Em uma rápida pesquisa em base de dados de produções
científicas, como o Google Acadêmico, é possível identificar estudos de
diversas naturezas que buscam correlacionar a interação de animais com pessoas
idosas. De acordo com as produções científicas, essa interação pode colaborar,
por exemplo, com o controle da pressão arterial de pessoas idosas residentes de
instituições de longa permanência, terapias na área de fonoaudiologia,
prevenção e superação de comportamentos suicidas e aspectos associados às
demências.
Cachorros e gatos para pessoas idosas
Um estudo publicado por pesquisadores japoneses no mês de
Outubro de 2023 descreve os benefícios do convívio de idosos com cães e/ou
gatos. Cerca de 11.200 indivíduos com 65 anos ou mais foram acompanhados ao
longo de quatro anos e passaram por avaliações de natureza cognitiva,
sociodemográfica, psicossocial e hábitos de vida, como alimentação e prática de
exercícios físicos.
Os resultados desse estudo indicaram que tutores de
cachorros apresentaram 40% menor risco para o desenvolvimento de demência.
Outros dois fatores, além da tutoria de animal de estimação,
foram associados a esses resultados: a atividade física e a interação social.
Em conjunto os três fatores auxiliam na manutenção da qualidade física,
cognitiva e psicológica de pessoas idosas.
Outro estudo, desta vez realizado por pesquisadores dos
Estados Unidos, teve como objetivo investigar a relação entre pessoas com 50
anos ou mais que possuíam algum tipo de animal de estimação com variáveis
cognitivas, físicas e psicológicas.
Neste estudo, 378 pessoas foram entrevistadas. Os
resultados indicaram que tutores de cachorros apresentaram melhores resultados
para a prática de atividades físicas diárias e os tutores de gatos apresentaram
melhor desempenho nas habilidades de aprendizagem e memória semântica.
Apesar de encontrar estudos descritivos sobre a interação
entre indivíduos idosos e animais de estimação em contexto brasileiro, esses
estudos não apresentam uma amostra considerada grande e também não apresentam
acompanhamento por um período de tempo elevado, o que dificulta a comparação
com estudos internacionais. Também é válido destacar uma limitação de pesquisas
que investigam os benefícios da interação entre idosos e animais de outras
espécies, além dos cachorros.
Apesar dessas limitações, em resumo, a importância de
animais de estimação como gatos e cachorros na vida dos idosos pode se
manifestar nos aspectos:
• Psicológicos – corroborando com a redução de sintomas
depressivos como a solidão e sintomas de estresse e ansiedade;
• Sociais – uma vez que a tutoria de um animal de estimação
incentiva a interação social;
• Físicos – com o estímulo a prática de atividades como a caminhada, por exemplo.
Assina este artigo
Profa. Dra. Thais Bento Lima da Silva. Gerontóloga
formada pela Universidade de São Paulo (USP). diretora científica da Associação
Brasileira de Gerontologia (ABG). Membro da diretoria da Associação Brasileira
de Alzheimer- Regional São Paulo. É parceira científica do Método Supera.
Coordenadora do Grupo de Estudos em Treino Cognitivo da Universidade de São
Paulo
Para reflexão:
O que não nos desafia, não nos faz mudar. Autor desconhecido
Você sabia:
Embora pensemos que nosso cérebro seja branco ou cinza, numa pessoa viva ele tem, na verdade, um tom rosado.
Resposta do desafio de Janeiro.
Se João fosse Maria, lago seria:
a) rio b)
córrego c) mar d) riacho e) lagoa
Reposta: letra E.
Desafio de Fevereiro:
Há um saco cheio de grãos de café. Como você pode
preencher completamente dois sacos do
mesmo tamanho com os grãos de café moído do primeiro saco?
Resposta na próxima edição.
Serviço:
Método Supera - Ginástica para o Cérebro
Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP
02-4270)
Unidade Madalena
Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.
Telefone: (81) 30487906
Unidade Boa Viagem
Telefone: (81) 30331695
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