Gazeta da Torre
Em 20 de janeiro/2023, em João Pessoa/PB, a governadora
de Pernambuco, Raquel Lyra, em reunião do Consórcio Nordeste destacou: “Comida
no prato não tem ideologia, emprego não tem ideologia, a gente precisa ter uma
pauta comum que atenda à população do nosso Nordeste". Após mais de um ano
de sua declaração, Pernambuco aparece com 37,5% dos domicílios com algum grau
desse problema, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) na quinta (25).
Pernambuco tem 37,5% dos domicílios com algum grau desse
problema, conforme dados divulgados pelo IBGE.
Entre os locais com maior nível de Insegurança Alimentar,
figuram todos os Estados do Norte e do
Nordeste.
Nesse quesito, Pernambuco aparece na sétima posição no
ranking nacional.
Os dados estão do documento da PNAD Contínua, feito em
parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e
Combate à Fome.
Segundo o IBGE, no final de 2023, a PNAD Contínua estimou
um total de 3.596 milhões de domicílios particulares permanentes em Pernambuco.
Desse total, 62,5%
estavam em situação de Segurnça Alimentar,
enquanto 37,5% dos domicílios particulares restantes estavam com algum
grau de insegurança alimentar.
Detalhes
Em 2023, aponta o IBGE,
a proporção de domicílios em "insegurança alimentar leve" foi
de 23,5%.
já 7,45% dos
domicílios particulares estavam com problema "moderado" moderada e
6,5%, em situação "grave".
Insegurança Alimentar Grave
Entre os Estados do Nordeste, Pernambuco tem 6,5% dos
domicílios com níveis de "Insegurança Alimentar grave", deixando o
Estado em segundo lugar, perdendo apenas para o Maranhão, que tem 8,1 % dos
domicílios com a IAG.
No Norte país o Pará apresenta 9,5%, Amazonas 9,1%, Amapá
8,4%
Os três Estados da região Sul (Santa Catarina, Paraná e
Rio Grande do Sul) são os que apresentam menores índices de insegurança
alimentar, com mais de 80% da população em situação de segurança alimentar.
Sobre insegurança alimentar
O IBGE considera domicílio em situação de insegurança
alimentar aquele em que seus moradores, nos últimos três meses, passaram por ao menos uma das seguintes
situações:
Tiveram a preocupação de que os alimentos acabassem antes
de poderem comprar ou receber mais comida;
Faltaram alimentos antes que tivessem dinheiro para
comprar mais comida;
Ficaram sem dinheiro para terem uma alimentação saudável
e variada;
Comeram apenas alguns poucos tipos de alimentos que ainda
tinham por que o dinheiro acabou.
Níveis
A insegurança alimentar pode ser classificada como leve,
moderada ou grave, de acordo com a restrição na qualidade e na quantidade de
alimentos consumidos pelos moradores.
No Brasil
No quarto trimestre de 2023, dos 78,3 milhões de
domicílios particulares permanentes no Brasil, 72,4% (56,7 milhões) estavam em
situação de segurança alimentar.
Ou seja, tinham
acesso permanente à alimentação adequada.
Essa proporção cresceu 9,1 pontos percentuais (p.p.)
frente à última pesquisa do IBGE a investigar o tema, a POF 2017-2018, que
havia encontrado 63,3% dos domicílios do país em situação de segurança
alimentar.
No entanto, 21,6 milhões de domicílios (27,6%) eram
afetados por algum grau de insegurança alimentar.
A forma mais grave englobava cerca de 3,2 milhões de
domicílios (4,1%). Os dados são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgado hoje, 25, pelo
IBGE.
A pesquisa teve como referencial metodológico a Escala
Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e
classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de
seus moradores.
Esta é a primeira vez que a PNAD Contínua disponibiliza
resultados segundo os critérios da EBIA, mas quatro divulgações anteriores do
IBGE já abordaram o tema segurança alimentar segundo essa escala: os
Suplementos sobre Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), que fizeram parte da
PNAD em 2004, 2009 e 2013, além da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)
2017-2018.
Fonte: Diário de Pernambuco
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