terça-feira, 30 de abril de 2024

Pernambuco está entre líderes de INSEGURANÇA ALIMENTAR do Brasil, diz IBGE

 Gazeta da Torre

Em 20 de janeiro/2023, em João Pessoa/PB, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, em reunião do Consórcio Nordeste destacou: “Comida no prato não tem ideologia, emprego não tem ideologia, a gente precisa ter uma pauta comum que atenda à população do nosso Nordeste". Após mais de um ano de sua declaração, Pernambuco aparece com 37,5% dos domicílios com algum grau desse problema, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta (25).

Pernambuco tem 37,5% dos domicílios com algum grau desse problema, conforme dados divulgados pelo IBGE.

Entre os locais com maior nível de Insegurança Alimentar, figuram todos os Estados do  Norte e do Nordeste. 

Nesse quesito, Pernambuco aparece na sétima posição no ranking nacional.

Os dados estão do documento da PNAD Contínua, feito em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Segundo o IBGE, no final de 2023, a PNAD Contínua estimou um total de 3.596 milhões de domicílios particulares permanentes em Pernambuco.

Desse total,  62,5% estavam em situação de Segurnça Alimentar,  enquanto 37,5% dos domicílios particulares restantes estavam com algum grau de insegurança alimentar.

Detalhes

Em 2023, aponta o IBGE,  a proporção de domicílios em "insegurança alimentar leve" foi de 23,5%.

 já 7,45% dos domicílios particulares estavam com problema "moderado" moderada e 6,5%, em situação "grave".

Insegurança Alimentar Grave

Entre os Estados do Nordeste, Pernambuco tem 6,5% dos domicílios com níveis de "Insegurança Alimentar grave", deixando o Estado em segundo lugar, perdendo apenas para o Maranhão, que tem 8,1 % dos domicílios com a IAG.

No Norte país o Pará apresenta 9,5%, Amazonas 9,1%, Amapá 8,4%

Os três Estados da região Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul) são os que apresentam menores índices de insegurança alimentar, com mais de 80% da população em situação de segurança alimentar.

Sobre insegurança alimentar

O IBGE considera domicílio em situação de insegurança alimentar aquele em que seus moradores, nos últimos três meses,  passaram por ao menos uma das seguintes situações:

Tiveram a preocupação de que os alimentos acabassem antes de poderem comprar ou receber mais comida;

Faltaram alimentos antes que tivessem dinheiro para comprar mais comida;

Ficaram sem dinheiro para terem uma alimentação saudável e variada;

Comeram apenas alguns poucos tipos de alimentos que ainda tinham por que o dinheiro acabou.

Níveis

A insegurança alimentar pode ser classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com a restrição na qualidade e na quantidade de alimentos consumidos pelos moradores.

No Brasil

No quarto trimestre de 2023, dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil, 72,4% (56,7 milhões) estavam em situação de segurança alimentar.

Ou seja,  tinham acesso permanente à alimentação adequada.

Essa proporção cresceu 9,1 pontos percentuais (p.p.) frente à última pesquisa do IBGE a investigar o tema, a POF 2017-2018, que havia encontrado 63,3% dos domicílios do país em situação de segurança alimentar.

No entanto, 21,6 milhões de domicílios (27,6%) eram afetados por algum grau de insegurança alimentar.

A forma mais grave englobava cerca de 3,2 milhões de domicílios (4,1%). Os dados são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgado hoje, 25, pelo IBGE.  

A pesquisa teve como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores.

Esta é a primeira vez que a PNAD Contínua disponibiliza resultados segundo os critérios da EBIA, mas quatro divulgações anteriores do IBGE já abordaram o tema segurança alimentar segundo essa escala: os Suplementos sobre Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), que fizeram parte da PNAD em 2004, 2009 e 2013, além da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018. 

Fonte: Diário de Pernambuco

- divulgação -

Mercado da Madalena - Bar da Marília

 

A suculenta mão de vaca do Bar da Marília.

Um prato forte, tradicional e gostoso.

Bar da Marília, Mercado da Madalena, Recife/PE.

MÚSICA AO VIVO no SÁBADO a partir das 13h.

Petiscos regionais, bebidas nacionais e importadas. 

*Aceita cartão.

Visite o Mercado da Madalena!

A partir de maio, Google proíbe impulsionamento de conteúdo político para as eleições de 2024 no Brasil

 Gazeta da Torre

A decisão foi tomada após a atualização das regras para propaganda eleitoral feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em fevereiro

O Google anunciou nesta quarta-feira (23) que não vai permitir anúncios políticos nas eleições municipais de outubro.

