terça-feira, 2 de dezembro de 2025

2 de dezembro é Dia Nacional do Samba; batida, memória e história

 Gazeta da Torre

O samba não é só um ritmo, é arquivo de dores e alegrias, cartografia de migrações, gramática de resistência e instrumento de política cultural

O samba não é só um ritmo, é arquivo de dores e alegrias, cartografia de migrações, gramática de resistência e instrumento de política cultural. Comemorado no Brasil em 2 de dezembro, o Dia Nacional do Samba marca muito mais do que um gênero musical, sintetiza a presença afro-brasileira no que se transformou na identidade cultural do país.

A comemoração em 2 de dezembro tem origem legislativa local ainda na década de 1960 e associação simbólica a nomes e episódios da história do gênero. Uma versão recorrente faz referência a iniciativas de homenagem a Ary Barroso que ocorreram naquela data; outra identifica comemorações institucionais e eventos de divulgação do samba realizados em torno de 2 de dezembro, data que acabou se consolidando nacionalmente como o Dia do Samba. Essa oficialização é, na prática, um processo de difusão cultural sustentado por rádios, museus e movimentos de sambistas.

Cartola, Clara Nunes, Noel Rosa, Nelson Cavaquinho, Lupicínio Rodrigues, Ary Barroso, Dona Ivone Lara, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Martinho da Vila e tantos outros foram vozes e criadores que traduziram a diversidade do samba.

Rádios, shows, rodas de rua e programações em museus e centros culturais costumam marcar 2 de dezembro. Escolas de samba, velhas guardas e artistas realizam eventos comemorativos; Em muitas cidades a data serve também para debates sobre políticas culturais, direitos dos artistas e preservação de patrimônios imateriais. Celebrar o dia Nacional do Samba é reconhecer que uma parte essencial da cultura brasileira é obra coletiva, histórica e em aberto.

Vídeo gravado no Pagode do Didi , Recife

Fonte: TVT News

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