sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Três “investimentos” que, na verdade, não são investimentos

Gazeta da Torre
Já vi muita gente bater no peito, estar orgulhoso por ter feito investimentos e avançando nessa caminha. Mas, a realidade é que, muitas vezes, são maus negócios. Por isso, resolvi falar de três desses “investimentos” que costumam ser pegadinha na vida de varias pessoas. Fique atento e busque reais oportunidades de investir.

O primeiro “investimento” que você ou alguém da sua família pode ter caído é a compra do imóvel, investir na casa própria. Os nossos pais passaram para gente que essa aquisição é importante porque “haja o que houver, você vai ter o seu canto, o seu teto”. Na realidade, se for financiado e você deixar de pagar a prestação por três meses, vai ver que ele não é tão seu. É preciso entender que imóvel é passivo e não ativo, pois, com a compra dele, você tem condomínio, IPTU, despesas de manutenção, energia, água. Ou seja, mais gatos no seu dia a dia. Investimento é aquilo que te dá retorno, que vai te rentabilizar de alguma forma. Se você compra um apartamento para alugar, aí sim, pode ser um investimento. Mas, hoje em dia, os aluguéis não estão valendo a pena para os proprietários.

O segundo “investimento” que não é investimento é a compra de criptomoedas, sendo bitcoins a mais famosa delas. A minha concepção é que se trata de uma aposta e não de investimento. É um ativo, o governo brasileiro não vai assumir como moeda e admitir duas “moedas” em circulação no país. Sendo assim, devemos declarar no imposto de renda como ativo. Mas, de certo, esse ativo não vai produzir para você. Se você tem um bitcoin, vai ter sempre essa mesma quantidade. O que pode acontecer é o valor de uma unidade valorizar ou desvalorizar, como acontece quando compramos moeda estrangeira.

Agora, trago o terceiro que muita gente chama de investimento: a previdência privada. Eu vejo como um seguro, uma forma de você garantir uma velhice mais tranquila. É uma alternativa para você se planejar e ter segurança no longo prazo. Digo mais: ao longo desses anos trabalhando com consultoria financeira, não encontrei ninguém que tivesse uma previdência e pudesse viver no futuro apenas com a renda que essa previdência vai proporcionar. Ou seja, é mais um meio de um futuro mais tranquilo, mas não vai sanar com todas as despesas dessa fase.

Tenha atenção para esses três pontos que eu trouxe hoje para vocês. Cada um tem, sim, os pontos positivos na vida de uma pessoa, a partir do momento que você entende e tem claro na mente o motivo pelo qual está adquirindo aquilo. Siga em frente e procure boas oportunidades de investir respeitando o seu perfil, seja ele conservador, moderado ou arrojado.

Até a próxima!!

Leandro Trajano
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