uma maior circulação sanguínea no cérebro, favorecendo a produção de catecolaminas durante o exercício. Para que se tenha esse benefício, é preciso que a caminhada seja praticada diariamente, em ritmo moderado e por cerca de 30 minutos.

Como emagrecer com a caminhada

A caminhada pode ser feita em qualquer idade e em qualquer lugar, como na academia, na praia ou na rua, por exemplo. Para que a caminhada seja saudável e queime calorias é importante andar rápido, mantendo a velocidade, de forma que a respiração acelere e não seja possível conversar facilmente. Além disso, é recomendado contrair os músculos da barriga simultaneamente, de forma a manter a postura correta e balançar os braços vigorosamente, já que este gesto ajuda a melhorar a circulação sanguínea.

Se for feita diariamente, a caminhada vai contribuir para o emagrecimento e para a perda da barriga, podendo-se queimar até cerca de 400 calorias por hora e aproximadamente 2,5 cm de barriga por mês. Além disso, quando feita num local tranquilo e com boa paisagem pode ser um ótimo tratamento para controlar o estresse. Entenda mais sobre como a caminhada ajuda a emagrecer.

É bom caminhar em jejum?

A caminhada em jejum não é benéfica para a saúde, pois pode causar tonturas, enjoos e desmaios, já que a pessoa pode não ter açúcar no sangue suficiente para caminhar. Assim, o ideal é a ingestão de uma refeição leve, com carboidratos e fruta, como pão de cereais e suco de fruta, por exemplo, antes do exercício, evitando refeições muito volumosas para não se sentir desconfortável.

Cuidados importantes durante a caminhada

É importante ter alguns cuidados durante a caminhada para que não aconteçam lesões ou situações que podem comprometer o bem-estar da pessoa, sendo recomendado:

- Utilizar calçado confortável e roupas leves;

- Beber 250 mL de água por cada hora de caminhada;

- Utilizar filtro solar, óculos escuros e chapéu ou boné para se proteger do sol;

- Evitar horários mais quentes, como entre as 11h e as 16h e ruas muito movimentadas;

- Fazer exercícios de alongamento antes e depois da caminhada, como alongar as pernas e os braços, para ativar a circulação e prevenir as cãibras. Saiba quais os exercícios que deve fazer.

Estes cuidados na caminhada ajudam a prevenir problemas de saúde, como lesões, desidratação, insolação ou queimaduras solares.

* Dr. Ana Luíza Medeiros Vasconcelos Lima possui mais de 10 anos de experiência e é formada pela Universidade Federal de Pernambuco desde 2008 – CRM/PE – 16886.

Médica cardiologista pela FUNCORDIS - Fundação para Incentivo ao Ensino e Pesquisa da Cardiologia - PE.

Pós-graduada em Ecocardiografia pelo PROCAPE - Pronto Socorro cardiológico de Pernambuco.

Atende em consultório particular no bairro da Madalena, em Recife. Marcação de consultas: (+55) 81 3445-9580.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Setembro: Mês do Alzheimer - Previna-se sem remédios!

 Gazeta da Torre

Rede de escolas do Método SUPERA apoia campanha de conscientização do Mês do Alzheimer e salienta a importância da ginástica para o cérebro como fator de prevenção

Dia 21 de setembro é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer. O Método SUPERA, enquanto maior rede de escolas de ginástica para o cérebro da América Latina, apoia a causa e busca disseminar informações acerca da importância dos exercícios cognitivos como fator de proteção e prevenção dos primeiros sintomas de doenças neurodegenerativas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas possuam algum tipo de demência no mundo. Dentre esses casos, 70% são causados pela doença de Alzheimer. No Brasil, o número tende a triplicar até 2050 e estima-se que os casos devem chegar a 152 milhões em toda a população mundial.

O Alzheimer é o tipo mais comum de demência e caracteriza-se pela perda ou redução progressiva das principais capacidades cognitivas, como atenção, memória, percepção, raciocínio e linguagem.

Mesmo com os avanços da Medicina e as constantes pesquisas acerca do assunto, a doença de Alzheimer ainda não possui uma cura. Porém, com a prática de exercícios cognitivos, é possível postergar o aparecimento dos sintomas.

