O primeiro Festival Cachaça na Praça aconteceu no sábado (9), na Praça Eça de Queiroz, no bairro da Madalena, Recife. Houve degustação de mais de 20 rótulos de destilados industrial e artesanal, além de várias atrações culturais com apresentações de choro, MPB e forró pé-de-serra.
No festival, o público conferiu show da banda CaSoando, em
seu repertório muito forró, xote e baião, além do Trio Ladeira que apresentou
releituras improvisação de grandes compositores da MPB e do cantor e
violonista, Lula Valença. Grandes apresentações!
Segundo um dos idealizadores do evento, o nosso amigo
Carlos Henrique Arruda, o festival pretende desmistificar a cachaça para o
público pernambucano. “A cultura que prevalece por aqui é a da cachaça
industrial, queremos apresentar ao consumidor novas possibilidades. No Recife,
só havia quatro marcas de cachaças de alambique, com a entrada de
representantes e distribuidores novos, estamos conseguindo atrair novos
produtos e trabalhando novos consumidores”, explica.
O produtor cultural Jorge João, também toca o projeto,
que têm o apoio da Prefeitura do Recife e espera que o Cachaça na Praça se
firme no calendário anual dos eventos da cachaça. “Queremos transformar o
festival num alicerce para o fomento da cachaça no estado, movimentando a
economia. Pelo menos 28 marcas de cachaça já garantiram presença, com
representantes de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Paraíba,
Bahia e Alagoas, além, claro, de Pernambuco”, concluiu Jorge João.
Segue algumas marcas visitada pela Gazeta da Torre no
festival
A Cachaça Triunfo
O Engenho São Pedro, no município de Triunfo, há 423
quilômetros do Recife, é o único da cidade sertaneja pernambucana a permanecer
em atividade durante o ano inteiro. O local é uma das paradas obrigatórias do
município e está localizado na Avenida Manoel Paiva, nº 114, lugar onde é produzida
a Cachaça Triunfo.
Foi a 1° Cachaça do Brasil a receber a Certificação de
Conformidade do INMETRO. É destilada em alambique e envelhecida em barris de
carvalho, possuindo características singulares de aroma e sabor propiciadas
pelo cultivo de cana e ritual de produção em região de terras altas, acima de
1.000 metros de altitude.
Em 2018, na 16ª edição do Concurso Mundial de Bruxelas
Brasil 2018, que foi realizada em Recife, a bebida triunfense, que já é
conhecida nacionalmente, foi premiada com a medalha de ouro.
A Cachaça Sanhaçu
A Sanhaçu é a primeira cachaça orgânica certificada de
Pernambuco. A família Barreto Silva cuida de todas as etapas da produção para
fazer uma bebida de alta qualidade e sabor, buscando sempre harmonia com a
natureza e o mínimo de impacto ambiental.
A Sanhaçu faz parte da Rota do Turismo Rural do Estado de
Pernambuco. Está localizada a 85 km de Recife e 15 km da cidade de Gravatá.
A matéria-prima da cachaça Sanhaçu é produzida em
canavial próprio. A cana-de-açúcar é moída com no máximo 24 horas depois de
cortada e fermentada em dornas de inox com leveduras desenvolvidas e
multiplicadas naturalmente.
A destilação da cachaça Sanhaçu ocorre em alambiques de
cobre, o que propicia características especiais de aroma e sabor. O
armazenamento acontece por um período mínimo de dois anos em três tipos
diferentes de madeira.
Nas feiras e eventos em que é permitido comercialização,
é possível encontrar toda linha de produtos da Sanhaçu a preços promocionais.
A Cachaça Colombina
A Cachaça Colombina tem origem em Santa Bárbara/MG na
década de 1920. Com a evolução do mercado e o crescimento da marca, cachaças de
outros alambiques iam sendo adquiridas na região. Por estar próxima da ferrovia
Vitória-Minas, a cachaça era transportada até Belo Horizonte onde era estandardizada
e blendada com cachaças de vários produtores e distribuída para todo o Brasil
até o final da década de 1950.
