sábado, 8 de março de 2025

Não há espaço para estereótipos que criem obstáculos para as mulheres na área acadêmica

 Gazeta da Torre

A professora Adriana Alves destaca que, se as ações forem concretizadas na USP, servirão de modelo para outras instituições adotarem as mesmas medidas e daí criarem uma onda de equidade de gênero.

Adriana Alves, coordenadora do Escritório USP Mulheres, em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, discutiu ações para a equidade de gênero dentro e fora da Universidade, visando à promoção de maior acesso, permanência e progressão de mulheres na USP, tanto em termos acadêmicos quanto administrativos. Ela destacou que existem diferentes obstáculos, dependendo da área. “Para as exatas, precisamos ainda focar bastante no acesso. Para as humanas e biológicas, já temos um cenário um pouquinho melhor”, mas, ainda assim, as contratações privilegiam homens.

Adriana aponta que essa diferença de acesso entre exatas, humanas e biológicas ocorre devido a estereótipos. “Precisamos também desfazer todo um estereótipo de criação de homens e mulheres. Eu cresci ouvindo que mulheres eram melhores na escrita e homens melhores no pensamento lógico. Então, precisamos criar as nossas meninas para que elas vejam um futuro nas carreiras das ciências exatas.”

Sendo assim, é necessário sensibilizar os gestores das universidades, para que haja políticas de incentivo à entrada e permanência de mulheres. “Isso é um problema que é mundial. Não é só da USP”, ressalta a professora.

Fonte: Jornal da USP

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