sábado, 31 de agosto de 2024

DIA do NUTRICIONISTA (31/07) – A Gazeta da Torre entrevista a nutricionista Elenice Costa, autora de importantes trabalhos científicos na área

Gazeta da Torre
 Elenice Costa, referência para a categoria em todo o país

As pessoas estão cada vez mais conscientes da importância da alimentação para manter a saúde e a qualidade de vida. E o profissional que pode apoiar esse processo é o Nutricionista, pois está apto a elaborar um planejamento alimentar para suprir a necessidade de nutrientes para cada indivíduo.

No dia 31 de agosto comemora-se o dia do nutricionista e, pensando nisso, resolvemos fazer uma entrevista com a nutricionista e nossa colaboradora Elenice Costa. Autora de importantes trabalhos científicos na área, Elenice exerceu significativos cargos na área acadêmica. Foi coordenadora do curso de Nutrição da UFPE em dois períodos distintos (de 1978 a 1983 e de 1990 a 1992) e implantou o Programa de Residência em Nutrição no Hospital das Clínicas da UFPE, o primeiro programa da região Norte/Nordeste, do qual foi coordenadora de 1995 a 1998. Foi a primeira presidente do Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região, com sede em Recife, integrando toda a Região Nordeste. Exerceu a presidência nos períodos de 1980 - 1983, de 1999 - 2002, de 2002 - 2005 e 2014 a 2017. Exerceu, ainda, a presidência do Conselho Federal de Nutricionistas de 1989 a 1990. Nutricionista referência para a categoria em todo o país. A seguir, a entrevista.

(Gazeta da Torre) Em uma frase, qual o perfil do profissional de nutrição?

(Elenice C.) Profissional que promove a saúde do homem, orientando-o na utilização adequada dos alimentos.

(GT) Qual o caminho que um estudante tem que percorrer para se tornar um nutricionista até seu registro?

(E. C.) Antes de tudo, entender o porquê da sua escolha profissional e que sendo a Nutrição uma profissão da área de Saúde, ele irá lidar com a vida.

(GT) A carreira oferece diversas áreas de atuação?

(E. C.) a) Alimentação para indivíduos sadios, como: Escolas, creches, restaurantes comerciais etc.

b) Enferma (Consultórios, clínicas, hospitais etc)

c) Saúde Pública (Indivíduos e/ou Comunidades sob risco Alimentar x Nutricional.

(GT) Onde estão as melhores remunerações?

(E. C.) Em termos de salários, consideramos que o profissional Nutricionista ainda é mau remunerado, com raríssimas exceções, não fugindo à regra dos profissionais da área de saúde, que têm que se desdobrarem para ter uma renda à altura da sua competência e necessidades pessoais.

(GT) Como anda o Conselho Regional de Nutricionistas?

(E. C.) Cremos que o órgão vem cumprindo com o seu papel como órgão fiscalizador do exercício profissional.

(GT) A Sra. implantou o Programa de Residência em Nutrição no Hospital das Clínicas da UFPE, no qual disponibiliza um amplo elenco de especialidades clínicas, cirúrgicas e ambulatoriais. O Programa já formou muitos profissionais com ênfase na área de nutrição clínica. O que tem a falar em relação a isso?

(E. C.) Acreditamos, sem sombra de dúvida, que o Programa de Residência de Nutrição Clínica do Hospital das clínicas de Pernambuco tem cumprido com os objetivos a que se propôs, não só em termos de número de residentes, mas sobretudo, pela qualidade da formação deles. Muitos ex-presidentes, atualmente, são professores e/ou doutores nos diversos cursos do Brasil. Nele, se espelharam outros Programas de Residência de Pernambuco e de outros Estados do Norte e Nordeste. O mais importante, é que se mantém, apesar das dificuldades. 

(GT) Em algumas academias de ginástica é comum observarmos determinados instrutores passando dicas de alimentação para acelerar os resultados da academia. O que acha disso?

(E. C.) Acho uma falta de ética e sobretudo de responsabilidade profissional, pois, o único profissional capacitado para desenvolver essas atividades previstas em lei é o nutricionista. O fato deveria ser comunicado de imediato aos respectivos conselhos profissionais para as providências cabíveis e, caso se faça necessário, acionar a Justiça.

(GT) Rótulos de alimentos industrializados

(E. C.) Atualmente é lei constar informações das respectivas composições nos rótulos dos alimentos industrializados, as quais só poderão ser contestadas com provas.

(GT) Alimentos que não faltam na dieta de um nutricionista

(E. C.) Na dieta aconselhada pelo nutricionista deve constar todos alimentos disponíveis ao homem em condições de serem consumidos. O que vai variar e nortear é adequação ao seu estado nutricional.

(GT) Fazer pequenos lanches entre as grandes refeições

(E. C.) Intercalar pequenas refeições (lanches) entre grandes refeições, constitui-se um bom controle, quando utilizado com conhecimento.

(GT) Um lugar onde as refeições devem ser feitas

(E. C.) As refeições devem ser realizadas em ambiente tranquilo, num tempo adequado ao tipo de alimentação para que cumpra com o seu objetivo.

(GT) A importância da água

(E. C.) Alimento indispensável à vida humana pelas várias funções que exercem em nosso organismo, entre elas, o transporte dos nutrientes e a excreção das substâncias nocivas à vida humana.

(GT) Comer só salada é uma boa forma de manter a alimentação saudável?

