segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Cada povo tem o governo que merece, disse um francês no século XIX

 Gazeta da Torre

Joseph-Marie Maistre

Ferrenho defensor do regime monárquico e crítico fervoroso da Revolução Francesa, o filósofo francês Joseph-Marie Maistre (1753-1821) escreveu seu nome na história ao lançar a expressão “cada povo tem o governo que merece”. Datada de 1811, a frase registrada em carta, publicada 40 anos mais tarde, faz referência a ignorância popular, na visão do autor a responsável pela escolha dos maus representantes. Contrário a participação do povo nos processos políticos, Maistre acreditava que os desmandos de um governo cabiam como uma punição àqueles que tinham direito ao voto, mas não sabiam usá-lo. Passaram-se mais de duzentos anos e a expressão do francês permanece atemporal por estas bandas.

No Brasil de democracia imatura e educação capenga, o voto ainda é definido pelo poder econômico e promessas bajuladoras totalmente descabidas feitas por candidatos visivelmente despreparados e desinformados nas questões econômicas e sociais dos locais que pretendem governar.

Precisamos do novo verdadeiro, do diferente, de quem nos devolva a esperança de que realmente podemos ter uma vida digna naquele que já foi anunciado como o futuro melhor país do mundo. Que façamos esse futuro agora, enquanto ainda temos tempo.

Terminada as eleições, é hora de abrirmos os olhos e participarmos efetivamente do governo de quem nós colocamos para dirigir os destinos de nossa cidade. Tudo começa nela, daí a importância dos gestores técnicos, devidamente qualificados e bem intencionados. Precisamos sim da verdadeira política, porque esta é da essência da vida em comunidade, mas no momento, devemos abrir mão desses políticos, que só tem a política no nome e trocarmos o nome pela realidade de um compromisso real, plasmado em um planejamento estratégico de quem sabe fazer as coisas de modo organizado, porque gerir é mais do que uma qualidade nos dias atuais, é uma necessidade indispensável de quem precisa, urgentemente, de resultados concretos.

Por Ivonete Gomes; José Herval;

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