sexta-feira, 5 de abril de 2019

Conviver com bichos de estimação não é só uma fonte de diversão para os pequenos


Gazeta da Torre
Os pequenos, em geral, adoram bichos e querem pegá-los, brincar com eles e levá-los para casa. O convívio de meninos e meninas com os pets, segundo especialistas, não provoca apenas diversão e lazer. Alguns benefícios como desenvolvimento de um senso de responsabilidade maior e a possibilidade de prepará-los emocional e socialmente são outras das vantagens que a presença de animais pode trazer, segundo a psicóloga Cristina Brisolara.

Os benefícios da interação podem ser vários. Segundo a psicóloga Cristina Brisolara, entretanto, o principal seria o fato de que o afeto criado pela relação permite que a criança desenvolva aspectos emocionais e saiba também se portar melhor socialmente. “A maior contribuição está no convívio emocional e social da criança. Um animal doméstico atua sempre como uma importante ferramenta para os exercícios afetivos”, explica.

Além disso, o contato com os animais também traz maior resistência para o organismo infantil. Algumas alergias, por exemplo, podem ser combatidas por agentes de defesa que se desenvolvem devido ao convívio com os bichos. “O contato com os pets desde os primeiros meses de vida propicia uma série de experiências imunológicas, ajudando a criança a desenvolver capacidades de defesa contra agentes variados”, afirma a doutora em psicologia e médica-veterinária Ceres Faraco. Para garantir esses benefícios, no entanto, é preciso, segundo a especialista, que os animais vivam em boas condições físicas e de higiene.
Critérios

Ceres Faraco explica que a escolha do animal depende das condições disponíveis para a criação. A família precisa ponderar a possibilidade que tem de abrigá-lo, pensar no espaço que ele ocupará, no tempo que será necessário para cuidar dele e analisar qual espécie se adequa melhor à rotina da casa. “Os fatores são a motivação familiar, o espaço, a disponibilidade de tempo, as características da vida familiar e a capacidade financeira de arcar com os custos.” Para a psicóloga Patricia Oguma, a afinidade da criança também é um fator que deve ser levado em conta. “Tudo vai depender do espaço e do interesse que a criança terá pelo bichinho. É válido perguntar para ela que animal gosta mais e qual gostaria ter. Assim, o vínculo é mais fácil.”

A presença dos animais pode ser um estímulo para o desenvolvimento dos pequenos. De acordo com Oguma, pesquisas mostram que as crianças com mais estímulos, sejam quais forem, se desenvolvem melhor cognitivamente. Por isso, a especialista explica que os animais são uma das maneiras de estimular e que não se pode dizer que crianças que não tenham convívio com eles poderão ter menos desenvolvimento. “O animal é uma ferramenta a mais, sendo um estímulo entre tantos outros que a criança possui.”

Fonte:Correio Braziliense

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