(E. C.) Comer só salada (verdura e/ou fruta) não deverá ser considerada uma boa alimentação, porque esses alimentos não possuem em sua composição todos os nutrientes necessários à saúde. Ela deve ser acrescida, mesmo em pequenas quantidades, com proteína de origem animal.

(GT) Alguns especialistas falam que praticar uma alimentação saudável também é saber comer alimentos "não tão saudáveis", mas que são apetitosos e fazem parte da cultura, da tradição de uma família. Eles ainda falam que não dá para comer só guloseimas, mas não podemos deixar de colocar em nossas refeições aquelas comidas que dão sensação de bem-estar. Concorda?

(E. C.) Para responder esta pergunta, teríamos que ter conhecimento de quais alimentos “não tão saudáveis” estamos falando, como também, se eles são ingeridos diária ou esporadicamente.

(GT) Alimentação adequada é capaz de prolongar a vida, independente do estilo de vida que a pessoa leve?

(E. C.) Uma alimentação só é adequada, quando se adapta também ao estilo de vida do indivíduo, razão pela qual ela deve ser individualizada.

(GT) Alimentação na terceira idade, uma dica

(E. C.) Na terceira idade, a alimentação deve prover não só as necessidades em termos nutricionais (Calorias X Nutrição), mas também se adequar às dificuldades inerentes à pessoa idosa, em termos de mastigação, deglutição, digestão, etc.

(GT) Um nicho relativamente novo no mercado de alimentação coletiva é o das Organizações Não Governamentais, as chamadas ONGs. Elas estão apostando nas atividades desse profissional para melhorar o panorama de desnutrição. Ao contar com o Nutricionista, as ONGs procuram ofertar informações à população a respeito do conteúdo nutricional dos alimentos, dando autonomia para que os indivíduos possam fazer escolhas alimentares mais saudáveis. O que acha disso e qual sua observação?

(E. C.) O trabalho desenvolvido pelo nutricionista nas ONGS em termos de Saúde Pública X Nutrição é de grande relevância, para que as autoridades desenvolvam estudos e programas que beneficiem as comunidades em termos de educação e estado nutricional. 

(GT) Levando em conta que todas as novas áreas de atuação profissional são promissoras, podemos considerar o desempenho técnico e científico no Nutricionista e a projeção da Nutrição como ciência do presente e do futuro?

(E. C.) Sim, sendo a Nutrição uma ciência que acompanha o homem desde antes da sua concepção, perpassando por todas as etapas da sua vida, podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que o bom desempenho técnico-científico do nutricionista, projetará a Nutrição cada vez mais como uma ciência do presente e do futuro.

(GT) Um sonho relacionado à profissão

(E. C.) É que ela cada vez mais alcance os seus objetivos, visando o bem-estar do homem.

(GT) Um recado para todos os leitores do jornal Gazeta da Torre

(E. C.) Quando o assunto for Alimentação x Nutrição, procure o NUTRICIONISTA.

O mercado de atuação do nutricionista vem crescendo a cada ano e este profissional ganha cada vez mais importância na promoção do bem-estar e da saúde da população. Em dias de hoje, um papel de extrema importância em nossa sociedade. Nesse registro, os nossos parabéns ao Dia do Nutricionista.

Gazeta da Torre

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Presença de microplásticos no sêmen humano gera aumento de infertilidade masculina

 Gazeta da Torre

Uma pesquisa realizada por cientistas chineses detectou partículas de diferentes tipos de microplásticos no sêmen de homens, levantando preocupações sobre os efeitos potenciais desses contaminantes na saúde reprodutiva masculina. Com outros estudos sobre o assunto, em diferentes locais — como na própria Universidade de São Paulo  —, eles documentaram a presença de microplásticos em várias partes do corpo humano.

Segundo o professor Jorge Hallak, do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina (FM) e do Grupo de Estudo em Saúde Masculina do Instituto de Estudos Avançados (IEA), ambos da USP, a comunidade científica tem estudado substâncias conhecidas como xenobióticos há mais de duas décadas. Referentes a algo externo, ele explica que essas substâncias são estranhas ao organismo, como os microplásticos e outros poluentes atmosféricos que podem provocar efeitos prejudiciais.

“Isso é incorporado no nosso corpo de todas as maneiras possíveis. Alimentação, quando você come com aquele prato de plástico aquecido, quando você bebe uma água mineral em uma garrafa de plástico, então o nosso dia a dia é cheio de microplástico. Além dessas fontes, nós também vimos uma grande quantidade de microplástico nos oceanos, e mesmo em peixes de águas profundas, não só peixes superficiais, então é muito difícil fugir dos microplásticos em qualquer fonte”, explica. Hallak afirma que essas substâncias xenobióticas estão associadas ao aumento da incidência de certas doenças, principalmente no mundo industrializado.

Consequências na saúde humana

O impacto dos microplásticos no sistema reprodutivo masculino é particularmente alarmante: “Hoje, na América Latina, dos casais que não conseguem engravidar, 52% é por causa masculina, ou seja, os homens estão passando as mulheres em termos de infertilidade no casal”. De acordo com o professor, essas partículas não só foram encontradas no sêmen, mas também nos testículos e até nos espermatozoides. A presença de microplásticos pode causar uma microrreação inflamatória local, a qual leva a um estresse oxidativo, que é o radical livre de oxigênio.