A medida foi tomada pela plataforma em função da resolução aprovada em fevereiro deste ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para restringir o uso de inteligência artificial (IA) e determinar a adoção de medidas de combate à circulação de fatos inverídicos ou descontextualizados.

Em nota, o Google informou que a restrição aos anúncios começará em maio, quando as resoluções do TSE entrarão em vigor.

A empresa também declarou que apoia a integridade das eleições. "Vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio, tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto",  informou a empresa.

Pelas regras do TSE, as redes sociais deverão tomar medidas para impedir ou diminuir a circulação de fatos inverídicos ou descontextualizados. As plataformas que não retirarem conteúdos antidemocráticos e com discurso de ódio, como falas racistas, homofóbicas ou nazistas, serão responsabilizadas.

A resolução também regulamenta o uso da inteligência artificial durante as eleições municipais de outubro.

A norma proíbe manipulações de conteúdo falso para criar ou substituir imagem ou voz de candidato com objetivo de prejudicar ou favorecer candidaturas. A restrição do uso de chatbots (software que simula uma conversa com pessoas de forma pré-programada) e avatares (corpos virtuais) para intermediar a comunicação das campanhas com pessoas reais também foi aprovada.

O objetivo do TSE é evitar a circulação de montagens de imagens e vozes produzidas por aplicativos de inteligência artificial para manipular declarações falsas de candidatos e autoridades envolvidas com a organização do pleito.

Fonte: Agência Brasil

- divulgação -

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Jailson Marcos: O famoso designer de calçados na Torre


Cecília Falcão - Consultora de Imagem e Colaboradora da Gazeta da Torre

O designer Jailson e suas produções
Difícil mensurar o fascínio que um belo par de sapatos pode causar nas pessoas.  Seja por esse ou aquele motivo em específico, a verdade é que quase todos nós investimos nos calçados a fim de diversificar a composição dos nossos looks. Formais, básicos, clássicos, despojados... Eles possuem as mais variadas categorias e geralmente estão em nosso closet assim, devidamente reservados para cada tipo de ocasião.

Existem redes de lojas do ramo que atendem a diversos públicos e estilos ali mesmo, num só lugar. Mas, tamanha praticidade acarreta num produto que passa longe da exclusividade. Pensando em vender para um grande número de consumidores, esse tipo de negócio não agrada um público mais exigente, que gosta exatamente de adquirir peças produzidas em menor escala.

Visando proporcionar esse diferencial, o designer Jailson Marcos cria sapatos há mais de 20 anos. Buscando sempre inovar nos materiais, calça pés que procuram um diferencial, um conceito. Com reconhecimento em publicações como Claudia, Elle e Vogue Brasil, o empresário diz que não costuma ceder à ditadura das tendências e adota uma trajetória contrária aos modismos.

Jailson Marcos é um designer potiguar radicado em Pernambuco. Seu ateliê na Madalena virou destino turístico do Recife. Por lá, passam nomes da moda, como o estilista Ronaldo Fraga, a jornalista Lilian Pacce, ou o embaixador de suas criações, o artista Carlinhos Brown, entre outras personalidades. A cada cliente, que recebe como se fosse um amigo de longa data na casa de vila, explica seu diálogo estético entre o design atual e a tradição do artesanato brasileiro.

 Jailson com o embaixador de suas criações,
o artista Carlinhos Brown
A artista Zélia Duncan
O ator Alexandre Nero
O estilo é inconfundível e cada vez mais reconhecido, visto em telenovelas, desfiles da São Paulo Fashion Week e shows de vários artistas. Quem decide usar um dos seus modelos sempre vai responder à pergunta: É Jailson?

Vale à pena uma visita, independente do seu estilo. Conhecer esse universo diferenciado pode nos permitir ousar um pouco mais nas combinações entre roupas e acessórios e principalmente, descobrir uma moda que segue apenas três regras: Design, Qualidade e Conforto.


O designer de sapatos pernambucano Jailson Marcos, nome queridinho de várias celebridades, abriu uma loja no Espaço Mix, no Piso L2 do RioMar Recife, ao lado de outras marcas autorais pernambucanas em 2021.

Com mais de 30 anos de história e inúmeras criações marcantes, Jailson segue com a produção inteiramente local, artesanal e autoral, pilares responsáveis pelo surgimento dos sapatos que perpetuam até hoje. As inspirações para cada coleção, no entanto, são ilimitadas e diversas. 