A ginástica para o cérebro consiste em tirar o cérebro da zona de conforto, com atividades novas, variadas e com grau de desafio crescente, fundamentadas no conceito da neuroplasticidade – já comprovado pela neurociência – ou seja, a capacidade do cérebro se desenvolver de acordo com estímulos.

Com isso, os praticantes aumentam a reserva cognitiva, ou seja, a resiliência do cérebro em apresentar melhores condições de se proteger, de tolerar ou lidar melhor com as alterações cerebrais.

“Do ponto de vista da saúde, a melhor maneira de prevenir os sintomas do declínio cognitivo é melhorar o desempenho de forma sustentada. Melhor desempenho atrasará o declínio e, consequentemente, atrasará o início dos sintomas. Então, podemos dizer que a ginástica cerebral funciona quando melhora o desempenho cognitivo de forma sustentada e pode funcionar como uma ‘neuroproteção’, contribuindo para a melhora da qualidade de vida”, explica Solange Jacob, Diretora Acadêmica do Método SUPERA.

No Brasil, as mais de 400 escolas de ginástica para o cérebro oferecem uma aula gratuita (presencial ou online, dependendo da localidade) para quem quiser conhecer mais sobre como funciona a prática. Durante a experiência, é possível tirar dúvidas.

A metodologia é composta por ferramentas como o ábaco – calculadora oriental-, jogos online e de tabuleiro, apostilas com exercícios cognitivos, dinâmicas em grupo e neuróbicas, atividades cotidianas realizadas de forma a tirar o cérebro da zona de conforto. Com isso, alunos estimulam habilidades cognitivas e socioemocionais, como memória, atenção, raciocínio lógico, criatividade, capacidade de criar estratégias e outras.

“Ao estimular o cérebro, o fluxo sanguíneo aumenta, há um crescimento na produção de proteínas da aprendizagem e da rede neural. Ocorre ainda um processo chamado neurogênese, ou seja, o nascimento de novos neurônios, deixando o cérebro mais resistente ao desenvolvimento de doenças neurológicas”, explica a pesquisadora Thaís Bento Lima, Gerontóloga da USP e consultora do SUPERA - Ginástica para o Cérebro.

Esse foi o caso da aluna Maria Santana, de 71 anos, que é aluna do SUPERA. Ela buscou pelo curso por possuir casos de Alzheimer em sua família.

“Sentia necessidade de exercitar o cérebro. Desde o início do curso, percebi melhorias na minha capacidade de memorização, na concentração, na autoestima e até mesmo na vida social, pois conheço novas pessoas e faço amigos. Hoje consigo lembrar onde guardei as coisas, horários de consultas médicas, entre outras tarefas”, conta Maria, animada. 

A prática melhora ainda a autoestima e é responsável por amenizar sintomas de ansiedade e estresse, podendo evitar outras doenças, como a depressão.

Você sabia:

O Cérebro produz seu próprio remédio contra a fadiga: dormir.

Quando dormimos, o cérebro descansa mesmo sem parar de funcionar, e reorganiza a memória do dia.

Desafio de setembro:

A terça parte do triplo de 17 é?

a)12           b) 15           c)17            d) 51

Resposta na próxima edição

Resposta do desafio de Agosto:

O que fica mais barato?

Levar dois amigos ao cinema uma vez ou levar um amigo ao cinema duas vezes.

Resposta: se ele levar dois amigos ao cinema uma vez, pagará três entradas; se ele levar um amigo duas vezes ao cinema pagará quatro entradas.

A primeira opção ficará mais barato para ele.

Serviço:

Método Supera - Ginástica para o Cérebro

Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)

Unidade Madalena

Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.

Telefone: (81) 3236-2907

Unidade Boa Viagem

Telefone: (81) 30331695

sábado, 19 de setembro de 2020

PRIMAVERA VERÃO 2020/21 - Conheça as tendências e cores que vão dominar a estação

 Gazeta da Torre



A moda reflete o comportamento das pessoas. As novas tendências de moda irão buscar algo mais simples e confortável, tudo isso são reflexos da atual realidade que estamos passando.

