Gazeta da Torre
O NOVO CINE PE, edição de número 24 do Festival do
Audiovisual, consagrou o filme “Mulher Oceano” como Melhor Longa-Metragem
escolhido pelo júri oficial do evento.
A ficção da paulistana Djin Sganzerla, que também atua
como atriz principal na película, conta a história de duas mulheres brasileiras
que têm uma profunda ligação com o mar: uma escritora que está vivendo em
Tóquio e uma atleta de travessia oceânica no Rio de Janeiro. As histórias se
cruzam quando, sem perceber, a nadadora estranhamente tem seu corpo
transformado em uma espécie de Oceano interior. “Mulher Oceano” também premiou
Djin Sganzerla como Melhor Atriz do CINE
PE 2020 e levou ainda os Calungas de Prata de Melhor Montagem e Melhor Direção
de Arte.
O documentário gaúcho “O que pode um corpo?”, de Victor
Di Marco e Márcio Picoli, ganhou os prêmios de Melhor Curta Nacional e Melhor
Roteiro, além de faturar os Calungas de Trilha Sonora e Melhor Fotografia.
Enquanto que na Mostra Competitiva de Curtas Pernambucanos o vencedor foi a
animação “Nimbus”, de Marcos Buccini, que também abocanhou o Melhor Roteiro
para o quarteto formado por Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão e
o próprio Marcos Buccini.
Os 6 longas e 31 curtas exibidos na 24ª edição do NOVO
CINE PE passaram pelo crivo dos 11 jurados selecionados para o Júri Oficial:
Adriano Portela (PE), Sérgio Rezende (RJ), Kalyne Almeida (PB), Sandra Ribeiro
(PE), Bianca de Felippes (RJ), Ilona Wirth (BA), Vitor Burigo (SC), Cacá Soares
(PE), Paula Barreto (RJ), Beto Rodrigues (RS) e Paulo Mendonça (RJ).
O longa-metragem documental “Memórias Afro-Atlânticas”,
da baiana Gabriela Barreto, também foi um dos destaques desta edição, levando
para casa os Calungas de Melhor Direção e Melhor Roteiro além de ter sido o
escolhido pelos críticos especializados Júlio Bezerra (MS), Marco Tomazzoni
(SP) e Maria Caú (RJ) como o melhor longa de acordo com o Júri da Crítica.
Os jurados ainda concederam uma menção honrosa ao curta
pernambucano “Cozinheiras de Terreiro”, com direção de Tauana Uchôa, “pela
narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma brilhante reflexão sobre
fé, serviço e sagrado”. Já os personagens do doc “Eu.tempo”, da também
pernambucana Thaíse Moura, participante da Mostra Nacional de Curtas-Metragens,
também receberam menção honrosa do júri oficial por suas histórias e vivências
inspiradoras.
O público que assistiu às mostras competitivas do NOVO
CINE PE escolheu como melhor curta-metragem da Mostra Competitiva de filmes
pernambucanos a película “Cozinheiras de Terreiro”, documentário da diretora
Tauana Uchôa. O melhor filme da Mostra Competitiva de Curtas Nacionais, segundo
o júri popular, foi “Eu.Tempo”, um documentário pernambucano da diretora Thaíse
Moura. Complementando, o júri popular escolheu como o Melhor Longa Metragem
desta edição,o doc “Memórias Afro-Atlânticas”, da diretora baiana Gabriela
Barreto. Foram 108.312 votantes no site e app do festival.
O Canal Brasil, que nesta edição foi o exibidor oficial
do NOVO CINE PE, concedeu o Prêmio Canal Brasil de Curtas ao filme “Manaus Hot
City”, uma ficção do estado do Amazonas e do diretor Rafael Ramos. O
prêmio tem como objetivo estimular a nova
geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem
dos mais representativos festivais de cinema do país. A escolha do vencedor
desse prêmio foi feita por um júri convidado pelo Canal Brasil e composto por
jornalistas especializados. O melhor curta receberá o Troféu Canal Brasil e um
prêmio no valor de R$15 mil.
A diretora do CINE PE, Sandra Bertini, destaca que foi um ano difícil para quem empreende na área de economia criativa e audiovisual, mas comemora o sucesso de mais uma edição. “Foi um ano de incertezas e desafios, mas acho que foi um modelo que funcionou bem e que foi muito bem abraçado tanto pelos realizadores quanto pelo público”. A direção do festival estuda fazer um evento presencial no dia 13 de março de 2021, caso o cenário de saúde pública seja favorável, para entregar os troféus pessoalmente aos vencedores das mostras competitivas. “Em 2021 voltaremos com a edição presencial do evento, no final de julho, comemorando 25 anos de história. Vai ser a edição do abraço, de volta ao Cinema São Luiz com seis dias de competição, com a presença do público, os homenageados, a mostra infantil e tantas outras ideias que estamos bolando para esta edição comemorativa”, adianta Sandra.