Além dos efeitos locais, os microplásticos também têm impacto sistêmico, já que podem ser absorvidos pela corrente sanguínea e distribuir-se pelo corpo, onde podem desbalancear os hormônios do homem — ligados à maior incidência de câncer — e desencadear processos inflamatórios em outros órgãos, incluindo o cérebro. Hallak mencionou que a exposição a microplásticos está associada a um aumento na incidência de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, já que, assim como as células testiculares, as células nervosas são ricas em ácidos graxos suscetíveis a danos.

Medidas a serem tomadas

“O mecanismo de combater isso, pelo menos o efeito temporário para o homem conseguir ganhar fertilidade ou diminuir a chance de perder a capacidade reprodutiva, seria com o uso seletivo de alguns antioxidantes. A causa, que é muito difícil de ser tratada, está em todos os ambientes, mas o efeito nós temos como, dentro da andrologia, conseguir melhorar isso em termos de substâncias antioxidantes e, evidentemente, um pouco de mudança de hábito e estilo de vida”, afirma o especialista. Apesar disso, ele reconhece que é praticamente impossível, no mundo moderno, evitar completamente a exposição a microplásticos.

Mesmo assim, Hallak destacou a importância de políticas públicas e de conscientização social para reduzir o uso de plásticos e minimizar os impactos sobre a saúde, sugerindo substituir o plástico por materiais mais amigáveis ao corpo humano — como o vidro — e evitar aquecer alimentos em recipientes plásticos — como, por exemplo, no micro-ondas. “Teria que ser um movimento muito grande da sociedade, no sentido de você, mesmo que não fuja do plástico, usar tipos de plástico livres de BPA, de bisfenol A. Individualmente, cada um de nós podemos tomar essas atitudes”, concluiu.

Fonte:Jornal da USP

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terça-feira, 27 de agosto de 2024

A fiação elétrica do Recife

 Gazeta da Torre

Avenida Conde da Boa Vista no Recife

A fiação elétrica do Recife é um dos maiores desafios da gestão pública do município, que tem impedimentos legais diante da legislação federal para resolver a questão. Durante a sabatina promovida pelo Porto Digital, na tarde desta segunda-feira (26), o prefeito e candidato à reeleição pelo PSB, João Campos, abordou o assunto.

Questionado sobre o que gostaria de ter feito mais pela cidade na gestão que encerra este ano, João Campos afirmou que seria trabalhar na fiação elétrica, mas explicou que a burocracia é um impedimento.

“Existe uma série de regulamentações que limitam muito o poder da Prefeitura de fazer (ações na fiação). Isso é uma coisa que não vamos desistir, inclusive para o Centro da Cidade. Estudamos muito esse assunto. É extremamente burocrático e tem muita legislação federal que nos faz perder competência para essa questão”, afirmou.

Em âmbito nacional, o Programa Monumenta, do IPHAN (Instituo do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) promoveu o enterramento de fios e cabos em trechos de cidades históricas. A solução em cada local foi buscada caso a caso, através de parcerias que envolveram prefeituras, governos estaduais e o próprio IPHAN. Estranhamente, as concessionárias que entraram nessas parcerias só o fizeram através da utilização de mecanismos da Lei Rouanet, ou seja, recebendo isenção fiscal (dinheiro público) em troca do investimento.

“Sabe-se que os investimentos para enterrar a fiação são altos. Em São Paulo, a pequena parte que hoje está enterrada foi feita com recursos da prefeitura e também de empresas privadas. O fato é que essa questão já foi mal encaminhada desde o processo de privatização do sistema elétrico, que sequer considerou este tema. As cidades que têm legislação sobre o tema precisam colocá-la em prática. Além disso, é necessário que haja uma negociação mais ampla, envolvendo governo federal, estados, municípios e, evidentemente, as concessionárias”, apresenta Raquel Rolnik, urbanista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

Fontes:Blog do Magno; Blog da Raquel Rolnik;

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sábado, 24 de agosto de 2024

TRE vai entregar apuração das urnas ao TSE mais rápido

 Gazeta da Torre

Uma das novidades este ano são os Pontos de Transmissão Secundários (PTS), que vão garantir mais agilidade na apuração dos votos

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) divulgou, na manhã da sexta-feira (23), informações sobre as eleições municipais em Pernambuco. O primeiro turno será realizado no dia 6 de outubro. Uma das novidades este ano são os Pontos de Transmissão Secundários (PTS), que vão garantir mais agilidade na apuração dos votos.

De acordo com o TRE, Pernambuco possui 122 cartórios eleitorais para os 184 municípios. Por essa razão, era preciso se deslocar para os locais com cartórios no momento de transmitir os votos para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que faz as contagens e divulga os resultados.

Este ano, além de transmitir os resultados nos cartórios, o TRE-PE vai utilizar os PTS. Os pontos passarão por cadastro e vistoria anteriormente e estarão acomodados próximos a lugares de votação distantes das unidades da Justiça Eleitoral. O objetivo é agilizar a entrega dos dados ao TSE fazendo com que eleitores, candidatos e candidatas tenham os resultados mais rapidamente.

O diretor geral do TRE, Orson Lemos, explicou o processo. “Pela primeira vez, vamos passar para quase 500 pontos de transmissão. Vamos quadruplicar o número de pontos. Todos os 184 municípios terão um ponto secundário. O kit de transmissão é composto por dois pen drives de alta velocidade. A conexão é feita com o TSE via intranet e não internet. Vamos ganhar mais tempo na logística e a segurança continua sendo o principal fator”, afirmou Lemos.

