segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

COMO SE LIVRAR DA POLUIÇÃO EM AMBIENTES INTERNOS USANDO PLANTAS

Gazeta da Torre
Fonte: livro "Plants: how they contribute to human health and well-being" 
("Plantas, como elas contribuem para a saúde e o bem-estar")


Quem nunca deu valor àquela plantinha que tem em casa, agora vai ter uma surpresa:as plantas são importantes filtros naturais contra a poluição!

Pesquisadores identificaram várias plantas de fácil cultivo em locais com pouca luz, cujos filtros naturais são capazes de neutralizar a poluição interna.

Muitas espécies podem ser utilizadas para esse fim, como a dracena, a samambaia e a babosa, mas as mais eficientes entre as plantas são as palmeiras areca e ráfis, de baixo custo e muito conhecidas por suas qualidades ornamentais.



Embora essas duas espécies se destaquem, o americano engenheiro ambiental Bill Wolverton, ex-pesquisador da Nasa, e autor do livro "Plants: how they contribute to human health and well-being" ("Plantas, como elas contribuem para a saúde e o bem-estar"), esclarece que todas as plantas são capazes de remover poluentes transportados pelo ar.

E isso ocorre porque "as folhas das plantas podem absorver certas substâncias químicas orgânicas, destruindo-as por meio de um processo chamado colapso metabólico, o que foi provado por um grupo de cientistas alemães que testou o formaldeído com o carbono-14, observando sua absorção e destruição metabólica dentro do clorófito (pigmentação verde)".

"O formaldeído é metabolizado e convertido em ácidos orgânicos, açúcares e ácidos de amido: quando as plantas transpiram vapor de água por meio de suas folhas, elas puxam o ar para as raízes. Isso nutre os micróbios com oxigênio, que consomem as substâncias químicas tóxicas contidas no ar, que lhes servem como fonte de alimento e energia", esclarece.

Para melhorar a qualidade do ar em casas e escritórios, Wolverton sugere a utilização do maior número de plantas que um determinado espaço permita.

Ele recomenda que as plantas sejam cultivadas por meio da hidrocultura (hidroponia). O princípio básico da hidrocultura ou hidroponia é muito simples e bem conhecido: quem não conhece o método de se colocar uma batata-doce num recipiente com água e esperar pelo desenvolvimento das raízes e folhagem? Pois foi a partir deste princípio simples que se desenvolveu e aperfeiçoou o sistema de hidrocultura, passando-se a utilizar fertilizantes, argila expandida ou pedregulhos e recipientes especialmente desenvolvidos para este fim.

Este método de cultivo apresenta algumas vantagens: é um sistema de cultivo bastante limpo e simples de ser conduzido; não dá muito trabalho com transplantes, as plantas quando adequadas a este sistema desenvolvem-se bem e livres de problemas com doenças ou insetos provenientes da terra.

O ideal, segundo o especialista, é ter uma planta para cada 9,29 m² quando cultivadas em hidrocultura, e duas no mesmo espaço, quando se utilizam vasos de terra.

Como as pessoas que mais se ressentem com a poluição interna são as crianças, idosos, doentes ou indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos, Wolverton conta que países como o Japão já estão investindo em jardins ecológicos dentro dos hospitais para melhorar a qualidade do ar para pacientes e funcionários.

Lança de São Jorge (Sansevieria trifasciata): pode ser usada no quarto porque libera oxigênio à noite.


"Por precaução, somente plantas cultivadas por meio da hidrocultura devem ser utilizadas nos hospitais, por causa dos fungos e bactérias indesejáveis nesses ambientes".


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