Gazeta da Torre
Meu querido amigo, minha querida amiga que encontro aqui
na Gazeta da Torre, o tempo passa, mas a verdade é que falar de dinheiro
continua sendo tabu para muitas pessoas e famílias, mas você pode mudar isso,
mesmo que aos poucos, é importante começar. Você certamente já escutou de
alguém próximo algo relacionado à discussão na família ou casal por motivos
financeiros, ou até mesmo já viveu isso de forma direta. Ouvimos falar de saúde
mental, saúde física, saúde emocional, mas muitas pessoas ainda não conectam o
impacto das finanças na saúde como um todo. Em alguns casos, até se conversa
sobre o tema, mas não da maneira mais adequada, e muitos só falam do assunto
quando a “bomba estoura”, aí já vem com um peso emocional maior e com o foco em
remediar a situação. Sem dúvidas, vale o foco e os cuidados preventivos a fim
de buscar um maior equilíbrio e tranquilidade.
A verdade é que cuidar das finanças é tão importante
quanto cuidar do corpo e da mente. Acredito que a nossa vida é feita de alguns
pilares: familiar / social, profissional (técnico), espiritual (independente de
crenças e religiões) e por fim o pilar da saúde, onde está incluída a saúde
financeira. Todos esses âmbitos se interligam e funcionam como uma engrenagem.
Dificilmente, conseguimos nos manter 100% em todos eles, todo o tempo. O mais
inteligente é buscar o equilíbrio (sempre ele), e ao perceber a falta disso em
algum pilar, focar um pouco mais no que está merecendo essa atenção.
Quando digo que esses pilares funcionam como uma
engrenagem, significa que se você está com as finanças bagunçadas, fechando o
mês no vermelho, talvez não consiga garantir com tranquilidade as necessidades
básicas para a sua família. Essa situação pode gerar uma preocupação e, com
isso, tensão nas relações familiares, sociais, e você talvez não vá render como
gostaria no trabalho. O resultado disso pode ser catastrófico, ladeira abaixo.
Percebe que uma coisa puxa a outra?
A American Psychological Association (APA), aponta o
dinheiro como uma das principais causas de estresse da maioria das pessoas no
mundo. Ele também está entre as principais causas de divórcio no mundo, no topo
junto com infidelidade. E no Brasil não é diferente, o dinheiro está sempre ali
também, e não termina relacionamentos só na sua falta, muitas vezes na abundância
também. A falta de alinhamento no casal pode fazer com que as coisas desandem
independente do cenário. Ou seja, cuidar do dinheiro é cuidar da sua família,
da sua mente, da sua profissão. Ter educação financeira é uma forma de cuidar
de você, do seu presente e do seu futuro!
Dedicar tempo para as finanças é essencial, e não precisa
ser muito, mas o suficiente para começar a virar o jogo, alcançar metas e
objetivos. Se você dedicar 40 minutos por semana, ou seja, menos de 1% do mês,
já consegue ver um impacto positivo. Observe que isso é muito menos do que a
maioria das pessoas passam por dia no WhatsApp e Instagram por exemplo. E para
que esses 40 minutinhos por semana? Inicialmente, para você mapear, entender
melhor as suas despesas, semanalmente analisar o seu extrato bancário, a fatura
do cartão, ligar para negociar pacotes de tv a cabo, internet e celular por
exemplo, e pouco a pouco você vai tomando pé e organizando as coisas, tendo o
controle de suas finanças. Claro, quanto mais dedicação, mais rápida é a
mudança.
Mas defendo sempre que a direção é mais importante do que
a velocidade para uma mudança sólida e consistente.
Não tenha pressa, mas tenha atitude. Entenda a sua real
situação financeira, seja numa fase de endividamento, equilíbrio ou poupança.
Independente do nível que você se encontra hoje, tem sempre o que cuidar
melhor, aprender, evoluir. Se você está endividado, é hora de ter clareza dos
débitos, criar estratégias para quitar as dívidas, entender o que pode otimizar
do orçamento, aliás, você tem um orçamento mensal? Caso não, a planilha que
disponibilizo no meu Instagram personalfinanceiro pode te ajudar bastante.
Se está numa fase de equilíbrio, ou seja, não deve, mas
também não poupa porque gasta tudo o que ganha, o ideal é correr atrás de
adequar melhor o padrão de vida, enxugar o orçamento para passar a poupar e
muito em breve investir. É isso que vai te permitir realizar sonhos e
objetivos. Quem já consegue poupar (ainda a minoria dos brasileiros), pode
mergulhar em conhecimento para investir melhor, para que as economias tenham
uma performance mais eficaz de acordo com o perfil e objetivos.
Não faça nada disso sozinho, envolva a sua família, as
pessoas que compartilham o dia a dia com você. É importante que todos “remem”
na mesma direção. Cuidar da saúde financeira da família é cuidar de você! E não
se engane: dinheiro está muito mais associado à mente do que ao bolso. Não é
sobre quanto você ganha por mês, é sobre a forma que você gere. Educação, de
maneira geral, é baseada em hábitos, comportamento. Não somente números, você
deve mudar as suas atitudes, a sua mentalidade e agir!
Conte comigo para buscar essa virada, no endividamento ou
nos investimentos, e assim, cuidar melhor da sua saúde financeira!
Vamos em frente!
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