Especialista avalia como os problemas estruturais do País comprometem as capacidades de criação, inovação e geração de riqueza

 Gazeta da Torre

Eduardo Giannetti em palestra

O mundo está encerrando o atual ciclo de hiperglobalização. Essa é uma das tendências apontadas pelo economista e filósofo Eduardo Giannetti. Além disso, ele destaca outros dois movimentos globais, cujos atuais ciclos de fechamento afetam direta ou indiretamente o Brasil: a era de inflação e juros baixos e o milagre chinês.

Giannetti, durante palestra no evento de comemoração dos dez anos do Canal UM BRASIL — uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) —, abordou que, desde meados dos anos 1980, o mundo vive o processo de globalização. Em algumas décadas, centenas de milhões de trabalhadores asiáticos foram integrados ao mercado global, gerando implicações econômicas e políticas. Setores industriais inteiros deslocaram as linhas de produção para onde o trabalho seja mais barato e a produtividade, maior. “No entanto, o que se revelou com a pandemia, as guerras e o aumento da tensão geopolítica é que essa hiperglobalização tem um ‘calcanhar de Aquiles’: restringe o número de fornecedores e aumenta a vulnerabilidade dos negócios a poucos fornecedores”, ressaltou Giannetti.

De acordo com os dados da consultoria McKinsey, para 180 produtos vitais da economia mundial, existem menos de três fornecedores no mundo. “Ao analisarmos ingredientes farmacêuticos ativos, observaremos que 80% da produção estão concentrados em dois países: China e Índia”, exemplificou. Toda essa vulnerabilidade é revista por empresas e governos com um movimento de reorientação dos grandes investimentos em busca de mais segurança e diversificação. “Essa concentração de investimentos nas áreas econômicas que oferecem menor custo de produção acabou, e esta pode ser bom para o País, que esteve fora desse processo de hiperglobalização, com exceção do agronegócio. Podemos ter uma participação bem maior se soubermos aproveitar o novo momento de reorientação de investimentos e a presença nas cadeias internacionais de produção”, afirmou.

Perspectivas da macroeconomia

O segundo grande ciclo que termina é a anomalia, em termos de macroeconomia internacional, de juros e inflação extremamente baixos. Os números mais recentes da inflação norte-americana apontam que a expectativa de que os juros poderiam começar a cair de forma mais intensa, neste ano, não vai se concretizar. Apenas 20% dos analistas acham que os juros vão recuar a partir de junho. “Devemos voltar para o juro real em territórios positivos, o que não é boa notícia para nenhum mercado emergente, inclusive o Brasil, que está em um ciclo de redução de juros”, comentou. Esse desequilíbrio, avaliou Giannetti, também tem relação com a hiperglobalização, que reduziu os custos de produção e barateou os produtos no comércio internacional.

O milagre chinês, frente ao crescimento de dois dígitos, é, segundo o imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), o terceiro ciclo perto do fim. “Hoje, fala-se em alta de 5% — e mesmo esse patamar suscita dúvidas. A população que estava nas áreas rurais já foi incorporada, e o crescimento passa a acontecer mais por meio de ganhos de produtividade, que não são tão fáceis”, explicou. O declínio da China abre oportunidades para outros países, como o nosso. “O fim da era de juros e inflação baixas não é uma boa notícia, mas não é um desastre; já o declínio da China libera para outros países emergentes possibilidades de atração de capitais”, enfatizou.

Desigualdade limitante

Ao avaliar como os problemas estruturais do País comprometem as capacidades de criação, inovação e geração de riqueza, Giannetti ressaltou que é uma ilusão pensar que a desigualdade será resolvida com políticas de distribuição e transferência de renda, capazes somente de atenuar situações emergenciais. O futuro do Brasil, opinou, não será decidido em uma reunião do Copom [o Comitê de Política Monetária do Banco Central, que decide a taxa básica de juros], nas profundezas do pré-sal, na Bolsa de Valores ou em gabinetes de ministérios, mas nas milhares de salas de aula espalhadas pelo território nacional. “Os talentos econômicos, culturais, artísticos e tecnológicos, por uma falta de condição elementar na partida, se veem privados do seu potencial e da sua realização plena.”

