Gazeta da Torre
O envelhecimento populacional é uma realidade mundial,
trazendo consigo desafios e oportunidades para a promoção da saúde e qualidade
de vida na população idosa. Dentro desse contexto, o treino cognitivo se
apresenta como uma ferramenta eficiente para preservar e melhorar as funções
cognitivas, especialmente em pessoas idosas com alta escolaridade. Embora a
alta escolaridade seja muitas vezes associada a um maior nível de reserva
cognitiva, isto é, representa um fator de
proteção frente ao declínio
cognitivo relacionado aos efeitos deletérios do envelhecimento, os idosos com
alta escolaridade ainda podem enfrentar desafios específicos.
Um desses desafios é o chamado “declínio cognitivo leve”,
uma condição caracterizada por alterações na memória, atenção e outras
habilidades cognitivas que estão além do esperado para a idade, mas que não
interferem significativamente nas atividades diárias. No entanto, esses
indivíduos podem estar em maior risco de desenvolver demência no futuro,
tornando necessário a intervenção precoce.
O conceito de reserva cognitiva, uma importante linha de
pesquisa na neurociência cognitiva, refere-se à capacidade do cérebro de
preservar e fortalecer habilidades cognitivas em face de danos cerebrais ou
deterioração funcional. Estudos longitudinais, como o de Savarimuthu &
Ponniah (2024), têm demonstrado que indivíduos com alta reserva cognitiva
exibem sintomas clínicos menos pronunciados de doenças neurodegenerativas, como
a doença de Alzheimer, em comparação com aqueles com baixa reserva cognitiva.
Pesquisas recentes, como as conduzidas por Zhu et al.
(2023), têm evidenciado que a educação formal e outros estímulos cognitivos
desempenham um papel significativo na modificação da estrutura cerebral e na
melhoria da função cognitiva. Esses estudos sugerem que as atividades
cognitivas podem contribuir para a formação de uma reserva cognitiva (RC), que,
por sua vez, pode retardar o declínio cognitivo associado ao envelhecimento e a
doenças neurodegenerativas.
Outros estudos semelhantes, exemplificados por Wang et
al. (2022), ressaltam a associação entre um maior nível educacional e uma
melhora no desempenho cognitivo inicial, enquanto o engajamento em atividades
de leitura pode retardar o declínio cognitivo.
Assinam este artigo:
Laydiane Alves Costa – Gerontóloga pela Universidade de
São Paulo (USP), Pós-graduanda em Neurociências pela Universidade Federal de
São Paulo (UNIFESP)
Profa. Dra. Thais Bento Lima da Silva. Gerontóloga (USP).
Mestra e Doutora em Neurologia Cognitiva e do Comportamento, pela Faculdade de
Medicina da (USP). Membro da diretoria da Associação Brasileira de Alzheimer-
Regional São Paulo. É parceira científica do Método Supera.
Para reflexão:
O primeiro passo para se chegar a algum lugar é decidir
que você não quer mais ficar onde está. “Autor desconhecido”
Você sabia:
Os pássaros voam numa formação em ’ V ’ porque assim
economizam energia. O que voa na frente diminui a resistência do ar para os
demais e, quando ele se cansa, é substituído por outro.
Resposta do desafio de Abril.
Um homem, de 1,90M de altura, está segurando um copo de
vidro acima de sua cabeça. Ele deixa-o cair no tapete sem derramar uma única
gota de água. Como ele conseguiu largar o objeto a partir desta altura, sem
derramar uma gota de água?
Resposta: O copo estava vazio.
Desafio de Maio:
O que é, o que é?
Deitada no chão, não servirá de nada, mas se apoiar na
parede do jeito certo, será muito útil. O que é?
Resposta na próxima edição:
Serviço:
Método Supera - Ginástica para o Cérebro
Responsável Técnica: Idalina Assunção (Psicóloga, CRP
02-4270)
Unidade Madalena
Rua Real da Torre, 1036. Madalena, Recife.
Telefone: (81) 30487906
Unidade Boa Viagem
Telefone: (81) 30331695
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