Gazeta da Torre
Ainda
que em boa parte das decisões o instinto se faça presente, ora na tentativa de
preservar a vida, ora buscando meios de sobrevivência, tanto a vontade quanto a
necessidade ajudam a registrar mais um grau de responsabilidade no contexto
social.
Quem
não já ouviu falar que “querer é poder”? Há controvérsias, à medida em que, o
que se quer, longe está da possibilidade de concretização. No campo das ideias,
o querer e o poder andam de mãos dadas, são aliados e indiscutivelmente
aumentam as chances de sucesso. Na prática e na predominância, eles representam
uma dupla perigosa, se o bom senso não entrar na equipe.
Assim
também ocorre com a vontade e a necessidade. Quantas vezes desejamos algo que
não estamos precisando? Já muitas das coisas das quais temos necessidade, pouco
nos interessamos! A atitude humana é mesmo cheia de situações que causam
perplexidade. Daí, questionamos: quando haverá um verdadeiro discernimento para
a efetiva busca de valores morais?
Dentro
do aspecto educacional, as necessidades são bem mais numerosas do que as
vontades, o que comprova o quanto de trabalho deve ser executado em nossa
sociedade. As circunstâncias geram oportunidades, que pouco são aproveitadas.
Senão, vejamos: quem tem vontade de ver o nosso país com uma melhor qualidade
na Educação? Quem acha que isso é uma necessidade e faz algo para ajudar, na
prática? Quem sente necessidade de maior proteção nas ruas, nas suas casas e
até nas mídias sociais tem vontade de agregar, ao seu estilo de vida, ações de
combate à violência? Quem não deixa, por exemplo, de propagar mensagens que
incitam violência, sob o pretexto de que “humor negro” não é nada demais?
No
momento em que vivemos, cabe uma reflexão para cada brasileiro: eu, de fato,
reconheço a necessidade de fazer minha parte? Ou só tenho a vontade, que também
depende da iniciativa dos outros? Eu tenho interesse em que o Brasil saia dessa
condição turbulenta e volte a crescer? Ou a minha vontade é propagar mais
turbulências, divisões, inquietações de variado grau, com ampla abrangência e
negativa repercussão?
Diante
de tanta revolta e indignações, claro está o grande desafio da Educação, que é
o de prevalecer, na criatura humana, a capacidade de usar a racionalidade para
saber a diferença entre “querer” e “poder”, “vontade” e “necessidade”, sempre
com o objetivo de ajudar o progresso.
O
instinto não compreende a razão das coisas, assim como a consciência ativa e
desperta não aceita a acomodação. Portanto, diante de qualquer cenário, que
possamos agir como instrumentos colaboradores da paz e do equilíbrio,
transformadores sociais, enfim, educadores!!!
texto com conteúdo. Parabéns
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