Gazeta da Torre
Entre os produtos, laboratório produzirá o insumo do
Ozempic
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da
Saúde, Nísia Trindade, participou nesta sexta-feira (23) da inauguração de
fábrica de polipeptídeo sintético, em Hortolândia (SP), voltada para a produção
de medicamentos para diabetes e obesidade.
Em nota, o ministério informou que a fábrica vai produzir
a liraglutida sintética, “produto inovador que foi submetido para registro na
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está na fila prioritária
para avaliação”.
Operada pela farmacêutica EMS, a fábrica também deve
produzir a semaglutida, insumo do medicamento Ozempic, cuja patente vigora até
março de 2026 e cujo pedido de registro já foi submetido à Anvisa.
“Com um investimento de R$ 60 milhões, o espaço
representa um marco histórico, pois é considerado o primeiro do tipo no país e
faz parte das iniciativas do governo federal relacionadas ao Complexo
Econômico-Industrial da Saúde”, avaliou o ministério, em nota.
Durante a inauguração, Nísia destacou benefícios para
pacientes com diabetes. “É o primeiro medicamento produzido no país para
tratamento de diabetes e obesidade, de forma inovadora, utilizando peptídeos, a
liraglutida e também a semaglutida”.
“É motivo de muito orgulho e de muita expectativa”,
disse. “A produção de polipetídeos sintéticos vai reduzir os efeitos colaterais
para pacientes e também o custo, além de garantir avanço na autonomia do nosso
país”, completou.
Em sua fala, a ministra citou a importância de “esforços
conjugados” e avaliou a inauguração da nova fábrica como “o encontro da
competência e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do
governo federal”.
Durante a cerimônia, Lula avaliou o momento como
“auspicioso” para a saúde no Brasil. “Muito me alegra voltar a esse complexo
industrial 17 anos depois da primeira visita”, disse, ao citar o poder de
compra do Estado como “fator muito importante para o desenvolvimento da
indústria nacional”.
“Estamos convencidos de que o poder de compra do SUS vai
permitir que a gente tenha uma indústria farmacêutica capaz de competir com
qualquer uma do mundo. O Brasil cansou de ser pequeno, de ser um país em vias
de desenvolvimento, de dizer que somos o país do futuro. Não.Queremos ser
grandes. Pra nós, o futuro não é amanhã, começa agora. E essa fábrica é o exemplo
de que o futuro já chegou na área da saúde.”
Entenda
A inauguração da fábrica atende às diretrizes da
estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da
Saúde, lançada em setembro de 2023 e com previsão de investimento de R$ 57,4
bilhões do setor público e da iniciativa privada até 2026.
A proposta é expandir a produção nacional de itens
classificados como prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS), além de
reduzir a dependência do Brasil no que diz respeito a insumos, medicamentos,
vacinas e outros produtos estrangeiros.
Na matriz de desafios produtivos e tecnológicos em saúde,
o diabetes, segundo o ministério, foi identificado como prioridade, tornando a
inovação e o desenvolvimento tecnológico de plataformas e produtos relacionados
a essa condição relevantes no âmbito do complexo.
Fonte: Rede Brasil
- divulgação -
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