A apresentação do Tribunal foi promovida no prédio do TRE-PE, no bairro do Derby, área central do Recife. Estiveram presentes o presidente do TRE, desembargador Cândido Saraiva, e o juiz auxiliar da presidência, Breno Duarte.

Combate à desinformação

O TRE também lançou o Centro Regional de Enfrentamento à Desinformação, que atuará  como apoio ao Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia do TSE.

O Tribunal Superior Eleitoral recebe denúncias de notícias falsas e outros atos irregulares sobre as eleições em todo o País. Os dados são cruzados com as informações dos centros estaduais e se forem identificados indícios de crime, o Ministério Público e a Polícia Federal serão acionados.

Fonte:Blog do Magno

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Brasil inaugura fábrica de medicamentos para diabetes e obesidade

 Gazeta da Torre

Entre os produtos, laboratório produzirá o insumo do Ozempic

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou nesta sexta-feira (23) da inauguração de fábrica de polipeptídeo sintético, em Hortolândia (SP), voltada para a produção de medicamentos para diabetes e obesidade.

Em nota, o ministério informou que a fábrica vai produzir a liraglutida sintética, “produto inovador que foi submetido para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está na fila prioritária para avaliação”.

Operada pela farmacêutica EMS, a fábrica também deve produzir a semaglutida, insumo do medicamento Ozempic, cuja patente vigora até março de 2026 e cujo pedido de registro já foi submetido à Anvisa.

“Com um investimento de R$ 60 milhões, o espaço representa um marco histórico, pois é considerado o primeiro do tipo no país e faz parte das iniciativas do governo federal relacionadas ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde”, avaliou o ministério, em nota.

Durante a inauguração, Nísia destacou benefícios para pacientes com diabetes. “É o primeiro medicamento produzido no país para tratamento de diabetes e obesidade, de forma inovadora, utilizando peptídeos, a liraglutida e também a semaglutida”.

“É motivo de muito orgulho e de muita expectativa”, disse. “A produção de polipetídeos sintéticos vai reduzir os efeitos colaterais para pacientes e também o custo, além de garantir avanço na autonomia do nosso país”, completou.

Em sua fala, a ministra citou a importância de “esforços conjugados” e avaliou a inauguração da nova fábrica como “o encontro da competência e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do governo federal”.

Durante a cerimônia, Lula avaliou o momento como “auspicioso” para a saúde no Brasil. “Muito me alegra voltar a esse complexo industrial 17 anos depois da primeira visita”, disse, ao citar o poder de compra do Estado como “fator muito importante para o desenvolvimento da indústria nacional”.

“Estamos convencidos de que o poder de compra do SUS vai permitir que a gente tenha uma indústria farmacêutica capaz de competir com qualquer uma do mundo. O Brasil cansou de ser pequeno, de ser um país em vias de desenvolvimento, de dizer que somos o país do futuro. Não.Queremos ser grandes. Pra nós, o futuro não é amanhã, começa agora. E essa fábrica é o exemplo de que o futuro já chegou na área da saúde.”

Entenda

A inauguração da fábrica atende às diretrizes da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, lançada em setembro de 2023 e com previsão de investimento de R$ 57,4 bilhões do setor público e da iniciativa privada até 2026.

A proposta é expandir a produção nacional de itens classificados como prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS), além de reduzir a dependência do Brasil no que diz respeito a insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos estrangeiros.

Na matriz de desafios produtivos e tecnológicos em saúde, o diabetes, segundo o ministério, foi identificado como prioridade, tornando a inovação e o desenvolvimento tecnológico de plataformas e produtos relacionados a essa condição relevantes no âmbito do complexo.

Fonte: Rede Brasil

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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Políticos sem ideologia

 Gazeta da Torre

O troca-troca partidário é uma das maiores excrescências da vida pública e se repete, vergonhosamente, a cada eleição no País.

Para a eleição municipal de 6 de outubro, mais de um terço dos prefeitos que vão à reeleição mudaram de partido, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios. O próprio presidente da instituição, Paulo Ziulkoski, tomou um susto.

Pelo levantamento, dos 80% dos gestores entrevistados e que podem se reeleger, 34% informaram que trocaram de partido (2.753 dos 3.450). Já quanto ao comportamento na campanha eleitoral, a CNM questionou o que traz mais bem resultados na disputa municipal, na avaliação dos gestores (que puderam escolher mais de uma opção).

Entre os que responderam, 83% apontaram ações em redes sociais particulares, 74,3% deles disseram apoio político de autoridades estaduais e federais e 71,8% listaram contato direto (corpo a corpo) na campanha. Ziulkoski sinalizou que a mudança de partido pode garantir a eleição de novos prefeitos, inclusive recrutados da iniciativa privada, mas isso pode impactar nas políticas públicas.

“Desde 2000, primeiro ano de reeleição de prefeitos no Brasil, 62% dos que buscaram o segundo mandato conseguiram se reeleger. O melhor resultado foi em 2020, com 64% de prefeitos reeleitos; e a pior taxa foi em 2016 (49%), quando o País vivia profunda crise econômica e política”, mostrou. Mais de 4,5 mil prefeitos responderam à pesquisa, mas a CNM realizou um recorte incluindo apenas aqueles que podem se reeleger.

