Gazeta da Torre
As altas temperaturas do verão exigem atenção redobrada em relação aos cuidados com a pele, uma vez que a exposição desprotegida ao sol e raios ultravioletas é o principal fator de risco para o câncer no tecido.
Para conscientizar a população, o Instituto do Câncer lançou a campanha digital
#UseFiltroPelaPrevenção, disponível em sua conta no Instagram, na qual incentiva o uso frequente de protetor solar.
https://www.instagram.com/institutodocancersp/?hl=en
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, a
professora Maria Del Pilar Estevez Diz, coordenadora da Oncologia Clínica e
Diretora de Corpo Clínico do Instituto do Câncer (Icesp) do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, alerta que tumores na pele não se
limitam à camada superficial do tecido e podem atingir outros órgãos próximos.
“O câncer não atinge apenas a área exposta”, diz a médica, que também indica os
dois possíveis tipos de ocorrência da doença: “Há o não melanoma e o melanoma.
O segundo é menos frequente, mas mais agressivo”, completa.
Uso deve ser cotidiano
Maria destaca que a exposição não ocorre apenas em momentos
de lazer, como visitas à praia ou a parques, e a aplicação de filtro solar deve
ser cotidiana: “A exposição pode ocorrer nos trajetos e também no trabalho, no
caso de pessoas que trabalham no campo, nas ruas da cidade, em construções e
outros”. Bonés, guarda-sóis e roupas que cubram grande parte da pele também são
eficazes na proteção, já que estabelecem uma barreira mecânica contra os raios
ultravioleta emitidos pelo sol. “Se a pessoa entrar na água ou transpirar
muito, ela precisa reaplicar o filtro solar também”, conta.
A professora recomenda que a população esteja atenta à
própria pele, e procure assistência médica ao detectar qualquer alteração
incomum no tecido. “Se sua pele apresentar alguma pinta ou lesão que não
cicatriza, descama, sangra, é maior do que seis milímetros, irregular, não tem
coloração homogênea ou está crescendo é muito importante visitar um
profissional de saúde para verificar se aquela é uma lesão simples, comum, ou
um câncer, que precisa ser tratado rapidamente”, diz Maria. “Peça também para
seus familiares ou amigos conferirem as áreas menos visíveis, como as costas”,
finaliza a médica.
Fonte: Jornal da USP
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