Gazeta da Torre
A charge de Adão Iturrusgarai ilustra a entrevista com Gabriel Marmentini, empreendedor social e diretor-presidente da Politize!, promovida pelo Canal UM BRASIL.
Para Marmentini, o Brasil vive um déficit de cidadania
que precisa ser superado. E a saída para esse problema é a educação política.
Durante o bate-papo, ele defendeu que a transformação de indivíduos em cidadãos
é um processo que ocorre quando a sociedade se engaja, faz sua voz ser ouvida e
passa a querer resolver problemas públicos.
“É sobre a gente olhar para o espelho, reconhecer que
temos um déficit de cidadania e precisamos evoluir”, afirma o empreendedor
social Gabriel Marmentini.
Para ele, a saída é a educação política. É por isso que
ele se dedica a essa pauta na Politize!, organização suprapartidária da
sociedade civil que promove a formação de cidadãos conscientes e comprometidos
com a democracia através da educação política.
Marmentini defende que a transformação de indivíduos em
cidadãos é um processo que ocorre quando a sociedade se engaja, faz sua voz ser
ouvida e passa a querer resolver problemas públicos.
Formação de cidadãos favorece empresas
Marmentini defende que a educação política não é voltada
apenas para a política institucional, para parlamentares e assessores, por
exemplo. Ela é útil e necessária em qualquer âmbito da sociedade.
Para o diretor-presidente da Politize!, as empresas só
têm a ganhar com a educação política. A formação de indivíduos em cidadãos
transforma positivamente o ambiente de trabalho.
“Um funcionário mais capacitado, mais cidadão e não um
indivíduo, com certeza vai gerar benefícios para o seu dia a dia de trabalho,
com mais competência técnica, capacidade de diálogo, interesse pelo bem
público, capacidade de trabalhar em equipe, de saber ouvir melhor”, explica
Marmentini.
Para ele, a dinâmica das empresas, que envolve equipes,
metas, processos, códigos e regras, tem
tudo a ver com as competências tratadas no âmbito da formação política.
“Tem “n” competências que a gente trata mais na
Politize!. Cidadania, política e democracia são boas para o ser humano. E o ser
humano trabalha em uma organização X, Y ou Z”, justifica.
“Muita gente dentro desses espaços que precisa do que a
gente faz. Só que a gente precisa ser convidado para esses espaços. A gente
precisa ser visto como parte da solução”, explica, em referência ao trabalho
realizado pela Politize!
Cenário da educação política hoje
Marmentini acredita que a penetração da educação política
em organizações privadas, com fins lucrativos, não é simples. Para ele, outras
agendas acabam ganhando mais espaço.
“Acho que determinadas agendas têm uma penetração mais
fácil, são mais fáceis de convencer. É mais sabido que o problema público
existe e, portanto, a empresa faz um papel, tanto de filantropia ou de trazer
ações programáticas para os seus colaboradores”, afirma.
Após quase uma década dedicada à educação política,
Marmentini avalia que poucas organizações têm agendas voltadas a essa pauta
institucionalmente.
“Acho que tem um amadurecimento ainda a ser feito das
organizações privadas, voltadas ao lucro, de entrar nesse mundo da educação
política com mais segurança, tranquilidade e interesse mesmo”, conclui.
Fonte UM Brasil
- divulgação -
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