Desses, 88% pretendem concorrer ao pleito e apenas 7,8% não participarão das próximas eleições por diversos motivos, principalmente falta de interesse. “A região com maior possibilidade de reeleição é o Centro-Oeste, em que 91% responderam que vão concorrer. Na região Norte, 98% vão concorrer. A região Sul apresentou o menor número de intenção, só 80%, quase 20% a menos em relação a Norte e Centro-Oeste”, relatou. O Estado do Rio Grande do Sul é o com o menor percentual de prefeitos que decidiram se candidatar.

Fonte: Blog do Magno

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A FOTO VARELA na Madalena

Redação Gazeta da Torre


A fotografia é a captação de imagens com o uso de câmeras e a sua reprodução em papel ou meios digitais. Um fotógrafo profissional tem profundo conhecimento de máquinas, lentes, filmes, procedimentos de revelação, ampliação e tratamento de imagens. Ele utiliza técnicas de iluminação e enquadramento para captar imagens que transmitam a mensagem que ele quer passar.  Foi nesse profundo conhecimento que em outubro de 1972, o fotógrafo Rivaldo Varela fundou na Rua 1º de Março, a Foto Varela.

Rivaldo Varela Filho,
enriquecia seus conhecimentos
ao lado de seu pai.
Grande admirador da fotografia, seus trabalhos logo começaram a ser reconhecidos. Em 1978, devido ao grande volume de serviços que surgiam, começou a ter ajuda de seu filho. “Eu dividia meu tempo entre os estudos e a loja”, lembra Rivaldo Filho.

Anos se passaram e a cada momento compartilhado no trabalho ao lado de seu pai, Rivaldo Filho enriquecia seus conhecimentos. Era o caminho da formação de um profissional da fotografia.

Em 1990, Rivaldo Filho, agora como fotógrafo profissional, assume a direção da loja. Após esse ano passa a conhecer o bairro da Madalena. “Fiquei deslumbrado”, relata. Era o início de um namoro que iria ser oficializado em 1992. Era a chegada da Foto Varela no bairro da Madalena, mais precisamente na Rua Real da Torre, 672.

“Meu primeiro cliente foi  Sr. Manoel Tavares, empresário da MEDICAL. Como o trabalho era, e sempre foi, profissional com amor no que fazemos, muitos clientes do bairro começaram a surgir”, afirma Rivaldo Filho.

Hoje, devido ao grande avanço do setor de fotografias e sempre acompanhando todas as mudanças, a Foto Varela atende em um amplo prédio localizado na mesma rua, número 634.  Os serviços executados no segmento da fotografia são muitos. Na Foto Varela, é possível encontrar trabalhos com fotografia social, registrando casamentos, festas, eventos e até filmagens. Também atua na edição e manipulação de imagens com ajuda de softwares de computador.

Nos dias de hoje, a fotografia virou um vício global de instantâneos. Milhões de imagens são postadas na internet a cada momento. Do mesmo modo, somos todos flagrados por câmeras e celulares em tempo quase integral e sabemos disso – logo mais teremos de incluir as situações espontâneas na lista das espécies em extinção. É nessa terra, repleta de câmeras e celulares, que a FOTO VARELA continua a se destacar.

*O poder da fotografia mostra como a imagem pode ter um impacto na vida das pessoas ao ajudar na comprovação de fatos, proporcionar revelações sobre a vida humana, revelar locais desconhecidos, celebrar as maravilhas naturais e inspirar as pessoas a cuidarem melhor do planeta. Como diz o editor-chefe de publicação da revista National Geographic, Chris Johns: “A fotografia é extraordinária como ferramenta e meio de expressão. Compartilhar o que se vê e vivencia por meio da lente permite que você se relacione, que emocione e que inspire outras pessoas por toda parte”.

terça-feira, 20 de agosto de 2024

Brasil precisa superar déficit de cidadania - Para especialista, a saída é a educação política

 Gazeta da Torre

A charge de Adão Iturrusgarai  ilustra a entrevista com Gabriel Marmentini, empreendedor social e diretor-presidente da Politize!, promovida pelo  Canal UM BRASIL.

Para Marmentini, o Brasil vive um déficit de cidadania que precisa ser superado. E a saída para esse problema é a educação política. Durante o bate-papo, ele defendeu que a transformação de indivíduos em cidadãos é um processo que ocorre quando a sociedade se engaja, faz sua voz ser ouvida e passa a querer resolver problemas públicos.

“É sobre a gente olhar para o espelho, reconhecer que temos um déficit de cidadania e precisamos evoluir”, afirma o empreendedor social Gabriel Marmentini.

Para ele, a saída é a educação política. É por isso que ele se dedica a essa pauta na Politize!, organização suprapartidária da sociedade civil que promove a formação de cidadãos conscientes e comprometidos com a democracia através da educação política. 

Marmentini defende que a transformação de indivíduos em cidadãos é um processo que ocorre quando a sociedade se engaja, faz sua voz ser ouvida e passa a querer resolver problemas públicos.

Formação de cidadãos favorece empresas

Marmentini defende que a educação política não é voltada apenas para a política institucional, para parlamentares e assessores, por exemplo. Ela é útil e necessária em qualquer âmbito da sociedade.

Para o diretor-presidente da Politize!, as empresas só têm a ganhar com a educação política. A formação de indivíduos em cidadãos transforma positivamente o ambiente de trabalho. 

“Um funcionário mais capacitado, mais cidadão e não um indivíduo, com certeza vai gerar benefícios para o seu dia a dia de trabalho, com mais competência técnica, capacidade de diálogo, interesse pelo bem público, capacidade de trabalhar em equipe, de saber ouvir melhor”, explica Marmentini.

