Gazeta da Torre
Ao mesmo tempo em que proporciona alegria, para muitas
pessoas a concretização de um sonho, a maternidade pode vir acompanhada de
medos, dúvidas, carências e dificuldades, principalmente na primeira gestação.
Não são raros os casos de depressão pós-parto, por exemplo, quando esses
sentimentos deixam de ser administrados. Afinal, tudo é novidade.
Muitas são as transformações no corpo e na mente da
mulher, que se juntam às preocupações com a criança e o emprego. Embora ninguém
esteja pronto para ser mãe até que aconteça, existem orientações que podem ser
úteis na fase gestacional à primeira infância, mas é preciso coragem para pedir
ajuda.
Hoje são tantas atribuições, cobranças e julgamentos que
as mães costumam enlouquecer tentando dar conta de tudo com êxito. A área
profissional é questionada. “Será que volto ao trabalho ou empreendo para ficar
mais perto das crianças?”.
As que se diziam amigas, companheiras de balada, se
distanciam, e não são poucas as situações em que a mulher se vê sozinha, sem
qualquer tipo de apoio para criar e educar os seus filhos. Em meio a esse
turbilhão de emoções, ela precisa, ainda, aceitar o seu novo corpo e se
preparar para receber o bebê em todos os aspectos. No silêncio da maternidade,
fica essa mistura de felicidade e busca por respostas.
Estamos na era da informação, mas por que as mães não
procuram entender o que se passa por dentro? É necessário aprender a lidar com
os sentimentos, ter inteligência emocional, para se entregar à maternidade na
sua plenitude e aproveitar essa nova experiência. A mulher deve estar em
harmonia consigo e com todos os seus papéis, seja de mãe, esposa, filha, amiga,
irmã e profissional, acolhendo o neném com confiança. Mesmo após o nascimento
surgem outros questionamentos: “Como será daqui em diante? De que forma vou
educar o meu filho?”, principalmente no tempo em que vivemos e frente às novas
tecnologias.
O que tenho observado é um uso desenfreado de smartphones
por crianças e adolescentes, sem equilíbrio e monitoramento. Mas o que está por
trás disso? Uma mãe cansada, sem rede de apoio, com funções diversas, que
geralmente passa o dia trabalhando para suprir as necessidades físicas da sua
família. Quase não há mais brincadeiras espontâneas, diálogo e refeições sem
celular. Daí vemos jogos terríveis, como o da Baleia Azul, influenciando os
nossos meninos e as nossas meninas. Tenho dito e repito: Faça de tudo para
estabelecer um momento de ouro com o seu filho. Toque, abrace, ame, beije,
converse, procure saber sobre o seu dia e os seus amigos, eduque, nem que seja
por alguns minutos da sua rotina. Vai valer a pena.
Feliz Dia das Mães!
* Jéssica Costa é orientadora educacional, coach de pais e fundadora do Instituto Somos. Certificada pelas Universidades Cambridge e Michigan.
- divulgação -
Nenhum comentário:
Postar um comentário