domingo, 31 de maio de 2020

É de bom alvitre substituirmos a indagação “o que você vai ser quando crescer?” por “de que forma você vai contribuir para que o mundo seja melhor?”

Gazeta da Torre

É esperado que a trajetória acadêmica de um indivíduo dê bons frutos, sobretudo no campo profissional. Aquela perguntinha famosa “o que você vai ser quando crescer?”, tão ingênua e muitas vezes simpática para os primeiros anos de vida, revela a carga de responsabilidade que compete aos educadores, desde a tenra idade dos seus educandos. A soma das vivências, sob o influxo das corretas orientações, que sejam elas no âmbito doméstico, na escola e nos demais grupos sociais, vai mostrar, de um lado, o quanto teve êxito a tarefa de educar. De um lado, parabéns aos pais ou responsáveis, pela missão cumprida, muitas vezes com sacrifício. Por outro lado, também digno de nota, está a escolha do educando, ao apresentar boa conduta moral.

Se o cenário acima descortinado fosse constatado na predominância, certamente não haveria tantas queixas entre pais, filhos, vizinhos, colegas etc., que resultam em desrespeito, desavença e falta de moralidade. Mas, afinal, quem pode responder pelo alto índice de desordem?

Ao que parece, o momento atual é muito propício para esta análise, na tentativa de responder o questionamento que nos alcança com tom de provocação. Só para começar a ampliar o tema, admitamos que temos dois perfis básicos na sociedade: ora estamos aprendendo, tal qual aluno na grande sala de aula da vida; ora desempenhamos atribuições que nos permitem guiar e dar exemplos. Em tais perfis, é forçoso considerar o caminho de duas vias, provando que para cada atitude há inevitavelmente uma resposta, como para todo efeito existe uma causa.

Quem já parou para refletir quantas vezes foi negligente ou imprudente? Nas escolhas individuais, a indiferença e a omissão são tratadas como negligência, haja vista caracterizar que tal ou qual atitude esperada deixou de ser tomada. Já a impulsividade e a precipitação correspondem à imprudência, gerando ações bem diferentes daquelas que seriam aguardadas. Quantas vezes alguém se julgou capaz de fazer algo, mas na prática percebeu que faltou habilidade técnica? Isto se chama imperícia.

É, portanto, de bom alvitre substituirmos a indagação “o que você vai ser quando crescer?” por “de que forma você vai contribuir para que o mundo seja melhor?”. Além de valorizar a formação acadêmica, para que ninguém seja taxado de imperito, a nova pergunta desperta no indivíduo a capacidade de sair da zona de conforto da indiferença, deixando de ser negligente, para de fato agir com ética, respeito mútuo e moralidade, evitando a imprudência.

Esse é o desafio dos educadores atuais. Não pense que está na contramão só porque a maioria tem opinião diversa da sua. É sempre preferível fazer o correto, ainda que não haja apoio ou consentimento de quem quer que seja. Cada um deve fazer a sua parte. 

O que é “comum” pode não ser considerado “normal”, muito menos, “natural”, quando se aproxima do “banal”. Então, ao invés de ser mais um na inobservância do dever e na falta de cautela, procure colocar em prática os valores morais, que são a base para um futuro melhor, mais fraterno e humano.

Ciência pode fazer o futebol brasileiro “enxergar mais longe”

Gazeta da Torre

Para especialista, ciência nacional é suficiente para formar bons atletas.

Na coluna Ciência e Esporte da Rádio USP da semana passada, o professor Paulo Roberto Santiago, Professor da Escola de Educação Física de Ribeirão Preto, reforça sua tese de que o futebol brasileiro tem muito a ganhar com a ciência. Inspirado na metáfora e na frase do físico Isaac Newton, “se vi mais longe foi por estar sobre os ombros de gigantes”, Santiago acredita que o Brasil, potência do futebol, pode evoluir ainda mais, formando pessoas humanas e educadas, além de bons atletas, se “conseguir enxergar mais longe, usando a ciência a seu favor”.

Santiago conta que esse foi o assunto debatido na live do YouTube, na última terça-feira (26), por pesquisadores, professores de Educação Física e dirigentes e comissão técnica da equipe de futebol CSA de Alagoas.

Além de conferir o debate na íntegra no canal do time do CSA, os ouvintes podem participar da coluna Ciência e Esporte, sugerindo temas ou enviando questões para as próximas edições pelo e-mail paulosantiago@usp.br ou através de comentários no canal da coluna no YouTube:  [Ciência e Esporte] com Paulo Santiago. A única restrição é que sejam temas relacionados à ciência e esporte.

Jornal da USP

sábado, 30 de maio de 2020

Por uma nova normalidade

Gazeta da Torre

Por Camila Braga, pós-doutoranda no Instituto de Relações Internacionais (IRI) da USP e pesquisadora associada ao Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais (NUPRI-USP) - Jornal da USP

Hoje, todos falam em um “novo normal” ou a “nova normalidade” para a qual retornaremos, lenta e gradativamente, nos próximos meses. O que não quer dizer que em poucos meses o Sars-Cov-2 deixará de ser uma ameaça à vida humana, ou que o número de infectados por covid-19 ter-se-á reduzido dramaticamente. Pelo contrário. Esse “novo normal” que abunda na mídia busca preparar as pessoas para enfrentar a nova ameaça mudando suas práticas de higiene e convívio social. Escolas, hospitais, comércios, empresas e serviços públicos e privados terão que adotar novos protocolos para se reajustar ao mundo enfermo de ora em diante. Saímos às ruas cientes de nossa vulnerabilidade, conhecendo os riscos e buscando, através de novas práticas preventivas, minimizá-los.

No universo de narrativas que ajudam a construir esse novo normal, a resiliência emerge como a ponteira de uma flecha disparada em direção ao futuro incerto para o qual caminhamos. Resiliência, em geral, indicaria a capacidade de um sistema, indivíduo ou objeto em lidar com choques, traumas ou eventos adversos, resistindo, adaptando-se ou se autotransformando. A finalidade é preservar ou assegurar a continuidade de sua existência sem alterar as propriedades básicas desta, ou seja, os fatores determinantes da existência como tal. Portanto, sociedades resilientes emergem sobre três tipos de impulsos sociais: resistência, adaptação e transformação. 

