Dodge Magnum, requinte da marca nos anos 70 |
No início de 2018, conseguimos registrar a presença de um
Dodge Magnum, expoente máximo de requinte da marca nos anos 70. O possante e
requintado carro encontrava-se em perfeito estado estacionado na Rua José
Osório na Madalena onde atraiu vários olhares de apreciadores de carros antigos.
Último cupê de luxo da Chrysler, ele garantiu uma
sobrevida à linha Dart, priorizando luxo e conforto.
Em 1978, a Chrysler do Brasil se via diante de um
desafio: precisava contornar a crise que assolava a empresa no mundo e, de
quebra, renovar o carisma da linha Dart/Charger, prestes a completar uma década
aqui.
A solução encontrada foi a mais simples: reestilizar sua
antiga linha e apresentar dois novos modelos, expoentes máximos de requinte da
marca, o sedã Le Baron e o cupê Magnum, este baseado no Charger.
O Magnum tornou-se a principal arma para conquistar o
seleto público que não tinha mais acesso aos importados, proibidos em 1976. Sua
dianteira era formada por quatro faróis inseridos em uma grade bipartida de
fibra de vidro, como no Charger. Uma pequena mira era adicionada sobre o capô,
e os para-choques eram novos.
A traseira tinha o estilo do Dart americano de 1974:
quatro lanternas horizontais, ladeando um painel central de alumínio. O visual
hardtop era disfarçado por colunas centrais falsas, unidas por uma extensão que
dividia o teto de vinil ao meio. Para arrematar, faixas decorativas laterais e
calotas raiadas.
O visual hardtop era disfarçado por colunas centrais falsas |
Câmbio manual de quatro marchas |
Uma super mala |
No interior, bancos dianteiros individuais reclináveis de
veludo com console central, onde estava o câmbio manual de quatro marchas ou
automático de três.
Sob o capô ficava o velho V8 5.2, agora de radiador
redimensionado, com 204 cv na medição SAE. Testado na edição de outubro de
1978, ele foi de 0 a 100 km/h em 13 segundos. Bons números,
mas não convinha abusar do acelerador: a suspensão priorizava o conforto,
causando balanços excessivos e grande sobresterço.
Se o desempenho era bom, o consumo era condizente com o
peso e a potência: na média QUATRO RODAS, ficou em 6,21 km/l, mas o novo tanque
de 107 litros permitia rodar mais de 600 km, útil numa época em que o governo
havia limitado o horário de funcionamento dos postos. Apesar de sofisticado, a
idade do projeto era revelada pelo pouco espaço para seu porte e freios ruins.
A antiga fábrica da Chrysler parou de produzir automóveis
em 1981, mas o coração dos Dodge permaneceu pulsando: o V8 5.2 continuou em
linha até 1985, em versões a álcool e gasolina, só que destinadas aos caminhões
Volkswagen.
Fonte: Felipe
Bitu/Quatro Rodas
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