Para ele, a dinâmica das empresas, que envolve equipes, metas, processos, códigos e regras,  tem tudo a ver com as competências tratadas no âmbito da formação política.

“Tem “n” competências que a gente trata mais na Politize!. Cidadania, política e democracia são boas para o ser humano. E o ser humano trabalha em uma organização X, Y ou Z”, justifica.

“Muita gente dentro desses espaços que precisa do que a gente faz. Só que a gente precisa ser convidado para esses espaços. A gente precisa ser visto como parte da solução”, explica, em referência ao trabalho realizado pela Politize!

Cenário da educação política hoje

Marmentini acredita que a penetração da educação política em organizações privadas, com fins lucrativos, não é simples. Para ele, outras agendas acabam ganhando mais espaço.

“Acho que determinadas agendas têm uma penetração mais fácil, são mais fáceis de convencer. É mais sabido que o problema público existe e, portanto, a empresa faz um papel, tanto de filantropia ou de trazer ações programáticas para os seus colaboradores”, afirma.

Após quase uma década dedicada à educação política, Marmentini avalia que poucas organizações têm agendas voltadas a essa pauta institucionalmente.

“Acho que tem um amadurecimento ainda a ser feito das organizações privadas, voltadas ao lucro, de entrar nesse mundo da educação política com mais segurança, tranquilidade e interesse mesmo”, conclui.

Fonte UM Brasil

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Carrefour Torre

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Vantagens e desvantagens do trabalho híbrido variam conforme contextos individuais

 Gazeta da Torre

O trabalho híbrido, que mistura o trabalho presencial e o remoto e que ganhou muita força entre as empresas recentemente — principalmente na América Latina —, melhora a satisfação no emprego, não afeta a produtividade e reduz demissões de funcionários, como indica estudo publicado na revista Nature. Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da Universidade de São Paulo, explica que, em 2017, a reforma trabalhista introduziu um novo artigo na CLT, que permitiu o trabalho a distância e, consequentemente, a flexibilização do controle da jornada. A mudança criou uma tendência ao trabalho remoto entre as empresas, mesmo que ainda muito incipiente, e foi essencial para o momento vivido na pandemia causada pela covid-19, já que as empresas tiveram que se adaptar instantaneamente, e tudo que era feito nos escritórios passou a sê-lo a distância.

“Os trabalhadores gostaram, as empresas também gostaram, porque representou uma economia para elas. Se gastava menos energia, aquelas despesas de funcionamento de um escritório grande se reduziram e o trabalho continuou a ser feito. O problema que as empresas se queixavam é que elas não tinham a capacidade de garantir que a produtividade fosse mantida. Quando a pandemia acabou, dada a necessidade da empresa de poder controlar e manter aquele contato presencial, surgiu a ideia do trabalho híbrido, alguns dias da semana em casa e alguns dias na empresa. Isso definitivamente é uma tendência”, comenta ele.

Segundo Zylberstajn, a nova fórmula de trabalho criou novos aspectos a serem analisados, como o direito à desconexão durante os momentos remotos de trabalho, o que possibilita ao trabalhador definir sua jornada e limitar sua disponibilidade ao horário de trabalho. Outra questão é o custo extra que o trabalhador tem ao fazer suas funções de casa, seja com energia, internet ou equipamentos, o que faz muitas empresas entrarem em negociações com os empregados para assumir esses custos. Contudo, ele conta que as características são diversas, já que cada empresa adota um sistema diferente — em alguns casos, as empresas optam pela maior parte dos dias como presenciais, enquanto outras dão preferência pelo trabalho remoto.

Prós e contras

A psicóloga Larissa Silva, pesquisadora e mestre pelo Instituto de Psicologia (IP) da USP, afirma que o trabalho híbrido pode trazer muitos benefícios para as pessoas que têm um ambiente familiar considerado saudável, o espaço propício em casa para realização das tarefas e trabalham em uma empresa que respeita os horários de jornada de trabalho. Dessa forma, o modelo pode trazer muitos benefícios, tanto físicos como psíquicos, como a melhora na qualidade de vida, a flexibilidade e a possibilidade de interação com a equipe nos dias em que você está no escritório.

“A pessoa está economizando o tempo de ida e volta do trabalho, que pode ser utilizado para uma atividade de lazer, uma atividade física, cozinhar e ter uma alimentação mais saudável, ou para passar mais tempo com a família. Esses aspectos são fatores importantes, que afetam a autoestima da pessoa que, com uma autoestima elevada, acaba se sentindo melhor, oferecendo o melhor desempenho. Então é um benefício tanto para a pessoa como também para a organização, mas nem todo mundo tem esse ambiente familiar adequado”, explica.

Nesse sentido, a especialista ainda declara que as vantagens e desvantagens do trabalho híbrido variam, inclusive com algumas pessoas se sentindo mais produtivas ao trabalhar em casa, enquanto outras preferem o trabalho no escritório. Assim, apesar dos possíveis benefícios da adoção desse modelo, este também pode ser responsável por potencializar e ocasionar doenças mentais — como depressão, ansiedade, estresse e burnout — em alguns trabalhadores, caso não seja bem implementado, de forma pensada e cautelosa. Alguns exemplos das desvantagens são o acúmulo de funções que algumas pessoas, especialmente mulheres, podem ter, e a mistura do convívio familiar com as atividades laborais, necessitando o desenvolvimento da habilidade de gerenciamento do tempo.

