segunda-feira, 20 de abril de 2020

Um DODGE MAGNUM na Madalena

Gazeta da Torre
 Dodge Magnum, requinte da marca nos anos 70
No início de 2018, conseguimos registrar a presença de um Dodge Magnum, expoente máximo de requinte da marca nos anos 70. O possante e requintado carro encontrava-se em perfeito estado estacionado na Rua José Osório na Madalena onde atraiu vários olhares de apreciadores de carros antigos.

Último cupê de luxo da Chrysler, ele garantiu uma sobrevida à linha Dart, priorizando luxo e conforto.

Em 1978, a Chrysler do Brasil se via diante de um desafio: precisava contornar a crise que assolava a empresa no mundo e, de quebra, renovar o carisma da linha Dart/Charger, prestes a completar uma década aqui.

A solução encontrada foi a mais simples: reestilizar sua antiga linha e apresentar dois novos modelos, expoentes máximos de requinte da marca, o sedã Le Baron e o cupê Magnum, este baseado no Charger.

O Magnum tornou-se a principal arma para conquistar o seleto público que não tinha mais acesso aos importados, proibidos em 1976. Sua dianteira era formada por quatro faróis inseridos em uma grade bipartida de fibra de vidro, como no Charger. Uma pequena mira era adicionada sobre o capô, e os para-choques eram novos.

A traseira tinha o estilo do Dart americano de 1974: quatro lanternas horizontais, ladeando um painel central de alumínio. O visual hardtop era disfarçado por colunas centrais falsas, unidas por uma extensão que dividia o teto de vinil ao meio. Para arrematar, faixas decorativas laterais e calotas raiadas.

 O visual hardtop era disfarçado por colunas centrais falsas

 Câmbio manual de quatro marchas

 Uma super mala
No interior, bancos dianteiros individuais reclináveis de veludo com console central, onde estava o câmbio manual de quatro marchas ou automático de três.

Sob o capô ficava o velho V8 5.2, agora de radiador redimensionado, com 204 cv na medição SAE. Testado na edição de outubro de 1978, ele foi de 0 a 100 km/h em 13 segundos. Bons números, mas não convinha abusar do acelerador: a suspensão priorizava o conforto, causando balanços excessivos e grande sobresterço.

Se o desempenho era bom, o consumo era condizente com o peso e a potência: na média QUATRO RODAS, ficou em 6,21 km/l, mas o novo tanque de 107 litros permitia rodar mais de 600 km, útil numa época em que o governo havia limitado o horário de funcionamento dos postos. Apesar de sofisticado, a idade do projeto era revelada pelo pouco espaço para seu porte e freios ruins.

A antiga fábrica da Chrysler parou de produzir automóveis em 1981, mas o coração dos Dodge permaneceu pulsando: o V8 5.2 continuou em linha até 1985, em versões a álcool e gasolina, só que destinadas aos caminhões Volkswagen.

Fonte: Felipe Bitu/Quatro Rodas

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