domingo, 17 de julho de 2022

MULHERES e POLÍTICA

 Gazeta da Torre

Eleitoras e elegíveis

As mulheres conquistaram o direito ao voto em 1932. Hoje, 90 anos depois, elas representam 53% do eleitorado brasileiro; mesmo assim, são minoria entre os parlamentares no Congresso Nacional, apenas 15%, conforme dados do relatório de 2020 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. O número não corresponde nem à metade da média dos outros países da América Latina e Caribe.

A advogada Ana Carolina Juzo, mestranda da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP) da USP e pesquisadora da área de Gênero e Direito, aponta alguns fatores para as mulheres ao longo da história começarem a se interessar por esse universo. “O rompimento da barreira pública e privada e a desconstrução das expectativas de gênero contribuíram para que mais mulheres se tornassem eleitoras e elegíveis”, afirma.

Ao analisar o volume do eleitorado feminino, Ana Carolina diz que é preciso ressaltar a pluralidade de mulheres em diferentes condições sociais, financeiras e culturais e que fatores distintos podem estar relacionados na hora da escolha de um candidato. “Mulheres diferentes votam de formas diferentes”, diz a advogada.

As mulheres representam a maioria dos votantes, mas são as mais indecisas, 4% do eleitorado contra 1% dos homens, fator que pode decidir o resultado das eleições de 2022. Os dados são do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), em sua última análise realizada em junho deste ano.

Fonte: Jornal da USP

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