Gazeta da Torre
Em diferentes faixas etárias a reserva cognitiva é
decisiva na resposta do cérebro à doença.
Há pouco mais de ano, quando a pandemia foi decretada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o alerta de risco à vida foi dado
sobretudo à população acima de 60 anos. No segundo ano de pandemia, os
cientistas já sabem que a idade dos pacientes não tem sido determinante em
casos graves da doença e a reserva cognitiva – capacidade do cérebro de criar
conexões ao longo da vida para responder a diversas situações, está diretamente
ligada a esta resposta.
Idosos x jovens
De acordo com o neurointensivista Marco Paulo Nanci – que
atua na linha de frente do COVID – 19 em Taubaté (SP) e São Paulo (SP), as
pessoas com idade avançada, de forma geral, têm o cérebro mais vulnerável ao
vírus.
Isso acontece porque as pessoas com mais idade têm uma
tendência natural a possuir uma menor reserva cognitiva, ou reserva funcional.
“Tendemos a pensar que as pessoas de maior idade, justamente
por terem um cérebro mais acometido pelo avanço da idade, têm maior propensão a
desenvolver sintomas com a COVID. É aquela questão da reserva funcional. O
paciente de mais idade tem uma tendência a ter uma reserva funcional
neurológica menor, com isso a agressão pela COVID tende a ser maior”, disse o
médico.
No entanto, passado mais de um ano de observação médica,
o neurologista chama a atenção para uma mudança de padrão da pandemia, também
trazendo prejuízo cognitivo para pacientes jovens.
Estamos percebendo uma mudança no padrão da pandemia: ela
tem acometido em maior número pacientes jovens e também notamos que, mesmo
nesse grupo, os sintomas neurológicos podem acontecer. Assim, destacamos o
papel relevante da reserva funcional e a importância do cérebro estar preparado
para uma agressão que pode vir a acontecer”, alertou o médico
Assim como a situação física do paciente no momento do
contágio pelo vírus (comorbidades, sobrepeso, sedentarismo, tabagismo, entre
outros) tem sido determinante na evolução ou não da doença no corpo, no caso do
cérebro, a lógica é a mesma: as conexões e estímulos feitos no cérebro antes do
contato com o vírus tem feito grande diferença na resposta desses pacientes,
segundo o especialista.
“Apesar do paciente de mais idade, ter maior chance de
desenvolver sintomas, o paciente jovem também pode apresentar sintomas, e
quanto mais preparado esse cérebro estiver, quanto mais ativo esse cérebro for,
mais fácil vai ser passar por essa fase de infecção”, alertou.
Aquisição de reserva cognitiva: você pode começar agora
A pandemia explicitou, entre outras coisas, que, pessoas
mais saudáveis, física e mentalmente, têm maior chance de responder a ataques
sistêmicos no corpo humano.
Estimular o cérebro constantemente é criar conexões que
ajudem o nosso órgão mais importante a responder a todas essas situações quando
elas se apresentam.
A reserva funcional, ou reserva cognitiva é criada
através de estímulos cerebrais feitos ao
longo da vida.
Ela pode ser adquirida com o engajamento em atividades
cognitivas estimulantes ou ginástica para o cérebro, ocupação profissional mais
intelectualizada, vida social ativa, atividades de lazer de cunho intelectual,
entre outros.
Esses estímulos criam conexões em nosso cérebro que, por
sua vez, estará mais preparado para tolerar ou lidar melhor com alterações
cerebrais.
O conceito científico de reserva cognitiva é aplicável
tanto a pessoas saudáveis, quanto às que têm um determinado dano cognitivo,
segundo o neurologista.
“Aquela pessoa que tem um processamento cerebral mais
lentificado e têm menor reserva cognitiva, tem uma tendência maior a
desenvolver sintomas cerebrais com a infecção pelo COVID-19. A pessoa que não
tem a reserva, ou já está tudo consumido, em caso de infecção, o vírus vem e
acaba lesando o pouquinho que a pessoa tem, então a tendência é que se tenha
uma piora evolutiva. Já quem se preparou ao longo dos anos e tem um cérebro
ativo, por mais que haja uma lesão pelo vírus, ele está apto, está mais
preparado para responder a essas lesões. Isso não acontece só no COVID. Podemos
pensar em outras doenças, como Alzheimer”, disse o médico.
Como a ginástica para o cérebro estimula o seu cérebro?
O conceito de neuroaprendizagem, aplicado há 15 anos pelo
SUPERA – Ginástica para o cérebro, utiliza como fundamento o conceito de
neuroplasticidade, já comprovado pela ciência, que consiste na ideia do cérebro
se modificar de acordo com estímulos.
Por meio de
atividades que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente, o
cérebro se desenvolve de maneira equilibrada e harmoniosa, em diferentes faixas
etárias, contribuindo com a formação de reserva cognitiva e desenvolvendo
habilidades como memória, concentração, raciocínio e criatividade.
“A base da ginástica cerebral está na novidade, na variedade e nos desafios crescentes. Incentivamos os alunos a vencerem desafios, encontrarem soluções criativas para seus problemas e a pensar de forma diferente. O cérebro, apesar de ser um órgão requisitado o tempo todo, ele tem tendência a ser preguiçoso, a funcionar no piloto automático. Por isso, é importante fazer exercícios que exigem pensamento, raciocínio”, concluiu Patrícia Lessa, Diretora Pedagógica Nacional do SUPERA.
Para reflexão:
Plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar
que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente é forte, e que pode
ir muito mais longe depois de penar que não e pode mais. E que realmente a vida
tem valor e que você tem valor diante da vida!
(William Shakespeare)
Você sabia:
Que nosso cérebro, pesando mais ou menos 1,5kg,
representa de 2 a 3% da nossa massa corporal, consome cerca de 20% a 25% do
nosso oxigênio e de 15 a 20% da glicose de nosso corpo.
Desafio de Abril:
Cada vez que Pedro faz aniversário, seus pais colocam
tantas moedas em seu cofrinho quanto a sua nova idade. No momento Pedro tem 21
moedas.
Qual a idade de Pedro?
Resposta na próxima edição:
Resposta do desafio de Março:
Qual é o próximo número da sequência?
2, 5, 9,
14 ...
A lógica é: Do número 2 para o 5, adicionamos 3. Do 5
para o 9, avançamos 4. Do 9 para o 14 avançamos 5. Ou seja, avançamos 3, depois
4 e depois 5. Assim podemos concluir que para o próximo número, iremos avançar
6. Sendo assim: 14 + 6 = 20.
Reposta: O próximo número da sequência é o número 20
Serviço:
Método Supera - Ginástica para o Cérebro
Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP
02-4270)
Unidade Madalena
Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.
Telefone: (81) 3236-2907
Unidade Boa Viagem
Telefone: (81) 30331695
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