As previsões apontam que o consumo será reduzido após isolamento social. O que já era esperado devido à crise econômica mundial. Além disso, essa nova realidade demanda por mais flexibilidade e resiliência, tanto do setor quanto dos consumidores.

De acordo com estudo detalhado feito por analistas do WGSN (Worth Global Style Network), que é uma espécie de biblioteca online de tendências, a nova temporada primavera/verão 2020/21 será guiada por essas mudanças. Dai então, a partir desse novo contexto eles conseguiram mapear com antecedência quais serão as principais tendências da próxima temporada.

Já para os amantes da moda, as cores são sempre motivo de alegria e empolgação. Desta vez os tons da nova estação serão norteados pelo desejo de energia e equilíbrio. Assim, haverá um contato maior com a natureza e a vitalidade, ao mesmo tempo em que a tecnologia se fará presente e necessária. As principais cores da nova estação deverão refletir nesses dois pontos, transitando entre os tons orgânicos e artificialmente modificados.

A nossa Consultora de Imagem e Estilo Fatima Fradique, selecionou alguns looks com as cores e tendências da primavera/verão para que vocês possam ficar por dentro de tudo que vai rolar na próxima estação. Vale a pena conferir!

1)LOOK COR FLOR DE ORQUÍDEA

A flor de orquídea é uma versão um pouco mais escura do tradicional “magenta” por ser uma cor vibrante, promete ser uma opção para criar uma sensação de positividade e escapismo. Portanto, ela será vista com frequência tanto no seguimento de roupas de banho quanto de festas, em composições monocromáticas e estampando vários looks.

2)LOOK COR AZUL ATLÂNTICO

Azul atlântico é uma versão muito parecida com o classic blue.  A cor eleita pela Pantone como a cor de 2020. Assim, ela virá com uma forma de reconectar com a natureza e estará muito em alta. O tom reconfortante lembra muito elementos do mar e do céu, sendo assim, uma das principais escolhas de criações minimalistas.

3)LOOK COR SORVETE DE MANGA

Mais uma variação do amarelo, mas desta vez levemente alaranjada é o sorvete de manga. Essa cor promete ser o tom energético das coleções primavera/verão. É um tom mais alegre, que será recorrente em roupas de banho e também esportivas. Mas, além disso, deve alcançar também peças em alfaiataria mais exuberantes que a estação pede.

4)LOOK COR AMARELO MANTEIGA

O amarelo “manteiga” esteve muito presente na temporada de outono/inverno, pelo visto irá manter em foco até o próximo ano. Isso porque a variação mais clara e suave do pigmento reluzente traz todas as expectativas para o período. Então, será muito recorrente no seguimento de alfaiataria e lingeries.

5)LOOK COR VERDE OLIVA

O verde oliva lembra tons mais naturais e terrosos que nos remetem a frutos. A cor está em alta novamente, presente nos looks básicos e em superproduções. Peças que ficam ótimas com o tom são casacos, macacão e alfaiataria. O verde oliva é uma cor fácil de combinar e fica bem em qualquer guarda-roupa.

Espero que vocês aprovem as dicas e montem suas composições de primavera/verão com charme e muito estilo!

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Festival de Veneza 2020 - A nova classe operária vai ao paraíso

 Gazeta da Torre

‘Nomadland’ - Leão de Ouro no Festival de Veneza com sua crítica à precarização do trabalho.

Chegou precedida dos melhores rumores e não decepcionou. Nomadland, longa-metragem que encerrou na sexta-feira (11) a seção competitiva do Festival de Veneza, foi o primeiro a ser aplaudido de pé nesta edição e venceu o Leão de Ouro na noite do sábado (12), premiado por um júri presidido por Cate Blanchett. Lançado simultaneamente nos festivais de Veneza, Toronto e Telluride, o filme também sai catapultado para o próximo Oscar.

