Fonte: livro "Plants: how they contribute to human
health and well-being"
("Plantas, como elas contribuem para a saúde e
o bem-estar")
Quem nunca deu valor àquela plantinha que tem em casa,
agora vai ter uma surpresa:as plantas são importantes filtros naturais contra a
poluição!
Pesquisadores identificaram várias plantas de fácil
cultivo em locais com pouca luz, cujos filtros naturais são capazes de
neutralizar a poluição interna.
Muitas espécies podem ser utilizadas para esse fim, como
a dracena, a samambaia e a babosa, mas as mais eficientes entre as plantas são
as palmeiras areca e ráfis, de baixo custo e muito conhecidas por suas qualidades
ornamentais.
Embora essas duas espécies se destaquem, o americano
engenheiro ambiental Bill Wolverton, ex-pesquisador da Nasa, e autor do livro
"Plants: how they contribute to human health and well-being"
("Plantas, como elas contribuem para a saúde e o bem-estar"),
esclarece que todas as plantas são capazes de remover poluentes transportados
pelo ar.
E isso ocorre porque "as folhas das plantas podem
absorver certas substâncias químicas orgânicas, destruindo-as por meio de um
processo chamado colapso metabólico, o que foi provado por um grupo de
cientistas alemães que testou o formaldeído com o carbono-14, observando sua
absorção e destruição metabólica dentro do clorófito (pigmentação verde)".
"O formaldeído é metabolizado e convertido em ácidos
orgânicos, açúcares e ácidos de amido: quando as plantas transpiram vapor de
água por meio de suas folhas, elas puxam o ar para as raízes. Isso nutre os
micróbios com oxigênio, que consomem as substâncias químicas tóxicas contidas
no ar, que lhes servem como fonte de alimento e energia", esclarece.
Para melhorar a qualidade do ar em casas e escritórios,
Wolverton sugere a utilização do maior número de plantas que um determinado
espaço permita.
Ele recomenda que as plantas sejam cultivadas por meio da
hidrocultura (hidroponia). O princípio básico da hidrocultura ou hidroponia é
muito simples e bem conhecido: quem não conhece o método de se colocar uma
batata-doce num recipiente com água e esperar pelo desenvolvimento das raízes e
folhagem? Pois foi a partir deste princípio simples que se desenvolveu e
aperfeiçoou o sistema de hidrocultura, passando-se a utilizar fertilizantes,
argila expandida ou pedregulhos e recipientes especialmente desenvolvidos para
este fim.
Este método de cultivo apresenta algumas vantagens: é um
sistema de cultivo bastante limpo e simples de ser conduzido; não dá muito
trabalho com transplantes, as plantas quando adequadas a este sistema
desenvolvem-se bem e livres de problemas com doenças ou insetos provenientes da
terra.
O ideal, segundo o especialista, é ter uma planta para
cada 9,29 m² quando cultivadas em hidrocultura, e duas no mesmo espaço, quando
se utilizam vasos de terra.
Como as pessoas que mais se ressentem com a poluição
interna são as crianças, idosos, doentes ou indivíduos com sistemas
imunológicos comprometidos, Wolverton conta que países como o Japão já estão
investindo em jardins ecológicos dentro dos hospitais para melhorar a qualidade
do ar para pacientes e funcionários.
Lança de São Jorge (Sansevieria trifasciata): pode ser
usada no quarto porque libera oxigênio à noite.
"Por precaução, somente plantas cultivadas por meio
da hidrocultura devem ser utilizadas nos hospitais, por causa dos fungos e
bactérias indesejáveis nesses ambientes".
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