CONFIRA A LISTA COMPLETA DE PREMIADOS:
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS
Melhor Filme – Nimbus, Direção: Marcos Buccini / Animação
Melhor Direção – Felipe Soares – Filme: O Menino que
morava no som / Ficção
Melhor Roteiro – Diego Credidio, Luciana De Mari,
Isabella Aragão, Marcos Buccini – Filme: Nimbus / Animação
Melhor Fotografia – Amanda Lira, Jefferson Nascimento,
Marlom Meirelles, Patrícia Lindoso e Raphael Ferreira – Filme: Mata /
Documentário
Melhor Montagem - Daniel Barros – Filme: Presente de Deus
/ Documentário
Melhor Edição de Som - Adam Matschulat - Filme: O Menino
que morava no som / Ficção
Melhor Direção de Arte – Thiago Amaral – Filme: O quarto
Negro / Ficção
Melhor Trilha Sonora – Antônio Nogueira – Filme: O mundo
de Clara / Animação
Melhor Ator – Maycon Douglas - Filme: O Menino que morava
no som / Ficção
Melhor Atriz – Zezita Matos - Filme: O Quarto Negro /
Ficção
Menção Honrosa - Cozinheiras do Terreiro – Direção:
Tauana Uchôa, pela narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma
brilhante reflexão sobre fé, serviço e sagrado.
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS
Melhor Filme – O que pode um corpo? – Direção: Victor Di
Marco e Márcio Picoli / Documentário (RS)
Melhor Direção – Victor Di Marco e Márcio Picoli – Filme:
O que pode um corpo? / Documentário (RS)
Melhor Roteiro – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar
para a morte / Ficção (BA)
Melhor Fotografia – Bruno Polidoro - Filme: O que pode um
corpo? / Documentário (RS)
Melhor Montagem – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar
para a morte / Ficção (BA)
Melhor Edição de Som – Paulo Umbelino – Filme: Eu.tempo /
Documentário (PE)
Melhor Direção de Arte – Lia Letícia – Filme: Ex-humanos
/ Ficção (PE)
Melhor Trilha Sonora – Casemiro Azevedo e Vitório O.
Azevedo - Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)
Melhor Ator – Paulo Copioba – Filme Reagente / Ficção
(RJ)
Melhor Atriz – Cássia Damascenso – Filme: Vai Melhorar /
Ficção (RN)
Menção Honrosa - Filme: Eu.tempo – Direção Thaíse Moura /
Documentário (PE), o júri concedeu menção honrosa aos personagens do filme por
suas histórias e vivências inspiradoras, carisma, emoção e pela maneira como
tratam o tempo de forma subjetiva em uma crônica audiovisual lírico-afetiva.
MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS:
Melhor Filme – Mulher Oceano – Direção: Djin Sganzerla /
Ficção (SP)
Melhor Direção – Gabriela Barreto – Filme: Memórias Afro-Atlânticas
/ Documentário (BA)
Melhor Roteiro – Cassio Nobre e Xavier Vatin – Filme:
Memórias Afro-Atlânticas / Documentário (BA)
Melhor Fotografia – Beto Martins – Filme: Nós, que
ficamos / Documentário (PE)
Melhor Montagem – Karen Akerman – Filme Mulher Oceano/
Ficção (SP)
Melhor Edição de Som – Caio Barreto, Alexandre Griva e
Melhor do Mundo Estúdios – Filme: Ioiô de Iaiá /Documentário (RJ)
Melhor Direção de Arte – Isabela Azevedo – Filme: Mulher
Oceano/ Ficção (SP)
Melhor Trilha Sonora – Nicolau Domingues e Caio Domingues
– Filme: Nós, que ficamos / Documentário (PE)
Melhor Ator – Guili Arenzon – Filme: Mudança / Ficção
(RS)
Melhor Atriz – Djin Sganzerla – Filme: Mulher Oceano /
Ficção (SP)
Melhor Ator Coadjuvante – Eron Cordeiro – Filme: O
Buscador / Ficção (RJ)
Melhor Atriz Coadjuvante – Débora Duboc – Filme: O
Buscador / Ficção (RJ)
JÚRI POPULAR
Melhor Longa-Metragem – “Memórias Afro-Atlânticas”
documentário da diretora Gabriela Barreto da Bahia
Melhor Curta Nacional
- “Eu.Tempo” documentário da diretora Thaíse Moura de Pernambuco
Melhor Curta Pernambucano - “Cozinheiras de Terreiro”
documentário da diretora Tauana Uchoa
PRÊMIO DA CRÍTICA/ABRACCINE
Melhor Longa-Metragem – Por se debruçar sobre uma história
riquíssima e pouco conhecida de documentação dos terreiros de candomblé de
Salvador e do Recôncavo Baiano (retratando a herança e memória linguísticas de
personalidades religiosas como Mãe Menininha do Gantois, Joãozinho da Goméia e
Manoel Falefá) e traçar uma espécie de quebra-cabeça em torno desse achado com
a ajuda de personagens interessantes e carismáticos, revelando como essa
tradição oral sobrevive e a importância de documenta-la, o Júri Abraccine
concede o título de melhor filme para "Memórias Afro-Atlânticas", de
Gabriela Barreto.
Melhor Curta Nacional – Por construir uma espécie de
ensaio-crônica sobre o tempo, conjugando uma certa simplicidade formal com um
lirismo afetivo marcado por impressões e memórias, conduzido por paisagens e
entrevistados (não especialistas que
revelam a profundidade de suas vivências ditas comuns), o júri da Abraccine
concede o prêmio de melhor curta-metragem a "Eu.tempo", de Thaíse
Moura.
PRÊMIO AQUISIÇÃO DO CANAL BRASIL - Melhor Curta: Manaus
Hot City
O Prêmio Canal Brasil de Curtas tem como objetivo
estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria
curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. Um júri
convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados em cinema
escolhe o melhor curta em competição que recebe o troféu Canal Brasil e um
prêmio no valor de R$ 15 mil.
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