A Fazenda do Canjica, em Alvinópolis/MG, com alambiques
datados de 1890, era uma das principais fornecedoras da Colombina. Em 1980 Raul
Megre adquire a marca Colombina e reabre o antigo alambique da Fazenda do
Canjica, com seus centenários paróis de jatobá. Atualmente a produção e
comercialização da Cachaça estão a cargo de Luciano Souto.
Cachaça genuinamente mineira, a Colombina é hoje
produzida exclusivamente na Fazenda do Canjica, que faz parte do circuito da
Estrada Real, descrito por este instituto como “um dos principais remanescentes
do período de colonização das Minas Gerais”. Feita artesanalmente em pequenas e
cuidadosas safras desde 1920, a Cachaça Colombina é envelhecida em seculares
paróis de jatobá mantendo o puro sabor da cana e uma sutil coloração natural da
madeira. São mais de 100 anos mantendo a tradição e produzindo a mesma cachaça
de qualidade em alambique de cobre.
A Cachaça Volúpia
No Engenho Lagoa Verde, município de Alagoa Grande-PB,
nasceu a Cachaça Volúpia. O engenho está localizado a 105 km da capital João
Pessoa e desde dos seus primórdios utiliza um método artesanal de fabricação e
plantação orgânica para garantir a pureza e a qualidade de um produto 100%
natural. Em qualquer experiência que você possa viver dentro na Volúpia, fica
claro o primor e cuidado com todo o processo de produção da Volúpia. A Volúpia
é uma tradicional cachaça paraibana que sempre pertenceu a família Lemos, desde
o século XIX e atravessou várias gerações sempre buscando resgatar a história,
a cultura e a tradição dessa bebida genuinamente brasileira. Por isso ela prima
pela qualidade e a responsabilidade.
A Cachaça Volúpia orgulha a Paraíba, ela já conquistou o
primeiro lugar no Ranking das Cachaças Brancas elaborado pela conceituada
Revista Veja na sua edição nº 2.152 de fevereiro de 2010. Um Júri formado pelos
maiores especialistas no assunto escolheram as melhores e a Volúpia provou sua
alta qualidade.
A Cachaça Volúpia se faz presente em vários cantos do
país, buscando sempre maior contato com seus clientes.
A Cachaça Serra Preta
A cachaça Serra Preta, está no mercado desde 1908,
recebeu este nome devido a uma serra localizada dentro da fazenda, cuja cor do
solo é preta devido às características do solo. A cachaça é fabricada até hoje
seguindo os mesmos moldes de antigamente no tocante a plantação, colheita, fermentação
e destilação. A Cachaça Serra Preta é fabricada e engarrafada nos Engenhos Novo
e Beatriz, localizados a 6 km da cidade de Alagoa Nova -PB a 32 Km da cidade de
Campina Grande -PB e a 152 km da capital do estado, João Pessoa.
Após a fermentação, a garapa é transportada para
alambiques de cobre batido, o qual é aquecido a uma temperatura de 90° C, com o
próprio bagaço da cana, proveniente da moagem, para que haja a evaporação do
álcool, este vapor passa por um sistema de resfriamento, onde é condensado e
volta a ser líquido, a cachaça.
A parte nobre da cachaça, denominada de coração, é
armazenada em pipas, com volumes que variam de 10.000 a 20.000 litros, feitas
de freijó, por onde permanecem por um período mínimo de 12 meses, para que haja
o amaciamento da mesma. Todo este processo é feito sob a supervisão
de um químico responsável.
A Cachaça Asa Branca
Produzida em Salinas (MG), região aonde se produz as
cachaças mais famosas do Brasil. Cachaça suave e de aroma bastante agradável,
oriundo da madeira utilizada para o envelhecimento. Uma percepção levemente
adocicada e uma pequena acidez lembrando frutas cítricas, com notas combinando
castanha do Pará e damasco cristalizado.