“Nós podemos ter a falha na comunicação, a sensação de estar sempre trabalhando e não conseguir desligar, a má gestão do tempo, que pode afetar nas entregas e nos resultados, pressionando e frustrando a pessoa, a menor relação interpessoal formal e informal e o isolamento social, profissional e político. Inclusive, no futuro, pode haver uma mudança cultural na sociedade, em que a parte da socialização pode ficar muito comprometida. Por isso é importante não só olhar como desvantagens, mas fatores que merecem atenção, para pensarmos em formas estratégicas de fazer dar certo”, complementa.

A pesquisadora entende que, para o modelo de trabalho híbrido ser algo benéfico aos trabalhadores, é importante que estes busquem e desenvolvam a sua inteligência emocional — capacidade de identificar e lidar com as emoções e sentimentos pessoais e de outros indivíduos —, o que aprimora características como adaptabilidade e fácil relacionamento, além de tornar possível uma melhor dinâmica organizacional. “Essas mudanças significativas se tornam mais evidentes quando você tem um controle das suas emoções, tanto pessoal quanto profissional. Pode ser um desafio, no modelo de teletrabalho, já que a inteligência emocional envolve também a comunicação com o outro, então relacionamento interpessoal, conseguir se relacionar com a outra pessoa, ter empatia, se conhecer, conseguir lidar com a gente mesmo”, conclui.

Fonte Jornal da USP

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Educação - Pernambuco caiu mais uma posição no Idep

 Gazeta da Torre

Embora apareça entre os três Estados que conseguiram manter a meta, Pernambuco, sob o comando da governadora Raquel Lyra (PSDB), não lidera mais o ranking nacional do Ideb – o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Na era Eduardo Campos, o Estado foi campeão na modalidade entre as 27 unidades da federação.

Esta performance não foi mantida na gestão de Paulo Câmara, mas no Ideb de 2022, último do governo do socialista, Pernambuco ocupava a terceira posição no ranking. E agora, julgado o primeiro ano de Raquel, o de 2023, caiu mais uma posição, recuando para a quarta colocação. Mas, incrivelmente, a governadora comemorou pelas redes sociais como um grande feito.

As metas do MEC foram criadas em 2005 para o período de 2007 a 2021. Por conta da pandemia, o objetivo estabelecido para 2021 foi postergado sem ter sido revisto pelo Ministério da Educação (MEC). A pasta, agora, discute mudanças do Ideb para os próximos anos, como a fórmula do cálculo e o estabelecimento de novas metas.  Estados como Espírito Santo, Paraná, Ceará e Pará têm notas até maiores do que as do Piauí.

No entanto, não bateram a meta de 2021, estabelecida em 2007 para eles. Entre 2020 e 2021, o País viveu boa parte do ano escolar com colégios fechados por conta da pandemia de Covid-19. Especialistas em educação apontam que esse evento pode ter prejudicado a trajetória de alguns estados para alcançar a meta.

Longe de todas as metas – Pelo ranking nacional do Ideb, Goiás é o Estado líder com a nota subindo de 4,7 para 4,8. Na sequência, o Espírito Santo, que embora tenha perdido dois pontos em relação ao levantamento de 2021, aparece com a nota 4,7. O Paraná, com a nota 4,5, vem em seguida e Pernambuco, em quarto lugar, se manteve com a mesma nota anterior de 4,5%. Os números nacionais do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica mostram que, em 2023, houve melhoras pontuais no indicador que mede a qualidade da educação no País, mas os patamares não foram suficientes para colocar todas as etapas do ensino do Brasil nas metas estabelecidas pelo Ministério da Educação.

Fonte: Blog do Magno

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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

A mobilidade é uma necessidade que foi transformada numa questão social

 Gazeta da Torre

Bairro da Torre

Um notável parâmetro que pode ser utilizado para medir a qualidade da base educacional do indivíduo é o seu comportamento no trânsito. Quem diria, não é? Mas é isso mesmo!

A mobilidade é uma necessidade que foi transformada numa questão social. E toda questão social reflete o grau de emancipação do povo com relação à Educação. Um grupo social cresce quando enfrenta os problemas com respeito e solidariedade. Tudo isso alinhado a diretrizes básicas que norteiam e definem direitos e deveres.

O trânsito é, de fato, um medidor da boa educação. Não apenas quando o foco é a legislação, mas em outros aspectos não menos importantes, como cortesia e paciência.

A resposta pode estar bem diante dos nossos olhos, tanto na área urbana, quanto na zona rural. Duas palavras estão diretamente envolvidas no assunto: negligência e imprudência. Mas você sabe a diferença entre elas? A primeira é basicamente falta de atenção, descuido ou indiferença. Por exemplo: o condutor sabe que o carro está com os freios gastos e mesmo assim pega a estrada com a família. Essa conduta é negligente, pois ele poderia – e deveria – ter evitado. A imprudência está muito relacionada ao bom senso, pois se trata de uma ação executada que choca os limites da inteligência, uma vez que o condutor sabe, de antemão, que é errada. É o caso, por exemplo, do motorista que avança um sinal vermelho.

Infelizmente, é comum observar desrespeito à legislação, à família, à própria vida. Acidentes acontecem diariamente, mostrando claramente que é preciso mudar o comportamento no trânsito. Caso contrário, a deseducação continuará sendo a causa principal de tantas fatalidades no trânsito..

