sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Leitor do GAZETA da TORRE: VAMOS PENSAR LEVE, SER MAIS LEVE, EVITAR OS JOGOS DE PODER NAS RELAÇÕES

Insights sobre Amor, Poder, Solidão e Autoestima
Gazeta da Torre


Faleceu recentemente o famoso e inigualável Flávio Gikovate, médico psicanalista e escritor. Conhecedor profundo da alma humana e dos sentimentos e comportamentos que afetam e interferem nas relações interpessoais, especialmente as relações AFETIVAS. Assídua admiradora e leitora das suas teses e defesas, desde bem jovem, aguardava seus belos, úteis e sensatos artigos na sua coluna da Revista Cláudia. Hoje, continuo sendo sua fã. Junto a tantas outras pessoas, lamento “a sua partida”, mas seu legado permanecerá!

Recente e oportunamente falando com uma amiga, mencionei em especial, a sua tese quanto ao seguinte:

“As pessoas dizem viver procurando a sua cara metade... A metade da sua laranja... ou consideram que perderam a sua metade... isso não procede, SOMOS TODOS SERES COMPLETOS, NÃO EXISTE ESTA DE INCOMPLETUDE EM NÓS.”

E você, o que acha disso, leitor do GAZETA da TORRE?

É bom, maravilhoso, agradável e aconchegante ter alguém que compartilhe conosco e vá afinando dia a dia o instrumento musical que é a vida. Nem sempre é fácil e nem tudo é perfeito, pois somos seres “humanos” e diferentes. Por melhor que seja a relação, em algum ponto, ou momento, haverá seus embates e desafios, o que também é positivo, porque faz com que se “cresça” junto, isso se houver “abertura” para o diálogo.

O que não se considera saudável é a pessoa SÓ se sentir bem e INTEIRA, se estiver com “A” pessoa, ou “OUTRA” pessoa e desenvolver um sentimento nocivo de POSSE. Escutei bem recentemente uma pessoa comentando: “Parece que está faltando um pedaço de mim”. “Não consigo viver sem...” E ainda: “Não consigo me livrar da solidão que ele deixou...” Sei que na dor, as palavras são tomadas pela força de expressão, porém é bem preocupante, quando realmente a pessoa se mantém apática! Isso porque, tudo pode desmoronar sutil e lentamente... Ninguém poderá ajudá-la se ela não permitir. O mal do século, a depressão, está sempre à espreita. É um processo autodestrutivo e pode ganhar forma e força com a autoestima fragilizada.

MUITA ATENÇÃO!

Quando queremos que o outro nos complete, dentro da perspectiva distorcida, com sentimento de posse ou de anulação, se perde a individualidade e de alguma forma rouba-se a do outro. Pois, por mais amor, afinidades que se tenham, todos têm e devem ter também, seus sonhos, projetos e vontades diferentes. Se abdicarmos com frequência do que somos, em favor do outro, com certeza logo se abrirão “gaps” na relação, lacunas de insatisfação ou frustração e um dia isso aflora, ou melhor, explode e inevitavelmente haverá a separação.

Diz-se que “Só se ama o que se admira”. Eu creio.

Portanto é bom andarmos juntos, cultivando a admiração e sintonia, mas é salutar deixarmos espaço para que a subjetividade e individualidade de cada pessoa se revelem, seja na relação afetiva, familiar ou mesmo na vida social e profissional. Vamos PENSAR leve, SER mais leve, evitar os jogos de PODER nas relações, para conseguirmos relacionamentos mais sustentáveis e felizes?



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