Inspirada no livro homônimo de não ficção de Jessica Bruder, o longa acompanha a trajetória de uma mulher que, afogada por sua situação econômica, vai morar num trailer. Interpreta-a, com sua habitual mistura de aspereza e dignidade, a atriz Frances McDormand, que se apaixonou pelo livro, comprou os direitos de adaptação e propôs a Chloé Zhao, jovem cineasta chinesa radicada nos EUA, que a dirigisse. Quando a crise de 2008 provoca o desmantelamento do povoado minerador onde ela trabalhava, essa protagonista se vê obrigada a sair pelo país fazendo bicos. Não demora a descobrir outros indivíduos marginalizados e transformados em mão de obra barata pelo ocaso da indústria e reciclados como empregados da Amazon, submetidos a contratos com duração de poucos dias ou semanas, apesar de já estarem perto da idade da aposentadoria.

Conhecida e aclamada desde um emotivo western contemporâneo que intitulou The Rider, Zhao observa, com acuidade e sensibilidade inigualáveis, a subcultura que emerge entre esse precariado, onde centenas de milhares de pessoas constituem suas próprias redes de solidariedade perante a escassez ou a ausência de ajudas públicas. Entre elas ressuscita o fantasma de Tom Joad e outros anti-heróis da Grande Depressão, num filme que brilha ao demonstrar que essa indigência não tem quase nada de romântico, por mais que assim digam os mitos sobre a fronteira. “Não está tão longe do que fizeram os pioneiros”, diz um personagem no seu agradável quintal. Igualmente interessante é outro assunto plenamente norte-americano: o conflito insolúvel entre indivíduo e comunidade. Zhao parece insinuar que a solidão dos nômades pode se tornar viciante, mas também que a autonomia nunca pode ser sinônimo de isolamento.

Nomadland confronta atores profissionais, como McDormand e David Strathairn, com viajantes reais que relatam suas vivências e aproximam a ficção do filme a um registro documental que parece dar conta da situação atual, embora Zhao tenha dito numa videoconferência com jornalistas, nesta sexta, que não quis fazer “um filme político”. “O livro é ambientado em 2011 e não tem a ver com a América de Donald Trump. Eu só conto histórias de pessoas”, afirmou. Essa resposta, atribuível à alergia que o cinema norte-americano sente pela palavra “política” —frequentemente confundida com o partidarismo ou militância—, soa ilógica. É dispensável dizer que a realidade descrita por Nomadland é política, e que a situação destas centenas de milhares de marginalizados desempenhou um papel decisivo na vitória de Trump.

Fonte:El País

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Conteúdos disponíveis em canais da USP ajudam a pensar sobre a democracia no Brasil

 Gazeta da Torre

No Dia Internacional da Democracia, videoaulas, palestras, podcasts e textos disponíveis nos acervos da Universidade trazem diferentes olhares sobre esse regime político

Data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, o Dia Internacional da Democracia, em 15 de setembro, é uma oportunidade de se debater e refletir sobre o regime político presente na maioria dos países ocidentais, que passa atualmente por várias tensões e crises. Construída com base na inclusão, na igualdade de tratamento e na participação, a democracia é considerada pelas principais organizações internacionais um alicerce fundamental para a paz, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos. A democracia também está incluída na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, no Objetivo 16, que reconhece “os vínculos indivisíveis entre sociedades pacíficas e instituições efetivas, responsáveis e inclusivas”. Nesse sentido, o desafio atual é, de acordo com a ONU, tornar as democracias mais inclusivas, trazendo os jovens e marginalizados para o sistema político.

Confira a seleção elaborada pelo Jornal da USP com alguns conteúdos sobre o tema, disponibilizados nos principais canais daUniversidade.  

https://jornal.usp.br/universidade/conteudos-disponiveis-em-canais-da-usp-ajudam-a-pensar-sobre-a-democracia-no-brasil%e2%80%8b/

- Origem, perspectivas e consequências da democracia.

- A democracia brasileira pós-1988: contradições e crise política.

- As instabilidades democráticas do Brasil.

- A democracia nos países latino-americanos.

- Democracia e Fake News.

- Relação entre democracia e direitos humanos.

- Curso aberto sobre qualidade e funcionamento na democracia.