Deixar de ser negligente e imprudente é o primeiro passo. Desenvolver a habilidade de direção automotiva também é importante, já que a imperícia só acontece por falta de conhecimentos teóricos e práticos.

Respeitar as sinalizações de trânsito, independente da nossa pressa; usar de cortesia e praticar a solidariedade com o semelhante; cuidar das condições gerais do veículo; tudo isso tornará a viagem muito mais segura e prazerosa.

Saiba que agir com atenção, segurança, respeito, bom senso e equilíbrio no trânsito é uma obrigação de qualquer pessoa educada. Pense nisso!!!

Por Evalda Carvalho, jornalista - Gazeta da Torre

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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Transforme seu mundo como a Beth Goulart!

 

A atriz, embaixadora e aluna do SUPERA, Beth Goulart, compartilha, com pitadas generosas de poesia e beleza, como a ginástica para o cérebro impacta sua vida diariamente. Dê o play e confira essa obra de arte!

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terça-feira, 6 de agosto de 2024

Projetos de lei para práticas de bem-estar mental nas empresas precisam ser incentivados

 Gazeta da Torre

Conforme Wagner Farid Gattaz, cuidar da saúde mental dos trabalhadores melhora a produtividade e reduz prejuízo das organizações

Discussões sobre o desafio de garantir a saúde mental do trabalhador avançam para além dos consultórios médicos e departamentos de recursos humanos, ao passo em que um projeto de lei propõe incentivo fiscal destinado a empresas que comprovem investimentos em programas de saúde mental e promoção de grupos de ajuda e acolhimento no ambiente de trabalho. O professor Wagner Farid Gattaz, do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP, discorre sobre o PL e comenta a importância da atenção primária à saúde no ambiente laboral.

Segundo o especialista, recentes pesquisas indicam uma alarmante prevalência de transtornos mentais entre trabalhadores brasileiros e um estudo realizado com 120 mil funcionários de 40 empresas diferentes revelou que 11% deles estão sofrendo de depressão grave, necessitando de tratamento, enquanto 20% enfrenta síndrome de esgotamento, também conhecida como burnout.

Empresas

De acordo com o professor, os transtornos mentais não apenas afetam a vida pessoal dos trabalhadores, mas também acarretam perdas significativas na produtividade empresarial. Ele conta que o custo global estimado para a economia devido às doenças mentais é de US$ 3,5 trilhões, sendo a maior parte atribuída à perda de produtividade e aos afastamentos relacionados ao tratamento mental.

Gattaz destaca que a percepção das pessoas e empresas sobre a saúde mental dos funcionários tem mudado ao longo dos anos. Anteriormente, existia um grande estigma e receio em abordar questões relacionadas ao bem-estar da mente, levando muitas empresas a evitar o tema. No entanto, ele explica que a pandemia acendeu um alerta sobre a importância do bem-estar emocional dos trabalhadores, levando muitas empresas a oferecer programas de apoio. “Durante a pandemia houve um aumento muito grande de ofertas querendo tratar da saúde mental das pessoas. E isso é um grande problema porque muitos desses tratamentos não são feitos por profissionais e não têm embasamento científico”, afirma.

Legislação

Dentre as leis de incentivo ao apoio empresarial para tratamento mental dos trabalhadores, Gattaz destaca a Lei Nº 14.831, sancionada pelo presidente da República em 27 de março de 2024, que visa a regulamentar e estabelecer diretrizes claras para os programas de saúde mental nas empresas. Essa legislação, de autoria da deputada Maria Arraes (Solidariedade – PE), confere um certificado de “empresa promotora da saúde mental” às instituições que implementarem programas abrangentes, que devem incluir informação sobre o bem-estar da mente, tratamento especializado, treinamento para aumento da resiliência e desenvolvimento de um ambiente de trabalho que promova a saúde mental.

“A regulamentação da lei é crucial para garantir a eficácia dos programas oferecidos. Parte do processo envolve a capacitação dos profissionais de saúde das empresas, que muitas vezes não possuem treinamento adequado para lidar com questões psiquiátricas. Com o treinamento apropriado, é possível tratar casos de baixa complexidade internamente, reduzindo a necessidade de encaminhamentos externos”, informa o psiquiatra.

Tratamento

Sobre a questão do burnout, o docente explica que, embora não seja classificado como uma doença pela Organização Mundial da Saúde, o transtorno é reconhecido como um fenômeno ocupacional que pode levar a condições de saúde mais graves. Trata-se de um estado de esgotamento físico e mental associado ao ambiente de trabalho, que pode ser tratado com psicoterapia e, em alguns casos, medicamentos.

O professor também ressalta a importância de reconhecer os transtornos mentais precocemente, visto que dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 350 milhões de pessoas sofrem de depressão, com quase metade delas não sabendo disso. Ele conta que a falta de diagnóstico pode levar a tratamentos inadequados e à cronificação das condições, por isso é importante apoiar propostas de incentivos fiscais a empresas que investem no cuidado com a saúde mental.

“Existe, por exemplo, um projeto de lei do deputado federal Amom Mandel, do Amazonas, que sugere permitir que parte do imposto pago pelas empresas seja dedicada a programas de saúde mental. Essa medida poderia estimular mais empresas a adotar práticas de bem-estar mental e proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, já que essas instituições estarão recebendo de volta parte do que foi investido”, analisa.

Fonte: Jornal da USP

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