terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Classe média sai da quarentena para os braços da covid-19 e lota hospitais privados no Brasil

 Gazeta da Torre

População das classes A e B que ficou em ‘home office’ e em isolamento no início da pandemia agora vai a festas, restaurantes e confraternizações, se infectando e transmitindo o novo coronavírus

Cada vez mais brasileiros das classes A e B que ficaram em quarentena no início da pandemia, contando com o privilégio do home office, chegam ao limite psicológico da tranca dentro de casa. A melhora dos números de contágios e mortes pela covid-19 e o relaxamento das restrições por parte do poder público, que liberou a abertura de bares e restaurantes, fez com que muitos isolados ganhassem as ruas pelo Brasil, muitas vezes sem o devido cuidado —como uso de máscara. De certa forma, a história se repete: o novo coronavírus chegou ao Brasil trazido por turistas de classe média que voltavam de férias na Europa, e agora encontra nesta mesma população terreno fértil novamente. “É possível afirmar que o início desta nova elevação do número de casos iniciou de novo pela classe A e B, assim como ocorreu em março. Mas logo foi seguida por um crescimento generalizado em todas as camadas da população”, afirma Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein.

Uma das consequências desta reabertura foi o aumento no número de casos da doença, que teve um reflexo direto na ocupação de leitos do sistema privado e público de saúde.

Com as festas de fim de ano se aproximando, existe o temor por parte das autoridades que os números da doença no país explodam, tendo em vista o aumento de confraternizações e reuniões de amigos e familiares para celebrar o Natal e o Ano Novo.

Além das festas de fim de ano,  Ana Freitas Ribeiro, coordenadora do Serviço de Epidemiologia do Instituto de Infectologia do Hospital Emílio Ribas, acredita que a proximidade de uma vacina também tenha feito com que muitas pessoas baixassem a guarda com relação aos cuidados contra a doença. Além disso, a flexibilização da quarentena, com liberação de bares, levou mais jovens para as ruas, sem o devido distanciamento social.

Fonte:El País

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