quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Você já ouviu falar em Detox Digital?

Gazeta da Torre

Lendo sobre esse assunto, já há um certo tempo estudado, me aguçou o desejo de compartilhar o tema ao perceber a importância do mesmo, em plena Era da Revolução 4.0, onde a tecnologia e a inteligência artificial chegaram para ficar e se tornam cada vez mais reais e indispensáveis principalmente em alguns segmentos e setores. É indiscutível que tais recursos têm agregado e facilitado substancialmente o desenvolvimento da ciência, medicina, agricultura, indústria e na área de educação, têm oferecido amplas possibilidades de expansão, acessibilidade de conhecimentos, entre outros.

O tema é amplo e complexo, mas convido os queridos leitores da Gazeta da Torre a fazerem uma pequena reflexão, talvez em caráter preventivo, no que tange ao uso excessivo de tecnologia e suas consequências para a saúde, relacionamentos e qualidade de vida.

“Estamos vivenciando uma transformação que alguns comparam com a descoberta do fogo há 2 milhões de anos. Somos testemunhas oculares de uma mudança paradigmática em que cada vez mais a inteligência artificial se torna presente”. Afirma Cristiano Nabuco, psicólogo e coordenador do Grupo Dependência Tecnológica do Programa de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Pesquisa exclusiva de VOCÊ S/A revela que 41% dos brasileiros entram em pânico longe do smartphone. E mais, que o uso excessivo dessa tecnologia está nos tornando estressados, pouco criativos e improdutivos.

Observemos a nós mesmos, no nosso entorno, nossos filhos e netos... Nas empresas... Pessoas dormem pouco por estarem conectadas e, acordam cedo desconectadas?

Como será a disposição, produtividade, satisfação, dessas pessoas?

Como fica a paciência, no trânsito, e nas relações a capacidade de realmente ouvir o outro, sem distrações, olho no olho?

E a concentração? Sabe-se que tem aumentado e muito os índices de déficit de atenção das pessoas, das crianças e adolescentes... Isso, têm se associado em algumas situações, ao uso constante e exagerado...

Dos computadores, aos notebooks, smartphones, tablets, games, aplicativos, redes sociais, os riscos mudaram e se alteraram surpreendentemente, visto que estes podem estar a todo momento em nossas mãos, como uma verdadeira tentação “irresistível” onde o risco de dependência se assemelha a uma droga. Percebem a semelhança?

Vive-se entre a dopamina, o hormônio da felicidade, sente-se o prazer das curtidas, dos elogios, da “sensação” de milhões de amigos e admiradores, notícias, realizações... Por outro lado, isso tudo gera a ansiedade e é aí que outros hormônios entram em ação... Será que isso de não querer ficar “por fora, “ficar para trás” pode estar “minguando” a individualidade de cada um, a subjetividade de cada um...o tempo de cada um... A felicidade real de cada um, um contato real de cada um? E essa real solidão, a sensação de comparação, a dependência, a depressão?

E o que podemos fazer?

Anna Lucia Spear King, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e fundadora em 2013 do Instituto Delete, o primeiro centro voltado para a dependência digital na América Latina, diz que a solução é a Educação Digital, já que as pessoas pegam o celular em todos os lugares, sem a menor sensação de estar sendo inconveniente ou de que isso esteja atrapalhando o sono, a concentração e o trabalho.

Cientes de que o assunto é bem complexo e abrangente, citarei de forma resumida a  estratégia do DETOX DIGITAL, mencionada no início e sugerida pelo Livro: Celular – Como dar um tempo, em junção com ideias de muitos outros especialistas no assunto:

1.Proteja o quarto: o brilho da tela tem a mesma tonalidade azul do sol nascente o que prejudica o sono;

2. Crie momentos de liberdade: Agende horários de desconexão e faça atividades ao ar livre, ou descubra outras atividades agradáveis.

3.Estabeleça regras de conexão: Crie uma rotina de horários para responder e-mails, acessar WhatsApp e redes sociais. Informe a colegas e amigos...

4. Seja educado: Não ignore as pessoas quando estiver com o celular...

5. Envolva as pessoas próximas: É complicado fugir da tecnologia, mas faça pacto com pessoas para praticar a desconexão em alguns momentos ou eventos...

Estamos todos no mesmo barco! Reflexão e Ação para a Transformação

Abraço fraterno

Vera Silva - Desenvolvimento Humano e Organizacional
Instagran: verasilvacoach  

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