Mais produtividade 

Diante do envelhecimento da população, outro desafio será o de aumentar a produtividade. O Brasil está vivendo o fim do bônus demográfico, com mudanças na estrutura etária. De 12% da população acima de 60 anos, em 2015, o País terá 30%, em 2050. “A pirâmide etária virou um barril, e em 2050 vai virar um cogumelo. Se não melhorarmos a produtividade do trabalho dos brasileiros, como vamos sustentar o topo desse cogumelo?”, questionou.

Na opinião do economista, é a produtividade — e não a Reforma da Previdência — que precisa estar em pauta. A solução seria aumentar o resultado econômico gerado pelo trabalho de cada brasileiro, o que precisaria ser feito investindo em três frentes: por meio do capital físico, do capital humano e das instituições, investindo nos incentivos adequados e direcionando os fatores produtivos do País para onde sejam mais relevantes. “Nos últimos 70 anos, apenas 12 países conseguiram vencer essa batalha, e todos fizeram isso aumentando a exportabilidade do PIB [Produto Interno Bruto]”. São três os caminhos: vender manufaturados, vender serviços ou aumentar as vendas externas de commodities, argumentou.

*Eduardo Giannetti - Atualmente, é professor no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Possui graduação em Ciências Econômicas e em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Tem doutorado em Economia pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde chegou a lecionar. Também foi professor na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), da USP.

Fonte: UM Brasil

- divulgação -

sábado, 27 de abril de 2024

Possibilidade de expulsão de morador de condomínio é polêmica, mas constitucional

 Gazeta da Torre

Bairro da Torre, Recife/PE

A proposta de atualização do texto do Código Civil, apresentada no início de abril, por um grupo de trabalho formado por magistrados e juristas, tem entre seus pontos mais controversos uma sugestão no campo do Direito Imobiliário: o reconhecimento da figura do condômino antissocial, com a regulamentação de sua expulsão, ainda que ele seja proprietário do imóvel.

A polêmica da ideia mora na possibilidade de expulsão do condomínio de uma pessoa que é dona do lugar em que vive. O texto apresentado pelo grupo de trabalho diz o seguinte sobre o tema: “Verificando-se que a sanção pecuniária se mostrou ineficaz, a assembleia poderá deliberar, por ⅔ dos condôminos presentes, pela exclusão do condômino antissocial, a ser efetivada mediante decisão judicial, que proíba o seu acesso à unidade autônoma e às dependências do condomínio”.

Advogados especialistas em Direito Imobiliário consultados pela revista eletrônica Consultor Jurídico afirmam que, apesar de controversa, a proposta de criação da figura do condômino antissocial não agride a Constituição Federal. Isso porque, conforme eles fazem questão de lembrar, o direito à propriedade não é absoluto, o que abre as portas para a possibilidade de expulsão do dono de uma unidade que cause problemas para os demais moradores.

“O direito à propriedade não é absoluto, tanto é assim que existem inúmeras possibilidades de redução ou perda desse direito, como a penhora do imóvel, a desapropriação e a usucapião, que são alguns dos instrumentos jurídicos que relativizam o direito à propriedade e dão voz à função social do imóvel”, afirma Aleksander Szpunar Netto, membro do Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário (Ibradim). Ele destaca, porém, que a expulsão é uma medida extrema, que só deve ser tomada se outras ações menos radicais não apresentarem bons resultados.

O advogado ainda recorda que o artigo 1.228 do Código Civil atualmente em vigor, em seu §2º, em consonância com as garantias constitucionais, proíbe atos do proprietário que não tragam a ele “qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem”, o que, segundo Szpunar Netto, evidencia a intenção do legislador de relativizar o direito à propriedade.

Regra mais dura

O texto produzido pelo grupo de trabalho, que deverá ser votado no Senado Federal no próximo mês, altera o artigo 1.337 do CC, que em seu caput diz o seguinte: “O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser constrangido a pagar multa correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem”.

A proposta dos magistrados e juristas que compõem o grupo é endurecer essa regra, introduzindo no Código a possibilidade de expulsão do condômino antissocial.

Segundo Maria Victória Santos Costa, sócia do escritório MV Costa Advogados, a alteração, caso entre em vigor, dará segurança jurídica a um procedimento que já existe na prática.

“A exclusão do condômino antissocial já ocorre atualmente, em hipóteses excepcionais. O anteprojeto inova ao prever procedimento específico, com deliberação em assembleia e decisão judicial. O direito à propriedade pode ser limitado em prol do interesse social”, disse ela. “O exercício abusivo da propriedade do condômino pode interferir na esfera de direitos de seus vizinhos, relativos à propriedade, ao sossego, à intimidade e à saúde. O procedimento previsto no anteprojeto oportuniza a manifestação do condômino em assembleia e em processo judicial, antes que a exclusão aconteça.”

