Gazeta da Torre
Eleitoras e elegíveis |
As mulheres conquistaram o direito ao voto em 1932. Hoje,
90 anos depois, elas representam 53% do eleitorado brasileiro; mesmo assim, são
minoria entre os parlamentares no Congresso Nacional, apenas 15%, conforme
dados do relatório de 2020 do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento. O número não corresponde nem à metade da média dos outros países
da América Latina e Caribe.
A advogada Ana Carolina Juzo, mestranda da Faculdade de
Direito de Ribeirão Preto (FDRP) da USP e pesquisadora da área de Gênero e
Direito, aponta alguns fatores para as mulheres ao longo da história começarem
a se interessar por esse universo. “O rompimento da barreira pública e privada
e a desconstrução das expectativas de gênero contribuíram para que mais
mulheres se tornassem eleitoras e elegíveis”, afirma.
Ao analisar o volume do eleitorado feminino, Ana Carolina
diz que é preciso ressaltar a pluralidade de mulheres em diferentes condições
sociais, financeiras e culturais e que fatores distintos podem estar
relacionados na hora da escolha de um candidato. “Mulheres diferentes votam de
formas diferentes”, diz a advogada.
As mulheres representam a maioria dos votantes, mas são
as mais indecisas, 4% do eleitorado contra 1% dos homens, fator que pode
decidir o resultado das eleições de 2022. Os dados são do Instituto de
Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), em sua última análise
realizada em junho deste ano.
Fonte: Jornal da USP
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