terça-feira, 30 de abril de 2024

Pernambuco está entre líderes de INSEGURANÇA ALIMENTAR do Brasil, diz IBGE

 Gazeta da Torre

Em 20 de janeiro/2023, em João Pessoa/PB, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, em reunião do Consórcio Nordeste destacou: “Comida no prato não tem ideologia, emprego não tem ideologia, a gente precisa ter uma pauta comum que atenda à população do nosso Nordeste". Após mais de um ano de sua declaração, Pernambuco aparece com 37,5% dos domicílios com algum grau desse problema, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta (25).

Pernambuco tem 37,5% dos domicílios com algum grau desse problema, conforme dados divulgados pelo IBGE.

Entre os locais com maior nível de Insegurança Alimentar, figuram todos os Estados do  Norte e do Nordeste. 

Nesse quesito, Pernambuco aparece na sétima posição no ranking nacional.

Os dados estão do documento da PNAD Contínua, feito em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Segundo o IBGE, no final de 2023, a PNAD Contínua estimou um total de 3.596 milhões de domicílios particulares permanentes em Pernambuco.

Desse total,  62,5% estavam em situação de Segurnça Alimentar,  enquanto 37,5% dos domicílios particulares restantes estavam com algum grau de insegurança alimentar.

Detalhes

Em 2023, aponta o IBGE,  a proporção de domicílios em "insegurança alimentar leve" foi de 23,5%.

 já 7,45% dos domicílios particulares estavam com problema "moderado" moderada e 6,5%, em situação "grave".

Insegurança Alimentar Grave

Entre os Estados do Nordeste, Pernambuco tem 6,5% dos domicílios com níveis de "Insegurança Alimentar grave", deixando o Estado em segundo lugar, perdendo apenas para o Maranhão, que tem 8,1 % dos domicílios com a IAG.

No Norte país o Pará apresenta 9,5%, Amazonas 9,1%, Amapá 8,4%

Os três Estados da região Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul) são os que apresentam menores índices de insegurança alimentar, com mais de 80% da população em situação de segurança alimentar.

Sobre insegurança alimentar

O IBGE considera domicílio em situação de insegurança alimentar aquele em que seus moradores, nos últimos três meses,  passaram por ao menos uma das seguintes situações:

Tiveram a preocupação de que os alimentos acabassem antes de poderem comprar ou receber mais comida;

Faltaram alimentos antes que tivessem dinheiro para comprar mais comida;

Ficaram sem dinheiro para terem uma alimentação saudável e variada;

Comeram apenas alguns poucos tipos de alimentos que ainda tinham por que o dinheiro acabou.

Níveis

A insegurança alimentar pode ser classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com a restrição na qualidade e na quantidade de alimentos consumidos pelos moradores.

No Brasil

No quarto trimestre de 2023, dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil, 72,4% (56,7 milhões) estavam em situação de segurança alimentar.

Ou seja,  tinham acesso permanente à alimentação adequada.

Essa proporção cresceu 9,1 pontos percentuais (p.p.) frente à última pesquisa do IBGE a investigar o tema, a POF 2017-2018, que havia encontrado 63,3% dos domicílios do país em situação de segurança alimentar.

No entanto, 21,6 milhões de domicílios (27,6%) eram afetados por algum grau de insegurança alimentar.

A forma mais grave englobava cerca de 3,2 milhões de domicílios (4,1%). Os dados são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgado hoje, 25, pelo IBGE.  

A pesquisa teve como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores.

Esta é a primeira vez que a PNAD Contínua disponibiliza resultados segundo os critérios da EBIA, mas quatro divulgações anteriores do IBGE já abordaram o tema segurança alimentar segundo essa escala: os Suplementos sobre Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), que fizeram parte da PNAD em 2004, 2009 e 2013, além da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018. 

Fonte: Diário de Pernambuco

- divulgação -

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