Luís Rodrigo Almeida, sócio do Dib, Almeida, Laguna e Manssur Advogados, afirma que, nos casos em que não há como resolver o conflito amigavelmente, não existe outra saída que não seja resolver a questão na Justiça.

“Eu já vi casos em que o condômino brigava todos os dias com os vizinhos. Teve um caso em que ele até chegou a agredir uma criança. Enfim, condutas que realmente não há como tolerar. Existe uma incompatibilidade de convivência nesses casos, e é preciso haver um remédio judicial. Nesse caso, o acusado também terá amplo direito de defesa, e isso não interfere no direito à propriedade.”

Direito garantido

Evidentemente, não será qualquer desavença que culminará na expulsão do morador do condomínio, pois continuarão existindo meios de solução do problema fora do Poder Judiciário, que só deverá ser acionado em último caso.

Conforme diz Aleksander Szpunar Netto, embora não seja absoluto, o direito à propriedade deverá ser levado em conta se for aberta uma ação judicial contra o condômino que não se comporta bem, entre outros direitos fundamentais.

“Destaco ainda que, seja o condômino um inquilino ou o proprietário, sua defesa será pautada, em especial, no direito fundamental à moradia, e, caso seja proprietário, também no direito fundamental à propriedade e sua função social.”

Fonte: Victória Cócolo, repórter da revista Consultor Jurídico

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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Phubbing: o que é e como ele pode atrapalhar seu relacionamento

 Gazeta da Torre

Pessoas correm o risco de comprometer relacionamento ao dar atenção demais para o celular.

Junto de todas as inovações tecnológicas, surgem preocupações com os efeitos colaterais das novidades sobre a vida das pessoas. Um desses reflexos é o phubbing — junção dos termos snubbing (esnobar) e phone (telefone) do inglês —, isto é, o ato de ignorar pessoas por dar atenção demais ao celular.

Dentro da dinâmica dos relacionamentos amorosos, o uso excessivo do celular pode ser um empecilho. Segundo a psicóloga Ana Maria Coelho, o phubbing pode desencadear uma série de diferentes problemas em uma relação, desde falhas na comunicação até a diminuição da conexão emocional entre os parceiros.

“Além disso, o phubbing pode gerar sentimentos de desprezo e desvalorização por parte do parceiro, levando a conflitos e insatisfação no relacionamento”, afirmou a psicóloga em entrevista à CNN.

A especialista alerta para problemas que podem vir na esteira do phubbing, como questões de privacidade, ciúmes e inseguranças, além de cobranças por rapidez nas respostas e disponibilidade — que podem ser geradas pela alta exposição na internet.

Como fazer para evitar o phubbing?

Para amenizar os efeitos e garantir que seu parceiro está recebendo a atenção merecida, Ana Maria Coelho indicou algumas estratégias:

1 – Pratique a escuta ativa

Ouça seu companheiro com atenção e foco. Isso fortalece a comunicação e a conexão emocional.

2 – Estabeleça momentos de qualidade

Aposte em momentos especiais, como jantares sem celulares ou atividades compartilhadas que permitam um tempo de qualidade juntos.

3 – Reconheça e elogie

Saiba apontar e parabenizar seu parceiro pelas contribuições no relacionamento. Isso aumenta a probabilidade de que essas posturas se repitam.

4 – Intervale o tempo de resposta

Em vez de responder a todas as mensagens ou notificações imediatamente, aumente o tempo que você demora para responder aos estímulos do celular. Isso pode evitar a dependência excessiva do aparelho.

5 – Estabeleça limites

Imponha barreiras e não use celulares em momentos específicos, como durante as refeições ou antes de dormir.

6 – Mantenha contato físico

Estreite as interações físicas para fortalecer a intimidade e a proximidade emocional.

Celular como aliado nas relações

O phubbing não é a única consequência do uso de celulares em relacionamentos. O aparelho pode — e deve — ser utilizado para potencializar as relações.

Para Ana Maria Coelho, a velocidade da comunicação via celular pode ajudar os casais a manterem contato constante.

“Através de mensagens, fotos e vídeo, os parceiros podem compartilhar suas experiências diárias, criando uma sensação de conexão e intimidade, mesmo quando estão separados”, defendeu.

