sábado, 28 de novembro de 2015

POR UM TRÂNSITO MAIS EDUCADO, HUMANO E SEGURO NA TORRE, MADALENA E OUTROS BAIRROS






Segundo dados do Blog: Viver seguro no trânsito, da Seguradora Líder, que administra o Seguro DPVAT, criado para indenizar vítimas de acidentes de trânsito em casos de morte, invalidez permanente e reembolso de despesas médicas, a violência no trânsito é um problema sério em muitos países no mundo e, especificamente no Brasil, os números são bastante preocupantes, pois de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o 5º país do mundo em mortes no trânsito.

Outro dado importante levantado é quanto à afirmação do diretor técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária, Paulo Guimarães. Ele, que diz que a incidência de mortes no trânsito no Nordeste e no Norte está ligada diretamente à falta de educação cívica de motociclistas, somada ao crescimento do número de motocicletas. “O crescimento da frota de motocicletas aliado à deficiência cultural que envolve as pessoas que pilotam motocicletas são o principal problema dos acidentes fatais”.

Quanto ao trânsito no Recife, resgato uma matéria do Diário de Pernambuco de Março deste ano, onde: “Uma pesquisa em nível mundial realizada pela empresa TomTom, especializada em GPS, trouxe números preocupantes sobre a mobilidade no Recife. Segundo o documento, a capital é a cidade mais lenta do país no horário de pico noturno, das 17h às 19h. Em um ano, se perde até 94 horas atrás do volante somente retornando para casa após o trabalho. Uma pesquisa avaliou o trânsito em 200 cidades através de informações colhidas nos equipamentos GPS produzidos pela empresa. De acordo com os dados, a taxa de congestionamento local chega a ser de 82% no rush noturno, à frente de cidades como Los Angeles e Rio de Janeiro, onde se perdem 93 horas ao ano, em média, e a taxa de congestionamento é de 81%.”

Diante dos dados e fatos acima, lembramos que quem faz a realidade são as pessoas e as pessoas devem ser a mudança que desejam no mundo. A responsabilidade é de todos nós, assim como dos órgãos e setor público. Partindo deste princípio e não desejando adentrar em questões legais e técnicas que envolvem o fato, gotaria de focar e estimular, como sempre, reflexões para ações individuais de melhoria. Percebe-se no trânsito dos nossos bairros, assim como da nossa cidade como um todo, a deficiência de educação mesmo! De cooperação, solidariedade, tolerância e de atitudes facilitadoras da boa convivência no espaço comum e coletivo, o que parece algo cultural. Mas a cultura também muda, evolui com os tempos e no nosso trânsito sentimos a necessidade, de um clima mais saudável, gentil, menos hostil e violento.

Trânsito é convivência e não um jogo de competição.

Infelizmente não é isto que se observa, inclusive nos nossos bairros da Madalena e Torre. Vemos pessoas competindo, transgredindo, não abrindo mão, nem mesmo quando o outro insistentemente pede passagem, por necessidade. Vemos pessoas cujos gestos e atitudes dispensam palavras. Transmitem arrogância, imprudência, falta de cooperação e solidariedade, aspectos fundamentais para um convívio civilizado e seguro. Vemos pessoas favorecendo o estresse, a violência e acidentes, pois fazem do trânsito uma arena. Fazem do trânsito um jogo de poder, onde ganha o mais “forte”. E aí nos reportamos mais uma vez à Educação. A educação que começa em casa, na infância, quando se ensina a respeitar o outro, a aceitar um “não”, assim como a não desejar ao outro o que não se quer para si. Vivemos uma época onde as pessoas reclamam de tudo e de todos, mas se esquece de que tudo é uma construção que parte do próprio homem.

O comportamento do outro não deve determinar o nosso comportamento. A irritação do outro não nos deve “arrastar”. Precisamos nos manter centrados, atentos para não nos tornarmos instrumentos fáceis da violência; não nos tornarmos “bolas de encher” ou “bombas relógio” prestes a explodir por qualquer motivo ou a qualquer momento.  As pessoas vivem em um estado de espírito focado no TER, não no SER e no CONVIVER. A pressa é tanta que não sobra tempo para se “saborear” e VIVER REALMENTE a vida e seus momentos. Se o trânsito está lento, não vai adiantar ficar estressado, tentar passar à força ou ficar pensando insistentemente na questão. Focar outros pensamentos, procurar estratégias que combine com cada um. Ouvir uma boa música, quem sabe?

Prioriza-se hoje muito o intelecto, a racionalidade, a lógica, os números, mas percebe-se que o autocontrole, a inteligência emocional e a empatia (a capacidade mágica de se colocar no lugar do outro) estão escassos infelizmente. E eis as consequências na sociedade e especificamente no trânsito. Gentileza gera gentileza. O contrário gera o que vemos estampado todos os dias nos jornais e nas estatísticas sobre a qualidade de vida, insegurança e violência do trânsito. Precisamos conviver como irmãos, não como inimigos ou concorrentes 24 horas por dia. Isto é doentio e adoece as pessoas, causa inúmeros acidentes, mortes, além de ser um fator que desumaniza a sociedade.

O ano está quase terminando. Novas fases, novos ciclos se anunciam.  Época oportuna para fazermos reflexões, reforçarmos o que é bom e positivo e por outro lado promovermos as mudanças necessárias ao nosso bem-estar, saúde e qualidade de vida, assim como contribuir para o bem-estar coletivo. Cada pessoa no seu micro ambiente e da maneira que puder, dando a sua parcela de contribuição, ajudará a mudar o macro ambiente e o cenário social atual. Não fiquemos a olhar as borboletas no jardim dos outros. Cuidemos do nosso jardim e as borboletas virão a ele naturalmente.  Muita “LUZ” para todos!!!



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