segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Como quantificar e qualificar a performance de uma pessoa considerando valores morais?

 Gazeta da Torre

Há máquinas para tudo. Ou quase tudo. A tecnologia está por trás da automação de um sem-número de processos, não importa que sejam simples ou sofistificados. O fato é que a tecnologia é responsável pela dinamização do nosso tempo. Ela parece encurtar distâncias, ampliar possibilidades e tornar viável o que no passado era tido como impossível.

Além do aspecto de conectividade entre pessoas, que realmente facilita a nossa vida, existe uma diversidade de aparelhos e dispositivos destinados a otimizar o tempo, desde as atividades domésticas até o trabalho intelectual, no âmbito da produção científica, insumos industriais e oferta de serviços.

Em todos os setores da economia, a tecnologia se traduz numa ferramenta capaz de ajudar o homem a administrar o seu tempo. No entanto, configurando-se como um paradoxo, o homem não consegue avançar, sob o ponto de vista moral, na mesma velocidade da tecnologia e, menos ainda, aproveitando e valorizando as facilidades oferecidas por ela.

Algo preocupante em pleno século 21. Existem máquinas para fazer café, lavar e secar roupa, esquentar água, lavar e secar louça, aspirar poeira, umidificar o ar, climatizar ambientes, transportar volumes, gerar energia, estabelecer comunicação rápida e efetiva entre pessoas distantes etc. Com tudo isso, o homem tem mais tempo para investir em si mesmo, mas infelizmente, na predominância, não o faz.

O homem pode medir seu desempenho na corrida, na caminhada, nas atividades em que tenha que produzir quantitativamente algo. Nas tarefas intelectuais, alguns indicadores podem ser adotados como critérios de medição de desempenho. No entanto, como quantificar e qualificar a performance de uma pessoa considerando valores morais?

A Educação, por alcançar e estar presente em todos os aspectos da vida do ser humano, socorre-nos neste momento, trazendo a responsabilidade das nossas escolhas. Mesmo com toda ajuda tecnológica, cabe a cada criatura o dever de seguir um caminho que a tornará, a partir de atitudes sensatas, coerentes e moralmente adequadas a regras de conduta aceitáveis para o bem-estar pessoal e coletivo, um ser humano melhor a cada dia.

Para tanto, não é necessário aparato automatizado. Basta que estejamos com a consciência “ligada” e atenta aos fatores que exploram nossa capacidade de interagir com o outro, desejando e oferecendo o melhor, assim como gostaríamos de receber o que de melhor alguém pode nos ofertar. Vamos refletir sobre isso!!!

Depende de cada um, independentemente do lugar, idioma, cultura. Reflitam!

Nenhum comentário:

Postar um comentário