A psicóloga disse que aparelho pode ajudar os parceiros a não esquecer de coisas importantes — como datas especiais, compromissos e eventos — e potencializar as atividades compartilhadas dentro da relação.

Ela defende a ponderação e o “equilíbrio saudável no uso do celular”, para que a tecnologia não ocupe o lugar das interações físicas e do tempo de qualidade dedicada ao parceiro.

“Utilizar a tecnologia de forma consciente e respeitosa é fundamental para que o celular seja um aliado positivo nas dinâmicas dos relacionamentos.”

Fonte:CNN Brasil

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Mercado da Madalena - Bar Arrumadinho do Abílio

 

Mais uma delícia do bar Arrumadinho do Abílio!

O caldinho!

https://www.instagram.com/arrumadinhodoabilioofc/

Pratos regionais, bebidas nacionais e importadas.

*Aceita cartão

Bar Arrumadinho do Abílio - Mercado da Madalena, 

Box 165 - Praça da Alimentação.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Você tem interesse em plataformas digitais, comunicação e direitos humanos?

 Gazeta da Torre

São Paulo sedia evento global sobre INTEGRIDADE DA INFORMAÇÃO e COMBATE À DESINFORMAÇÃO

Acompanhe o evento global sobre #IntegridadeDaInformação que será realizado na próxima semana pelo Grupo de Trabalho do #G20 sobre Economia Digital.

O seminário contará com a participação da chefe de Comunicação Global da ONU, @melissarfleming, do diretor de Comunicação e Informação da UNESCO, Tawfik Jelassi, e da jornalista filipina vencedora do Prêmio Nobel da Paz.

https://www.instagram.com/melissarfleming/

 https://www.instagram.com/maria_ressa/.

O quê? Seminário "Integridade da informação: combate à desinformação, ao discurso de ódio e às ameaças à democracia"

Onde? São Paulo - SP

Quando? 30 de abril (terça) e 1º de maio (quarta)

Saiba mais: Siga 

 https://www.instagram.com/g20org/ 

e visite a página: 

 https://www.g20.org/pt-br

O que é Integridade da informação? Confira algumas mensagens-chave do Informe do secretário-geral da ONU, António Guterres:

A integridade de informação refere-se à precisão, consistência e confiabilidade da informação que precisamos para tomar decisões que afetam o dia a dia e o futuro.

O acesso à informação é um direito humano fundamental que possibilita a construção do conhecimento sobre a realidade social. É um alicerce para a liberdade, o convívio social e o desenvolvimento.

A integridade da informação vem sendo cada vez mais comprometida pela desinformação, pelas informações falsas e pelo discurso de ódio, que encontraram um terreno fértil nas plataformas digitais.

“Plataformas digitais geraram esperança às pessoas em tempos de crise e luta, amplificaram vozes que antes não eram ouvidas, e deram vida a movimentos globais. No entanto, essas mesmas plataformas também expuseram um lado mais sombrio do ecossistema digital. Elas permitiram a rápida disseminação de mentiras e do discurso de ódio, causando danos reais em escala global.” - @antonioguterres.

https://www.instagram.com/antonioguterres/

Fonte: ONU Brasil

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Mercado da Madalena - Seridó Carne e Queijo

 

SERIDÓ Carne e Queijo - Mercado da Madalena, Recife.

Produtos de qualidade vindos do sertão nordestino. Cortes de carne de primeira. Carne de sol, queijo manteiga e coalho, castanha, doces em calda e muito mais!



São mais de trinta anos de tradição!.

O espaço Seridó Carne e Queijo está localizado no 
Mercado da Madalena - Recife / PE. Contato: 
(81) 3074-8823; 
(81) 999135958. 
(*Possui serviço de entrega).

#tbt - Gazeta da Torre – junho/2008 – O antigo restaurante Dobradinha do Gordo no bairro da Torre

 Gazeta da Torre

Foi o restaurante mais tradicional da Torre. Inaugurado em 1979, pelo caruaruense Francisco Pinheiro. A história de empreendedorismo de Francisco, criador da marca, começou quando, em meados da década de 1970, ele migrou ao Recife para trabalhar no restaurante do irmão no centro da cidade. Pouco tempo depois, abrindo um fiteiro nas proximidades, onde conseguiu uma base boa de clientes, o que o levou a pensar em empreender algo maior. Foi quando inaugurou o restaurante na Rua José Bonifácio, bairro da Torre.