A Cachaça Asa Branca Amburana entrega um sabor amadeirado
arrastando um mix de frutas cristalizadas e defumados, a impressão etílica
quase não é percebida pois sua característica invade o palato de uma forma
intensa. Armazenada por 01 ano em tonéis de Umburana.
Podemos perceber que a impressão alcoólica praticamente
se esvai após breves minutos, ficando apenas a lembrança amadeirada cítrica e
frutada, pairando sobre o palato.
A Cachaça Famosinha
Produzida em um dos estados com maior tradição e número
de alambiques, a Cachaça Famosinha de Minas, faz jus ao nome e se tornou
reconhecida mundialmente, com medalhas no concours Mondial Bruxelles Spirits,
em 2013, 2014 e 2016.
A marca existe há mais de 20 anos, o alambique está
localizado na cidade de Papagaios, em Minas Gerais. a cachaça é envelhecida por
dois anos em barris de amburana. Com o aroma acentuado e 42% de teor alcoólico,
a famosinha de minas tem notas de canela por causa da madeira, o que deixa a
bebida levemente adocicada. Conhecer a famosinha de minas é experimentar o
melhor pedaço de Minas Gerais.
A Cachaça Tiê
Sua produção é artesanal e alinha os métodos tradicionais
com as boas práticas de produção, necessárias para garantir a sua alta
qualidade.
O sabor e aroma da Cachaça Tiê é levemente perfumado.
Sua produção está localizada no Sul de Minas Gerais, no
limite do Circuito das Águas. Faz parte do Circuito Terras Altas da
Mantiqueira, do Parque Estadual da Serra do Papagaio e Serra da Mantiqueira,
sendo considerada uma das melhores cidades para o Ecoturismo e com grande
tradição na produção da artesanal de cachaça. Do plantio da cana ao
engarrafamento da bebida, a cachaça TIÊ passa por um rigoroso controle de
qualidade.
O corte da planta é feito manualmente, sem uso de fogo,
evitando que componentes indesejáveis surjam durante a fermentação realizada em
dornas de inox, com levedo especial e por tempo controlado. O mosto fermentado,
resultado da etapa anterior, é colocado em um alambique de cobre para obtenção
do produto final: a cachaça. Do total destilado, apenas o “coração” é
armazenado em tonéis de aço inox e de carvalho, e se transformam em TIÊ OURO ou
TIÊ PRATA.
A Cachaça Aroma da Serra
O ENGENHO AROMA DA SERRA está localizado aproximadamente
a 15 km do Centro de Areia, município pertencente a microrregião do Brejo
Paraibano, distando 120 km da capital João Pessoa e sua população é estimada em
24.000 habitantes. Areia fica numa altitude a 623 metros e sua localização é
privilegiada por apresentar um clima ameno e agradável o ano inteiro, com
temperaturas que variam entre 15ºC e 29ºC. No inverno, as temperaturas são
ainda mais baixas com presença de névoas intensas.
Possuindo clima e solo propícios para o desenvolvimento
da cultura da cana-de-açúcar, o ENGENHO AROMA DA SERRA buscou aprimorar esta
cultura e desenvolver a CACHAÇA AROMA DA SERRA utilizando os conhecimentos
adquiridos por seu fundador ao longo do tempo, sempre primando pela qualidade e
responsabilidade em todo processo de
produção.
Na produção sustentável da CACHAÇA AROMA DA SERRA, nenhum
produto gerado no processo é descartado, desde o bagaço da cana-de-açúcar,
utilizado como combustível para aquecimento da caldeira, até o vinhoto
produzido, utilizado como fertilizante natural que irriga a plantação da cana
produzida no Engenho.
A Cachaça Matuta
Medalha de Prata ExpoCachaça em 2017; Medalha de Prata
ExpoCachaça em 2018.
A Cachaça Matuta é original da região serrana do Brejo da
cidade de Areia/PB. Produzida no Engenho Vaca Brava, tradicional desde 1865,
famoso por seus solos férteis e de fino doce.
*Os contatos estão disponíveis nos sites das marcas apresentadas
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