segunda-feira, 11 de maio de 2020

O interesse em opinar sobre os assuntos nem sempre está acompanhado do bom senso e da imparcialidade

Gazeta da Torre

A percepção que temos, uns dos outros, é influenciada pela nossa forma de agir. Por sua vez, as atitudes que tomamos são condizentes com valores compreendidos e assimilados ao longo da vida. Isto significa dizer que nosso olhar sofre influência direta da capacidade de analisarmos tal ou qual situação. Trata-se de uma construção do caráter, que é bem definido através da Educação e motivado pelas oportunidades que surgem no dia a dia.

Já ouviu falar que “todo mundo é juiz de futebol”? E é mesmo! Contudo, o interesse em opinar sobre os assuntos nem sempre está acompanhado do bom senso e da imparcialidade. Isso acontece exatamente porque cada pessoa reúne, em si mesma, uma soma de valores morais em sua personalidade. Tais valores são diferenciados, para cada um, por vários fatores, tais como cultura, meio social, educação doméstica etc. É assim que dois vizinhos, por exemplo, podem ter percepções diferentes diante da mesma circunstância.

É comum atenuarmos o erro alheio por conivência, falta de alcance ou até condescendência. O fato é que nossa medida de analisar e opinar sobre uma determinada atitude diz muito do que somos, pensamos e agimos. Quem não vive com responsabilidade, dificilmente terá o justo teor de uma opinião balizada, comedida e razoável sobre qualquer situação. Daí a exigência de uma vida de retidão para aqueles que têm o poder nas mãos para decidir.

Do contexto acima e sem nivelar por alto o limite das nossas competências e responsabilidades, deduzimos que a Educação é, verdadeiramente, um divisor de águas. É com ela que nossa análise deixa de ser rasteira e fraca. Pelo contrário, aprendemos a disciplinar e racionalizar nosso ponto de vista, primeiramente combatendo informações falsas e, depois, gerando uma base sustentável através do raciocínio imparcial, lógico, justo e com ponderações razoáveis.

Quando colocarmos em prática os valores básicos do processo educacional, fácil e coerente será nossa forma de agir e de interagir com os outros. Então, enxergaremos a atitude alheia não com o olhar de uma crítica ácida, mas com a capacidade e a responsabilidade de ajudar, produzindo a transformação social, tão necessária na atualidade.

Ao desenvolvermos o crivo com base na Educação, ampliaremos nossa visão, tornando possível o crescimento nas duas vias. 

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