Fonte:Jornal da USP.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Paço do Frevo retoma atendimento ao público

 Gazeta da Torre

Espaço cultural Paço do Frevo

Em cumprimento à determinação do Plano de Convivência com a Covid-19 do Governo de Pernambuco, que autorizou a reabertura dos museus na capital pernambucana, o Paço do Frevo foi o primeiro equipamento cultural mantido pela Prefeitura do Recife a retomar atividades. Seguindo rigorosos protocolos de higienização e controle de acesso de público, o Paço voltou a receber visitantes a partir do dia 10 de setembro, com expedientes presenciais somente de quinta a domingo.

A capacidade de atendimento ao público também foi reduzida a partir da suspensão de eventos presenciais, da sinalização do prédio com marcação de distanciamento social e da diminuição da capacidade dos espaços expositivos. Entre as medidas adotadas para garantir a segurança sanitária das instalações, estão ainda a disposição de totens de álcool em gel, a medição da temperatura dos visitantes na entrada e a venda de ingressos online pelo site do museu.

Como instituição museal, cabe agora ao Paço o desafiador papel de se disponibilizar como um laboratório de possibilidades para a sustentabilidade do frevo, a fim de salvaguardá-lo mesmo nos cenários mais severos, como estes que a cultura vem atravessando. “Não é um retorno ao lugar de onde paramos, mas o início de um novo ciclo, ainda repleto de incertezas. Por isso, estamos considerando a retomada das visitações um período de muita cautela, para experienciar e construir colaborativa e coletivamente estratégias viáveis para a manutenção e resistência da cultura popular, de forma consciente, responsável e comprometida com nosso maior patrimônio, que é a vida. Não existe na reabertura um deslocamento da realidade, mas um enfrentamento dos dilemas como forma de permanência e convivência, esse é nosso ‘Frevo Atitude’ ”, pontua Nicole Costa, gerente geral do Paço do Frevo.

Os protocolos da reabertura do Paço incluem

- Implantação de horário reduzido de atendimento ao público: qui e sex, 10h às 16h; sáb e dom, 11h às 17h

- Uso obrigatório de máscaras que cubram nariz e boca para equipe e visitantes

- Realização de ciclos de formação sobre protocolos sanitários

- Limitação de acesso: 50 pessoas por hora

- Implantação de sistema de venda de ingressos online com horário programado

- Instalação de tapetes sanitizantes e anti umidade

- Marcação no piso do distanciamento de segurança

- Realização de triagem com termômetro infravermelho

- Instalação de TV informativa geral

- Aquisição de EPIs para colaboradores

- Aquisição e instalação de ventiladores

- Aquisição de totens de álcool gel

- Readequação de fluxo de circulação de visitantes (escadas, entrada e saída)

- Suspensão das atividades artísticas

- Readequação layout do café para 50% da capacidade

- Marcação nas exposições indicando distanciamento de segurança

- Implantação de agendamento de visitas e pesquisas no Centro de Documentação

- Uso controlado do elevador - máximo 4 pessoas por vez

Paço do Frevo - O espaço cultural apresenta-se como um local de incentivo à difusão, à pesquisa, e à formação de profissionais nas áreas da dança e da música, dos adereços e das agremiações do frevo. Ao longo de seis anos, recebeu quase 650 mil visitantes, teve mais de 2 mil alunos formados em suas atividades e promoveu mais de 600 apresentações artísticas. Paço do Frevo é uma iniciativa da Fundação Roberto Marinho, com realização da Prefeitura do Recife e gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). O projeto conta com o patrocínio master do Itaú, apoio cultural do Itaú Cultural e apoio Grupo Globo através do Ministério da Cidadania, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

Serviço

Horários: Quinta e sexta, das 10h às 16h. Sábado e domingo, 11h às 17h (Última entrada até 30 minutos antes do encerramento das atividades do museu).

Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia).

Endereço: Praça do Arsenal da Marinha, s/no, Bairro do Recife. Informações: (81) 3355-9500 e http://www.pacodofrevo.org.br/

Fonte:Prefeitura da Cidade do Recife

Seleção começa a reparar descaso histórico com futebol feminino

 Gazeta da Torre

Depois de uma Copa do Mundo que expôs não só a popularização do futebol feminino, como também as queixas das atletas por valorização e igualdade, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu, enfim, atender a um antigo pleito das jogadoras. No início do mês de setembro (03), o presidente da entidade, Rogério Caboclo, anunciou de forma oficial a equiparação financeira entre homens e mulheres convocados para a seleção. Além disso, a confederação apresentou duas executivas para liderar a modalidade, a fim de sobrepor um contestado ciclo de gestão masculina.

