Gazeta da Torre
A reabertura gradativa de parques, clubes esportivos,
playgrounds, restaurantes e outros setores da economia em algumas cidades
brasileiras de acordo com a redução de casos de Covid-19, tem gerado dúvidas
nos pais a respeito dos riscos que o convívio em ambientes comuns pode oferecer
às crianças. Depois de meses dentro de casa, em ambiente controlado, proteger
os pequenos nestes ambientes requer alguns cuidados.
“Na volta dessas atividades, o que vale é o que já está
sendo feito. Manter o distanciamento social e higienização pessoal, lavar as
mãos com frequência e fazer uso do álcool gel”, afirma Claudio Schvartsman,
pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein.
Mesmo sofrendo menos com a exposição ao vírus, crianças
transmitem o novo coronavírus Sars-Cov-2. Por isso, protegê-las é uma maneira
de evitar também a contaminação dos pais e de avós. “Fora raras exceções, as
crianças são poupadas. O problema é que elas podem ser transmissores da doença
para pais e pela Covid-19. Geralmente elas têm sintomas leves ou são
assintomáticas avós, que podem ser afetados gravemente”, complementa
Schvartsman.
Segundo o pediatra do Einstein, ambientes fechados,
festas infantis e outros locais onde os pais não conseguirão ter controle do
distanciamento social devem ser evitados. O ideal é que os pais não frequentem
qualquer ambiente em que não se sintam seguros”, diz.
Como proteger meu filho em espaços de convivência
Para orientar os pais sobre os cuidados que devem ser
tomados na saída de casa com crianças, o Centro de Controle e Prevenção de
Doenças (CDC) dos Estados Unidos lançou em julho uma cartilha com importantes
dicas do que pode e o que não pode ser feito:
Prefira espaços perto de casa
Locais de convivência muito afastados podem fazer com que
você faça uma parada e nela entre em contato com pessoas ou superfícies
contaminadas pelo Sars-CoV-2
Fique distante no mínimo um metro e meio de pessoas que
você não tem contato
Evite locais muito lotados. Espaços abertos podem ser
melhores para manter o distanciamento mínimo.
Use máscaras
Caso você não encontre um espaço com grande área para
seguir o distanciamento, use a máscara. Elas não são recomendadas em crianças
menores de dois anos, que tenham dificuldade de respirar ou de mobilidade.
Lave as mãos o tempo todo
Sempre após tocar em um brinquedo, antes de comer, ir ao
banheiro, espirrar ou tossir é fundamental lavar as mãos da criança e depois as
suas.
Prefira praças a playgrounds
Em playgrounds pode ser difícil manter as superfícies
limpas e desinfetadas e o SARS-CoV-2, pode se espalhar quando crianças pequenas
tocam objetos contaminados e, em seguida, tocam seus olhos, nariz ou boca. Mas,
se você optar por visitar um playground, mantenha uma distância de pelo menos 1
metro e meio de distância das pessoas com quem você não mora, lave as mãos com
água e sabão por pelo menos 20 segundos e use máscara
Vá em piscinas, parques aquáticos e outros espaços com
atividade aquática, mas tome cuidado
Alguns estudos sugerem que as chances de transmissão do
novo coronavírus em águas recreativas são menores, uma vez que o tratamento das
águas com produtos que contém cloro inativa o vírus. Mas, para evitar ao máximo
a contaminação nesses espaços, é importante manter o distanciamento, não nadar
com sintomas da Covid-19 e lavar as mãos nos vestiários.
Fonte: Agência Einstein - Validados pelos especialistas do Hospital Israelita Albert Einstein
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