No que tange à Educação, acadêmicos se debruçam nos
estudos, com vistas ao desenvolvimento humano, o que não é nada fácil. Têm-se à
mão muitas teorias formuladas para facilitar o aprendizado do aluno, admitindo
aspectos de multidisciplinaridade. O que antes não chegava à agenda do
professor, hoje deve fazer parte da rotina. O desempenho do aluno não deve ser mais
medido pela nota que lhe é atribuído mediante provas orais ou escritas.
Considera-se o aspecto do aprendizado cognitivo somado a variáveis, como o
comportamento, a interação com os demais alunos, a capacidade de agir ou reagir
após algum conflito, interesse nas questões de ordem social, criatividade para superar
desafios, entre outras.
Nesse sentido, imagina-se o quanto um aluno com
necessidades especiais pode ser auxiliado no espaço escolar. No entanto, não
basta o monitoramento das variáveis já citadas. Do educador, é exigida, além da
qualificação profissional que leve em consideração aspectos, na predominância,
sociais e econômicos, a aplicação de uma abordagem diferenciada, única para
cada educando.
Daí surge a necessidade de uma equipe multidisciplinar.
Antes, o professor acumulava muitas funções, dentro e fora da sala de aula. Na
expectativa de um super herói, ele agia de acordo com o conhecimento que
possuía e o tempo que aplicava na dedicação ao ofício de ensinar. A realidade
atual mostra as modernas especificidades do processo educacional, sendo
humanamente impossível um único profissional acompanhar o aluno, especial ou
não, em seus múltiplos requisitos de desenvolvimento.
Compreende-se que a escola era um lugar onde a criança
recebia instruções, fazia trabalhos de pesquisa, era submetida a provas e
praticava atividade física. Hoje, deve-se entender como escola o espaço - não
limitado por paredes físicas - destinado a práticas que emancipem o educando,
formando-o na integralidade, ou seja, capacitando-o intelectual e moralmente.
Fica a seguinte provocação: será que as escolas estão
preparadas para essa realidade? Será que profissionais, como pedagogos,
psicólogos, neuropediatras, linguistas, nutricionistas etc. participam do
ambiente escolar em equipe multidisciplinar? Será que, diante de uma tal ou
qual dificuldade do aluno, existe alguém capacitado para lhe apresentar o
conteúdo programático sob a ótica de uma
outra abordagem pedagógica, facilitando seu raciocínio?
Com as ferramentas científicas das quais dispomos hoje, o rendimento do aluno não deve ser avaliado apenas pelas cores do boletim. Vamos refletir nisso!
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