“As jogadoras ganham a mesma coisa que os jogadores durante as convocações. Aquilo que eles recebem por convocação diária, as mulheres também recebem”, disse Caboclo, explicando a nova política que vigora desde março. “Não haverá mais diferença de gênero em relação à remuneração entre homens e mulheres.” Embora o valor das diárias e de premiação em competições como a Olimpíada tenha sido equiparado ao da seleção masculina, as jogadoras ainda seguirão em desvantagem nas gratificações por desempenho em Copas do Mundo, que mantêm a proporção do montante destinado pela FIFA.

Para as seleções femininas participantes do Mundial, a entidade máxima do futebol dobrou a premiação total na última edição da Copa, de 15 para 30 milhões de dólares. Porém, somente a seleção masculina vencedora do torneio embolsa 38 dos 400 milhões de dólares repartidos entre os homens. “O futebol continua ainda mais longe da meta da igualdade para todos os jogadores de Copa do Mundo, independentemente do gênero”, criticou a Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) na época do anúncio do aumento da premiação para as mulheres. A medida da CBF, portanto, garante a mesma porcentagem do prêmio financeiro às jogadoras, não a igualdade de valores.

Ainda assim, a decisão foi celebrada por atletas e personalidades do futebol feminino. “É um momento histórico. Demorou, mas aconteceu da melhor forma possível”, diz a ex-jogadora Alline Calandrini, recordando que, na ocasião em que defendeu a seleção brasileira pela primeira vez, em 2006, a diária paga pela CBF era de apenas 25 reais. O último valor antes da equiparação abrangia uma quantia 10 vezes maior. Entretanto, representava metade do que é embolsado pelos jogadores da seleção masculina em partidas no Brasil. A defasagem de remuneração motivou deserções como a da atacante Cristiane, que, em 2017, chegou a anunciar que não defenderia mais a seleção feminina e cobrou equidade da CBF. Ela mudou de ideia, disputou a Copa no ano passado e, aos 35 anos, segue com o grupo.

Tanto quanto a equiparação, atletas também comemoram as contratações de Duda Luizelli, para a coordenação das seleções femininas, e de Aline Pellegrino, que, no cargo de coordenadora de competições femininas, se torna a única mulher a integrar a diretoria da CBF. “Espero que eu seja um elo entre clubes, atletas, federações e a confederação, porque a gente está dentro da hierarquia desse processo. Venho com o objetivo na mediação entre eles, pelo desenvolvimento do futebol feminino no Brasil”, afirmou Pellegrino, que até então comandava departamento semelhante na Federação Paulista de Futebol (FPF), durante sua apresentação. “Duas mulheres no comando do futebol feminino brasileiro. Duas pessoas que sabem muito bem como fazer. Estamos sonhando com um futuro que dessa vez, sim, conseguimos enxergar”, elogiou Calandrini.

A reivindicação por mais espaço para as mulheres no comando do futebol feminino é antiga, mas se intensificou nos últimos anos, inclusive na gestão de Caboclo. Ao assumiu oficialmente a presidência da CBF, em abril de 2019, o cartola foi o responsável por bancar a permanência do técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, e a do médico Marco Aurélio Cunha no cargo de coordenador de seleções, apesar dos maus resultados apresentados em campo. A presença de Cunha no alto escalão da modalidade era a mais questionada, já que, antes de assumir o posto, o dirigente jamais havia se envolvido com a gestão de equipes femininas.

ás, tornou a permanência do dirigente ainda mais constrangedora, já que Cunha manifestava a predileção por um treinador brasileiro no comando da equipe.

No início de junho, a CBF informou a saída do dirigente, que teria sido sacramentada “em comum acordo”. Apesar das pressões por mais atenção e suporte às seleções femininas, inclusive por parte de Marta, maior craque da modalidade, a confederação demorou três meses para anunciar a sucessora no cargo. Por todo o descaso histórico com as mulheres, o circuito do futebol feminino, embora festeje a virada de postura iniciada por Caboclo, agora se concentra em reivindicar autonomia e respaldo da CBF para que as novas executivas continuem pavimentando o caminho, ainda distante, rumo à igualdade de gênero no esporte.