Analisando o presente, porém, vemos governos e sociedades reagindo basicamente de duas formas: por um lado, adaptam suas práticas sanitárias e de convívio social, promovem o distanciamento social e o fechamento de espaços públicos. A circulação de pessoas e veículos é restrita e monitorada. Fronteiras são fechadas para a circulação de pessoas e a migração, arbitrariamente criminalizada no passado, torna-se de fato uma “nova ameaça” para o mundo enfermo e suas populações de infectados. Por outro lado, há aqueles que reagem contra essas novas práticas, tendo como arma os dados alarmantes de retrocesso nas principais economias mundiais. Buscando controlar o pânico social, diminuem o problema em seu entorno; a covid-19, de pandemia com quase 300 mil mortes registradas no mundo, é comparada a uma “gripe”, assim como a influenza ou a H1N1. Vale ressaltar que tanto a influenza quanto a H1N1 produziram pandemias no passado, no entanto, possuem fatores de contágio em infecções secundárias menores que a covid-19 e para ambas já existem vacinas. Claro, indivíduos ainda padecem e padecerão dessas três enfermidades por um longo tempo. Por quê?

O vírus tem um único objetivo: sobreviver. Resiliente a sua maneira, esse micro-organismo está constantemente sofrendo mutações. As sociedades humanas, por seu turno, resistem ou se adaptam às adversidades provocadas pela enfermidade associada ao vírus. Portamos máscaras nas ruas e fazemos uso abundante de artigos de higienização e desinfecção. O acesso à água potável, sempre um direito básico, transforma-se num recurso de defesa e sobrevivência. Os muros de nossas casas e condomínios se transformam em cordões sanitários e nossos lares, simbolicamente, em locais de proteção. Nesse mundo enfermo e suas sociedades de infectados, as fronteiras sociais se reduzem ainda mais. O medo, a paranoia, o estresse e a ansiedade, velhas psicoses sociais, tornam-se instrumentos essenciais no controle social, conformando-nos a uma série de medidas que buscam ampliar o controle do Estado sobre a sociedade. Outrora, em tempos de paz, algumas dessas medidas seriam impensáveis. Paradoxalmente, justificam-se agora como necessárias para garantir que continuemos nossas vidas “como antes”.

O cenário é familiar? Em menor escala, recordamos a pandemia de H1N1 em 2009, a chamada gripe A. Contudo, embora esse cenário espelhe o presente de alguns, certamente não é igual para todos. Como afirmou recentemente o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, “a morte não é democrática”. Em um mundo em que cerca de 1,3 bilhão de pessoas ainda lutam para satisfazer suas necessidades básicas, o isolamento social – tal como descrito acima – emerge como um privilégio. A emergência global não apenas aprofundou desigualdades estruturais, como agravou as múltiplas formas de violência associadas a elas. No Brasil, segundo o FBSP, o número de ocorrências por feminicídio aumentou em diversas regiões, ainda que as denúncias tenham diminuído, uma vez que o isolamento social alarga em tempo e diminui em espaço a proximidade entre violador e vítima.

A violência estrutural, por seu turno, revela-se no colapso dos sistemas de saúde pública e crescente registros de mortes evitáveis, como alertou um grupo de instituições voltadas à proteção dos direitos humanos no dia 16 de maio. Com efeito, enquanto estudos da Fiocruz apontam o aumento de óbitos por covid-19 nas favelas do Rio de Janeiro, onde o saneamento básico é no mínimo precário e o distanciamento social muitas vezes não é possível, os dados apresentados por organismos oficiais trabalham com números quase três vezes menores. No entanto, a falta de uma política adequada para a realização de testes em massa, como recomenda a OMS, impede-nos de conhecer a real situação desses territórios.

O isolamento social, para aqueles que o mantêm, entra em seu terceiro mês e nossos governos começam a implementar programar para voltarmos à normalidade, mapeando os níveis de risco em semáforos ou bandeiras. A resiliência social é testada e monitorada: por gráficos em curva identificamos as populações mais e menos infectadas, as classificamos e etiquetamos por cor, do vermelho ao verde. Às populações em vermelho, prescreve-se o lockdown; às populações em verde, a normalidade. Verde para um novo normal. Porém, como será essa normalidade?

“Uma nova normalidade” é o título do movimento criado pelo Conselho Latino-Americano de Investigação para a Paz (Claip), cujo slogan “Uma Nova Normalidade é possível e necessária” convida cidadãos latino-americanos e ao redor do mundo a refletir sobre o passado, presente e futuro de nossas sociedades. Nosso objetivo é “estimular o compromisso cidadão com a construção participativa de uma nova normalidade justa e necessária, por meio da conscientização e reflexão coletiva”. Iniciada no dia 14 de maio, esse movimento de comunicação para a paz visa ainda, através da ação coletiva, a tencionar as estruturas, narrativas e práticas que antes considerávamos normais.

Resiliência não significa somente resistência ou adaptação, é também transformação. Vamos nos conformar em viver num mundo enfermo? Adaptarmo-nos a conviver com mais um fator de risco enquanto esperamos uma nova pandemia? E quanto aos outros riscos e vulnerabilidades com os quais já nos conformamos em viver? Se considerarmos a gravidade de uma pandemia com base no número de óbitos ao redor do mundo, quase todos os anos morrem mais de 400 mil pessoas por armas de fogo; só em 2019, cerca de 50 mil mulheres foram vítimas de violência doméstica (UNODC, 2019) e a fome atingiu 820 milhões de pessoas (FAO, 2019).

Pensemos a respeito, a crise atual não emergiu em um vácuo. Se considerarmos a multiplicidade de riscos aos quais nos submetemos diariamente, ainda teremos uma vaga noção de quão vulneráveis somos. No entanto, é impossível enfrentar uma enfermidade ou nossa própria vulnerabilidade como se fosse uma guerra. Contra quem, se o vírus é endógeno? Nós mesmos? Nossos vizinhos? Ao redor do mundo, fala-se na guerra ou combate ao novo coronavírus, em linhas de batalha, vítimas infectadas, resistência física e resiliência social.

Apontando uma via alternativa, o movimento latino-americano “Uma nova normalidade é possível e necessária” convida-nos a pensar em outras narrativas possíveis: de cooperação, inclusão, solidariedade e transformação social. O movimento nos incentiva a construir juntos ao invés de resistir em separado, a transformarmos nossa realidade ao invés de nos adaptarmos a ela e a procurar novas formas de convívio entre nós e com o ambiente em que vivemos.

Para aqueles que desejarem se engajar nessa reflexão, convidamos a participarem da campanha “Uma nova normalidade”, firmando o manifesto que está on-line (unanuevanormalidad.org e change.org) e difundindo a campanha em suas mídias sociais (#umanovanormalidade; #unanuevanormalidad). É o momento perfeito para refletir sobre o futuro para o qual queremos voltar e o que propomos é um instrumento para essa reflexão.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Repelente à base de plantas e outras medidas alternativas podem ajudar a minimizar os problemas causados pelos mosquitos

Gazeta da Torre

Responsáveis pela transmissão de várias doenças, como dengue, zika e chikungunya os insetos fazem parte da rotina urbana. Neste período de reclusão, em que muitas pessoas estão em casa, é fundamental aproveitar o tempo para impedir a proliferação desses mosquitos e se proteger. Para ajudar a minimizar este problema, a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Meio Ambiente, separou algumas dicas que ajudam a manter os insetos longe de casa e das pessoas, como o uso de repelente natural e plantas que afastam os insetos.

De acordo com a arte-educadora Silvana Coutinho, a natureza está cheia de remédios naturais. “A própria natureza fornece uma variedade de compostos orgânicos que são poderosos contra mosquitos, moscas, formigas, baratas e outros insetos que se adaptaram tão bem à vida urbana”, comenta. Silvana ainda afirma que é possível investir em plantas que afastam os insetos, como arruda, jasmim, lavanda, hortelã, alecrim, citronela, poejo, capim-limão e erva-cidreira. Várias plantas podem ser compradas nas grandes redes de supermercado, alguns têm sessões exclusivas de plantas e jardins.

“O cultivo de certas plantas repelentes pode não só deixar a casa mais charmosa, mas criar uma barreira contra os insetos. Geralmente as plantas aromáticas cumprem este papel, pois possuem óleos essenciais que na natureza têm o papel de repelir o ataque de pragas”, explica.

Outra sugestão é fazer um repelente caseiro com álcool de cereais, cravo e óleo natural. É fácil, sai mais barato que os repelentes comprados, e é efetivo. Silvana Coutinho ensina o passo a passo de como preparar o produto.

“O cravo-da-índia é um eficiente repelente natural contra pernilongos, inclusive contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Isto porque o seu cheiro característico, originado pela presença de eugenol em sua composição, é capaz de afastar mosquitos, além de moscas e formigas. A solução pode ser usada por adolescentes e adultos, incluindo gestantes após liberação médica”, diz.

Ingredientes:

500ml de álcool  cereal

100ml de óleo natural

50 gramas de cravo da Índia.

Modo de fazer

Quebre um pouco o cravo da Índia, em seguida coloque no álcool que deverá estar  em um vidro escuro, e agite, deixe a mistura maturar por 15 dias em um local escuro e arejado, mexa no mínimo um vez ao dia, você  vai observar a mudança  na coloração, ao término dos quinze dias coe e coloque em um vidro a tintura e o óleo, seu repelente estar pronto para usar. O tempo de duração é de no máximo 3 horas.

 Modo de uso:

Pulverize o repelente caseiro em toda a região do corpo exposta ao mosquito, como braços, rosto e pernas, e reaplique o repelente sempre que praticar esporte, suar, ou molhar-se.

Silvana Coutinho, ao mesmo tempo, lembra que não se pode esquecer que uma das melhores alternativas é matar os mosquitos no nascedouro, ainda enquanto são larvas, evitando-se que cheguem à fase adulta, quando se tornam de fato perigosos, transmissores de doença. A forma de evitar isso é praticamente conhecida de todo mundo: deve-se se evitar o acúmulo de água limpa parada em garrafas de vidro ou PET, pneus velhos, tonéis e depósitos, pratinhos de vasos de plantas, vasos sanitários em banheiros não usados, bandeja externa de geladeiras, lixeiras, plantas que possam acumular líquido, ralos e calhas entupidas e lajes e outras superfícies desniveladas.

Fonte:Prefeitura da Cidade do Recife

terça-feira, 26 de maio de 2020

Facebook - A rede social, com 45.000 funcionários no mundo todo, desenha um ambicioso plano de teletrabalho de longo prazo depois do impacto do coronavírus

Gazeta da Torre
Mark Zuckerberg, o fundador e executivo-chefe 

O Facebook acredita que o impacto do coronavírus nos espaços e formas de trabalho será prolongado e mudará a cultura das grandes empresas. Essa reflexão já vinha se instalando em todas as companhias médias que precisaram aprender a teletrabalhar em apenas dois meses, mas na semana passada (21/5) pôde ser ouvida de maneira articulada e detalhada da boca de Mark Zuckerberg, o fundador e executivo-chefe da maior rede social do mundo. Zuckerberg calcula que metade da equipe do Facebook (45.000 empregados) trabalhará remotamente dentro de uma década, e deixou uma série de reflexões que espera “que sejam úteis para outras organizações” que buscam navegar esta nova realidade.

Zuckerberg falou sobre o futuro do teletrabalho e dos escritórios em uma videoconferência semanal com seus funcionários, que excepcionalmente desta vez foi aberta para todo o Facebook. O plano deve ser um guia para empresas por parte de uma das companhias mais valiosas do mundo, cujas sedes ficam em cidades com preços proibitivos e que precisa contratar e inovar constantemente. “Um produto se constrói em meses, mas uma cultura se constrói dia a dia ao longo de anos. E esta é uma mudança na cultura de como vamos trabalhar”, disse Zuckerberg a seus funcionários e ao mundo.

O cálculo de que metade dos empregados trabalhará remotamente em 2030 não é “um objetivo”, esclareceu Zuckerberg, e sim uma estimativa que se baseia nas tendências vistas a partir da necessidade de esvaziar os escritórios por causa do coronavírus. Zuckerberg citou pesquisa internas segundo as quais 30% dos chefes do Facebook apoiam completamente que suas equipes trabalhem 100% à distância, enquanto outros consideram isso incompatível com as atividades exercidas. Também descobriu que há muitos funcionários dispostos a se mudarem de cidade se o teletrabalho permitir.

“Estamos decididos a manter os escritórios”, esclareceu. “Não sabemos qual aspecto eles terão, é algo que iremos aprendendo neste ano”, acrescentou o CEO, numa frase com a qual muita gente deve se identificar atualmente. Como princípio geral, Zuckerberg disse a seus funcionários que o objetivo da nova organização não é “maximizar a flexibilidade” dos empregados, nem que estes, como princípio, possam morar onde quiserem, e sim “como atendemos melhor à nossa comunidade e fomentamos a inovação”.

Zuckerberg levou sua reflexão a um nível muito detalhado. Por exemplo, como se contrata nesta situação? Para engenheiros experientes, por exemplo, o chefe do Facebook considera que se pode contratar remotamente. Mas para jovens que entram como novatos na empresa “a aprendizagem em pessoa é essencial”. O Facebook vai analisar “uma por uma” quais equipes podem trabalhar remotamente, quais podem ser híbridas e quais necessitam do trabalho presencial. Por exemplo, as equipes que trabalham com hardware não têm como realizar suas atividades de casa. Também citou como exemplo os moderadores que vigiam temas delicados, como o suicídio e o terrorismo. Ou as equipes de vendas, que para Zuckerberg “precisam estar perto de onde vivem seus clientes”. Como regra geral, “se o seu trabalho exige estar perto das pessoas às quais se reporta, não pode trabalhar remotamente”.

O Facebook tem seus escritórios em alguns dos lugares mais caros do mundo, como San Francisco, Los Angeles e Nova York. O teletrabalho abre outra reflexão. Por um lado, na contratação. O Facebook estava limitado a contratar “pessoas que vivam nessas cidades ou estejam dispostas a se mudar para lá”. Isso não será mais assim.

Por outro lado, abre as portas para que os atuais funcionários busquem lugares mais baratos para morar. Os aluguéis perto dos centros de trabalho do Facebook são proibitivos, embora a companhia pague bons salários. Zuckerberg alertou a seus funcionários que, se mudarem de cidade, irá ajustar o salário deles de acordo com o custo da vida de onde estiverem. Deu prazo até janeiro para que todos comuniquem onde estão. “Vamos precisar que todos nos digam onde estão trabalhando e vamos ajustar o salário à sua localização. É importante para a contabilidade e no aspecto fiscal. Haverá consequências sérias para quem não for honesto nisto”, advertiu Zuckerberg aos seus empregados.

Outra reflexão é se a companhia precisa abrir novos escritórios em lugares a meia distância dos seus grandes centros de trabalho. Por exemplo, Zuckerberg citou San Diego como um lugar a uma distância rodoviária razoável de Los Angeles, Portland em relação a Seattle, e Pittsburgh com Nova York. A empresa já está construindo escritórios em Atlanta, Dallas e Denver.

Zuckerberg alertou que “não vai abrir a porta e ver como fica”. A autorização do teletrabalho será “metódica”. Mais especificamente, hoje em dia os critérios para concederem essa autorização é ter um alto grau de experiência na empresa, ter uma recente avaliação elevada do seu trabalho, ser parte de uma equipe que possa se permitir isso e ter a autorização do chefe dessa equipe. “O trabalho remoto afeta a todos com quem você trabalha”, disse Zuckerberg.

“Faz sentido que sejamos líderes nisto pela classe de produtos que fazemos”, disse Zuckerberg. De fato, se trata da companhia mais bem-sucedida das últimas duas décadas no negócio de conectar as pessoas pelas Internet. O Facebook aproveitou a palestra de Zuckerberg para divulgar os recursos de teletrabalho que está potencializando. Entre elas, as ferramentas Workplace (para videochamadas profissionais) e Live Producer (apresentações e vídeos ao vivo), as videoconferências do Portal e as reuniões virtuais com a Oculus, sua divisão de realidade virtual.

Pablo Ximénez de Sandoval

Ações de ajuda a Artistas

 Gazeta da Torre

Em atenção à pandemia do novo coronavírus, a União Brasileira dos Compositores (UBC) lançou a iniciativa #JuntosPela Música, que reúne ações, editais e projetos de ajuda — de governos e empresas — à classe artística neste momento de grande impacto econômico decorrente da pandemia de Covid-19. Também a UBC oferece dicas para se informar, manter a positividade e criar melhor.

UBC: informações:   http://www.ubc.org.br

A proposta da UBC é conectar a força de todos que querem ajudar com os criadores musicais. Eles precisam urgentemente de ajuda. Por isso, a UBC em parceria com o Spotify está abrindo o fundo #JuntosPelaMúsica, com o objetivo de defender e dar suporte à sua comunidade.

Com um aporte de R$ 500 mil e um sistema de matchfunding garantido pelo Spotify, o fundo já começa com valor inicial de R$ 1 milhão para ser investido nessa ação.

Agora a UBC tem a possibilidade de receber doações e aumentar ainda mais o valor desse fundo e o impacto dessa ação.

Para cada R$ 1 doado, o Spotify também doará R$1 até o limite do seu programa global de ajudas do gênero.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Ler em um formato diferente é ler pior?

Gazeta da Torre

O confinamento aumentou ainda mais a digitalização de nossa leitura, que transforma silenciosamente nossos circuitos neurais. Há vantagens em consumir conteúdo em papel em relação ao do celular ou de um e-book?

Para que ou para quem é melhor, essa é a pergunta, por Facundo Manes (Neurocientista e Doutor por Cambridge – Reino Unido).

A leitura supõe, em primeira instância, reconhecer o formato das letras e, com elas, as palavras. Mas também, durante a leitura, percebemos a totalidade do texto como se fosse uma paisagem. Assim, fazemos uma representação mental dele, que serve de base para a interpretação das informações que estamos processando. Na neurociência, não há consenso sobre qual é o formato mais adequado para a leitura.

Muitos estudos mostram as vantagens do papel, enquanto outros apontam que não há diferença alguma entre os dois formatos ou mostram as vantagens do formato digital. A pergunta importante não é qual formato é melhor, mas para quem, para quê, e quando. É o mesmo para um adulto e uma criança? É melhor para leituras escolares, mas pior para leituras recreativas? Existem vantagens que justifiquem o uso de um formato específico para textos de ficção, mas não para os técnicos?

Uma das mudanças estruturais que ocorre na leitura digital é que nela a experiência do limite não se dá de maneira tão acabada como na leitura no papel: quando lemos na tela vemos apenas uma parte do livro, podemos avançar ou voltar ao longo do texto, mas essa noção de finitude não é tão clara. É por isso que a metáfora da "navegação" usada para se referir à Internet não é aleatória, já que não há caminho predeterminado e também não se sabe onde está a margem.

Um livro tradicional, por sua vez, oferece ao leitor traços topográficos que lhe permitem se orientar sem perder de vista o conjunto: a página à esquerda, a página à direita, os quatro cantos e um texto fluido que não é interrompido por links ou anúncios. A isto se soma a possibilidade de tocar as páginas com as mãos e deixar um rastro à medida que se avança na leitura, o que nos propicia um informe sensorial-motor de quanto lemos e quanto falta. Todos esses elementos fazem com que muitas pessoas percebam a leitura no papel como algo mais controlável, pois lhes oferece um mapa mental coerente e sem nenhum obstáculo.

Por sua vez, a orientação espacial tem um impacto na memória: muitas pessoas dizem que é mais fácil recordar o que leem quando lembram onde as informações estavam situadas. A interação com o texto é diferente em cada plataforma, já que esta se encontra relativamente bloqueada (por exemplo, em um formato sem possibilidade de edição) ou tem uma capacidade de inserção sem marcas de limite entre o alheio e o próprio (por exemplo, em um texto de processador). Escrever nas margens, sublinhar, destacar e voltar para trás para reler uma frase é algo mais vinculado ao livro em papel. Esse senso de apropriação do texto a partir dos traços originais torna o livro um pouco mais próximo. Embora talvez seja pelo fato de a pessoa ter sempre lido nesse formato. É importante entender que a compreensão da leitura é um processo posterior à decodificação: primeiro se lê e depois se compreende o que é lido. Sabemos que, para um leitor, ler em uma tela não é o mesmo que ler um livro. Faltam mais pesquisas que avaliem o efeito do uso da tecnologia no funcionamento cognitivo a longo prazo. Enquanto isso, o segredo estaria em usar a tecnologia de maneira equilibrada e saudável.

Carmen Pérez/El País

domingo, 24 de maio de 2020

Será que vale a pena eu me distanciar da minha família e perder as boas amizades por causa da política?

Gazeta da Torre - Por Sergio Moraes
A Política é importante na construção de uma sociedade, nas relações institucionais e humanas, sendo o eixo do mundo, porque todos os Países, Estados e Municípios dependem da Política, pois se a política de um determinado país vai mal, afeta a vida das pessoas em qualquer lugar do mundo. Exemplo: Se a bolsa de valores despenca na Ásia ou nos Estados Unidos, isso nos afeta.  Se o preço do barril de petróleo dispara ou se o dólar aumenta, isso também nos afeta. Tudo isso é Política.

Infelizmente em nosso País, a Política se tornou “uma doença que precisa ser tratada”, pois muitos políticos ruins são como um vírus, que contaminam todo o sistema e muitas vezes o certo paga pelo errado, onde ao invés de separarmos o joio do trigo, temos o costume de generalizar, em virtude dos incontáveis absurdos praticados por diversos políticos.

Em ano eleitoral, observa-se que, muitas vezes a “Ganância”, a “fome do poder”, o “Status” e as “Vantagens” vale mais do que a “Família e as Velhas e Boas Amizades”.  É assim que se vive nas disputas políticas: Famílias brigando e se dividindo por causa da política, Amigos destruindo velhas e boas amizades por causa da política, É um tal sou mais esse... Sou mais aquele... Desentendimentos... Ódio... Perseguições... Palavras Ofensivas... Fofocas... E até Violência....

Muitas vezes, até quando você está só conversando com amigos, os fofoqueiros de plantão já julgam e dizem: “Fulano estava conversando com sicrano que é do outro lado”. “O candidato tal tava na casa da fulana”. E por aí vai...

São tantas mazelas, mesquinharia, fofocagem, olhares maldosos, inveja,    pré-julgamento e falta de respeito, que faz com que os cidadãos fiquem cada vez mais desacreditados e enojados com essas situações.

Agora é momento de fazermos a nossa “REFLEXÃO POLÍTICA” e perguntarmos a nós mesmo: “Será que vale a pena eu me distanciar da minha família e perder as boas amizades por causa da política ?”

Vamos aprender a não misturar as coisas e saber conviver políticamente em harmonia, pois quando a política afeta o convívio familiar e as amizades, Ela passa, mais as marcas e feridas profundas ficam para sempre.

A Política é importante quando é feita sem demagogia e desentendimentos.

A Família e os Amigos são muito mais, pois é o Elo que nos une a DEUS.

Não deixe que a “politicagem” afete os seus relacionamentos.

Exerça a sua cidadania sem denegrir a imagem de ninguém.

As eleições passam, mas a família e as boas amizades ficam no coração. REFLITA E PENSE BEM !

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade sugere dicas básicas para quem está começando a cultivar plantas em casa

Gazeta da Torre

Em tempos de pandemia, o cultivo de plantas para enfrentar o distanciamento social faz com que as pessoas se sintam acolhidas dentro do lar, mas os cuidados variam de acordo com cada espécie e suas particularidades e a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAS) sugere algumas regras básicas para iniciantes. Ao menos duas vezes por semana é necessário aguá-las, adubá-las quando preciso e retirar as folhas secas são alguns cuidados básicos sugeridos  pela SMAS para quem está começando a se aventurar com a natureza no ambiente doméstico.

A rega é necessária. Para aguá-las, basta ficar atento e colocar o dedo na terra para observar se está úmida ou seca. Pode ser que a espécie goste mais de água e, por isso, é necessário pesquisar as condições ideais antes de qualquer decisão. Ficar atento à iluminação natural em que as plantas estarão expostas também é um importante requisito. Para nutrir corretamente a planta há diversas maneiras de adubá-las através do descarte de alimentos utilizados em casa, como a casca de banana e do ovo, a borra do café, entre outros. "Para quem ainda não tem plantas no lar, começar plantando sementes de alimentos ou hortaliças pode ser uma boa forma de introduzir a natureza dentro de casa. O processo de acompanhar o crescimento é uma maneira de observar a continuação da vida. Entre as espécies mais fáceis de cuidar estão a jiboia, suculenta, cacto, costela de Adão e a espada de São Jorge", explica a arte-educadora da SMAS, Silvana Coutinho.

Além de deixarem o espaço mais bonito, as plantas melhoram a qualidade do ar do ambiente doméstico. Um fator comum nesse processo é encontrar folhas secas e com uma aparência ruim em algum momento. “Quando as folhas estão murchas ou secas, o problema pode ser falta d'água, excesso ou falta de sol e falta de nutrientes no solo. Lembramos que todos os cuidados variam de acordo com cada espécie”, adianta Silvana. E, por fim, trocar o recipiente quando for preciso. “Muitas vezes, ao plantar uma semente, utilizamos vasos pequenos. Mas se a planta crescer muito, será necessário trocar o vaso para que ela possa ter mais espaço para se desenvolver. A escolha deve ser feita levando em consideração os ambientes da casa, a luminosidade do local, o espaço, o tempo de dedicação e se o morador tem crianças e animais em casa”.

Fonte: Prefeitura da cidade do Recife

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Meditação - 5 passos para manter sua saúde mental

Gazeta da Torre
Para atenuar sintomas de ansiedade, a meditação é uma alternativa que traz benefícios ao corpo e à mente; saiba como começar.

O excesso de informações em noticiários, o isolamento social, a nova rotina, mudanças no convívio e no trabalho em casa... as últimas semanas têm trazido uma série de novas realidades ao mundo inteiro. Essas mudanças – além de trazerem consequências ao nosso cérebro – também tem gerado tensões e afetado nossa saúde mental, trazendo à tona sensações como ansiedade, medo e estresse.

“Medo, ansiedade, preocupação nós vamos sentir. Sobre isso não temos controle, isto é uma resposta neurológica. A questão é o que fazemos com as emoções que sentimos. Um cérebro executivo, um cérebro com autocontrole emocional, com autogerenciamento competente, tem a capacidade de monitorar e regular as emoções e tomar decisões com responsabilidade evitando esses comportamentos impulsivos”, diz Solange Jacob, diretora acadêmica do Método SUPERA – Ginástica para o Cérebro.

Além de exercícios para o cérebro e atividades que tirem o nosso cérebro da zona de conforto, outra atividade também pode ser providencial para auxiliar no equilíbrio emocional: a meditação ou mindfulness!

A prática da meditação, além de ser uma grande aliada na diminuição de problemas psicológicos, como ansiedade e depressão, também ajuda a regular os níveis de estresse do nosso corpo e até aliviar desconfortos físicos.

Os principais benefícios da prática de meditação são:

   Alivia os sintomas do estresse e promove bem-estar psicológico – Quando estamos estressados, a área do cérebro responsável pelo pensamento consciente tem sua ação reduzida, enquanto as regiões que ativam respostas ao estresse têm suas atividades aumentadas. O mindfulness é capaz de inverter esses padrões, reduzindo os níveis de estresse do corpo. Segundo pesquisadores da Universidade de Massachusetts, a meditação ajuda seus praticantes a lidar com o estresse sem fugir da dor e sofrimento de determinadas situações.

   Ajuda na produtividade e na cognição – estamos vivendo tempos de home office, família em casa e tudo pede mais atenção. A meditação tem efeitos sobre nosso foco, memória, função executiva e raciocínio – uma vez que passamos a prestar mais atenção no momento presente. Experimento feito pela Universidade de Washington mostrou que funcionários praticantes da meditação possuem uma resposta mais positiva a rotinas agitadas, possuem mais foco para exercer atividades longas, tiveram melhora na memória de trabalho e apresentaram uma reação emocional positiva.

   Melhora o sistema imunológico – estudo mostrou que grupos de meditação tiveram um aumento significativo de anticorpo em comparação a um grupo controle, trazendo efeitos positivos ao cérebro e à função imunológica.

Além disso, a prática traz benefícios comprovados na qualidade do sono, correção da postura, melhora nossa respiração e ainda pode ajudar a postergar o aparecimento de sintomas do Alzheimer, por exemplo, uma vez que proporciona um maior fluxo neural e uma atividade cerebral avançada.

Mas por onde começar?

Não precisa ser nenhum monge budista ou ser mestre do ioga para fazer exercícios de meditação. É recomendado para todas as idades. Um período de 15 a 20 minutos é o ideal para a prática; porém, 5 minutos já são suficientes para relaxar a mente e ter uma experiência agradável de bem-estar durante sua rotina.

O Método SUPERA separou algumas dicas essenciais para aqueles que querem iniciar a prática durante essa quarentena e conquistar mais equilíbrio e saúde mental:

1) Adapte a prática à sua rotina: escolha um horário onde esteja relaxado e livre de interrupções. Os horários ideais são logo ao acordar ou antes de dormir. É necessário um ambiente tranquilo e calmo e roupas confortáveis. Velas aromáticas e incensos também podem ser grandes aliados.

2) Escolha uma postura agradável: esteja confortável e relaxado. O ideal é sentar-se com a coluna ereta, com os ombros e pescoços relaxados, mantendo os olhos fechados durante o processo. É possível também fazer deitado – a ideia é relaxar! Atente-se para evitar se mexer durante a prática, buscando maior consciência corporal.

3) Desligue! – Mantenha o foco na ação a ser realizada, reservando esse tempo apenas para você, sem conversas ou contato com outras pessoas. Você pode utilizar eletrônicos como aliados, colocando músicas calmas ou mantras (o termo é uma palavra em sânscrito que significa “controle da mente”, é a repetição de sílaba ou poema de forma a auxiliar a concentração durante a meditação) e utilizando aplicativos de meditação guiada, que irão ajudar os iniciantes na meditação. É ideal colocar um alarme por perto ou despertador, para se certificar que a prática terá o tempo necessário.

4) Controle sua respiração: um dos princípios básicos da meditação é alinhar mente e respiração. Quando percebemos nossa respiração e fazemos com que ela se acalme, nossa mente relaxa naturalmente. Respire, inspire e expire. Uma técnica é inspirar lentamente trazendo o ar para a região do abdômen e expirar lentamente, contando até 10 em cada processo. Esse processo pode ser feito várias vezes ao dia, toda vez que se sentir ansioso ou angustiado

5) Esvazie seus pensamentos: foque a sua atenção; seja em mantras, palavras que venham à sua mente, imagens, melodias, sensações, sua respiração, pensamentos positivos. O ideal é desviar da mente preocupações rotineiras e focar na ação que está acontecendo no momento.

Ao final da sua meditação, não tenha pressa em abrir os olhos e voltar à rotina; mova-se com calma, tome consciência de si mesmo e de seu ambiente, coloque um sorriso no rosto e transmita a paz do momento em todas as atividades que irá realizar
Respeite seu tempo, se abrace, se ame e saiba que a meditação é uma expressão de autocuidado. Curta o momento e saiba que parar, observar e relaxar são maneiras de se amar diante da rotina agitada que levamos e pode ser feita à sua maneira.

Você sabia:
Seu cérebro tem 73% de água, e estar desidratado em apenas 2%, prejudica o desempenho em tarefas que exigem atenção, habilidades psicomotoras e de memória imediata.

Resposta do desafio de Abril:
Andando por uma rua, um homem conta 10 árvores à sua direita. Na volta, conta 10  árvores à sua esquerda. Quantas árvores ele viu no total?
No total ele viu 10 árvores, pois as 10 que ele viu na volta são as mesmas que ele viu na ida, já que ele está andando na mesma rua.

Desafio de Maio:
Marcelo tinha 40 chocolates; Ana tem 5 chocolates; Carlos terá 50 chocolates.
Quem tem mais chocolates?
Resposta na próxima edição

Serviço:
Método Supera - Ginástica para o Cérebro
Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP 02-4270)
Unidade Madalena
Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.
Telefone: (81) 3236-2907
Unidade Boa Viagem
Telefone: (81) 30331695

segunda-feira, 18 de maio de 2020

As mulheres falam mais do que os homens?

Gazeta da Torre

As mulheres falam, em média, 20 mil palavras por dia, em comparação com meras 7 mil pronunciadas pelos homens, pelo menos segundo um livro de um neuropsiquiatra americano lançado em 2006.

Citada por um cientista aparentemente especializado no assunto e amplamente disseminada pela internet, a declaração reforça o estereótipo de que o "sexo fraco" passa seus dias falando, enquanto os homens, "trabalhadores", estão fazendo algo de produtivo.

Mas até que ponto o dado corresponde à verdade?

A loquacidade pode ser medida de várias maneiras. Uma das técnicas é levar as pessoas para um laboratório, dar-lhes um tema de discussão e registrar suas conversas. Outro recurso seria tentar gravar as conversas diárias em casa. Por esse procedimento, se contaria o número total de palavras faladas, o tempo que a pessoa gasta falando, a quantidade de vezes que um indivíduo participa de uma conversa ou palavras faladas a cada vez.

Combinando os resultados de 73 estudos em crianças, um grupo de pesquisadores americanos descobriu que as meninas falavam mais palavras do que os meninos, mas a diferença foi insignificante. Além disso, essa pequena diferença só era aparente quando elas falavam com os pais, não com seus amigos.

Talvez o ponto mais importante desse estudo tenha sido a conclusão de que isso só ocorreu até os dois anos e meio, o que poderia significar simplesmente as diferentes velocidades com as quais as crianças, meninos e meninas, desenvolvem habilidades de linguagem.

Mas se a diferença é insignificativa entre as crianças, o mesmo se aplica aos adultos?
Quando Campbell Leaper, psicólogo da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, autor da pesquisa, realizou uma análise mais aprofundada sobre o tema, descobriu que os homens eram mais tagarelas.

Mas, novamente, a diferença foi pequena. E o estudo constatou que as diferenças eram maiores em testes realizados em laboratórios do que em ambientes sociais mais próximos à vida real, indicando, segundo os pesquisadores, que os homens talvez se sintam mais confortáveis do que as mulheres em ambientes pouco comuns como um laboratório.

As descobertas de Leaper incentivaram uma revisão de 56 estudos realizados pela pesquisadora linguística Deborah James e pela psicóloga social Janice Drakich, transformada em um livro em 1993.

Apenas dois dos estudos conduzidos pelas pesquisadoras constataram que as mulheres falam mais do que os homens, enquanto 34 deles mostraram que os homens falavam mais do que as mulheres, pelo menos em algumas circunstâncias. Por outro lado, diferenças de metodologia dificultam uma comparação mais exata sobre o assunto.

Fora do laboratório

As conversas da vida real têm sido tradicionalmente mais difíceis de estudar por causa da necessidade de os participantes gravarem todos os seus diálogos.

No entanto, o psicólogo James Pennebaker, da Universidade do Texas, desenvolveu um dispositivo que grava 30 segundos de fragmentos de som a cada 12,5 minutos. Como os participantes da pesquisa não podem apagar os registros, o resultado é significativamente mais confiável.

Em uma pesquisa publicada na revista Science em 2007, Pennebaker constatou que, durante as 17 horas por dia em que o aparelho funcionava, as mulheres que participaram do estudo nos Estados Unidos e no México falavam uma média de 16.215 palavras e os homens, 15.669. Mais uma vez, uma diferença considerada residual.

Uma análise de 100 encontros públicos realizada por Janet Holmes, da Universidade Victoria de Wellington, na Nova Zelândia, mostrou que os homens faziam, em média, 75% das perguntas, embora constituíssem apenas dois terços da audiência.

Mesmo quando as plateias eram divididas por gênero em quantidade iguais, os homens formularam quase dois terços das perguntas.

Os resultados das pesquisas já realizadas apontam, portanto, que a afirmação de que as mulheres falam mais do que os homens não passa de um falso mito, sem qualquer comprovação científica.

O assunto voltou a ganhar destaque recentemente quando cientistas descobriram que meninas de até quatro anos de idade tinham 30% a mais de uma determinada proteína em uma área do cérebro importante para a aquisição da linguagem.

Imediatamente, as redes sociais foram inundadas de brincadeiras, associando o resultado da pesquisa ao fato de as mulheres falarem mais do que os homens.

Mito

Mas, então, de onde vem a ideia de que os homens pronunciam 7 mil palavras por dia, em comparação com as 20 mil das mulheres?

A afirmação apareceu pela primeira vez na capa do livro O Cérebro Feminino, escrito em 2006 por Louann Brizendine, neuropsiquiatra da Universidade da Califórnia em San Francisco, e vem desde então sendo amplamente citada.

Quando Mark Lieberman, professor de linguística da Universidade da Pensilvânia, questionou os dados, que pareciam vagamente baseados em números que aparecem em um livro de autoajuda, Brizendine concordou com ele e prometeu retirá-los de futuras edições.

Lieberman tentou rastrear a origem das estatísticas, mas teve pouca sorte: só encontrou uma declaração semelhante em um folheto de 1993 de aconselhamento matrimonial, que está longe de servir como base científica.

Fonte:Claudia Hammond/BBC Future

Fuja dos destruidores de sonhos

Gazeta da Torre

No dia a dia financeiro, nos deparamos com o que eu chamo de “destruidores de sonhos”. O ideal é você se proteger deles para que alcance os seus objetivos com tranquilidade. Vou destacar três bem comuns.

O primeiro deles é a falta de planejamento. É comum que você simplesmente elenque as suas metas e ache que isso é o suficiente. Engano! Se você quer trocar de carro, viajar ou qualquer outro desejo, precisa traçar um planejamento. Quanto você precisa para realizar essa meta? Em quanto tempo? Com essas respostas, você está materializando e criando o seu planejamento. Caso seja necessário, faça ajustes e seja fiel a ele.

Outro ponto que trago é em relação ao cartão de crédito. Ele é mesmo destruidor de sonhos? Ou é um amigo que vai te ajudar a realizar o seu sonho? Essa resposta está em você, na forma como você usa o cartão de crédito. Mas, a realidade é que, para a maior parte dos brasileiros, o cartão de crédito é usado de forma errada e, por isso, se torna um destruidor de sonhos. Não faça do seu cartão um complemento de renda, use de forma inteligente!

O terceiro destruidor de sonhos que você precisa se proteger é a impulsividade. É muito comum que as pessoas tenham um consumo inconsciente, imediatista. Justificam esse tipo de atitude com o famoso “eu mereço”. Eu mereço porque a semana foi cansativa, eu mereço porque foi difícil com meu chefe, com minha esposa, eu mereço porque o trânsito está pesado... e por aí vai! Essa série de questões faz com que a gente tenha o impulso.
Reflita sobre esses três destruidores de sonhos: a falta de planejamento, o mau uso do cartão de crédito e a impulsividade para que você se proteja e se aproxime do caminho da realização dos seus sonhos.

Segue perto de mim, acompanhando meu trabalho no Instagram  @personalfinanceiro e também no meu canal do youtube, basta procurar por Leandro Trajano.

Grande abraço e até a próxima!

domingo, 17 de maio de 2020

8 em cada 10 professores não se sentem aptos a aulas online

Gazeta da Torre
 Professor Rodrigo Baglini prepara vídeo aula:
'Essa pandemia nos obrigou a apresentar
para o mundo um novo modelo de ensino,
que deveria ser implantado num processo
progressivo'. Foto: Divulgação / BBC News Brasil
É o que mostra pesquisa do Instituto Península, à qual o 'Estadão' teve acesso com exclusividade. Quase 90% deles informaram nunca ter tido experiência com ensino a distância e 55% não ter recebido treinamento para atuar.

Quase dois meses depois de as escolas fecharem no País todo por causa da pandemia do coronavírus, 83% dos professores não estão preparados para ensinar online. E são eles que dizem isso, em pesquisa realizada pelo Instituto Península, à qual o Estadão teve acesso. Os docentes de redes públicas e particulares ainda se declaram ansiosos e nada realizados com o trabalho no momento atual.

Estudos internacionais e experiências em países que são considerados exemplos de educação mostram que o professor é fator determinante para o ganho de aprendizagem do aluno, principalmente para os mais vulneráveis. Em tempos de isolamento, a importância aumenta, já que muitas vezes o profissional é o único vínculo com a escola.


Quase 90% dos docentes informaram na pesquisa que nunca tinham tido qualquer experiência com um ensino a distância e 55% que não receberam, até agora, suporte ou treinamento para atuar de maneira não presencial. Sem orientação clara, os profissionais têm criado as próprias atividades. Não é à toa que 83% afirmaram se comunicar pelo WhatsApp com as famílias, em vez de usar ferramentas pedagógicas das escolas ou redes.

"Enquanto uma série de profissionais no meio de uma pandemia está fazendo seu trabalho de casa e já é difícil, o professor ainda está tendo de se reinventar completamente", diz a diretora executiva do Instituto Península, Heloisa Morel. "Imagine a sobrecarga e o estresse."

Desde meados de março, quando as aulas foram paralisadas, as secretarias de Educação têm oferecido programas a distância, alguns pela TV, e feito parcerias para usar ferramentas online. "Mas é preciso uma organização maior para que o professor entenda o que ele tem de fazer."

A professora Márcia Cristina Amorim Chagas, de 50 anos, decidiu gravar vídeos com o celular no sítio onde mora em Itapecerica da Serra. É a filha de 17 anos que faz as filmagens, "quando está de bom humor", brinca. Em um deles, Márcia teve a ideia de mostrar aos alunos como as cinzas das queimadas podem ajudar a adubar a terra para plantar cebolinha. Depois, o material vai sempre por WhatsApp para os pais das crianças.

Márcia ainda pede que os alunos escrevam ou gravem em áudio o que aprenderam. "Uso o meu celular, com a minha internet, que às vezes não funciona, e meu computador que paguei durante dois anos", diz ela, que dá aulas para 4º e 5º ano em uma escola estadual na Vila Madalena, zona oeste. "Eu trabalho numa escola integral e tive alguma formação em tecnologia, mas para o que estamos precisando agora, o que aprendi foi mínimo."

"Mesmo eu que trabalho numa escola integral e tive alguma formação em tecnologia, para o que estamos precisando agora, o que aprendi foi mínimo." A professora diz que ainda não conseguiu usar o Centro de Mídias com suas turmas, plataforma criada pelo governo do Estado para o ensino remoto durante a pandemia.

Na rede particular, o WhatsApp é menos comum e 56% disseram usar o aplicativo de mensagens para se comunicar com o aluno. Mais frequente é a comunicação por meio de plataformas da escola. Mesmo assim, o sentimento de despreparo diante do desafio de ensinar online é o mesmo. "As coisas foram impostas de um dia para o outro, com o isolamento. Ninguém teve tempo de se preparar", diz a professora de ensino fundamental de uma escola particular de elite da capital, que pediu para seu nome não ser divulgado.

Ela dá aulas para a fase de alfabetização e passou a criar jogos em aplicativos, com quebra-cabeça e localização de palavras, para seus alunos. "Estamos fazendo o melhor possível, mas não é nem de longe o que a gente entende por educação. Isso é bastante angustiante."

A presidente executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, diz que poucas secretarias de Educação ou mesmo escolas particulares no País deram formação ou infraestrutura para professores em aulas não presenciais. A maioria dos profissionais tem usado seus próprios computadores, Wi-Fi ou celulares.

"Não há preparação para aulas a distância e que são muito diferentes das presenciais. Não é intuitivo saber o que fazer online para assegurar a aprendizagem dos alunos", diz.

Saúde mental prejudicada

A pesquisa ainda mostra que o cenário inclui uma saúde mental já prejudicada do professor. Quase 70% deles se disseram ansiosos e só 3%, realizados. E a maioria (75,2%) relatou que não recebeu até agora nenhum apoio emocional da escola em que trabalha. Mesmo em redes particulares, as equipes costumam se reunir online para discutir as abordagens pedagógicas durante a pandemia, mas raramente há grupos com psicólogos para que os professores possam expor o que sentem.

Em documento divulgado pelo Todos pela Educação na semana passada, o impacto emocional em professores foi um dos pontos principais apontados para que as escolas se preocupem na volta às aulas. O grupo de especialistas que analisou 43 pesquisas sobre momentos semelhantes ao atual, como desastres e guerras, diz que o suporte psicológico para professores é crucial porque, além de serem diretamente impactados pela crise, precisarão atuar na minimização dos efeitos sentidos pelos alunos.

A pesquisa "Sentimento e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil", do Instituto Península, está ouvindo os profissionais da Educação desde março e continuará até o fim da crise. Participaram nesta etapa 7.734 professores de escolas públicas e particulares do País, entre os dias 13 de abril e 14 de maio.

'Pais estão dando mais valor à nossa profissão', conta professora

A professora Fabiane Bandeira Viana, que dá aulas em uma escola municipal de Manaus, no Amazonas, descobriu um jeito de seus alunos, de 5 anos, conseguirem fazer atividades remotas. Como eles não têm impressoras, ela escreve em um caderno a lição, fotografa e manda pelo WhatsApp para os pais, que copiam para os cadernos dos filhos. Depois que as crianças realizam a tarefa, a família tira outra foto e manda de volta.

"Nem todos respondem todo dia, às vezes um liga e avisa que não mandou porque ficou sem crédito no celular", conta.

A professora nunca tinha dado aulas online e agora já sabe editar vídeos para mandar aos alunos. "Aprendi com umas blogueiras, coloco carinhas, música." Ela diz que sofre de ansiedade e medo de se contaminar com a covid-19, mas vê um lado bom. "Os pais estão dando mais valor à nossa profissão, estão vendo que não é fácil educar."

Fonte:Estadão