Gazeta da Torre
Relatório divulgado esta semana pela ONU mostra que
indicadores de mudanças climáticas bateram recordes em 2021. O estudo,
desenvolvido pela Organização Meteorológica Mundial, destaca piora em quatro
deles: aumento das concentrações de gases do efeito estufa, da acidificação dos
oceanos, além da elevação do nível do mar e das temperaturas.
Com uma média global de quase 1,1 grau acima do nível
pré-industrial, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou
que estamos cada vez mais próximos de uma catástrofe climática.
Para explicar essa situação, o Jornal da USP No Ar 1ª Edição
conversou com o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes
(ECA) e do Instituto de Ambiente e Energia (IEE) da USP, que alerta para o fato
de as mudanças climáticas deixarem de ser uma possibilidade para o futuro, e
sim uma realidade que se impõe cada vez mais. Para ele, exemplos não faltam
para ilustrar a situação atual do planeta: “Os exemplos se mostram cada vez
mais abundantes e cada vez com maior intensidade. A intensidade com a qual as
mudanças climáticas vêm se impondo tem assustado”.
Do ponto de vista geográfico, as mudanças climáticas são
bem distribuídas. Para ilustrar isso, Côrtes relembra dos recordes de
temperatura no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, em que tivemos os
termômetros alcançando os 46°. Também, as chuvas em Petrópolis e em Angra dos
Reis, mais recentemente, além dos períodos de severa estiagem complementam o
quadro de alerta.
O que tem sido feito
Os eventos que ocorreram no Brasil e que vêm ocorrendo no
mundo configuram uma situação de emergência. Na opinião de Côrtes, e do
secretário-geral, são poucas as medidas efetivas, já que há um evidente
fracasso humano no combate às mudanças climáticas.
“Os esforços que têm sido empreendidos até agora não são
suficientes e não têm sido suficientes para a gente tentar reduzir os impactos
das mudanças climáticas em todo o mundo”, complementa o professor.
Jornal da USP
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