Fonte:El País

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Como se proteger da covid-19 no ônibus, no trem e no metrô

 Gazeta da Torre

Em meio a uma pandemia que já causou mais de 128 mil mortes no país e cuja curva de transmissão continua subindo, milhões de brasileiros são obrigados a pegar o transporte público para ir trabalhar.

Quem não tem o privilégio de poder trabalhar de casa ou de morar perto do trabalho precisa enfrentar todos os dias ônibus, trens e metrôs frequentemente lotados, correndo risco de se contaminar com o coronavírus.

Conforme os locais que aderiram à quarentena vão flexibilizando as medidas de isolamento, o uso do transporte público aumenta ainda mais.

O uso do carro, embora seja uma opção mais segura para quem tem, coletivamente pode levar a um caos urbano ainda maior em cidades nas quais o trânsito já é extremamente problemático, como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis.

"Os carros são muito ineficientes no uso da infraestrutura urbana. Se todos nós andarmos de carro, ninguém se mexe", diz o engenheiro Carlo Ratti, diretor do laboratório de cidades no MIT, nos EUA.

Para quem não tem escolha e precisa usar o transporte público, há medidas que podem ser tomadas para se proteger e ajudar na "redução de danos". Algumas são mais óbvias e outras nem tanto — entenda quais são elas e porque elas são importantes.

Cuidados básicos

O ponto essencial para a proteção de todos, segundo a Fiocruz, é que todos os passageiros e funcionários estejam usando máscaras. Embora não haja uma lei nacional, a maioria dos Estados tornou o uso do item obrigatório em espaços públicos, incluindo no transporte.

O uso por todos é importante porque as máscaras funcionam como "uma barreira para gotículas potencialmente infecciosas", segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

"Com a força da tosse ou do espirro, as gotículas voam longe. A máscara cirúrgica não filtra o vírus, mas ajuda a impedir que essas gotículas se espalhem demais, contaminando pessoas e superfícies", explica o virologista Jonatas Abrahão, da Sociedade Brasileira de Virologia e professor da Universidade Federal de Minas Gerais.

É por isso que é fundamental que, além de usar máscara o tempo todo, se mantenha o máximo de distância possível caso veja alguém sem máscara.

A máscara é a medida mais básica necessária no transporte durante a pandemia, mas há outras que estão entre as mais essenciais, orientadas pela Fiocruz e também por empresas de transporte, como a SPTrans, que regula a circulação em São Paulo. São elas:

- Não coloque as mãos no rosto durante o trajeto (mantenha-as especialmente longe dos olhos, boca e nariz)

- Ande com álcool em gel e aplique nas mãos durante a viagem se o trajeto for longo

- Assim que chegar ao destino, lave as mãos antes de fazer qualquer outra coisa — inclusive antes de tirar a máscara

- E limpe com álcool em gel os objetos pessoais que tocar durante o trajeto (como chaves e o celular)

- Dê preferência de pagamento por cartões magnéticos (como o Bilhete Único, em São Paulo), já que o uso de dinheiro ajuda a propagar a transmissão

- Se tossir ou espirrar, cubra o rosto com o antebraço

- Ao chegar em casa, coloque as roupas imediatamente para lavar

Circulação de ar

Há também uma série de outras medidas que devem ser tomadas por quem consegue, segundo pesquisas que se debruçam sobre a relação entre o uso de meios de transporte e a transmissão de doenças.

Se você tiver a opção de planejar mais de uma rota diferente ao trabalho (como ir de ônibus + metrô; só de ônibus; de trem) é preferível sempre escolher a rota menos lotada. Se o nível de lotação for o mesmo, dê preferência para o meio que vá ter mais circulação de ar, explica Nick Tyler, pesquisador de transporte da University College London, que modelou a maneira como o vírus se propaga nos ônibus.

"Ao ar livre, as gotas se dissipam no ar e no vento", explica. "Uma vez dentro de algum ambiente, você tem muito menos movimento."

