domingo, 22 de maio de 2022

O mundo está cada vez mais próximo de uma catástrofe climática, adverte ONU

 Gazeta da Torre

Relatório divulgado esta semana pela ONU mostra que indicadores de mudanças climáticas bateram recordes em 2021. O estudo, desenvolvido pela Organização Meteorológica Mundial, destaca piora em quatro deles: aumento das concentrações de gases do efeito estufa, da acidificação dos oceanos, além da elevação do nível do mar e das temperaturas.

Com uma média global de quase 1,1 grau acima do nível pré-industrial, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que estamos cada vez mais próximos de uma catástrofe climática.

Para explicar essa situação, o Jornal da USP No Ar 1ª Edição conversou com o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Instituto de Ambiente e Energia (IEE) da USP, que alerta para o fato de as mudanças climáticas deixarem de ser uma possibilidade para o futuro, e sim uma realidade que se impõe cada vez mais. Para ele, exemplos não faltam para ilustrar a situação atual do planeta: “Os exemplos se mostram cada vez mais abundantes e cada vez com maior intensidade. A intensidade com a qual as mudanças climáticas vêm se impondo tem assustado”.

Do ponto de vista geográfico, as mudanças climáticas são bem distribuídas. Para ilustrar isso, Côrtes relembra dos recordes de temperatura no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, em que tivemos os termômetros alcançando os 46°. Também, as chuvas em Petrópolis e em Angra dos Reis, mais recentemente, além dos períodos de severa estiagem complementam o quadro de alerta.

O que tem sido feito

Os eventos que ocorreram no Brasil e que vêm ocorrendo no mundo configuram uma situação de emergência. Na opinião de Côrtes, e do secretário-geral, são poucas as medidas efetivas, já que há um evidente fracasso humano no combate às mudanças climáticas.

“Os esforços que têm sido empreendidos até agora não são suficientes e não têm sido suficientes para a gente tentar reduzir os impactos das mudanças climáticas em todo o mundo”, complementa o professor.

Jornal da USP

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