Gazeta da Torre
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Já é um consenso que o exercício faz bem à saúde física e
mental. Sentimos bem-estar imediatamente após alguma atividade física e mesmo
aquelas praticadas de forma breve e regular são benéficas. Quem se exercita em
atividades regulares apresenta resultados de saúde mais desejáveis em uma
variedade de condições físicas, incluindo melhor qualidade de vida, melhor
capacidade funcional e melhores estados de humor. Os resultados positivos são
vistos também em populações com transtornos psiquiátricos, como depressão e
alterações de humor; também em diferentes populações étnicas, gênero e
diferentes idades.
Os exercícios também estão diretamente ligados à redução
do estresse oxidativo, que é o desbalanço entre radicais livres e antioxidantes
em nosso corpo, processo cujas consequências podem causar sérios riscos à nossa
saúde, como doenças, envelhecimento precoce e morte celular. Alguns fatores
contribuem para intensificação desse fenômeno, como estresse, poluição
ambiental e pesticidas.
Uma revisão publicada recentemente mostra que o estresse
oxidativo pode resultar em consequências que se agravam em condições
patológicas como a SARS (Síndrome Aguda Respiratória Severa), que se desenvolve
em alguns casos após o contágio pelo vírus SARS-CoV-2. O EcSOD (do inglês
extracellular superoxide dismutase), produzido naturalmente pelos nossos
músculos, é um potente antioxidante que combate os radicais livres e protege
nosso corpo contra doenças, sendo secretado na circulação para permitir seu
espalhamento a órgãos vitais como o pulmão. O destaque é que sua produção é
aumentada em decorrência do exercício físico cardiovascular.
Um estudo realizado na Alemanha demonstrou que o dano ao
DNA nas células brancas no sangue foi significativamente menor em homens ativos
do que em homens sedentários, quando submetidos a um teste de corrida.
Destaca-se que por consequência do exercício, a ação dos radicais livres em
pessoas ativas é bem menor. Isto se deve ao fato de que a atividade física
regular aumenta também os níveis de enzimas que destroem os radicais livres.
Em vários âmbitos da vida o exercício físico torna-se
essencial. Além disso, ao melhor compreendermos o funcionamento do antioxidante
EcSOD, poderemos usá-lo de forma mais eficaz, por exemplo na terapia gênica com
foco no aumento da produção desta substância. Como consequência disso, teremos
aumento de imunidade. Uma outra hipótese é que sua presença protetora nos
pulmões poderá ser aumentada em pacientes que lutam contra a Covid-19. Por
enquanto, o que temos evidências o suficiente para recomendar é que a prática
de atividade física regular que pode nos proteger de possíveis consequências da
contaminação durante a pandemia.
Fonte: Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR)
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