A dobradinha foi aprimorada por Francisco, que cozinhava, lavava, servia e atendia quando o restaurante começava a funcionar. “Criamos a receita de dobradinha com charque. Isso foi a nossa cara, é algo que acrescentou valor à nossa marca”, revelou Francieud, filho de Francisco.

... Aos poucos, ajeitou as paredes, colocou esteiras, levou algumas mesas para a calçada, aprimorou as receitas e com isso, cada vez mais, moradores do bairro começaram aparecer. A dobradinha era o destaque, carro-chefe, sempre preparada com um jeito cuidadoso.

Com o tempo, Francisco começou a conquistar clientes fiéis, adquirindo na época, o apelido de “gordo” no próprio bar. Foi quando o nome Dobradinha do Gordo surgiu. Dobradinha, por ser o prato principal e “gordo” pelo seu porte físico. “Não tinha um nome melhor. Foi criado pelos clientes e no dia a dia”, lembra o comerciante.

“Fui persistente e sou grato principalmente porque foi do restaurante que tirei o sustento da minha família e dei formação para os meus três filhos. Nunca imaginamos completar tantos anos (mais de trinta). Nem temos fotos do começo porque não achávamos que poderia durar tanto. Mas temos história para contar. Não é pelo dinheiro e nenhuma riqueza, mas sim pelo nosso nome e pela satisfação. Foi gratificante”, finaliza Francisco.

Garçons antigos


A parte física do restaurante Dobradinha do Gordo foi desativada alguns anos depois de completar trinta anos. Boas lembranças!

MD, @gazetadatorreoficial

quarta-feira, 24 de abril de 2024

A força, a leveza e a versatilidade dos contos da sertaneja Débora Ferraz

 Gazeta da Torre

Escritora Débora Ferraz

É doutora em escrita criativa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e mestre em narrativas audiovisuais pela Universidade Federal da Paraíba. Nasceu em Serra Talhada (PE), mas mora atualmente em João Pessoa (PB), onde é cofundadora da escola de escrita Edícula Literária.

Débora Ferraz estreou na prosa aos 16 anos com ‘Os Anjos’ (2003). “Não é toda hora, mas de vez em, quando acontece. Quando achamos que tudo está perdido, um milagre surge e renova a certeza de que o novo sempre vem. Parece mesmo que é coisa de anjo. Pena que é rara. É assim, a nova geração diz que sabe, a gente diz que ainda não. Eles dizem que vão, a gente diz espera um pouco. Mas eles são cabeças duras, nem ligam e seguem em frente. Ainda bem que são assim, pois assim nasce o novo. Grata surpresa esta, de ver um talento florescer e frutificar. Bom mesmo é sentir a coragem e ousadia que servem de lição e modelo. Em um mundo estigmatizado pelas guerras, pelas drogas e pelo poder, vence a palavra, o verbo e o sonho. 

Estou certo de que aquele que quiser ler a jovem escritora Débora Ferraz, sentirá a excitação própria da literatura e sua magia, que nos absorve e nos remete ao universo do pensar. Exercício tão pouco praticado em nossos dias, por nossa sociedade hermética. Com uma linguagem fluente e madura, Débora revela-se uma escritora rica em recursos e de uma criatividade invejável, cuja carreira é um fato inexorável. Não posso me furtar a gratidão de poder participar deste projeto, recomendo o trabalho que muito me impressiona e comove, já que transcende o texto em si mesmo, para servir de alento aos que acreditam não haver qualidade nos jovens e para estimular a capacidade de fazer e realizar. Bem sei que é raro, mas acontece. Acho mesmo que é coisa de anjo. Quem ler, acreditará”, apresenta Lupércio Filho, Artista e Educador.

Publicou em várias coletâneas, entre elas ‘Geração 2010, o sertão é o mundo’. Sua obra foi traduzida para o alemão e para o inglês. Uma antologia “fora do eixo” é a proposta de Geração 2010, o sertão é o mundo, que reúne 25 autores, a grande maioria deles nascida no nordeste brasileiro. Publicado pela Reformatório, conta com nomes como Ailton Krenak, Itamar Vieira Junior, Maria Valéria Rezende, Jarid Arraes, Micheliny Verunschk, Mailson Furtado, Franklin Carvalho, Débora Ferraz, Natalia Borges Polesso e Nara Vidal, cronista do Rascunho. A organização é do escritor Fred Di Giacomo.

