Gazeta da Torre
A quarentena tem sido uma peça essencial no combate à
rápida propagação do novo coronavírus pelo mundo. Manter-se em casa é uma das
maiores ações que se pode tomar em prol da saúde de todos, mas, ainda assim, há
necessidades que fazem com que as pessoas tenham de deixar o isolamento social,
como a de ir ao mercado – mas, para isso, é preciso tomar muito cuidado.
Maior perigo do mercado
Apesar de existirem vários aplicativos que permitem pedir
compras a domicílio, o longo prazo dos serviços e a impossibilidade de entregar
em alguns locais são alguns dos fatores que fazem muitas pessoas terem de ir à
rua para abastecer a casa com alimentos, artigos de limpeza e outros itens
essenciais durante a pandemia.
Neste local, é essencial manter as medidas preventivas
recomendadas por órgãos de saúde, como guardar uma distância de ao menos um
metro das outras pessoas, usar o braço ou lenço para cobrir o rosto ao tossir
ou espirrar, limpar e desinfetar produtos adquiridos ao chegar em casa e evitar
tocar o rosto – mas há ainda outro fator que pode estar sendo negligenciado: O
CARRINHO OU A CESTA DE COMPRAS.
De acordo com especialistas da Universidade de Harvard,
dos Estados Unidos, estes dois objetos representam um dos maiores pontos de
contágio do estabelecimento, justamente pelo fato de que muitas pessoas os
tocam diariamente – e várias podem não estar seguindo as medidas preventivas
mais importantes, como lavar as mãos com frequência ou usar álcool em gel.
Há, é claro, quem siga as medidas à risca, mas também é
possível que, no mercado, elas tussam, espirrem ou toquem os itens com as mãos
contaminadas – e, infelizmente, a maioria destes objetos é feita de plástico ou
aço, dois materiais em que o vírus pode permanecer por até 72 horas de acordo
com um estudo publicado pelo periódico “The New England Journal of Medicine” .
Outro grande risco, de acordo com a universidade
norte-americana, é o contato próximo com outros clientes ou funcionários.
Como minimizar os riscos
Para fazer com que a experiência no supermercado não vire
um foco de contágio, é importante que você desinfete as partes do carrinho ou
da cesta em que se põe a mão. Para isso, alguns estabelecimentos têm oferecido
lenços desinfetantes na entrada, mas também é possível levar os seus próprios
de casa (bem como um pano e um frasco com álcool 70%).
Aqui, é importante que os lenços sejam descartados
imediatamente após o uso (e o pano, guardado em uma sacolinha para ser lavado
em casa). Depois disso, é preciso esperar alguns minutos para que o álcool faça
efeito – e, enquanto isso, é importante desinfetar as próprias mãos com álcool
em gel para não voltar a contaminar o carrinho.
Após deixar o local, é recomendado limpar as mãos com
álcool gel novamente, bem como higienizar a maçaneta do carro e de casa e os
itens pessoais que levou com você, como o celular, carteira e até o cartão de
crédito.
Para reduzir o risco de contágio entre pessoas, mantenha
uma distância de pelo menos um metro dos outros, inclusive na fila, e tente
minimizar suas viagens ao mercado, especialmente nos horários de pico.
Muitas pessoas têm recorrido ao uso de luvas para ir ao
mercado, mas elas não oferecem nenhuma proteção extra ao vírus, já que, ao
tocarem superfícies contaminadas, ficam tão infectadas quanto as mãos e podem
levar o vírus ao organismo do indivíduo caso entrem em contato com o rosto ou
mesmo outros objetos pessoais que podem servir de vetor de transmissão, como
celular e carteira.
Assim, o melhor é lembrar-se de não tocar o rosto (e
também evitar levar o celular ao rosto enquanto estiver no mercado) e
higienizar todos os itens pessoais ao chegar em casa.
Fonte: Universidade
Harvard - Cambridge
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