Gazeta da Torre
De fato, o processo educacional começa dentro da
estrutura familiar. Os pais ou responsáveis são os principais condutores desde
a tenra idade de seus rebentos. Com berço esplêndido ou não, é possível, sim,
educar as crianças para que se tornem adultas equilibradas, sensatas, comedidas
e solidárias. Pelos excelentes frutos, que talvez os próprios pais não tenham
tempo para colher, já vale à pena dedicar cada momento de interação em prol da
semente do bem.
A verdade é que uma educação de base sólida está alinhada
a valores que não saem de moda, os ditos valores morais, que fortalecem as
diversas camadas da sociedade. E quando se fala em educação com a importância
que essa palavra merece, não há espaço para superstições, preconceitos ou
qualquer forma de segregação.
Herdamos dos nossos avós e da árvore genealógica acima
deles, agregados de costumes e tradições que por muitos anos foram considerados
tão embalados de credibilidade quanto o ar que respiramos. Vivia-se, portanto,
numa época em que a ciência longe estava de ser procurada para esclarecer e
explicar os fenômenos. Assim, correram mundo afora as crendices populares, sem
abrir espaço para as devidas fundamentações científicas.
Hoje, diante de tantos questionamentos de público
infantil, é complicado responder algo do tipo “só sei que é assim”, “meus pais me ensinaram desse jeito” ou
“sempre foi assim”. Com tanto acesso à informação, não é mais aceitável
simplesmente repetir, tal qual um robô, o que sistematicamente vem passando de
geração em geração, sem reflexão, sem avaliação e sobretudo sem fundamento
racional.
Chegou o tempo em que o repensar tornou-se indispensável
para a qualidade de vida no planeta. Não basta, por exemplo, transformar um
processo manual em automático. Ou migrar de analógico para digital. É
necessário repensar, reavaliar, reestruturar, levando em consideração o que a
ciência pode oferecer para garantir economia, eficiência e sustentabilidade. E
isso não combina com fórmulas supersticiosas de qualquer espécie!
O lixo deixou de ser material inservível. Os recursos
fazem parte de toda a cadeia produtiva. O desperdício deve ser combatido em
todos os aspectos, para que o finito não esteja assim cada vez mais perto de
nós.
Não cabe mais alimentarmos as crendices, superstições e
mistificações dos antepassados. Nada justifica levar, às gerações seguintes,
tantas práticas que são resultado de tamanha falta de discernimento. Desde que
a “Educação começa no berço”, ela pode terminar na vala da ignorância, se cada
criatura, no automatismo confortável do passado, não tiver a consciência para
transformar e aprimorar cada etapa da vida.
Pensem nisso e reflitam!!!
Concordo. Principalmente na passagem:"Nada justifica levar, às gerações seguintes, tantas práticas que são resultado de tamanha falta de discernimento."
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