Atualmente, 3, 4 e até 5 gerações distintas estão
presentes no mercado de trabalho, interagindo e construindo valor. No entanto,
é perceptível o choque entre essas gerações que se relacionam com o trabalho
com ideais, percepções e ambições diferentes.
As gerações mais novas já exigem que os chefes abram mão
de burocracias, hierarquias e formalidade e, em contrapartida, buscam
reconhecimento e satisfação. As gerações mais antigas ainda estranham a relação
bastante estreita entre o trabalho a vida pessoal que os jovens mantêm.
Para os gestores é um desafio gerenciar e desenvolver
colaboradores, pois a tarefa é manter altos os índices de produtividade e
motivação de todas as gerações neste novo cenário, visto que cada uma tem
expectativas diferentes.
Fidelidade à empresa
Não é difícil encontrar um amigo ou familiar que tenha
trabalhado por 20, 30 anos em uma mesma empresa. A fidelidade era um fator de
orgulho para trabalhadores das gerações de veteranos e baby boomers. Além
disso, viam o dever antes do prazer e um abismo separava a vida pessoal da vida
profissional.
Já as gerações Y e Z, por exemplo, tendem a não ver
problema em ter mais de um emprego durante a carreira, mais de uma área de
atuação ou pular de uma empresa para a outra. As motivações são mais ligadas à
satisfação, novos desafios e processos dinâmicos e por isso é tão difícil reter
talentos dessa geração. Outro ponto é que, ao contrário dos veteranos e baby
boomers, os mais jovens enxergam o prazer como parte do dever e a vida pessoal
se mistura à vida profissional constantemente.
Home office? Flexibilidade?
Antigamente, ainda que algumas tarefas pudessem ser feitas
de casa, era impensável que alguém conseguisse trabalhar de qualquer lugar que
estivesse. Os avanços tecnológicos viabilizaram o que hoje é uma realidade para
gerações X, Y, Z e motivo de estranhamento e desconfiança para veteranos e baby
boomers. Inclusive, alguns profissionais das novas gerações alegam que se
sentem mais produtivos e felizes quando trabalham no conforto do próprio lar.
Aliás, as novas gerações deram o primeiro passo para
quebrar paradigmas no mercado de trabalho, sendo elas as principais agentes da
revolução que permite: flexibilização, trabalho remoto e por demanda, home
office, coworking e etc. Elas alteraram os padrões de linearidade das gerações
anteriores com características multitarefa e imediatistas.
Motivação
A motivação é um dos grandes fatores de divergência entre
gerações. Enquanto profissionais mais maduros enxergam a motivação no trabalho
propriamente dito, os mais novos tendem a motivar-se recebendo orientações,
feedbacks constantes e reconhecimento. Os colaboradores da geração baby boomer,
por exemplo, podem achar que o grupo mais jovem é “carente” ou “dependente”’,
enquanto os colaboradores mais jovens podem sentir-se desvalorizados.
O que podemos esperar do futuro
O fluxo intenso de informações recebidas pelas pessoas
nos últimos anos modificaram a forma de realizar um trabalho e principalmente de
se relacionar com ele. Por isso, é possível perceber que, cada vez mais, as
pessoas buscam por empregos e funções que as satisfaçam, já que a linha
imaginária entre a vida pessoal e a vida profissional é muito tênue e muitas
vezes até inexistente. Adaptar, adequar e integrar são ações necessárias para
gestores de pessoas que buscam resultados apesar das divergências e conflitos
entre as gerações.
*A Solides é especialista em software para identificação
de perfil comportamental usado em processo de contratação, gestão e
desenvolvimento de pessoas feito por Profissionais de RH, Coach, Educadores e
Treinadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário