Gazeta da Torre
Lula, o novo Presidente do Brasil |
O TSE na noite de domingo (30/10), confirmou a vitória de Lula com 98,86% das
urnas apuradas. Na avaliação do cientista político Creomar de Souza, Lula
rompeu uma barreira ideológica ao conseguir apoios de figuras consideradas da
centro-direita.
"Acredito que a democracia brasileira pode demorar
algum tempo para se recuperar. Não se passa rapidamente de um cenário de
hiperpolarização para um de polarização moderada", afirmou o americano Scott Mainwaring, professor da
Universidade de Notre Dame e um dos maiores especialistas do mundo em política,
democracias e ditaduras na América Latina, à BBC News Brasil após a confirmação
da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) .
O engajamento político, movido pela sociedade civil, tem
se mostrado cada vez mais fundamental para que o País decida o formato da
democracia que quer moldar para as próximas gerações, bem como para saber a
forma de enfrentar os temas urgentes e transversais do presente – por exemplo,
a emergência do clima e a desigualdade. A educação política também tem sido
essencial para que os eleitores compreendam que a existência dos seus direitos
básicos está totalmente atrelada ao seu papel na cidadania, e que esta função
não se encerra na urna.
Ana Julia Bernardi, doutora em Ciência Política e Professora
na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), explica que
a educação política se trata, dentre outros pontos, da conscientização de que
todos precisamos participar ativamente do processo democrático e entender o
papel de cada um como eleitor. “É com isso que poderemos compreender a nossa
motivação ao votar e participar das instituições, assim como demandar os nossos
direitos coletivamente por meio de manifestações políticas, tanto partidárias
quanto pelas organizações da sociedade civil”, reforça.
Em seu doutorado, Ana realizou pesquisas diretas com
jovens para inferir como enxergam os aspectos gerais da democracia. Segundo a
cientista política, eles se interessam pelo assunto, mas este não “dialoga” com
os jovens.
Ana ainda explica que, quando perguntou a esses jovens se
consideravam de qualidade a educação que recebiam, os que responderam
negativamente ressaltaram as faltas de professores e de infraestrutura escolar.
“Isso faz com que a primeira política pública com a qual têm acesso (a
educação) falhe com eles, gerando um descontentamento generalizado com a
política, como se fosse algo com a qual não valesse a pena se envolverem.
Felizmente, podemos mudar esta situação com a educação política”, frisa.
Fontes: BBC News Brasil;UM Brasil;.
QUEM ELEGEU O EX-PRESIDIÁRIO,FOI O STF ,E NÃO O POVO.
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