Gazeta da Torre
Praça Solange Pinto Melo |
As praças públicas fazem parte da história, pois cada uma
traz consigo um fato marcante do passado seja qual for seu tamanho e
localização. Além de ser um patrimônio municipal, estas são apreciadas como
objetos de admiração pela população, justamente por algumas delas preservarem
verdadeiros “monumentos vivos” devido às estátuas e vegetações que abrigam.
Posto essa riqueza cultural das praças, muitas delas
tornaram-se tombadas, ou seja, se tornaram reconhecidamente patrimônio oficial,
pelo seu valor cultural de um bem, e prestam sua função social de trazer lazer
e cultura para nossa sociedade, além de deixar a cidade mais charmosa e
atraente. Função muito importante e difícil em dias de hoje.
Em setembro de 1997, ano que assumiu a Prefeitura da
Cidade do Recife, o conhecido político e ex-governador, Roberto Magalhães,
realizou a revitalização da Praça Solange Pinto Melo. Uma verdadeira alegria
para Dona Solange e moradores da Madalena. Mas, ainda que o lazer e o bem-estar
sejam algo ligado de modo íntimo e necessário às praças, muitas ainda estão em
má conservação devido à ação de vândalos e moradores de rua dependentes de
drogas.
Hoje, ano de 2017, para tristeza de Dona Solange,
moradores da Torre e da Madalena, e frequentadores do Mercado da Madalena, a
praça terminou sendo vítima de ação de vândalos e moradores de rua dependentes
de drogas. Que pena. O setor da praça que fica ao lado da Feira dos Passarinhos
do Mercado da Madalena, atualmente, chama atenção pela quantidade de usuários
de drogas, consumo excessivo de álcool, sujeiras frequentemente produzidas por
eles e até atentados violentos ao pudor. Uma total agressão aos princípios das
pessoas que levam seus filhos para brincar na área. Uma verdadeira tristeza
para a sociedade, o contribuinte e a própria Solange Pinto Melo, que está lá
para manter viva nossa história.
Os moradores de rua na praça |
Problemas como alcoolismo e de dependência de drogas em
um morador de rua se agravam porque ele está sem teto, em meio às privações de
toda ordem, ou esses nômades urbanos foram viver em espaços públicos como
consequência de seus vícios?
O certo, porém, é que uma vez na rua, crescem as chances
de se intensificar o consumo de álcool e das drogas. Junto com a dependência (e
neste caso o crack demonstra ser mais devastador), vem ainda a debilidade do
organismo, a diminuição das chances de encontrar uma ocupação e as
possibilidades de ingressarem em delitos, sobretudo furtos. Mas as dificuldades
não acabam aí: entre essa população, são comuns os distúrbios mentais,
sobretudo a esquizofrenia, e o registro de gravidez indesejada.
São por esses motivos que a Praça Solange Pinto Melo pede
socorro e não promessas!
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