O livro traz texto de orelha assinado por Marçal Aquino, que enfatiza a “sintonia com os novos códigos sociais e culturais” da coletânea. “Alguns dos autores são iniciantes, outros já possuem trajetórias reconhecidas. Além do sertão, a diversidade os une.”

Para o editor Marcelo Nocelli, os nomes reunidos são em Geração 2010, o sertão é o mundo “são a ponta de iceberg de um movimento literário maior que eclodiu na década de 2010”, de autores que “tinham o fato de virem de fora dos centros de poder do Brasil, serem parte de grupos discriminados, produzirem uma literatura épica e poética e não terem começado suas carreiras apadrinhados por grandes editoras”.

Em 2014, Débora Ferraz surpreendeu com a força narrativa do romance ‘Enquanto Deus Não Está Olhando’, ganhador do Prêmio Sesc e São Paulo de Literatura. Sua chegada ao conto, com a obra ‘Ogivas’, mantém o requisito de uma prosa densa e surpreendente. “O conto é uma forma literária extremamente arquitetônica. Ele tem um peso muito denso, mas é leve, porque se equilibra de maneira geométrica”, afirma Ferraz, que destaca que ‘Ogivas’ é o seu livro mais bélico, e que as narrativas vão ao encontro da ideia de que “a arte não foi feita para ser inofensiva”.

Seus personagens são reais, vivos e tocam pela carga de verdade que carregam. Sua narrativa leva o leitor a um ambiente que se equilibra entre a delicadeza e o abismo. Essas características fazem da escritora uma das melhores vozes da nova literatura.

Fonte: Literatura BR

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terça-feira, 23 de abril de 2024

Nádia Maia e Assisão - Os homenageados do Recife Junino 2024

 Gazeta da Torre

Nádia Maia e Assisão são os homenageados do Recife Junino 2024. Ícones da nossa cultura, os dois levam o forró em suas veias! Viva o São João!

A carreira de Nádia Maia teve inicio em 1975, como vocalista da banda de baile Alcano, que por quinze anos encantou todo o Nordeste com a sua versatilidade de estilos musicais.

Em 1995 ganhou o primeiro lugar do festival Canta Nordeste, da Rede Globo/NE, com a canção Meninos do Sertão de Petrúcio Amorim e Maciel Melo.

Em 1996 gravou dois CDs dedicados aos ritmos pernambucanos, o que lhe projetou para o mercado europeu, com turnê pela França, Espanha e Portugal.

De voz vigorosa, marcante e brejeira, Nádia Maia teve um destaque especial ao longo deste ano no cenário da cultura popular nordestina, pois comemorou 15 anos de forró com muito trabalho, parcerias e amizades.

Ao longo do caminho, Nádia Maia agregou em suas obras a participação de grandes artistas como: Dominguinhos, Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Santanna O Cantador, Flávio Leandro, Xico Bizerra, entre outros.

Militante ativa do movimento em prol da Nação Forrozeira, Nádia Maia integra a respeitada Sociedade dos Forrozeiros Pé-de-serra e ai, e há 2 anos participa da condução do programa cultural da Rádio Folha de Pernambuco todas às segundasfeiras, das 17 às 18h.

Nádia Maia é a representação autêntica da cultura forrozeira em forma de mulher!

Nascido na Fazenda São Miguel, zona rural de Serra Talhada no dia 5 de maio de 1942, Assisão, cujo nome de batismo é Francisco de Assis Nogueira, desde criança já mostrava talento para cantar e compor.

Gravou seu primeiro compacto em 1962 pela extinta  gravadora Rozenblit, quando ainda fazia parte do grupo “Azes do Baião”. Estima-se que Assisão tenha vendido em sua carreira aproximadamente 3 milhões de discos.           

Assisão é considerado um artista inovador. Ele foi um dos primeiros forrozeiros a introduzir, ainda nos início dos ano 80, os sons produzidos pela guitarra, baixo, teclado e bateria nas suas músicas. Mesmo com essa nova roupagem ele não deixou de produzir o autêntico forró.

O cantor faz parte de uma geração de forrozeiros, entre eles, Jorge de Altinho, Alcymar Monteiro, Flávio José, Novinho da Paraíba, que são os baluartes do verdadeiro forró, o original, aquele de Luiz Gonzaga, de Jackson do Pandeiro, do Trio Nordestino e de Dominguinhos.  Assisão contínua, sendo umas das grandes atrações nas maiores e melhores festas juninas do país, como em Caruaru e Campina Grande.  

Fontes: Ser Digital; Forrozeiros PE;

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