Apesar dos metrôs nas cidades brasileiras empurrarem o ar horizontalmente e formarem grande corredores de vento, o ar que circula neles é essencialmente o mesmo, não se dissipa. Por esse motivo, a circulação de ar nos trens do metrô é mais difícil do que em ônibus ou em trens de superfície.

De acordo com um estudo de 2018 realizado por Lara Gosce na University College London, as pessoas que usavam o metrô de Londres regularmente eram mais propensas a sofrer sintomas de gripe do que aquelas que não o faziam.

Portanto, se você tem a opção de circular somente de ônibus em vez de usar o metrô, e a lotação de ambos os meios for a mesma, o ônibus é preferível.

Onde sentar

Há um conselho muito comum para o metrô de Nova York: "nunca entre em um vagão de metrô vazio". A ideia é que você não quer descobrir por que todo mundo evitou aquele vagão — na melhor das hipóteses, um cheiro ruim; na pior das hipóteses, você pode ser assaltado.

Esse conselho ainda vale para muitos — se você for uma mulher que precisa se deslocar à noite, por exemplo —, mas, na pandemia, evitar multidões é prudente, se possível.

No Brasil, no entanto, nem sempre as pessoas têm sequer a opção de escolher pegar o próximo ônibus ou escolher onde ficar no metrô, já que a oferta de transporte público não costuma ser abundante.

Se você estiver entre os que têm o privilégio de poder escolher o seu lugar, há uma série de coisas que pode fazer.

Um estudo chinês recente observou como a proximidade dos assentos afetava o risco de transmissão nos trens.

Ao rastrear as viagens e lugares sentados de mais de 2 mil pessoas com o vírus na rede ferroviária de alta velocidade da China entre dezembro de 2019 e março de 2020, eles foram capazes de ver como o vírus se moveu entre os passageiros.

Sentar na mesma fileira, especialmente ao lado, carregava o maior risco neste ambiente específico. Aparentemente os encostos entre as fileiras do tipo de trem que eles examinaram — um trem intercidades chinês de alta velocidade — podem ter fornecido uma espécie de barreira.

Trajetos mais longos, talvez sem surpresa, aumentaram o risco, mesmo para aqueles sentados a algumas fileiras de distância.

Depois de duas horas, uma distância de menos de 2,5 m sem máscara era insuficiente para evitar a transmissão, descobriram os pesquisadores. Um fato um tanto tranquilizador descoberto pela pesquisa é que usar o mesmo assento anteriormente ocupado por uma pessoa com coronavírus não aumentou significativamente o risco de contraí-lo.

Evite comer e evite conversar dentro de ônibus, metrôs e trens. Essas são duas das orientações da SPTrans para os usuários do transporte público na pandemia que dão uma pista de onde escolher sentar ou ficar de pé, se tiver opção.

Ambientes barulhentos, onde as pessoas devem se inclinar e gritar para serem ouvidas, apresentam maior risco do que espaços mais silenciosos. Acredita-se que essa seja uma das razões pelas quais boates, bares ou frigoríficos tiveram altos níveis de contágio.

Portanto, se puder escolher seu lugar no transporte, fique longe de grupos de pessoas conversando e de pessoas comendo — que precisam retirar a máscara para fazê-lo.

O que vem pela frente

Embora viajar regularmente no transporte público envolva um aumento no risco para os indivíduos, no momento não está claro exatamente quanto.

Christina Goldbaum relatou recentemente para o jornal The New York Times que o rastreamento de contatos no Japão, na França e Áustria não encontrou ligações entre os surtos e as redes de transporte público — a situação do transporte nesses países, no entanto, é bem diferente da brasileira. E não há uma pesquisa do tipo publicada no Brasil.

Alguns modelos matemáticos também sugerem que o transporte público bem ventilado com o uso de máscara é menos arriscado do que alguns outros ambientes internos, como um bar lotado e abafado.

O momento aumenta ainda mais a necessidade de o poder público priorizar a questão do transporte, ampliando a oferta e o alcance das redes municipais.

Como passageiros, o que podemos fazer é exigir essas mudanças das autoridades, seguir as medidas de segurança e esperar chegarmos a um ponto melhor.

Fonte:BBC News Brasil